Sociedade Carmim escrita por Nynna Days


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Aqui está um novo capítulo. notei que no capítulo anterior tive poucos cometários. Isso desanima , gente. Postei o capítulo que vocês tanto queriam e só recebo um cometário?
Mas, tudo bem.
Enjoy!



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Capítulo 14

Acordei como um passarinho feliz. Ao mesmo tempo, tinha um rastro de culpa dentro de mim e repulsa, que eu era obrigada a colocar de lado. Esse negócio de ter dois lados não era nada engraçado. Enquanto caminhava escada a baixo, com a minha confusão aparente, deixava meus sentidos vagarem pela casa, captando os pensamentos de Megan.

Encontrei a mesma sentada a mesa, folheando um jornal. Seus olhos captaram minha aproximação e ela sorriu. Me sentei a sua frente e comecei a comer. Nós duas estávamos alegres. Pouco tempo nessa cidade e tínhamos nos encontrado. E se nunca tivéssemos saído? Será que estaríamos felizes a mais tempo?

“É impressão minha ou eu não sou a única feliz aqui?”, Megan perguntou abaixando o jornal o suficiente para me ver.

Franzi meus lábios. Eu sabia que Megan iria ficar fula da vida se contasse a ela que Ethan tinha vindo aqui ontem a noite depois que ela saiu. Ao mesmo tempo, eu nunca tinha escondido nada dela em toda minha vida. E eu não queria que aquela fosse a primeira.

“Meg...”

“Jordan, o que você aprontou?”, seu tom foi de brincalhão para sério em apenas uma palavra minha.

Desviei os olhos para a mesa. Não que eu me arrependesse do que tinha feito. Beijar Ethan tinha sido, ao mesmo tempo que confuso e glorificante, arrepiante e repulsante. Passei a língua nos lábios e tremi quando as possibilidades começaram a surgir na cabeça de Megan. Nenhuma chegava aos pés da verdade.

“Jô, me conte”, ela colocou sua mão por cima da minha.

Me senti mais culpada com esse toque, e com a suavidade de seus olhos. Retirei minha mãe da dela e levantei minha cabeça, pronta para arcar com as minhas consequências.

“Eu beijei Ethan Ramirez ontem”

“O quê? Quando?”, envés de parecer uma madrinha nervosa e que estava pronta para me dar umas palmadas, ela parecia uma adolescente pronta para fofocar sobre o beijo a amiga. Até seus pensamentos eram de uma adolescente. Um sorriso se desenrolou dos meus lábios. Fiquei decepcionada comigo mesma. Era como se eu não conhecesse Megan.

“Ontem.”, fiquei hesitante com as palavras. “Depois que você saiu, ele veio aqui.”

Sua expressão de Megan foi de adolescente animada com o beijo da amiga para que diabos ele estava fazendo aqui enquanto eu estava fora, em questão de segundos. Tive que segurar o riso, por saber que aquilo era exatamente que era aquilo que realmente passava na mente dela. Ela se levantou e colocou as mãos na cintura, esperando uma explicação.

Eu apenas sorri e pisquei meus olhos tentando parecer angelical, mas na mente de Megan eu via que aquilo não estava funcionando. Abri a boca para começar a me explicar, quando a campainha tocou. Salva pelo gongo, caminhei até a porta um pouco apressada e dei de cara com uma Christina emburrada. Sem que eu disse nada, ela entrou na minha casa, jogando tudo em cima de mim.

“Que bela amiga você é”, ela acusou. “Beija meu irmão e não me conta nada. Se eu não fosse vidente estaria no escuro.”

“Christina, percebeu que eu acordei tem 10 minutos?”, perguntei, estranhando o fato dela deixar a questão de ser vidente escapar tão naturalmente por seus lábios na frente de Megan.

Christina arrastou seus olhos verdes até a outra sala, onde Megan estava em pé com uma expressão confusa nos encarando. Suas bochechas coraram e ela voltou a me olhar. Imitando, Meg, colocou as mãos na cintura e esperou uma explicação.

“Eu vou lá para cima”, Megan disse subindo a escada.

Conversamos mais tarde.

Assenti, discretamente e fui me sentar no sofá, Christina me seguiu, ainda esperando uma boa explicação. Revirei meus olhos. Por que ela não perguntou para o próprio Ethan? Ele que havia me beijado, não é?

“Acordo feliz, hoje, pensando que iríamos a shopping juntas e colocaríamos a conversa em dia, como qualquer adolescente normal e tenho uma visão, atrasada de você e Ethan enfiando um a língua na boca do outro.”, ela contou e fez bico. “Pensei que fosse minha amiga, Jô.”

“Eu sou, Christina.”, afirmei num tom de voz cansado. “Mas, como eu disse, acordei a 10 minutos e também, não sou do tipo de garotas que acorda já contando quem beijou no dia anterior. Eu e Ethan, bem...”, hesitei tentando lembrar o que, de fato aconteceu. Balancei a cabeça, desistindo. “Foi só um beijo”

“Não foi o que pareceu para Ethan.”, ela revelou e abaixou o tom de voz como se isso fosse o maior segredo do mundo. Bufei, mas assenti para que ela continuasse. “Tentei arrancar dele, o quê, diabos tinha acontecido entra vocês dois, mas ele só fez fugir de mim”, novamente, lá estava o bico. “Quando ele faz isso, é porque realmente mexeu com ele.”

“Christina, vamos mudar de assunto.”, pedi. A contragosto, ela assentiu. “Me conte as novidades da Sociedade Carmim.”. Senti meus olhos brilhando de empolgação. Se era através de Christina e Ethan que eu iria saber sobre as notícias do meu mundo, que fosse assim.

“Oh, sim. A Rainha está preocupada com seu filho”, Christina contou, mas seu tom fazia parecer que a notícia era menos importante que meu beijo com Ethan. Talvez, para ela, fosse. “Estão colocando Darks Rastreadores atrás dele.”

“Caramba”, arregalei meus olhos. Eu tinha pena do filho dessa Rainha. Me ajeitando no sofá, resolvi tirar uma dúvida que batia mil vezes em minha mente. “Christina, o quê, de fato são os Carmim e os Darks?”

Christina sorriu.

“Ethan deve ter contato a história mais complicada de , o primeiro homem Carmim e a primeira mulher Darks, certo?”, ela perguntou e eu assenti. Ela riu, então abaixou a voz, novamente. Ficou séria, subitamente. “Ele esqueceu de contar que, supostamente, os Carmim, são descendentes de anjos.”

“Anjos?”, repeti, surpresa. “Tipo, aqueles com auréolas e asas?”

“Tirando isso, sim. Mas é só uma suposição. Ninguém nunca foi a fundo nesse estudo. O que acreditam nessa teoria, dizem que é o motivo por odiarmos tanto os Darks. Porque se os Carmim são descendentes de anjo...”, ela deixou a frase em aberto.

“Os Darks são descentes de demônios.”

Minha mente parecia dar mil e uma voltas. Na teoria de Ethan, éramos apenas pessoas estranhas com poderes bizarros. Mas na de Christina, isso ia além. Tive vontade de rir, ao lembrar que, no primeiro dia de aula, os comparei com anjos. O que eles são, realmente.

Na mente de Christina, o meu silêncio significava que eu tinha absorvido muita coisa em poucos dias. Mas, lá no fundo, ela sabia que tinha algo de estranho em mim. Por trás das roupas estranhas ( nas palavras dela) e no óculos feios (palavras de Ethan), tinha uma beleza tachada como sobrenatural, assim como as deles.

Já passou na mente dela que eu poderia ser uma Carmim, mas a impossibilidade de Ethan usar o poder dele em mim, anulou sua teoria. Já passou pela mente dela que eu poderia ser uma Dark, mas a habilidade dela ler meus pensamentos, mudou sua teoria. Ela só sabia que tinha algo estranho comigo, ela só não sabia o que era. Mal ela sabia que estava diante de uma meia anjo e meia demônio.

Fiquei tentada a contar mais uma vez a Christina, mas o som dos saltos de Megan descendo as escadas me impediu. Ela parou a nossa frente, já arrumada. Ela não queria entregar, mas tinha escutado parte de nossa conversa e estava tão impressionada quanto eu com esse papo de anjos e demônio. Ela também percebeu que Christina sabia demais sobre mim e que precisava distraí-la. Mesmo marcando um encontro com Dean hoje de novo, mas ele poderia esperá-la. Aquilo, no momento era bem mais importante. Com um sorriso ensaiada, Megan disse:

“Hey, que tal você me ajudarem no shopping?”


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Notas finais do capítulo

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