Escolhas escrita por yellowizz


Capítulo 4
Capítulo 4 - Cunhadinho


Notas iniciais do capítulo

Com o nome do capítulo vocês podem imaginar o que vem por aí, mas acalmem os seus corações e seus hormônios porque eles ainda são cunhados, HAHA. Quero reviews, então divulguem, por favor, porque eu sou chata e quero comentários lindos e muitos leitores. :)
Boa leitura.



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Eu queria olhar, mas minhas pernas pareciam não me obedecer.


– Sou eu Elena. – a voz soou mais claramente e meu coração acelerou-se.


– Seu filho da puta, quer me matar do coração? – falei raivosa ameaçando jogar nele um dos copos que a pouco eu havia colocado na pia.


– Mas que boca suja. – ele reprovou minha atitude jogando em minha direção um pano de prato que antes estava jogado ao lado dos copos sujos.


– Damon, o que está fazendo aqui? – apoiei minhas mãos sobre o balcão que nos separava tentando acalmar e torcendo para que minhas pernas ficassem firmes novamente.


– Você esqueceu a sua bolsa. – ele levantou a mão e só agora percebi que ele segurava a minha Prada ao lado do corpo.


– Não é verdade, eu acabei de pegar a chave do meu apartamento de dentro dela. – revirei os olhos suspirando.

– Oh, é mesmo? – ele fingiu estar surpreso.

– Deixe-a no sofá. – pedi apontando para a sala.


Damon saiu da cozinha e caminhou em direção à minha sala que ainda podia ser vista de onde eu estava. Jogou a bolsa sobre o sofá como eu pedi e em seguida sentou-se no encosto me observando.


– Como entrou aqui? – questionei curiosa.


Aproximei-me de onde ele estava observando que a porta estava levemente encostada.


– Você não trancou a porta depois que entrou. – o moreno contou indiferente.


– Você me assustou. – confessei notando que meu coração ainda estava um pouco descompassado.


– Desculpe. – ele sorriu sem tirar os olhos de mim.


Permanecemos sem assunto durante algum tempo e foram os minutos mais desconfortáveis de todo o dia. Eu não queria mandá-lo embora, mas eu estava sendo educada demais deixando-o ficar depois de sua ousadia de hoje a tarde quando colocou seus dedos sobre meus lábios como se pretendesse me causar alguma coisa.


Ele nunca ficaria satisfeito em saber que eu seria apenas sua cunhada e eu sabia disso desde a primeira vez que nos vimos. Eu estava noiva de seu irmão, mas não era cega. Damon era incrivelmente sedutor. Droga, por que estou falando sobre isso? Mas continuando. Não podia negar que o achava extremamente sexy, mas ele tinha uma personalidade forte. Era determinado e seguro de si. Educado quando bem entendia e só era gentil quando pretendia alguma coisa. E era por esse motivo que eu estava um pouco tensa por ele ter trazido a minha bolsa e ainda não ter pedido nada em troca. Damon não era do tipo que fazia favores. E eu sabia disso.


– Vai mesmo se casar aos seus vinte anos? – ele quebrou o silêncio com a última pergunta que eu pretendia ouvir dele.


– Existem garotas que se casam aos dezoito e vivem felizes com seus maridos o resto da vida. – respondi sentando-me ao seu lado.


– Estou falando de você e não das outras garotas. – ele não sorriu. – Não que eu ache errado casar-se aos vinte anos. Só não acho que isso seja certo para você.


– Eu é que sei o que é melhor para mim, Damon. – falei levemente irritada. – Mas obrigada pela preocupação. – concluí ironicamente.


Eu sentia que o meu amor por Stefan era o maior que eu já havia sentido por qualquer outro garoto. Ele era gentil e carinhoso. Tinha estabilidade econômica e me amava, não?


– Você tem razão. – ele sorriu de canto quebrando o clima tenso.


– Já experimentou ir a um psicólogo ou algo do tipo? – perguntei.


Claro que ele precisava. Uma hora estava me matando do coração, outra tentava me seduzir, depois me dava lições de moral e em seguida me dizia que eu tinha razão. Estou realmente acreditando que Damon tem um probleminha.


– Da última vez que fui a psicóloga me tirou do consultório a pontapés. – ele riu provavelmente ao lembrar-se do episódio.


– Falou algo errado? – questionei.


– Tentei seduzi-la, mas ela era casada. – confessou.


Não agüentei ouvi-lo sem rir e desabei em uma gargalhada espontânea e ele apareceu admirar-se com a minha reação.


– Por que estou tão surpresa? – perguntei a mim mesma controlando o riso.


– Também não sou nenhum tarado. – ele fingiu-se de ofendido.


– Ainda estou pensando sobre isso. – voltei a ficar um pouco mais séria.


Olhei para o relógio de parede na cozinha e percebi já serem onze e quarenta da noite. Damon levantou-se e seguiu em direção à geladeira.


– Você não bebe? – ele perguntou assim que verificou que não havia nada de álcool na minha geladeira


– Bebo suco natural. Maracujá de preferência. – permiti rir de minha própria confissão. – E quem deixou você abrir a minha geladeira Sr. Damon Salvatore? – brinquei.


– Com água? – ele perguntou ignorando a minha pergunta.


– Com vinagre. – revirei os olhos diante da óbvia resposta caminhando até a cozinha.


– Poderia ser com leite. – ele fechou a geladeira e virou-se em minha direção sorrindo de canto.


– Maracujá com água. – amarrei a cara percebendo que ele tinha razão e então Damon riu. – Tem uma garrafa de vinho no fundo do armário. – cochichei como se fosse um segredo importantíssimo apontando para o lugar onde eu havia escondido a garrafa.


Ele piscou indo em direção ao armário vasculhando-o a procura do vinho. Achou a garrafa no fundo do armário e tirou-a de lá com pouca dificuldade.


– Por que você esconde uma garrafa de vinho dentro de sua própria casa? – o moreno perguntou vasculhando todos os armários possíveis à procura de duas taças.


– Para que seja mais difícil eu me embebedar sozinha. – confessei rindo logo após. Não era verdade, mas a brincadeira estava divertida demais para desmentir. Guardava a garrafa porque raramente bebia, quando precisasse sabia que estaria ali.


Damon abriu a garrafa com o abridor que encontrou provavelmente depois de ter revirado muitas gavetas da minha cozinha. Encheu as duas taças me entregando uma delas.


– À nossa amizade? – ele ergueu a taça sugerindo um brinde.


– À nossa amizade. – concordei.


Ouvir o tilintar sutil das duas taças brindando em favor da nossa amizade me pareceu uma ótima opção, agora só me restava torcer para que fosse a escolha certa.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? :D Beijinhos.