Ficamos abraçados por um longo tempo, Edward acariciava o
meu rosto e sussurrava Can’t take my eyes off you .

Nunca havia ouvido ele
cantar, sua voz ficava ainda mais linda enquanto cantava a nossa musica
para mim. Pois aquela, sem duvida nenhuma, é a nossa musica, marcou o nosso
primeiro encontro, pelo menos para mim.

Ouvi um a porta de abrindo e virei devagar, era minha mãe
com uma bandeja.

– Trouxe uma lanchinho pra vocês, pensei que você ainda
estivesse desmaiada, filha – ela se sentou a beira da cama com a bandeja no
colo – esta melhor?

– Estou – eu disse ainda abraçada a Edward, não queria me
afastar dele, era o meu remédio – a tontura já passou e a dor de cabeça esta
diminuindo.

– Coma esse sanduiche – ele lhe entregou um prato, tive que me
afastar de Edward, mesmo não querendo – quer alguma coisa Edward?

– Não, obrigada tia – ele disse aliviado.

Renée saiu do quarto rapidamente, sem dizer nada, parecia
meio envergonhada por presenciar o abraço. Minha mãe ainda não tinha se
acostumado com o nosso relacionamento e
se surpreendeu em ver a nossa união, para ela, ainda estávamos no inicio, não
nos tocávamos direito, só conversávamos mas isso mudou quando ela entrou no
quarto. Pude perceber pelos seus olhos que ela via que o nosso amor é muito
grande e que pouco foi demonstrado em um abraço tão profundo.

– Acho que tia Renée ainda não se acostumou com “nós” – ele
disse rindo, me tirando dos meus devaneios.

– Você lê pensamentos? – eu disse meio desconfiada, rindo.

– Não, por que? – ele disse rindo mais da minha idéia.

– Estava pensando a mesma coisa! – nós somos tão ligados que
pensamos iguais!

Olhar para ele rindo livremente me fez lembrar que ele não
devia estar ali.

– Você me paga Edward Cullen, seu aproveitador – eu disse
seria, olhando ele brava.

– O que eu fiz? – ele fez cara de inocente mas parecia
desconfiado.

– Você aproveitou que eu estava passando mal para ir embora
também! – eu o acusei.

Ele riu.

– Na verdade eu não vim embora por que queria me livrar da
escola – ele sorriu me provocando – não que não seja verdade, porque sempre é
bom se livrar de um dia de aula – ele riu – mas hoje eu quis vir porque estava
preocupado com você e não conseguiria ficar na escola pensando como você
estaria.

Eu fiquei feliz e meio envergonhada pela acusação, as vezes
esse lado protetor de Edward me surpreendia.

Comi o sanduiche de frango que minha mãe havia trago e
peguei um suco que ela havia deixado na mesinha ao lado da cama antes de voltar
a olhar para Edward.

– Deixar você surpresa é engraçado - ele riu suavemente cariciando meu rosto –
parece que você sempre se surpreende quando digo alguma coisa.

Eu ri sem graça.

– É que algumas coisas me deixam surpresa – expliquei – você
mudou muito.

– O nosso amor me mudou – ele disse se aproximando mais.

Só não nos beijamos porque a tia Esme entrou no quarto.

– Me desculpem – ela pareceu envergonhada por atrapalhar o
momento, mas não estava mais do que eu, concerteza – eu vim avisar que o almoço
esta pronto.

Fomos para a cozinha e nos encontramos com Rose que havia
voltado da escola.

– Bella! – ela me abraçou quando me viu – mamãe falou que
você passou mal na escola! Esta melhor?

– Estou sim Rose – eu disse me sentando ao lado dela na
mesa.

– Estou feliz que possa contar com você para me ajudar no
jantar de família Renée – tia Esme falava com a minha mãe animadamente enquanto
almoçávamos – todos viram para cá no fim de semana e eu sempre fico
atrapalhada.

– Que isso Esme, você sabe que sempre que precisar vou te
ajudar – a amizade entre minha mãe e tia Esme é muito grande – estou feliz em
rever Kate, a sua filha, Tanya deve estar enorme.

Me engasguei com o macarrão.

Tanya iria para lá no fim de semana?

Eu não podia acreditar.

Tem coisas que acontecem...