Sunset escrita por Little Flower


Capítulo 15
Tudo voltando ao normal


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



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- Sabe, hoje é dia dos namorados! – eu disse a Henrique, andávamos lado a lado com as mãos dadas no parque de Forks.

- É? – perguntou confuso. – então vamos comemorar!

- Seria bom, mas assim, não tenho namorado! – eu disse, ele parou de andar me fazendo tombar. - Aí!

- Desculpe Lizzie. Como assim não tem namorado?E eu aqui? – perguntou com as sobrancelhas unidas.

- Você não me pediu! – eu disse.

- Sendo assim... – disse ele, pegou minha mão e olhou dentro de meus olhos. Admito que olhar para aquelas duas pedras azuis era hipnotizante. Perdia-me olhando para elas. – Quer ser minha namorada Lizzie?

- Hum... – fingi pensar. – claro que sim!

- Então sendo assim agora tem um namorado e podemos comemorar o dia dos namorados! – disse ele, me abraçou pela cintura e me beijou. De tirar o fôlego!Nossa!Quando precisamos de ar nos separamos, mas depois de me recuperar o beijei novamente... Quanto mais ele me beijava eu queria mais!

[...]

Tia Alice organizou uma festa apenas para a família, junto dos Baudelaire. Para o dia doze de junho. Então tinha comida, música e etc. Eu estava na pequena pista de dança que ela montou. Dançando com Hay, tia Alice, Demi, Kevin e tio Emmett que se sacudia, de vez em quando ele fazia uma graçinha e gargalhávamos.

Henri, Edward e tio Jasper conversavam no sofá sobre alguma coisa. Giulia estava num canto afastada de todos. Às vezes eu a via me olhando com raiva, me dava arrepios. Vovô Carlisle ofereceu abrigo a ela hoje ele conversou com ela. Demi não gostou muito da idéia, não entedia seu medo por tê-la muito perto de mim. Meus pais estavam na varanda namorando...

- Um minuto da atenção de todos vocês, por favor! – pediu Henrique. Tia Alice parou a música e todos prestavam atenção em Henrique. – bem, eu queria dedicar esta linda canção a menina mais linda e encantadora da festa... Minha namorada Lizzie, que eu amo muito... Desde que te conheci minha vida mudou totalmente. O que faltava era ter você para completá-la, bem, não há palavras o suficiente para descrever como você faz minha vida melhor e mais feliz. Eu te amo Lizzie e essa canção é para você!

Sentou no banco em frente ao piano. Seus dedos começaram a dedilhar e uma linda melodia preencheu o ar. Estava perdida de olhos fechados, apenas escutando linda melodia. Era leve, suave me fazia querer sorrir... Por um momento olhei para o lado, vi Giulia agarrando os braços da poltrona com tanta força que eles quebraram, o olhar de raiva que ela me mandou foi assustador. Pude ver por um momento eles faiscarem de tanta raiva.

Ora!Já basta ter que agüentar a insuportável da Taylor, agora vem mais esta garota?Não importa, eu tenho seu amor e ninguém irá tirá-lo de mim!Ninguém deu importância ao barulho quando Giulia quebrou os braços da poltrona, estavam envolvidos com a linda melodia que Henri tocava. Eu voltei a me concentrar nela novamente, esquecendo de Giulia.

 Estou até prevendo o futuro, Giulia me atormentando. Eu nem de perto iria ser sua amiga!

Quando Henrique terminou todos aplaudiram, inclusive eu. Que corri ao seu encontro e lhe beijei ali na frente de todos mesmo, meu pai rosnou baixinho. Deduzi, pois ninguém que estava ali se incomodava com meu compromisso com Henrique mais do que Jacob. Quero dizer, deve ter alguém que se incomoda também e muito. Giulia.

Terminamos a noite conversando, até que nós tivemos que dormir. Os Baudelaire dormiram lá mesmo. Eu até discuti com vovô Carlisle, ele queria colocar aquela garota em meu quarto na mansão de minha família!Pode uma coisa dessas?!

- Não quero saber!Vovô, eu amo meu quarto e não gosto que ninguém entre lá sem minha permissão! Por que ela não pode ficar no quarto de hospedes?! – eu choraminguei.

 - Lizzie, não seja egoísta. Deixe-a ficar lá, é o único quarto feminino e... Vazio. E ela ficará mais confortável para pensar.

- O que?Quer dizer que eu sou invisível?! – eu perguntei com cara de choro.

- Claro que não querida, mas...

- Vovô!Eu irei dormir lá com as minhas amigas!E não quero a Giulia lá! – eu bati o pé.

- Não pode ser só um pouquinho solidaria?Até sua avó e eu decorarmos um quarto para ela? – perguntou ele. – quer ser como aquelas meninas fúteis e mimadas?

- Na uh. – eu disse de cabeça baixa. – mas, não a quero lá!E para que se ela nem dorme?

- Mesmo assim. Vamos redecorar um quarto para ela!

- Isso nem tem sentido!

- Lizzie, todos aqui tem seu quarto por que ela não pode ter um também?

- Ela nem é da família!E o senhor o que?Pretende adotá-la? - perguntei revoltada. Se isso acontecesse eu nunca mais pisaria nesta casa!Dramática...

- Talvez.

- O que?Tudo bem!Deixe-a ficar lá, mas eu vou embora daqui! – eu disse irritada e desci as escadas com cara de choro. Ele a preferia a mim!Ei fiz bico e olhei para o Henrique, que estava bem no final da escada. – Tchau, Henri...

- Aonde vai?Pensei que iria dormir com as meninas em seu quarto! – disse ele confuso.

- Eu ia, só que o vovô Carlisle quer que a Giulia – eu disse o nome dela com receio – fique lá e não eu!

- Não seja infantil Lizzie.

- Até você?Era para me dar apoio moral!Mais já vi que nesta casa ninguém faz isso! – eu disse. Sinceramente magoada. Ninguém – em exceção de Demi – fica ao meu lado!

- Não exagere! – disse ele e vovô Carlisle descia as escadas.

- Lizzie...

- Nem fale nada vovô!Mãeee! – eu a chamei.

- Sim? – perguntou vindo até mim com papai ao seu lado.

- Eu quero ir para casa!

- Por quê?

- Ela... – ia começando Henrique e vovô Carlisle ao mesmo tempo, mas me irritei e os interrompi.

- Argh!Vocês falam demais!Tudo bem eu vou ficar, irei para um quarto de hospedes com as meninas!

- Achei que... – ia dizer Henrique, mas nem dei ouvidos. Subi as escadas.

- Não fico no mesmo quarto nem morta com aquela garota! – eu murmurei. Vovô Charlie jamais me obrigaria a isso. Ele era muito legal e ficou eufórico quando eu fui visitá-lo, no dia seguinte que acordei. Como Bella me disse que ele estava bastante preocupado comigo decidi ir vê-lo. Visitei Joane também que me fez passar um dia inteiro com ela, foi até divertido. Percebi que Demi e Hay ficaram meio estranhas depois que dediquei um dia a minha melhor amiga Joane. Como se estivessem com ciúmes. Eu achei fofo, nunca fui de ter amigas que sentissem ciúme de mim, já que minha única amiga era Joane.

Cinco motivos por que não quero ficar no mesmo lugar que Giulia Drughston:

Primeiro: Ela me olha de uma forma estranha toda vez em que eu e Henrique estamos juntos. Segundo: Ela me olha com raiva e eu tenho medo. Terceiro: Seus olhos faíscam de raiva quando Henrique faz algo romântico a mim. Quarto: Ela provoca Demi com o olhar quando todos – menos eu é claro – ficam distraídos. E depois se faz de santinha para todos. Principalmente para vovô Carlisle. Quinto e ultimo: Ela me dá arrepios!

- Então?Onde vamos dormir? Diga-me que é naquele seu quarto magnífico?! – gritou Hay animada. Respirei fundo.

- Ia ser lá, só que Carlisle... – eu dizia o somente o nome deles quando estava com raiva – colocou Giulia para ficar lá!

- Hum, tudo bem, vamos dormir aqui mesmo então. – disse ela. Havia três camas ali, o quarto era enorme – todos os quartos de hospedes são tão grandes quanto os outros – cor creme, a mobília era de madeira lisa avermelhada para realçar as paredes. Havia também um banheiro grande com banheira.

Demi levantou-se da cadeira em frente à penteadeira onde escovava cuidadosamente seu lindo e sedoso cabelo e veio até mim.

- Está bem? – perguntou.

- Na uh. Sabe, eu questiono tanto meninas mimadas que agi feito uma minutos antes. – eu disse a ela de cabeça baixa.

- Todo mundo, ou melhor, toda garota tem seus momentos de futilidade. Não se sinta assim... Quer pedir desculpas?

- Não, eu prefiro amanhã. Vamos dormir.

- Tudo bem, mas Lizzie, não se deixe se intimidar pela Giulia. Estamos juntas nessa, pelo menos temos uma a outra. – disse ela sorrindo, levantou a mão e eu bati com a minha na sua.

- Com certeza! – eu disse, depois de ela terminar de pentear o cabelo apagamos as luzes e fomos dormir. Tudo estava em seu devido lugar agora, quem sabe temos mais sossego. Esperava que vovô não adotasse Giulia, apenas a deixasse ficar aqui. Mal a conhecemos, mesmo os Baudelaire a conhecendo, não confiava nela... Depois de um tempinho pensando na vida eu adormeci.

[...]

Abri os olhos lentamente e a luz do sol entrava pela janela. Olhei para o lado, Demi ainda estava dormindo com uma venda de seda tampando sua visão. E claro para dias de sol. Devia comprar uma dessas para mim... Hay dormia como um anjinho.

 Espreguicei-me, joguei as cobertas para o lado e levantei. Fui até o banheiro, tinha uma linha de escovas de dente lacradas. Tirei uma e abri, peguei o creme dental e comecei a escovar. Tudo estava quieto, joguei um pouco de água no rosto. Sequei com a toalha de rosto e saí do banheiro.

Abri a porta do quarto e saí fechando devagar, pois as meninas ainda dormiam. Desci as escadas correndo e me apanharam quando eu ia de encontro ao chão por tropeçar num degrau que não vi.

- Lizzie!Distraída como sempre! – disse Henrique sorrindo. Retribuí.

- Henrique, me desculpe por te ignorar ontem só que... Eu estava com raiva. – eu disse olhando dentro de seus olhos.

- Sempre. – disse sorrindo e me analisou dos pés até a cabeça. Eu senti minhas bochechas arderem. – está muito curto não?

- Nem percebi. Onde estão os outros? – perguntei tentando disfarçar.

- Ah, Bella e Edward foram para o chalé deles, sua mãe e seu pai ainda estão dormindo. Os outros estão no quarto deles. Fazendo sabe se lá o que. – disse ele.

- Hum... – minha barriga roncou. – está com fome? – perguntei a ele. Fez uma careta eu não me contive e ri.

- Eu não gosto da comida de vocês humanos! – disse ele ainda fazendo careta.

- Ei!Eu também tenho sangue de vampiro e de lobo! – eu disse e ele gargalhou. Pela inversão. Vampiros nem tem circulação!

- Ok, não me morda! – disse ele rindo e debochando.

- Talvez... – me aproximei dele e ele riu mais ainda. Eu o acompanhei. – vamos até a cozinha estou com muita fome! – eu o puxei pela mão. Caminhamos até a cozinha, ele sentou no banco do balcão e eu fui procurar algo na geladeira para fazer alguma coisa para comer... Peguei uma caixa de leite, deixei em cima do balcão e fui até o armário. Tinha uma caixa de cereal coloridos que eu gostava. Tudo nesta casa era para mim!A única que come!

- Isso é bom? – perguntou enquanto eu colocava o cereal numa tigela e depois colocar leite.

- É, bom demais. Devia experimentar! – eu disse. Ele fez careta e eu ri. – você fica tão fofo quando faz careta. – ele sorriu. O encantador sorrido que me deixa tonta e hipnotizada.

- Você nem disse se gostou ou não da canção que eu fiz! – disse fazendo beicinho.

- Gostei sim, muito, muito mesmo! – eu disse sorrindo.

- Hum, Lizzie por que não gosta da Giulia? – perguntou de repente.

- Hã. Por que namoradas não gostam das ex dos namorados! – eu menti.

Ele gargalhou.

- Eu sei disso, mas isso não se enquadra a você. – disse recuperando o fôlego.

- E por que não?

- Simplesmente por você enfrentar as pessoas. Não é de se deixar consumir por ciúmes. Nem por antipatia. – disse ele.

- Errado, todas as meninas tem ciúmes!

- Lizzieee! Diga-me! – pediu ele.

- Na uh, encerra o assunto! – eu disse e terminei de comer. Nunca fui de ter medo de ninguém, nem mesmo quando fui seqüestrada por Caleb. Mas, Giulia tinha algo diferente, como uma força negativa. E isso não cheirava bem...

Terminei o café da manhã, Henrique e eu conversamos um pouco e depois subi para tomar banho. Teria que passar em meu quarto para pegar uma roupa. O difícil era que eu ia encontrar Giulia. Senti um leve tremor passar por meu corpo.

Eu estava enrolada numa saída de banho florida de algodão. Abri a porta e entrei. Arregalei os olhos quando vi aquilo!Meus... Meus... Eu dei um grito e Giulia – que estava deitada em minha cama com os braços atrás da cabeça - deu um pulo.

- Aí!Lizzie! – disse ela surpresa.

- O que você fez com os meus livros?! – eu gritei irritada. Estavam todos espalhados no tapete de camurça cinza-aperolado. Alguns até rasgados.

- Desculpe, só que... Eu estava curiosa e...

- E nada! – eu gritei irritada. Quando peguei em seu braço que estava gelado e duro, cenas passaram em minha mente como flashes, durou pouco, pois larguei o braço dela no mesmo instante. Estava com os olhos arregalados de pavor. Olhei para Giulia e me olhava normalmente como se nada tivesse acontecido. Talvez apenas eu tenha visto isso...

- O que está acontecendo aqui? – perguntou Demi correndo com seu hobby de seda com flores vermelhas. Quando viu também arregalou os olhos.

- Foi ela! – eu disse apontando para Giulia.

- Tem que estragar tudo?Sempre?Já não basta ter estragado a vida de meu irmão?E as nossas? – perguntou Demi a ela, que encolheu.

- Não sabe nada Demi. – disse Giulia entre dentes.

- Já lhe disse que não dei liberdade para chamar-me de Demi! – disse Demi alterada.

Os Cullen estavam num piscar de olhos dentro do quarto. Vovô Carlisle estava na frente.

- O que houve? – perguntou ele preocupado. – está tudo bem?Giulia? – ele se dirigiu a ela. Como é que é?Ele se preocupa com pessoas estranhas, em vez da neta?Eu tive vontade de gritar e chorar, mas corri para fora do quarto detestando aquela garota!

Desci as escadas numa velocidade nova, até para mim. Saí da mansão e corri a mil para floresta, se eles quisessem adotá-la tudo bem. Sabia que minha avó Esme era amorosa e carinhosa para com os outros e abrigar pessoas sem família sendo vampiros era uma honra.

Sentei-me numa pedra enorme que estava no meio da floresta, dava para ver o rio, mas não quis ir para a beirada, pois tinha medo. Trauma de infância. Meu pai que me contou, eu não lembro com nitidez. Estava brincando numa tarde ensolarada quando eu escorreguei e fiquei presa pelo capuz de meu casaco num penhasco. Então depois de um tempo meu pai me encontrou chorando e pedindo socorro, é claro que ele foi imediatamente me salvar. Desde desse dia eu não chego perto de lugares muitos altos, no máximo que consigo é ficar minutos numa varanda.

- Ei! – disse alguém e me virei. Era uma linda garotinha, morena com os cabelos lisos, olhos negros e uma franjinha. Usava um short jeans e uma blusinha cor-de-rosa de urso. Estava sorrindo, como se me conhecesse.

- Oi, quem é você? – perguntei docemente.

 - Me chamo Sunny. Você é a Lizzie não é? – perguntou ela e caminhou para mais perto de mim.

- Sou sim linda, o que faz aqui sozinha? – perguntei.

- Eu me perdi. Estava brincando com meu irmãozinho! – disse ela.

- Hum, e como sabe que eu sou a Lizzie? – perguntei, ela parecia ter quatro anos.

- Por que o tio Jake fala muito de você, de como é bonita. Então deduzi ser você. – disse ela sorrindo, revelando seus quadrados dentes de leite branquinhos.

- Oh, obrigada. Você também é muito linda. – eu disse.

- Obrigada. – disse envergonhada. Suas bochechas ganharam um tom rosa pálido. Eu sorri, era uma graça.

- Sunny, quer que eu procure seu irmãozinho com você? – perguntei.

Assentiu.

- Então onde mora? – eu perguntei indo até ela e pegando sua mão. Novamente cenas passaram em minha mente, pisquei os olhos freneticamente e tentei me concentrar em Sunny.

- Ih, esqueci. – disse ela com o rostinho triste.

- Bem, então, vamos lá à casa de meus avós, perguntar em que parte da reserva você mora para o meu pai tudo bem? – perguntei.

- Ta. – disse ela.

Caminhamos juntas, ela fazia muitas perguntas sobre tudo. Devia estar na fase das perguntas. O que é aquilo?Por que o céu é azul? Essas coisas. Eu respondia paciente cada uma delas – as que eu sabia claro. Tentei disfarçar meu nervosismo, por que estava vendo essas coisas?

- Por que você está só de roupão? – perguntou ela quando estávamos perto.

- Er... – como explicaria a uma menina de quatro anos que eu estava com raiva de uma ex- namorada do meu namorado e saí correndo sem me importar com nada? – eu er... saí para tomar um ar.

- Mesmo assim. Não pode, está quase nua. – disse ela. Ela era esperta, logo que a porta de vidro da frente da mansão entrou em meu campo de visão pude ver que estava tudo calmo, estranhei.

Entramos e olhei para os dois lados. Dei de ombros.

- Fique aqui sentadinha que eu vou la em cima falar com meu pai ta?

- Ta bom. – disse ela olhando tudo encantada. Liguei a TV para ela assistir desenho enquanto eu ia conversar com meu pai. Subi as escadas e fui até o quarto de que geralmente eles dormiam quando vinham para cá e bati na porta.

- Entre! – disse então eu entrei. Meu pai estava sentado na cama de pijama – ainda bem! -, com os braços atrás da cabeça. – oi meu amor.

- Oi pai, olhe, eu encontrei uma garotinha na... – quando eu ia falando, mas fui interrompida.

- Tiooo!Jakeee! – gritou Sunny indo abraçá-lo. Ele abriu os braços no mesmo instante.

- Oi... Sunny?O que faz aqui? – perguntou e olhou-me.

- Era isso que eu ia dizer, eu a encontrei sozinha na floresta. Temos que levá-la! – eu disse.

- Tudo bem. Vou trocar de roupa, me dêem licença.

- Onde está a mamãe? – perguntei.

- Está tomando banho. – respondeu, então eu peguei Sunny no colo e saí do quarto. Ela encostou a cabeçinha em meu ombro, senti uma emoção desconhecida. Quando estava no corredor, encontrei Henrique e tia Rose.

Olharam-me confusos.

- O que foi? – perguntei.

- Quem é essa garotinha? – perguntou tia Rose.

- É a Sunny eu a encontrei perdida na floresta. Ela conhece meu pai.

- Deve ser bem filha do cachorro mestre. – disse ela.

- Tia! – eu a repreendi.

- Lizzie, posso falar com você? – perguntou Henrique. Assenti. Mas, olhei eu olhei para mim, percebendo que ainda estava de roupão.

- Hum, eu tenho que colocar uma roupa, nos encontramos na sala em sete minutos. – eu disse e ele assentiu. Caminhei com Sunny até meu quarto, onde graças aos céus, Giulia não estava ali. A deixei em cima de minha cama, meus livros já estavam em seus lugares.

Fui até meu closet e procurei alguma coisa.

- Nossa quanta coisa legal! – disse Sunny olhando encantada ao redor do closet.

Eu sorri. Pedi sua ajuda, ela até que tem bom gosto. Escolheu um vestido cor-de-rosa de rendas. Um par de sapatilhas cor creme. Vesti-me, arrumei meu cabelo e saí do quarto com ela ao meu lado, desci as escadas e entrei na sala de estar. Henrique estava de costas de braços cruzados.

- Henrique... – eu disse para saber que já tinha chegado.

- Ah... Lizzie está bonita.

- Obrigada, mas o que quer falar comigo? – perguntei curiosa.

- Sobre hoje de manhã... Giulia não teve intenção de fazer nada com suas coisas... – disse ele. Não podia acreditar que ele estava pedindo desculpas por ela, ela quem devia fazer isso não?Argh!

- Por que está dizendo isso?Ela quem devia me pedir desculpas! – eu disse irritada.

- Como?Se você saí sem dizer aonde vai? – perguntou ele. Não alterou seu tom de voz, era como se conversássemos amenidades.

- Mesmo assim, onde estão os outros? – perguntei.

- Foram caçar. Todos. Com a Giulia. - disse ele cautelosamente.

Dei de ombros.

- E por que não foi também? – perguntei.

- Não achei que lhe agradaria.

- Agora se preocupa o que me agrada ou não? – eu bufei. Movi minha mão, e encostou-se a alguma coisa, então olhei e era Sunny. Tinha esquecido dela ali. Tinha que levá-la para casa, seus pais deviam estar preocupados...

- Lizzie, eu sei que é difícil, mas, por favor, tente conhecê-la melhor...

- Talvez... E como Demi foi caçar junto de Giulia?

- Ah, ela foi única que não foi na verdade. Foi para casa com meu pai. – disse ele.

- Bem... Lizzie, conhecendo Sam e Emily, eles já devem ter entrado em pânico pela Sunny ter desaparecido, é melhor levarmos ela logo. – disse meu pai descendo as escadas. Eu assenti, ele tinha um sorriso nos lábios, alguma coisa estava acontecendo.

- Não está armando nada para mim não, não é? – perguntei desconfiada.

- O que?Não! – disse ele surpreso.

- Por que você não sorrira toa.

- Deixe de ser desconfiada!

- Quer vir junto? – perguntei a Henri. Negou com a cabeça.

- Não, eu vou ficar aqui mesmo. Esperando você voltar. – disse ele. Eu assenti e lhe dei um beijo na bochecha. Peguei a mão de Sunny e caminhamos para frente da mansão. Nós três entramos no carro e papai rodou a chave de ignição do carro de Bella, dirigindo para casa da Emily.

[...]

Eu já estava detestando a idéia de ter Giulia lá com minha família. Caçando imagina... É, eu estava com ciúmes de todos eles, principalmente de Henrique. Mas se me perguntassem isso eu negaria até a morte. Desde quando Elizabeth Black Cullen tem ciúmes de alguém?

Sacudi a cabeça.

- Chegamos! – disse meu pai. Desafivelei o cinto e abri a porta. Depois fui até a porta de trás e desafivelei o cinto que prendia Sunny, quando ela pulou para fora do carro gritou sorrindo:

- Joe, Joe! – entoou ela correndo na direção desse tal Joe.

 - Lizzie, er... Eu queria te avisar que... – ia dizendo meu pai saindo do carro, mas olhei bem para o Joe. Ele era meio familiar para mim.

- Lizzie? – perguntou Joe olhando-me.

- É, sim. – eu respondi. Fitou-me minuciosamente depois correu e me abraçou apertado. Depois que eu pude respirar, fiquei o olhando... Da onde eu achava que conhecia?Os cabelos escuros lisos, os olhos negros, sua pele morena – quase igual ao do meu pai – e o corpo levemente musculoso...

- Lizzie? – perguntou meu pai cautelosamente. Virei meu rosto para encará-lo.

- Desculpe, mas quem é você? – perguntei, mesmo tentando lembrar não conseguia. Era uma lembrança distante e embaçada. Meu pai e Joe olharam para mim como se não entendessem minha pergunta.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Deixem reviews.
Bjus.