Escolhas escrita por yellowizz


Capítulo 7
Capítulo 7 - Desafio


Notas iniciais do capítulo

Capítulos 7 e 8 de presente para vocês! Boa leitura. :)



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Damon Salvatore

Há dois anos fiquei sabendo, durante um almoço de família, que Stefan estava namorando com uma garota que conhecera na faculdade de Direito. Elena Gilbert foi apresentada à nossa família um mês depois e com certeza foi bem recebida por todos, inclusive pela minha mãe.

No princípio seu jeito um pouco tímido não havia me deixado conhecê-la muito bem, mas então acabei voltando do Canadá para ficar um mês na casa dos meus pais e a convivência com Elena me fez perceber o quão divertida, brincalhona e educada ela era.

Meu pai quase não me suportava por eu ter sido o filho rebelde e sua dedicação sempre foi direcionada a Stefan. Não que isso tenha me deixado enciumado ou algo do tipo, eu levava minha vida tranquilamente do meu jeito longe de todos. Optei por fazer Engenharia Civil e isso acabara deixando meu pai irritado e consequentemente levou Stefan consigo. Ignorei todas as broncas e caras feias que recebia assim que aparecia na casa onde vivi até os meus dezessete anos.

Passei cinco anos no Canadá onde atualmente moro e estou terminando minha faculdade. Recebi a notícia do casamento do meu querido irmão por telefone porque nem o convite ele fez questão de mandar, não que fosse indispensável porque eu viria de qualquer jeito.

Quando cheguei em casa tive uma grande surpresa ao ver Elena ali esperando-me ao lado de minha mãe, aposto que dona Eliza a tinha feito ficar, mas se ela estava ali por obrigação ou por vontade própria não era problema meu. Elena estava ali e isso era o que interessava.

Minha futura cunhada estava ainda mais linda do que a última vez que eu a havia visto, mas a sua expressão carrancuda ao ver-me ali fez-me pensar que provavelmente Stefan já teria ditado algumas regras quando estivesse em minha presença.

Tentei manter diversas vezes uma boa conversa com ela, mas Elena não me dava chances de mostrar que eu não era o vilão como todos diziam, então resolvi ir até a sua casa e forçá-la a conversar comigo pelo menos uma vez na vida. A noite de sexta não poderia ter sido melhor, ao menos consegui ganhar a sua amizade, mesmo que não fosse muita coisa, já era um passo a mais. No ensaio dançamos juntos por ironia do destino, mas eu não tive do que reclamar.

Havia ganhado uma carona de boa vontade de Elena até em casa e assim que entrei joguei-me na cama do meu antigo quarto que, pelo estado em que estava do jeito que deixei, provavelmente não era usado por mais ninguém. Lembrei que havia um livro na estante do escritório que eu adorava ler e não consegui terminá-lo antes de ir embora para o Canadá, decidi que era hora de recomeçar a leitura já que ficaria um mês sem fazer quase nada.

Segui para o cômodo torcendo para que o livro ainda estivesse lá assim como as coisas do meu quarto. Caminhando pelo corredor ouvi alguns murmúrios vindos do escritório e reconheci a voz de Stefan e de meu pai discutindo, parei perto da porta e prestei a devida atenção na conversa.

- Você é um estúpido Stefan! – meu pai sibilou e sua voz denunciava seu péssimo humor.

- Ela me ama. – Stefan rebateu.

- Você conhece Damon muito bem, mantenha-a longe dele. – não pude deixar de sorrir de canto, então eu representava uma ameaça para o noivado.

- Pai. – Stefan recomeçou, sua voz um pouco mais branda. – Elena e eu estamos bem demais para que Damon atrapalhe alguma coisa.

Não acreditei no que eu estava ouvindo. Permiti gargalhar sem deixar minha voz sair diante da estúpida conversa que estavam tendo.

- Ela não vai desistir. – Stefan completou.

Ouvi que a conversa havia acabado e os passos perto da porta se intensificaram, tratei de sair dali para que ninguém percebesse que eu estava ouvindo tudo. Escondido atrás da porta do meu próprio quarto consegui ver pela brecha da fechadura que os dois haviam saído.

Ainda gargalhando da conversa ridícula que eu havia ouvido, segui para o escritório a procura do meu livro. Revirei algumas prateleiras e fui jogando um ou dois livros sobre a mesa para que a busca se tornasse mais fácil. Encontrei-o escondido no canto de uma das prateleiras, limpei a fina camada de poeira que o cobria e sorri ao ver a capa.

Deixaria tudo reorganizado por mania mesmo. Peguei os dois livros jogados sobre a mesa e assim que eu o fiz alguns papéis caíram no chão ao lado dos meus pés. Não tardei em juntá-los rapidamente e ao colocá-los de volta em seu devido lugar o nome de Elena nas primeiras linhas me chamou a atenção.

Corri os olhos ligeiramente pelo resto do documento e mal acreditei no que lia. O documento era uma espécie de declaração que passaria toda a fortuna da garota para meu irmão. Por Deus, ela precisaria assinar, mas o que Stefan faria para que isso acontecesse?

E como num clique a resposta apareceu em minha mente. Para selar o casamento, Elena precisaria assinar os papéis mediante um juiz. Claro que ela confiaria demais em Stefan para querer ler os documentos antes de assinar, então tudo se tornaria fácil demais. E o fato de estarem preocupados demais com a minha presença era o fato de que eu pudesse estragar o plano. Simples demais.

Dane-se se eu estaria me ferrando depois, mas eu não deixaria esses dois aproveitarem-se de Elena. Eu não tinha medo. Sentia nojo de me referir a eles como meu pai e meu irmão depois do que eu vira.

A porta se abriu de súbito e eu encarei os olhos nervosos de Stefan me observando com os papéis nas mãos.

- Não vou deixar fazerem isso com ela. – avisei apontando para os documentos.

- Não se meta Damon. Fique longe da minha noiva. – Stefan estava bravo, sua expressão séria não demonstrava o contrário. – Estou fazendo isso para protegê-la.

- Você é um grande idiota, irmãozinho. – disse enquanto passava por ele e saía do cômodo a passos largos deixando os papéis sobre a mesa como se nada tivesse acontecido.

Como era possível que ninguém nunca desconfiara? Por Deus, Stefan e meu pai estavam há tanto tempo interessados na fortuna de Elena e ela havia acreditado fielmente no amor que meu irmão supostamente sentia por ela. Eu precisava contar isso a Elena antes que fosse tarde demais. E eu apenas torcia para ela acreditasse em mim, porque se ela me colocasse a ponta pés para longe dela só Deus sabe quando abriria os olhos para o jogo sujo do seu noivo.

Corri para a garagem pegando o carro de minha mãe sem pedir, sabia que ela me daria caso eu pedisse, então poupei tempo e fui até o apartamento de Elena sem me importar se ela estaria lá ou não, ou que horas eram. Eu sentia que estava fazendo a coisa certa por mais que ela sofresse quando descobrisse. Seria pior esconder. Eu, Damon Salvatore, seria um estúpido se escondesse. E por mais que eu fosse um cafajeste como diziam, não pretendia me aproveitar da situação para me aproximar de Elena, porque eu me importava demais com ela e nem eu mesmo entendia o porquê.


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Notas finais do capítulo

Reviews, please.