Suas Lembranças escrita por Anna Bells


Capítulo 7
Capítulo 7




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Capítulo 7

Edward P.d.v.

                — Você me acha idiota Tânia? – perguntei quando chegamos todos em casa.

                Vi Bella e Rose subindo com Nessie, Sophie e Logan para o quarto. Tânia não parava de chorar.

                — Eu que faço essa pergunta Edward, como você me traiu daquele jeito?! – esbravejou.

                — Pelo o que eu sei você disse que está esperando um filho meu, que está de três meses, mas há três meses nós estávamos separados, não estávamos juntos. – todos arfaram de surpreso àquela hora, Tânia engoliu um seco. — Devia saber mentir melhor, não sou idiota. – cruzei os braços em meu peito.

                — Edward, amor, me deixa explicar. – pediu segurando em meus braços, afastei-a. — O médico deve ter errado o tempo da gravidez, mas esse filho é sim seu, eu nunca te traí amor, eu nunca faria isso com você, eu te amo, eu te amo muito. – disse chorosa, seus soluços estavam cada vez mais frequentes.

                — Para Tânia! Para com essa mentira toda! – esbravejei. — Por que me traiu, por quê? – perguntei tentado me acalmar, o que era praticamente impossível.

                — Eu sempre soube o quanto você é apaixonado por ela. Você nunca tentou esconder isso, era como se ela ainda estivesse viva.

                — Ela sempre esteve viva. – falei entre dentes.

                — Não, nesses dois anos ela estava em estado de inércia, isso não é estar viva! – apontou o dedo para mim. — Essa família toda sempre suspirava, passava a maior parte do tempo absorta em pensamentos, ela sempre estava presente. Suas filhas sempre perguntavam da mãe que nunca estava. Você sempre estava olhando a droga das fotos dela, mas ela nunca estava lá. Vocês passaram dois anos vivendo por alguém que não merecia absolutamente nada disso! As nossas brigas estavam cada vez mais frequentes e eu já não suportava mais, estava cansada de tanto tentar seduzir você e nada, em apenas uma noite de diversão e prazer, acabei ficando grávida e para piorar, a santa Bella havia acordado para acabar com o nosso casamento e para acabar com o meu plano de ter você comigo pra sempre.

                — Sua... – Jasper segurou minha irmã antes que ela chegasse perto do pescoço da loira á minha frente.

                — Você se iludiu muito achando que eu me apaixonaria por você. Meu coração sempre foi e sempre será de apenas uma pessoa, e essa pessoa, nunca será você. – fechei meus olhos por um tempo. — Eu não acredito que no começo eu cogitei a ideia de deixar a mulher que eu tanto amo por você, por causa da nossa amizade. Você não respeitou nem a amizade que tínhamos antes, eu me sinto um idiota. – dei um sorriso irônico.

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                — Você não sabe como é amar alguém sozinha. – falou soluçando.

                — E VOCÊ NÃO SABE O QUE É ESPERAR POR DOIS ANOS, POR 24 MESES ALGUÉM ACORDAR! VOCÊ NÃO SABE O QUE É MEDO DE PERDER A MULHER QUE AMA E SUAS FILHAS NUM ÚNICO DIA. VOCÊ NÃO SABE O QUE É O DESESPERO AO SABER QUE VAI SER APENAS MINHAS FILHAS E EU! E AONDE FORAM PARAR TODOS OS SONHOS?! ELES MORRERAM A CADA DIA QUE SE PASSAVA! – ouvi os soluços atrás de mim, meus braços caíram ao lado do meu corpo. — Tínhamos uma vida cheia de sonhos e tudo mudou em apenas uma noite e com uma promessa esquecida.

                O silêncio se instalou na sala enquanto minha mãe e Alice choravam, todos tinham uma expressão séria no rosto.

                — Vai embora Tânia. – seus olhos surpresos voltaram-se para mim. — Vai embora da minha vida, vai viver com o seu amante, nunca mais nos procure. – falei.

                — Edward, por favor, por favor, eu te amo, eu te amo, eu faço qualquer coisa. – pegou meu rosto entre as suas mãos.  

                — Se realmente me ama, vai embora e nunca mais nos procure. – pedi tirando suas mãos de perto de mim.

                A mulher á minha frente parecia processar tudo o que havia acontecido naquele momento, seus olhos enchiam-se novamente de lágrimas enquanto os soluços ficavam cada vez mais altos.

                Quase correndo ela subiu as escadas.

                Caí totalmente cansado no sofá, passando com força extrema as mãos em meu cabelo.

                — Acabou filho, finalmente tudo acabou. – disse minha mãe apertando meu joelho enquanto limpava alguns vestígios de lágrimas.

                Respirei aliviado vendo Nessie descer as escadas com cuidado, ela cantarolava baixinho, sentou-se me meu colo, passando seus bracinhos por meu pescoço.

                — Cadê a mamãe? – perguntei beijando sua testa.

                — Mamãe cholando. – disse fazendo biquinho.

                — Chorando? – perguntei preocupado.

                — Ela foi para o jardim mano, enquanto Tânia e você conversavam, Bella passou para o jardim. – disse Alice. — Ela parecia bem abatida, fiz questão de ir até ela, mas ela não quis.

                Levantei-me com minha filha no colo, coloquei-a sentada ao lado da avó.

                Á passos calmos andei até a mulher que estava de costas para mim, ela olhava para o céu.

                — Bella! – chamei-a, a chuva estava cada vez mais forte, porém, ela nem se dera o trabalho de se virar. — Bella! – nada.

                Corri até ela, sua roupa já estava grudada em seu corpo. Parei á sua frente, ela ainda mantinha seus olhos presos no céu.

                — Amor. – puxei seu queixo com carinho até seus olhos encontrarem os meus. — Por que está chorando?

                Ela mordeu o lábio inferior enquanto encolhia os ombros.

                — Me perdoa Edward? – pediu chorosa. — Me perdoa por ter te deixado á dois anos? Perdoa-me por ser fraca? Perdoa-me por ter feito você esperar todo esse tempo, por todas as suas dores, por todas as suas lágrimas, por todos os seus medos, por não ter estado ao seu lado quando precisou, por não ter estado com os nossos anjinhos nas primeiras palavras, nos primeiros passinhos, quando abriram os olhos, quando sorriram, quando os primeiros dentinhos de leite nasceram. – soluçou; abracei sua cintura colando seu corpo ao meu. — Me perdoa por não ter estado com você na primeira noite em claro delas, no primeiro chorinho. – seus ombros tremiam enquanto encostava seu rosto em meu peito. — Me perdoa, por favor, me perdoa.

                Eu sabia que Bella havia ouvido o que eu falara para a Tânia, sabia que naquelas palavras, estava demonstrado o tanto que sofri por nossa distância.

                — Eu não preciso perdoar nada. – peguei seu rosto entre minhas mãos. Estávamos totalmente ensopados. — Mas se isso te faz se sentir melhor, eu te perdoou todos te perdoamos meu amor. Foi algo que nunca poderíamos impedir meu anjo, apesar de passarmos dois anos separados, eu nunca deixei de te amar, não podíamos evitar o que aconteceu quando nossos anjinhos nasceram, mas o que importa está aqui, é aqui. Importa nós dois aqui e agora. – encostei minha testa na dela e rocei nossos lábios. — Eu sei que isso é meio repentino e acabei de mandar minha noiva embora, mas já esperei por dois anos e não estou a fim de esperar mais um dia. – acabei rindo enquanto Bells fechava os olhos. — Isabella Swan, ainda aceita ser a senhora Cullen? Eu prometo te amar a cada segundo, te proteger, te abraçar, te beijar te irritar, amar nossas filhas e muitos filhos que ainda virão. Prometo que nosso amor será para sempre e nada, nem ninguém nos afastará um do outro, você quer se casa comigo? – perguntei.

Bella P.d.v.

                Aquele barulho irritante acabou me acordando, abri os olhos encontrando a cama vazia, Edward não estava mais ali.

                — Ai! – resmunguei quando meu celular voltou a tocar novamente, minha cabeça estava latejando, meu corpo todo doía.

                Peguei meu celular mantendo meus olhos ainda fechados, encostei-me na cabeceira da cama.

                — Alô? – minha voz estava rouca e eu tremia de frio.

                — Isabella Swan? – perguntou uma mulher, aquela voz me era familiar.

                — Sim, é ela. Quem é? – perguntei apertando meus olhos.

                — Meu Deus! Meu Deus! Eu não acredito que é você mesmo, você acordou, é verdade o que está dizendo. ISABELLA MARIE SWAN FINALMENTE ACORDOU! – a mulher não parava de gritar.

                — Desculpe, mas quem está falando, eu te conheço? – perguntei ficando preocupada, vi Sophie entrar no quarto e subir calmamente na cama, como se houvesse acabado de acordar.

                Minha pequena vinha com seu ursinho de leão branco que ela o apelidou de Max, ainda estava de pijamas e estava com uma carinha de dar dó.

                Olhei no relógio e vi que ainda era seis da manhã.

                Envolvi-a em meus braços, fazendo-a se aconchegar melhor para dormir.

                — Nossa, me desculpe, é que eu fiquei tão feliz de saber que uma das minhas melhores amigas acordou que eu esqueci totalmente de dizer quem sou. – a mulher riu nervosa. — Ainda se lembra de Ângela Weber, dona Isabella? – perguntou brincalhona, mas pude sentir a emoção em sua voz.

                — Ângela? – perguntei sem acreditar. — É você mesma? – perguntou animada.

                — Sim! Sim! Claro que sou eu Bells! – minha filha resmungou algumas palavras que não entendi.

                — Ângela, quanto tempo! Como você está? – perguntei, beijei o alto da cabeça de Sophie.

                — Eu estou muito bem! E você Bells, como está? Como está o Edward e as meninas, eu ainda não as conheci. – ela parecia mesmo animada por estar falando comigo.

                — Estamos todos bem e finalmente estamos juntos. – sorri observando minha pequena dormir tão serenamente. — Nunca estive tão feliz em toda a minha vida.

                — Fico feliz em saber amiga. Bella estou te ligando para saber se você já está trabalhando? – perguntou.

                — Ainda não, desde que acordei, tantas coisas aconteceram tão rápido que eu nem tive tempo de pensar nesse assunto. – senti meu rosto esquentar.

                — Bella, ainda estamos te esperando. – meu coração deu pulo ao ouvir aquilo.

                — O quê?

                — Ainda estamos esperando a nossa melhor chefa de cozinha, o restaurante não foi o mesmo sem você. – ouvi seu riso nervoso.

                — Sé - Sério? – tive que gaguejar, ouvi seu riso.

                — Bella, Aro está atrás de você, já ligou para todas as pessoas que tem o sobrenome de Cullen, já conversou com Carlisle, Esme, com os seus pais, até encontrou o Jack. – rimos. — E então, o que me diz, está de volta?

                Aquela notícia não podia ser melhor. Meu emprego de volta, minha outra paixão estava voltando á minha vida, eles me queriam de volta, me esperaram por dois anos. Eu ainda não estava acreditando, parecia um sonho.

                — Eu nem sei o que dizer. – passei a mão no cabelo.

                Com cuidado, deitei Sophie em meu travesseiro, passando o grosso cobertor e edredom por seus pequenos ombros. Parei em frente à janela.

                — Não precisa me responder agora Bells, queremos que você apenas pense, sabemos que você está tentando recomeçar a vida e não queremos te pressionar.

                — É em Nova Iorque. – falei.

                — Você pode se mudar para cá.

                — Preciso pensar Ângela. Preciso de um tempo.

                — Eu sei, pense com calma e faça a escolha que seja boa para você amiga. – sorri, ela sempre foi tão gentil e amável comigo. — Tenho que desligar, se cuida Bells.

                — Tchau Ang, beijos. – desliguei.

                Respirei fundo enquanto encarava o celular em minha mão, estava chovendo em Forks, parecia o dia perfeito para se passar na cama em volta dos enormes cobertores quentes, com uma caneca quente de chocolate e agarradinha com meu noivo.

                Sorri com essa palavra, eu estava em plena plenitude, eu podia flutuar de tão leve que estava me sentindo, minhas filhas, meu noivo, minha família, nossa família.

                — Sophie! – gritou Nessie parada na porta do quarto.

                Minha pequena que cochilava acordou fazendo uma careta.

                — Renesmee Carlie Cullen, eu falei para você deixar a sua irmã! – vi Edward entrar no quarto atrás da filha.

                Nessie colocou as mãos na cintura e começou a bater o pé sem parar, estava parecendo Alice.

                — O que aconteceu? – perguntei vendo minha filha mais velha por alguns minutos e meu noivo com o rosto vermelho.

                — Renesmee está brava porque eu a acordei para tomar o remédio, mas ela ficou reclamando, choramingando e acabou acordando a Sophie que saiu do quarto muito emburrada. Nessie não quer tomar o remédio, ela quer brincar com a irmã. – explicou Edward rindo.

                — Por que Nessie está tomando remédio? – perguntei segurando o riso, minhas filhas são a cópia fiel do pai.

                — Está ficando resfriada. – explicou. — E você, o que está fazendo em pé á essa hora?

                — Meu corpo está doendo e meu celular não parava de tocar. – expliquei deitando-me ao lado de Sophie.

                — Eu já estava vindo aqui para jogá-lo contra a janela e eu avisei sobre ficar na chuva sendo dramática, vou trazer o remédio pra você também mocinha. – falou, ele piscou para mim e sorriu, pegou Nessie e colocou-a no ombro. — EU JÁ VOLTO! – gritou quando já estava fora do quarto.

                Sophie se virou para mim sorrindo.

                — Papai e Nessie tá doidlos. – disse simplesmente enquanto abraçava seu pequeno leão.

                Acabei gargalhando, ela é tão esperta.

                Sem demorar muito, meu noivo e minha pequena voltaram para o quarto.

                — Ainda está muito cedo, vamos dormir mais um pouco, só há nós quatro acordados. – falou Edward se deitando na outra ponta, Nessie e Sophie ficaram no meio entre nós dois.

                Tomei o remédio, colocando-o no criado mudo ao lado da cama.

                Sorri vendo os três de olhos fechados e ao meu lado. Eu podia finalmente respirar aliviada ao ver todos ao meu lado, ao ver a minha tão sonhada e amada família comigo.

                Fechei os olhos, mas percebi que meus pensamentos estavam presos no pedido de emprego, aquela notícia havia me pegado de surpresa, eu ainda não havia pensado em algum emprego, se eu queria seguir aquela profissão, eu estava apenas me preocupando com a minha família.

                Após alguns minutos tentando pegar no sono, levantei-me com cuidado para não acordar os meus anjos. Calcei as pantufas, colocando um moletom preto do Edward e descendo até a cozinha, eu precisava pensar, eu precisava conversar com o Edward e planejar as coisas.

                Abri a porta de vidro que dava ao jardim, estava caindo o mundo em Forks, suspirei enquanto me sentava num dos sofás que fazia combinação com o elegante jardim de Esme.

                Meus olhos pousaram na aliança em minha mão, era parecia com a minha antiga aliança, mas Edward fizera questão de comprar uma nova, ela brilhava intensamente sem pausa.

                — É perfeita... – sussurrei para mim mesma.

                — Eu discordo. – vir-me-ei para a pessoa encostada na porta de vidro. – A pessoa que está usando-a é perfeita. – senti meu rosto esquentar, ele fechou a porta e veio se sentar ao meu lado.

                Passando o grosso cobertor por nossos corpos, pousei minha cabeça em seu peito, senti seu braço em minha cintura.

                — E aí, está feliz minha noiva, futura senhora Cullen? – perguntou logo depois de depositar um beijo em minha testa.

                — Muito mais do que feliz. Ainda não estou acreditando que nossos sonhos estão finalmente se realizando. – sorri enquanto sua mão puxava meu rosto lentamente em direção ao seu.

                — Eu te amo, meu anjinho. – roçou seus lábios nos meus.

                — Ah, você compara uma pequena árvore com uma grande floresta. – o mesmo não segurou sua risada. — Eu te amo, meu Edward, meu para sempre.

                Seus lábios tomaram os meus numa forma perfeita, num encaixe perfeito e simples, mas que fazia toda a diferença. Minhas mãos passeavam por seu cabelo, trazendo-o para mais perto.

                — Eu ainda não acredito que você está mesmo aqui Bells! – Ângela ainda me prendia em seus braços.

                — Eu também senti a sua falta Ang, mas acho que preciso mesmo respirar. – a mesma soltou-me prontamente, ficando levemente corada.

                — E aí, cadê a sua família? – perguntou enquanto almoçávamos juntas, precisávamos conversar bastante, esclarecer todos os pontos.

                — Estão bem, finalmente somos uma família e estamos mais do que felizes. – sorrimos. — Eles mandaram lembranças.

                — Eu queria tanto ver as meninas, dizem que elas são a mistura perfeita de Edward e você. – assenti.

                — Se parecem um pouco mais com o pai, ainda bem.

                Passamos a maior parte do tempo colocando a conversa em dia, Ângela me contava que ainda estava em lua de mel quando ficou sabendo que eu acabara de acordar, deixou Eric na França e veio correndo para matar as saudades.

                Revirei os olhos ao ouvir que Jéssica estava tentando ter um com Mike, para mantê-lo por perto, ela queria ter certeza de que ele não pediria o divórcio e sabia que ele nunca pediria para se separar com um filho no meio do relacionamento.

                — Não está pensando em ter filhos? – perguntei meio hesitante, mas vi seus olhos brilharem e um sorriso imenso aparecer em seu rosto.

                — Estamos sempre tocando nesse assunto, quando tiver que acontecer, acontecerá, espero que seja o mais rápido possível. – rimos. — E você Bells, não pensa em dar um irmãzinho para as pequenas?

                Acabei rindo enquanto meu rosto esquentava.

                — Acho que vou esperar um pouco, aproveitar mais as minhas pequenas, aproveitar o meu noivo bonitão. – gargalhamos. — Quem sabe mais para frente?

                — Quem sabe mais para frente, o quê? – dei um pulo na cadeira ao ouvir aquela voz sussurrada em meu ouvido.

                Ang e Edward riram.

                — Cara de pau, quer me matar de susto? – perguntei tentando controlar minha respiração acelerada.

                — É claro que não, meu amor. – me deu um rápido selinho. — Desculpe, mas você fica linda quando leva um susto. – sussurrou com o rosto á centímetros do meu.

                Corei vendo-o sorrir.

                — Ângela! – os dois se abraçaram. — Tudo bem? Como vai o Eric?

                — Tudo bem Edward, estamos muito bem e muito felizes. – sorriu. — E como você está, agora que a mocinha ali acordou? – perguntou me indicando com a cabeça.

                — Nunca pensei que ficaria tão feliz. – tocou em meu rosto.

                — Cadê as pequenas, quero tanto conhecê-las? – minha amiga quicava em seu assento.

                — Estão ali. – apontou para a enorme loja de brinquedos que ficava bem ao lado de nossa mesa, dali dava para ver as meninas brincando com alguns bichinhos de pelúcia. — Eu já volto, vou buscá-las antes que venham pedir a loja toda. – rimos enquanto ele ia até elas.

                Continuei observando Edward indo até as nossas pequenas, engoli um seco ao perceber que um nó se formava em minha garganta.

                — Bella. – voltei meus olhos para Ângela me olhava preocupada. — Está tudo bem? Você ficou triste de repente.

                — Não é nada, apenas um pequeno mal estar, ultimamente tenho tido sonhos que estão me deixando com um pouco de medo. – confessei.

                Ultimamente eu vinha sonhando que eu pegava novamente num sono profundo, mas ao contrário da última vez, eu sentia que nunca mais iria acordar, eu podia ouvis as vozes de todos me chamando, gritando meu nome, podia ouvir os fracos e roucos soluços de Sophie e Nessie, podia ouvir Edward gritando-me desesperadamente.

                — Já conversou com o Edward sobre isso?

                — Não, mas não se preocupe, não é nada demais, apenas não me quero ver longe deles novamente. – dei um leve sorriso.

                — É não pense nisso, são apenas sonhos e pelo o que eu me lembro, a minha amiga Bella nunca se preocupou com os sonhos, não é agora que tudo está indo tão bem que você vai começar a se preocupar. – assenti.

                — Obrigada Âng, estava mesmo precisando de um ombro amigo e eu senti tanto a sua falta.

                — Ah meu Deus Bells! Elas são lindas! – Ângela se levantou olhando por cima de meu ombro.

                Sorri enquanto esperava os três virem até nós.

                — Mamãe! – Nessie pulou em meu colo.

                Encostou a cabeça em meu peito enquanto olhava um tanto tímida para minha amiga, Sophie estava no colo do pai.

                — Anjinho, essa é uma amiga da mamãe e do papai. Ela está bastante ansiosa para conhecer você e a sua irmã. – beijei o rostinho da minha filha.

                Ela olhou um pouco desconfiada para Ângela que sorria ansiosa, desceu lentamente do meu colo e andou até ela.

                — Oi linda, qual o seu nome? – minha amiga pegou nas mãos de Nessie que ainda estava um pouco tímida.

                — Ness. – disse acanhada, sorrimos.

                — Lindo nome Nessie, eu meu chamo Ângela. – sorriu, Nessie pareceu mais calma e sorriu, mostrando sua janelinha. — A sua mamãe e o seu papai não paravam de falar de você e sua irmã, estavam felizes em saber que teriam duas princesinhas e estão felizes em poder abraçá-las.

                Minha filha podia não entender aquelas palavras, mas estava feliz em ouvi-las, esticou seus bracinhos pedindo para que Ângela á pegasse, as duas sorriram uma para outra.

                — Bom você já conquistou a Renesmee, agora falta à coelhinha aqui. – Edward riu, encostei minha testa na de Sophie que estava totalmente escondida nos braços do pai. — Sophie é mais tímida que Nessie, ela lava mais tempo para confiar nas pessoas, mas daqui á pouco ela também estará nos seus braços. – beijei a pontinha do nariz de Sophie que sorriu acanhada.

                — Não vai vir dar um beijinho na mamãe? – sussurrei para ela, fiz biquinho.

                Sophie soltou uma mão de seu coelhinho e tocou no meu rosto, afagando minha bochecha.

                — Mamãe. – beijou minha maçã do rosto.

                — Só um beijinho, nenhum abraço? – Edward riu.

                — Depois você fica perguntando quem elas puxaram para ser tão chantagistas. – ouvi Edward e Ângela rirem.

                — Bom, eu espero que essa não seja a última vez que vamos nos ver. Amei muito encontrar vocês e colocar a conversa em dia. – Nessie correu para o meu colo. — Eu tenho que ir, preciso resolver algumas coisas no novo apartamento, têm o restaurante. – olhou para mim. — Pensa com calma amiga, você tem uma família agora, têm o seu sonho, pensa no melhor para vocês. – abraçou meu ombro.

                — Obrigada Âng, vou pensar com calma. Até mais, dá um abraço no Eric.

                — Pode deixar se cuida. Tchau lindinha, adorei te conhecer. – beijou o rosto de Nessie, essa apenas sorriu acenando.

                — Tchau Edward, cuida bem da Bells e dessas princesas. – sorriram.

                — Pode deixar e cuida bem do Eric, sabe que ele é doido por você. – eu sabia que ele faria alguma coisa para deixá-la constrangida.

                Ela revirou os olhos, mas no final sorriu.

                — Tchau linda, foi um prazer conhecê-la Sophie. – sorriu beijando a testa da minha pequena tímida.

                Sophie colocou a mão no rosto de Ângela, e beijou sua bochecha, sorri vendo-a tão amável, era simplesmente impossível não se apaixonar pelas gêmeas.

                — Tlau. – disse acenando.

                Edward riu com sua fala inocente, dei-lhe um cutucão enquanto todos riam.

                Ficamos mais um tempo ali, rindo das palavras sem nexo das nossas pequenas, as minhas cenas de ciúmes quando algumas mulheres passavam e olhavam sugestivamente para o meu noivo.

                — Você sabe que eu sou apenas seu, amor. – disse roubando-me vários selinhos enquanto olhávamos para nossas meninas brincando entre si.

                Quando voltamos para casa já estava de noite, as meninas estavam cansadas, acabaram pegando no sono enquanto eu fazia um jantar rápido com a ajuda do Edward.

Edward P.d.v.

                Depois de acordarmos as meninas para jantarem, terminamos de jantar, demos banho nas duas que estavam caindo de sono.

                Coloquei as duas em suas camas e voltei para o nosso quarto, Bells estava sentada em frente à janela, olhando o céu estrelado, eu sabia que ela estava me escondendo algo.

                Resolvi conversar com ela depois que eu terminasse o meu banho.

                Eu estava me sentindo leve, o corpo pleno e feliz, suave. Nunca havia estado tão feliz em toda a minha vida, ter a mulher que amo em meus braços, na minha vida, no meu coração me deixava em estado de êxtase, minhas filhas estavam felizes, eu via um brilho que Bells havia trazido nos olhos de ambas, elas estavam felizes com a mãe em suas vidas, todos estavam.

                — Finalmente. –sussurrei desligando o chuveiro.

                Peguei uma toalha colocando atrás do pescoço e outra enrolando em minha cintura, voltei para o quarto a fim de pegar minha roupa.

                Bella não estava mais no quarto.

                Franzi o cenho enquanto me vestia e ia á passos largos até a sala, ela não estava no quarto das meninas e nem na cozinha.

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                Encontrei-a sentada no chão da sala, de costas para mim.

                — No momento em que soube que minha noiva não acordaria mais, foi como se um buraco abrisse abaixo dos meus pés. Eu não sabia se chorava para diminuir a dor, se gritava por ela e esperava ela me responder, ou se, eu batia a cabeça com força contra a parede para entrar em um coma profundo para não passar por tudo aquilo. Confesso que acreditei que tudo estava perdido, posso estar sendo totalmente exagerado, mas é a realidade, como se vive sem a mulher que ama? Como se vive sem o seu porto seguro? Eu não sabia a resposta para nenhuma dessas perguntas. Como eu podia simplesmente fingir que tudo estava bem e que eu seguiria em frente sem você? Não, eu não sou hipócrita, não vou esquecer você, não vou deixar de lutar por você, vou te amar até o último milésimo de segundo, vou te amar até a última gota do oceano secar, vou te amar até você dizer que chega. Porque isso é amar, é pensar em ambos, é chorar por ambos, é permitir a felicidade do outro primeiro do que a sua. Amar é difícil, mas desde que nascemos nada é fácil, amar é um sentimento de nome pequeno, mas de resultados enormes. Amar-te foi à coisa mais perfeita do mundo, foi à sensação mais maravilhosa, nunca deixarei de te amar, nunca, jamais. Nossas filhas são a prova mais concreta e fiel do nosso amor, o nosso para sempre existe e ainda te provarei isso, pode parecer loucura, mas ficaremos juntos, mesmo que demore, teremos um final feliz. Edward Cullen.

                Cocei a nuca o vê-la terminar de ler a carta, sua voz estava embargada, suas mãos estavam tremulas enquanto segurava a mesma.

                O passo calmo sentou-me ao seu lado, Bella estava de cabeça abaixada, sua franja tampava os seus olhos.

                — Amor... – minha noiva me silenciou tocando meus lábios com os seus, foi apenas um roçar de lábios suave.

                — Vamos voltar para Forks amanhã de manhã. – disse sorrindo, olhei-a sem entender.

                — O quê? – pergunto vendo-a se levantar.

                — Vamos voltar para casa, conversei com a Ângela, contei a minha resposta, não vou trabalhar aqui, no começo ela ficou um pouco triste, porém, me disse que Aro estava pensando seriamente em abrir um novo restaurante em Forks, e quem seria a melhor chefe para começar um negócio? – sorriu. — Não quero morar, vamos voltar para Forks, sei que você e as meninas gostam mais de lá do que aqui, elas preferem lá, e além do mais, foi lá que tudo começou nos conhecemos lá, foi naquela pequena cidade que todo o nosso amor começou e vamos dar continuidade da onde parou.

                Levantei-me sem deixar nunca os seus olhos.

                — Você tem certeza disso? – perguntei.

                — Estou fazendo a escolha certa para a nossa família, para todos nós. – enlaçou meu pescoço. — Tudo bem para você? – perguntou acariciando minha nuca.

                — Estou feliz, estamos juntos e somos uma família, o que for bom para você e nossas filhas, está bom para mim. – eu trouxe seu corpo mais perto para o meu.

                — Eu te amo, meu Edward. – fechou os olhos.

                — Eu te amo, para sempre, minha Isabella, minha eterna e perfeita Isabella. – selei nossos lábios.

                Pedi passagem, que foi cedida prontamente, nossas línguas faziam o reconhecimento dos lábios um do outro. Apertei seu corpo ainda mais contra o meu, até fazê-la enlaçar suas pernas em minha cintura. Mordi seu lábio, puxando-o enquanto a deitava no sofá.

                Desci beijando seu pescoço, Bella tirou minha regata branca enquanto eu tirava a camiseta azul minha que ela usava.

                Sorri vendo seus olhos brilhando.

                Suas pequenas mãos puxaram minha nuca grudando nossos lábios novamente, suas mãos desceram até minhas costas, arranhando-as sem piedade, tirei seu shorts enquanto mordiscava e lambia seu pescoço.

                — Minha eternamente minha. – sussurrei.


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Notas finais do capítulo

Oi gente linda!
Quanto tempo não? kkkk'
Me desculpem mesmo pela demora, mas ainda estou em total época de fechamente de notas, então tenho seminário, provas e muitos trabalhos para entregar, mas consegui um tempinho para terminar o capítulo.
E espero que tenha ficado muito bom e que você tenham gostado.
Esse foi o maior capítulo que eu escrevi nessa história.
A fic já está na reta final, acredito que têm somente mais dois capítulos e aí acaba, mas peço que tenham paciência, pois eu finalmente consegui recuperar minha notas de química, mas preciso ficar bastante atenta, já que sou um total desastre em química. kkkkkk'
Qualquer coisa me perguntem.
Espero que coração que tenham gostado.
Beijos e até mais.
^.^