Amor E Outros Desencontros. escrita por Amanda Souza


Capítulo 18
Fogo e Gelo.


Notas iniciais do capítulo

Como sempre, desculpem a demora. Devido ao meu dedicamento as minhas outras Fanfics, quase não venho escrevendo essa, pois é, eu tenho muitas no caderno que eu nem sei se vou postar, também por causa das novas regras de postagem do nyah! que realmente, eu odeiei, uma bosta mesmo!! Enfim, capitulo meio compridinho, mas legal, terá literatura (cenas ou sei lá) de sexo, se não gostarem e só não ler, mas não é nada de mais, garanto. Desculpa se houver algum erro, não tive tempo de corrigir. Então, até la em baixo.



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Coloquei a cabeça para fora da janela do carro, sentindo o vento de fim de tarde bater contra meu rosto, jogando meus cabelos para trás. Respirei fundo o cheiro da maré salgada próxima misturada com o da areia. Era realmente gostoso.

Dessa vez Justin havia falado para onde íamos, para alguma das praias de Malibu, não sabia qual, mas também não perguntei. Endireitei-me novamente no banco cantarolando feliz a música que tocava no radio do carro, ainda com o cheiro da maré em meus pulmões. Afivelei o sinto novamente.

Olhei para Justin, que me olhava com um sorrisinho nos lábios.

– Sabia que você tem uma voz maravilhosa? – disse Justin.

– Sério? Porque você vai ouvi-la nos próximos 50 anos – brinquei rindo.

– Só 50? – brincou também Justin rindo e voltando os olhos para a estrada.

Gargalhei e me estiquei para depositar um beijo na sua bochecha. Justin sorriu e fechou os olhos por um instante quando o fiz.

– Estamos chegando? – foi quase uma afirmação.

– Finalmente – respondeu Justin com um sorrisinho nos lábios.

Havíamos passado uma parte da tarde para essa tal praia de L.A e não estava incomodada, estava feliz por fugir um pouquinho de tudo com Justin. Talvez fosse isso mesmo que precisávamos: De um pouquinho de descanso a sós apenas nos dedicando um a o outro.

Depois de uma longa curva, finalmente havíamos chegado. Justin estacionou o carro na areia da praia que parecia ser deserta. Sorri feliz ao sair do carro e caminhar pela areia branca e fina. Olhei em volta a praia deserta, apenas escutando o som das gaivotas e o som do mar. Joguei os braços para trás, absorvendo os últimos raios de sol que podiam ser os últimos. Suspirei e me virei para olhar para Justin, que me olhava sorrindo abertamente.

– Quer encarar? – perguntou Justin fazendo um aceno com o queixo para o mar.

Sorri para ele e mordi o lábio em resposta.

Começamos a correr em direção ao mar, deixando nossas camisas e sapatos para trás. Justin girou para minha frente, abrindo os braços e correndo de costas. Gargalhei correndo pra ele e me impulsionado para suas costas. Gritamos quando sentimos a água gelada nos atingir. Gargalhei alto quando Justin girou comigo ainda em suas costas e depois me tirou das mesmas. A água batia em nossas cinturas. Justin nos manteve colados, com as mãos na parte de trás da minha coxa, passei o braço em volta de seu pescoço tomando um impulso pulando para sua cintura. Justin então roçou nossos lábios em um beijo quente com um leve gosto de água salgada. Nossos lábios se moviam sincronizados enquanto eu sentia Justin apertar a parte de trás da minha coxa qual me prendia a sua cintura. De repente, fomos atingidos por uma onda que nos separou, fomos arrastados pela correnteza até a margem. Gargalhei sentada na areia fria e molhada enquanto Justin estava deitado no chão de braços abertos e olhos fechados ameaçando a começar a rir. Arrastei-me até ele, me pondo em cima de seu peitoral e beijei-o novamente, nós começamos uma guerra de línguas entrelaçadas e confusas. Rimos juntos ainda sem separar os lábios. Justin parecia não se conter quando me puxava mais pra perto como se aquilo não bastasse.

Ali era completa calmaria, só se ouvia o som das ondas que se desfaziam na areia aos nossos pés, provocando um murmura relaxante. Afastei-me de Justin e toquei a ponta do seu nariz com o dedo, gargalhei e sai de cima dele, correndo e quase caindo na areia. Justin veio atrás de mim, logo em seguida, agarrando-me por trás pela cintura e me girando junto com ele me fazendo soltar uma gargalhada alta. Quando enfim me soltou, ambos cambalearam tontos se sentando na areia. Suspirei feliz e completa enquanto observava a linha do horizonte com o sol se pondo na mesma, deixando as águas no mar numa cor bronze. Lindos raios de luz resplandeciam formando tons diferentes nas nuvens. Um lindo crepúsculo e um fim de um dia de verão. Justin me puxou mais para perto e eu me aninhei em seu peito nu. Não tinha como ser mais perfeito. Fechei os olhos por um instante sentindo Justin afagar meu ombro com o dedão.

Refleti sobre aquilo tudo então, era realmente estranho namorar uma celebridade. Nesse tempo vi como a mídia se infiltravam de uma forma furtivamente para descobri todos os mínimos detalhes sobre sua vida e te tornar um escravo para você próprio vigiar seus passos porque eles também estariam vigiando e os julgando como bom ou ruim. E dependendo dos seus acertos e erros eram eles que te levavam ao topo, não importando quantas vezes você tropeçava, você só não podia cair. E sendo namorada de uma celebridade, você também seria reconhecida por todos e seria obrigada a fazer vista grossas para seus próprios passos porque se não seria reconhecida como a errada. Mas eu realmente não me incomodava, Justin me fazia me sentir totalmente feliz com isso, porque ele também estava.

– É estranho – conclui pensando alto ainda de olhos fechados.

– O que é estranho? – perguntou Justin curioso.

– Um dia desse eu passava despercebida por todo mundo, já no outro, metade dele me conhece – disse dando uma risadinha forçada.

Justin fez um silencio por um instante.

– E você se arrepende de alguma coisa? – perguntou tentando transparecer tranqüilidade na voz, mas deixando escapar um leve receio por poder receber um “sim”.

Pensei por um momento em tudo que Justin havia me proporcionado até agora, toda aquela correria e situações inusitadas. Então conclui que não precisava de cogitação alguma, a resposta estava aqui, nesse momento, entre nós dois ou a nossa volta. Eu o amava e estava feliz.

– Não – respondi com um esboço de sorriso.

Pude ouvir a respiração de Justin escapar aliviada pela boca, então ele levou sua mão ate meu queixo, puxando meu rosto até encaixar seus lábios nos meus.

Instantes depois, eu finalmente abri os olhos e surpreendi ao encarar a escuridão. O mar refletia a lua azulada. As estrelas enfeitavam o céu.

– Uau – disse surpresa. – É melhor voltarmos pro hotel.

– E quem disse que vamos precisar voltar? – indagou Justin com um sorrisinho enigmático.

Abri a boca para questioná-lo, mas ele me interferiu se levantando e me puxando junto com ele.

Infiltramos em meio de arvores perto de algumas rochas, seguindo uma pequena trilha, podia se perceber uma luz entre as arvores no fim da trilha. Á medida que nós fomos se aproximando, a luz foi tomando a forma de quadrados, depois uma janela, duas, e então eu consegui distingui a forma da casa quando paramos no fim da trilha. Minha boca se abriu num pequeno "O" surpreso. O que uma casa fazia ali?

– Há quanto tempo planeja isso? – questionei.

– O tempo suficiente, Shawty – respondeu Justin com uma risadinha e voltado a me guiar para a casa.

Ah, claro, Justin Bieber, ele sim podia qualquer coisa.

Subimos juntos os curtos degraus da varanda.

– Dois dias? – deduzi.

– É... – Deixou a resposta solta no ar.

Ele se inclinou a minha frente, esticando o braço e girando a maçaneta da porta.

– Bem vinda ao lar, amor. – Ele riu baixinho.

Dei dois passos á frente e observei o lugar surpresa, a boca aberta num quase sorriso. Havia apenas dois cômodos, uma ampla cozinha e um quarto ao lado. O piso de madeira e as paredes pintadas num branco suave. Não havia qualquer meio de comunicação. Simplesmente longe de tudo.

Sorri quando Justin me abraçou por trás envolvendo os braços na minha barriga desnuda.

– É perfeito – disse por fim.

– Fico feliz que tenha gostando – sussurrou com a boca junto ao meu ouvido –, porque eu planejei especialmente para nós dois. – Ele deu uma leve mordiscada no modulo do meu ouvido fazendo os pelos da minha nuca se eriçar.

Eu girei pra ele, seus braços continuaram envolvendo toda minha cintura. Coloquei minhas mãos em seu peitoral definido quando ele me puxou para um beijo. Ele colou seu corpo ao meu ao máximo que o físico permitia, obrigando-me a afastar as mãos para sua cintura. Justin me puxava de uma forma desesperada, contornando minhas curvas com a mão que não me segurava pela cintura.

Por reflexo, cravei minhas unhas em suas costas na altura de seus ombros, descendo ate sua cintura, aquilo com certeza deixariam marcas. Nossos lábios se moviam urgentes, os meus um tanto cautelosos e preocupados até que ponto aquilo iria. Justin não queria me soltar, então eu tive que interromper arquejante.

– Justin – tentei dizer arfante. – Nossas coisas... Esta tudo lá fora... – completei, foi o melhor argumento que consegui com minha mente processando as informações tão lentamente.

Os lábios de Justin pararam por um momento em meu pescoço.

– Como se tivesse alguém aqui para pega-las – respondeu ironicamente com sua maça do rosto colado junto a minha.

Fechei os olhos quando sua boca começou a arrasta-se para meus lábios. Sua língua pediu passagem novamente e eu concedi; Como se eu fosse capaz de recusar... Suas mãos grandes seguraram com força meus quadris, guiando-me para o quarto, passando pela cortina de lantejoulas que tilintou. Meu coração martelou alto nos meus ouvidos, senti minhas mãos deslizarem de suas costas, estavam transpirando. Fechei os braços em seu pescoço e ele me empurrou para cama de casal que havia ali, como se aquilo tudo já tivesse sido planejado. E eu não recusaria. Entre arquejos, me ajoelhei na cama, levando Justin comigo a se ajoelhar, inclinando-me para ele, suas mãos passavam em minhas costas, eu sabia onde elas queiram parar. O que facilitou, e que eu já estava de sutiã quando as mãos de Justin foram parar no fecho do mesmo, ele abriu-o com facilidade. Rejeitar aquilo já estava fora de cogitação... Eu não queria magoá-lo, não queria perturbar aquele momento que já era tão complexo, então apenas deixei as alças do sutiã escorregar até o fim do antebraço e caírem para o lençol de ceda. Afundei minhas mãos em seus cabelos dourados, enterrando meu pescoço em sua nuca e inalando o cheiro de sua pele. Deite-me novamente, puxando Justin para mim, não havia mais como recusar, nem queria... Mas eu não sabia como.

– Justin – arfei m seu ouvido, iria ser constrangedor, já sentia meu rosto queimar... Além do desejo incontrolável, eu não conseguia distinguir minhas emoções agora.

Em meu pescoço, Justin soltou um gemido abafado em resposta. Suas mãos deslizaram de minha nuca ate o couro cabeludo, afundando-as no mesmo. Justin começou a se pressionar contra a mim, e involuntariamente, mordi o lábio e quase não consegui falar.

– Acho que você vai ter que me ensinar isso – disse tentando conter a tensão em minha voz. Acho que minha mente não estava ligada exatamente as minhas palavras.

Justin afastou os lábios de meu pescoço e me olhou com o cenho franzido.

– Você é...

– Sim, eu sou – interrompi franca, sentindo minhas bochechas queimaram.

As sobrancelhas de Justin se ergueram surpresas.

– UAU – fez ele.

O olhei com certo incomodo.

– Por quê? Acha que eu sou uma vadia? – indaguei deixando escapar um vinco de irritação na voz.

Arquei uma sobrancelha esperando uma resposta. Justin recompôs a expressão.

– Bom, eu só acho que... – ele próprio se interferiu, dando os ombros.

Inclinei a cabeça incentivando a continuar.

Justin então mordeu o lábio.

– Acho que isso vai mudar agora – completou com um sorriso malicioso.

Sorri torto, satisfeita com a resposta argumentada. Justin voltou a pressionar os lábios contra os meus, de uma forma quente e cuidadosa. Meus dedos seguiram as linhas de seu abdômen definido.

Livramo-nos do resto de nossas roupas. A cada parte que Justin tocava minha pele fria, sem censura alguma, parecia que deixava um rastro de fogo, me fazendo o desejar ainda mais. Porem, após ficarmos sob os lençóis, a situação não foi mais controlável, mas eu não o impedia ou me contive. Estava tudo perfeito, Justin estava sendo simplesmente perfeito e cuidadoso. Não havia mais policiamento ou censura. Tudo estava permitido, e eu gostava disso.

"Eu vou cuidar de você" Sussurrou Justin no meu ouvido aquela noite.

Então deixamos que aquele momento falasse por nós dois.


[...]


Abri os olhos para a luz do dia. Precisei de um minuto para reconhecer o quarto e conciliar o som da maré lá fora se misturando com o das gaivotas com tudo aquilo.

Sorri feliz, agarrando-me aos lençóis de ceda. Eu simplesmente tivera a melhor noite da minha vida. Estava completa, satisfeita e feliz por isso.

Senti um cheiro diferente vindo da cozinha ao lado e o barulho de algumas panelas serem reviradas e caírem no chão.

– Droga! – murmurou a voz de Justin.

Ri mentalmente imaginando o que Justin estaria fazendo na cozinha. Decidi então me levantar, peguei uma camiseta branca de Justin que estava na cabeceira da cama e me vesti deixando os três primeiros botões abertos, a camiseta bateu um pouco a cima de meus joelhos. Passei a mão por meus cabelos tentando ajeitá-los, então desisti e passeios para os ombros direito. Caminhei silenciosamente para a soleira da porta do quarto que ligava a cozinha, encostando-me na mesma de braços cruzados e com um sorrisinho. Observei Justin mexer em uma frigideira no fogão, ele estava sem camisa, exibindo sua bela forma, isso apenas o deixava mais sexy. Justin se atrapalhou ao ligar o liquidificador na tomada, o mesmo já estava ligado em sem tampa e começou a esparramar farinha para todo lado. Gargalhei alto e caminhei até Justin que suspirou aliviado quando conseguiu desligar o liquidificador. Ele se virou pra mim e cruzou os braços, havia farinha em algumas partes de seu corpo.

– Ta rindo né? – ele disse com um sorriso malicioso nos lábios.

– É engraçado ué – justifiquei rindo.

– Ah, então vem cá, amor – disse em tom de brincadeira estendendo as mãos sujas de farinha para mim.

Dei um pulo para trás me esquivando.

– Não, não – implorei começando a me afastar quando ele começou a se aproximar.

– Vem cá, é divertido – brincou.

Dei uma corridinha para trás, mas Justin foi mais rápido e passou as mãos sujas de farinha nas maçãs do rosto.

– Oh – ofeguei. – É assim é? – indaguei pegando farinha no saco sobre a pia.

– Ah, nem vem! – pediu se afastando.

Joguei farinha nele, que se expandiu mais pelo ar do que acertá-lo. Gargalhei e Justin abriu os braços para mim, seu peito coberto de farinha.

– Acho que você ta precisando de um abraço – brincou e depois me agarrou pela cintura.

Gargalhei tentando sem forças me soltar de seus braços. Desisti então e Justin me puxou mais para ele, tocou a ponta do meu nariz o sujando de farinha e apertou os lábios contra os meus. Ri ao sair do beijo.

– Obrigada por ontem – eu lhe disse olhando em seus olhos.

– Eu que agradeço. – Sorriu ele.

Sorri de volta e depositei um beijo em sua bochecha antes de sair para me lavar.

– Olha só, você me sujou toda Justin Bieber – resmunguei num tom brincalhão.

– Você que pediu – disse ele na defensiva.

Fui até o único banheiro que havia no quarto. Escovei os dentes e lavei o rosto. Desisti do meu cabelo e fiz um coque no alto da cabeça. Voltei para cozinha, Justin já cozinhando as panquecas, ele lançou uma para o alto e ela caiu com perfeição na frigideira do outro lado. O abracei por trás e depositei um beijo em seu ombro. Ele me olhou por canto de olho com um sorrisinho e passou a mão que não usava com a frigideira na minha coxa.

Soltei-me dele e meus olhos se depararam com minha câmera sobre a bancada;

– Minha câmera! – comemorei.

– Estava no carro – informou Justin.

A peguei, ligando-a logo em seguida me lancei para a cadeira da mesinha de dois lugares que havia ali.

Justin veio depois e com ajuda de uma espátula, colocou uma panqueca em meu prato e depois uma no seu. Beberiquei o suco de laranja enquanto isso.

– Hmm... – murmurei esfregando as mãos. – Parecem estar deliciosas!

Justin sorriu ao colocar a frigideira na pia. Esperei ele voltar.

Dei uma mordida na panqueca, depois Justin se inclinou para me beijar.

– Qual é o plano para hoje? – perguntei.

Justin deu os ombros despreocupados e mordeu sua panqueca.

– Fazer nada serve? – respondeu de boca cheia dando um sorriso torto.

Gargalhei da cena e mordi o lábio.

– Eu adoro isso – respondi sorrindo.

Peguei a câmera e mirei em Justin, tirando repetidas fotos suas, ele pareceu não se importar.

Notei então como aquilo tudo era um grande clichê. Um grande clichê de filmes e novelas. E por ser um clichê era algo especial e único, por isso que era uma coisa tão repetitiva. Dei zoom na câmera no rosto de Justin, observando cada traço seu e com ele era incrivelmente lindo... E como tudo aquilo era incrivelmente louco. Semanas atrás eu o odiava e queria enche-lo de chutes, e agora, olhe só, eu estava preste a enchê-lo de beijos. Percebi que aquilo era como Fogo e Gelo. Nós éramos Fogo e Gelo. Eu, aparentemente, o gelo, um iceberg e o Justin o Fogo, meu fogo, meu sol. O sol do Iceberg. Justin levantou os olhos calorosos cor de mel para mim e como sempre, a sensação de se desfazer por dentro, derreter-se. E era isso que acontecia quando se tinha o Gelo se tinha o Fogo, derretia-se, rendia-se, não havia mais aquela dureza e frieza, e comigo não era diferente. Justin me fazia assim, uma pessoa doce, uma pessoa que nunca imaginei que seria. Era uma relação composta, quase impossível, de um ódio que virou amor. E bem que dizem que esses dois andam juntos.

Justin sorriu pra mim, eu retribui.

– Eu tenho uma coisa pra você – ele disse.

Franzi o cenho.

– Olha no bolso da blusa – pediu.

Vi a forma quadrada de uma caixinha no bolso da frente que não havia percebido antes, tirei de lá, uma caixinha veludo azul escuro com as letras “Tiffany” gravadas. Olhei espantada para Justin, ele sorria divertido com os cotovelos apoiados na mesa e o queixo nas mãos juntas.

– Eu não queria nada muito exagerado e que chamasse atenção então vi isso e pensei “porque não?” – disse Justin enquanto eu abria a caixinha de veludo.

Dentro havia uma pulseira de diamantes que cintilaram na luz do sol que entrava pela casa.

– Meu Deus, Justin – murmurei surpresa. – Isso deve ter custado mais que minha casa! – exclamei e o olhei espantada. Justin riu. – Não posso aceitar.

– Mas você vai – insistiu levantando-se e vindo até mim –, e eu faço questão de colocá-la.

Justin ajoelhou-se ao meu lado e pegou com cuidado a pulseira que brilhou. Eu estendi meu pulso esquerdo, ele colocou para mim encaixando o fecho com rapidez.

– Muito obrigada, eu realmente amei – agradeci esfuziante, analisando a pulseira o levantando meu pulso na altura dos olhos.

– Um diamante é eterno como meu amor – recitou.

Sorri abertamente para ele e me inclinei abraçando-o pelo pescoço. Justin me segurou pela cintura e se endireitou me levantando no alto com ele. Eu logo o beijei.

– Tem uma praia nos esperando, vamos? – perguntou Justin ao sair do beijo.

Sorri em resposta.


[...]


Puxei o zíper do short logo em seguida desabotoei os botões, deixando amostra o biquíni cor-de-rosa que peguei nas malas que Justin havia levado para o quarto. Deslizei minha mão pelo antebraço de Justin até chegar a sua mão enquanto seguíamos a trilha. Assim que saímos de trás das arvores, pisando na areia quente, vi um lençol fino e branco voar com o vento para longe dali. Minha blusa. Ri por debaixo da respiração.

– Merda! – rosnou Justin.

– O que foi? – perguntei confusa.

Justin apontou com o queixo para dois caras distantes dali segurando maquinas fotográficas. Revirei os olhos.

– Não se preocupe com isso. – Tentei tranqüilizá-lo. – Não se esqueça de sorrir – lembrei-o esticando-me para depositar um beijo em sua bochecha.

Deixei o short e a maquina perto das rochas e fomos recolher nossos sapatos que haviam ficado ali ontem. Gargalhamos juntos parecendo dois idiotas enquanto tentávamos pegar minha blusa branca que fugia com o vento. Depois colocamos tudo junto com as outras coisas, corremos pra o mar. Os flashes, apesar de poucos, não paravam. Mas quanto eu nem Justin demonstrou se importar.

– Meu Deus! Estou morta! – disse ofegante voltando para areia.

Eu gotejava. Justin sacudiu o cabelo ao meu lado, esguichando água pra todo lado. Ri me afastando dos pingos. Gargalhei ao ver o cabelo de Justin todo esvoaçado, ajeitei seus fios molhados para o lado e então voltamos para as rochas. Peguei minha maquina e subi ao topo de uma rocha juntamente com Justin. Sentei entre as pernas de Justin, encostando-me no seu peitoral. Ergui a câmera no alto, apontando a lente para nós e tirei algumas fotos. Ficamos ali aproveitando o calor de o sol nos secar.

– Miles? – chamou Justin parecendo hesitante.

– Hm? – respondi distraída olhando as fotos na câmera.

– Você não me respondeu – disse ele sugestivo.

Olhei para frente. Justin esperou com calma.

– Respondeu o que Justin? – Me fiz de desentendida para ter tempo de pensar em uma resposta convincente o suficiente.

– Você não me respondeu se viria comigo – respondeu Justin.

Suspirei sem escapatória.

– Você sabe, as coisas são complicadas – disse numa voz fraca.

– Não são não, você pode ter suas aulas comigo. Eu lhe darei o que precisar. E-Eu posso falar com sua mãe, seu pai, Melanie... E-Eu... – desistiu da tentativa aflita. – Eu não sei se vou conseguir sem você – completou num sussurro.

Arfei e abaixei o olhar. A aflição de Justin doeu em mim. Eu não podia ser fraca.

Engoli o seco e recompus minha expressão antes de girar para olhá-lo. Seus olhos estavam ansiosos e seu maxilar travado.

Perguntei-me quanto tempo iria conseguir viver sem aqueles olhos. E se é que iria conseguir sem ele, meu amor, meu fogo. Mas realmente, eu não precisava.



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Notas finais do capítulo

REVIEWS? RECOMENDAÇÕES DAS MINHAS LEITORAS LINDAS? AH GENTE, VAMOS LÁ, EU ME ESFORCEI TANTO PRA FAZER ESSE CAPITULO, MEREÇO UMA RECOMENDAÇÃO OU NÃO? HMMM? HAHA FICA A CRITERIO DE VCS NÉ, BEIJO E ATÉ O PRÓXIMO!!



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