Alice Dreams escrita por Mikaeru Senpai


Capítulo 2
Second Dream


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora! Aqui está!
E pra quem se assustou com a classificação +18, não teve nada explícito AINDA, mas terá, por isso não posso colocar +16, seria muita falta de consideração com alguém que começaria a ler por não ter nada explícito eu mudar assim que tivesse e a pessoa não querer continuar, então já fica o aviso.



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Mais tarde naquele mesmo dia todos se reuniram para o almoço. Alice continuava confusa e estava em evidente mau humor, como tinha sonhado com aquele cabeça de pudim? Daquele jeito? Rosnava enquanto pensava nisso andando de um lado pro outro na ampla sala de estar onde havia a varanda que levaria a mesa para o almoço, que era posta pelos criados no momento. Os longos cabelos castanhos esvoaçando enquanto ela resmungava e pisava forte, ao menos até que a porta se abriu novamente. O garoto de cabelos dourados e íris verde esmeralda estava parado a porta. Seu sorriso doce e tranquilo com sua voz que acompanhava a aparência logo saudaram a pequena e confusa Alice.


– Bom dia Alice... Gil me disse que...

– O que ele te disse? Por que ele disse? Por que você veio falar dele comigo? Por que temos que falar do Gilbert? - Alice falava e ia na direção de Oz, que ria com as mãos erguidas e palmas voltadas para ela recuando cada vez que a corrente dava um passo.

– Qual é o su problema comigo hoje?! - Disse Gilbert fechando a porta atrás de si - Primerio me expulsa do seu quarto como se eu tivesse feito alguma coisa errada!

– CALA A BOCA! - Gritou ela ficando vermelha e correndo pra trás de Oz - Fica longe de mim! Não quero te ver ou te ouvir seu... Seu... Cabeça de alga marinha!

– ... Eu ia perguntar se você caiu da cama ao acordar, mas eu estava lá e sei que isso não aconteceu.

– Para de falar de acordar, de dormir... De... De... De sonhar! Para, tá? Chega! - E então ela colocou a testa contra as costas de Oz e ficou com as mãos em seus ombros.

– Gil... - Murmurou o loiro colocando a mão sobre a cabeça de Alice com certo esforço. - Acho que ela teve um sonho ruim com você, por isso quer você longe...

– Não foi um sonho ru... - Ela pigarreou. Não entendeu por que, mas se sentiu ofendida por Oz colocar como algo ruim. - Eu to com fome.

– Certo, certo, vamos esperar a Sharon e o Break e comemos, certo?


Naquele momento uma das almofadas do sofá se ergueu e os cabelos preteados e o único olho brilhando. Agitou a mão coberta pela manga da roupa e sorriu.


– Ora, ora, como estamos agitados hoje!


Alice saiu andando e foi para a varanda, sentando a mesa e ficando lá sozinha um pouco abraçando as próprias pernas. Break e acompanhou com o olhar e depois encarou Gilbert e Oz, que estavam próximos. Cobriu a boca com a manga e disse com seu sorriso sinistro.


– O problema foi com qual de vocês? Ela não parece confortável.

– Comigo. - Murmurou Gilbert com um suspiro pesaroso.


Logo Sharon chegou e se sentaram a mesa. Comiam normalmente, exceto Alice que hoje comia de modo assustadoramente tranquilo e silencioso. Olhares vinham de todos na mesa, mas como Oz e Gil já haviam "reportado" o comportamento dela no dia ninguém questionou. A sobremesa chegou e todos comiam tranquilos. Oz a direita de Alice, Gilbert em sua frente, Break ao lado do Nightray e diante de Oz e Sharon na ponta da mesa. Alice suspirou... Não se sentia bem. Debruçou na mesa e fechou os olhos por alguns momentos. Quando tornou a abrí-los e erguer seu rosto, o ambiente havia escurecido novamente. Apenas a mesa e a varanda eram visíveis. Atrás de si havia a entrada para casa, mas era tão escuro que ela não se atreveria a entrar.

Olhou para frente e viu Gilbert. Ele brincava com o garfo, girando-o entre os dedos e sorrindo. Alice não disse nada. A vontade de brigar com ele não existia ali, ali ele era apenas... Lindo. Era esse seu pensamento. Ele riu sem som e afastou a cadeira, levantando-se. Não havia ar ali naquele momento, mas também não havia necessidade de respirar. O garoto deu a volta ne mesa sem pressa e se deteve ao lado de Alice, curvando-se e passando os braços em torno co corpo dela, sob seus braços e a erguendo com a facilidade que se ergueria uma boneca.


– Gil... Eu...


As palavras saíram abafadas e próximas como se ela falasse em um ambiente muito pequeno e fechado. Ele a colocou sentada sobre a mesa e alisou seu rosto com as costas da mão. Um arrepio saiu dali se espalhando por todo o seu corpo e ela respirou mais forte a medida que ele se aproximava. Sim, o ar havia voltado, mas era quente, como se não estivesse ao ar livre como estavam.

O corpo dele era quente, vinha contra o dela fazendo com que se deitasse sobre a mesa com seus longos cabelos escuros espalhados às suas costas. O rosto dele se aproximou lento, mas foi direto ao seu pescoço. O hálito quente dele contra sua delicada pele, seus dentes arranhando com delicadeza e um beijo lento no mesmo lugar. Os lábios dele se arrastaram lentos até sua orelha, onde uma mordida demorada a fez puxar o ar mais rápido. Ele se afastou de sua orelha e uniu os lábios aos dela. Novamente aquela sensação assustadoramente maravilhosa de antes. Sua carne macia, seu hálito gostoso, sua temperatura...

Aos poucos o beijo apenas se intensificava, aos poucos ela queria mais, e ele lhe deva mais. A sensação de ter o corpo dele contra o próprio era embriagante. A situação, a essência. Seus lábios se moveram para dizer alguma coisa, fazendo assim com que os olhos dourados lhe dessem espaço se afastando lentamente. Ela então falou ainda com a sensação de dizer algo em um espaço muito pequeno.

Gilbert eu quero você...

– Ahn? Alice, o que você disse? - Falou a voz que vinha da direita da corrente.

– Eu disse: Gilbert eu que... - Falou quando ergueu o rosto, vendo então todos ainda a mesa olhando para era curisos. Seu indicador parado no ar... E o garoto diante dela com o olhar confuso.

– Você o que? - Questionou aquele que a pouco tirava seu fôlego num sonho.

– Eu quero que você suma da face da terra, seu babaca.


E ela levantou e saiu correndo em direção aos corredores, olhando para os lados querendo fugir apenas. Correu então até que deixou a mansão e alcançou os jardins, andando até as sebes que marcavam o recanto das rosas coloridas. Andou até lá e foi para o fundo, sentando no banco que havia distante da entrada. Colocou as mãos contra o rosto e gritou sem som. Só queria entender por que estava sonhando com ele daquele jeito.

Deitou no assento de pedra que cabia quatro pessoas sentadas com um espaço confortável entre elas e ficou olhando para o céu azul com fofas nuvens. Minutos se passaram até que ela fechou os olhos um pouco... Assim que os abriu a figura imponente de Gilbert estava ao seu lado. Ele não disse nada, só tinha as mãos enfiadas nos bolsos.



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Notas finais do capítulo

Entãaao, mereço reviews?