POV Andreza

Após terminar de me arrumar fui caçar as duas loucas para tirar satisfações. Achei as duas no quarto de Zayn se maquiando em frente ao enorme espelho.

- SUA DOIDAS. – berrei fazendo com que as duas se assustassem, Carlota que passava delineador em cima do olho acabou pulando fazendo um risco até sua sobrancelha. Eu e Lari começamos a rir muito dela e parecia que ela ia nos enforcar a qualquer momento. Quando me acalmei fui direto ao ponto. – vocês sabem que eu não chamei a cidade inteira para minha festa né? – perguntei sorrindo e fingindo calma.

- Sim And, por quê? – perguntou Lari que agora estava sentada na cama prestando atenção em mim.

- ENTÃO VOCES QUEREM QUE A GENTE MORRA DE COMA ALCOOLICO? – perguntei um pouco mais alto fazendo com que ambas levassem um susto.

- Ah, é que a gente ficou com medo que faltasse. – Lari sorriu amarelo.

- Deus,eu  não sei o que eu tava pensando quando mandei vocês irem no mercado, mas que seja. Terminem de se arrumar logo e desçam que daqui a poço os meninos vão chegar e vão querer tomar banho. – falei e desci as escadas indo encontrar com Flá. O tempo passou e logo Lari e Lota já estavam prontas e os meninos já haviam chego e se arrumado. Logo os outros chegaram e Larissa deu a brilhante ideia de jogar "eu nunca". Acabei concordando porque seria engraçado.

- Eu começo. – falou Lota tão animada que eu diria que ela já havia começado a beber. – eu nunca beijei uma menina. – falou e bebeu um gole enorme do seu copo. Todos os meninos, Flávia e Alison tomaram um gole.

- A Carlota tá com uma vontade de beber pelo visto. – falei fazendo com que todos rissem e Lota desse de ombros dando mais um gole na bebida. – eu não vou cuidar de você. – avisei e o jogo continuou.

O jogo foi rolando e eu era a única que não estava nem alegrinha ainda. Eu não tinha feito nem metade do que eles falavam. Isso porque eu dificilmente saia de casa. Levantei e anunciei.

- Vou ao banheiro. – falei e a maioria me ignorou, prestavam mais atenção nos copos a sua frente. Dei de ombros de resolvi ir ao banheiro do meu quarto. Subi as escadas no escuro mesmo por preguiça de acender a luz e caminhei até meu quarto. Entrei no mesmo e fui diretamente ao banheiro. Retoquei minha maquiagem e arrumei meus cabelos, sai do banheiro e ia descer novamente quando alguém me agarrou por trás tapando minha boca e nariz com um pano com algum produto, em questão de segundos eu estava desmaiada.

POV Harry

Eu estava meio alegrinho por causa da bebida, mas eu ainda estava ciente das coisas. Percebi que já fazia muito tempo desde que Andreza havia ido ao banheiro e ainda não voltara. Levantei do sofá e fui em direção às escadas, logo já havia procurado por todo andar de cima e ainda não havia a achado. Voltei ao primeiro andar e procurei-a por ali também. Nada, eu já estava totalmente sóbrio e morto de preocupação. Fui até a sala e todos estavam conversando e rindo animadamente.

- Hey. – falei porem ninguém me deu bola. – HEY. – berrei já irritado e todos me olharam assustados. – Cadê a Andreza? – todos se olharam e ninguém sabia onde ela estava. – Ela sumiu! – falei e instantaneamente todos, menos Lota e Lari que beberam mais do que deviam, levantaram e foram buscar pela casa. Ninguém a achou e já estávamos desesperados.

- Vou ligar para a policia. – falou Flávia e sacou o celular na bolsa.

- Acha que Kristen tem algo a ver com isso? – perguntou Niall baixinho com semblante preocupado.

- Não sei. – falei em um sussurro. Flávia desligou o celular e falou que a policia ia começar as buscas.

- Não vou conseguir ficar parado. – falei levantando e todos me olharam. – vou ir atrás de Kristen. – falei e olhei para Jeremy, Josh e Carlota. – alguém sabe onde ela mora? – perguntei e Lota abriu a bolsa  e tirou um maço de papeis da mesma. Abri a pequena pasta e vi que era o histórico do colégio dela, tinha tudo ali: endereço, aniversário, notas. Fechei a pasta e peguei as chaves do meu carro.

- Eu e Zayn vamos junto. – falou Louis.

- Os outros ficam. Caso receberem alguma noticia me liguem. – falei e eu, Zayn e Louis fomos até meu carro.

POV Andreza

Senti que eu estava deitada em um chão de azulejos e minhas mãos estavam amarradas. Abri meus olhos vagarosamente tentando enxergar algo no ambiente extremamente escuro. Eu me encontrava em uma sala extremamente pequena, possuía uma pequena janela com grades que dava para uma rua quase sem casas e totalmente deserta. Ou seja, berrar nem tentar fugir seriam boas opções. Eu caminhava pela sala de papel de parede rosa e descascado tentando pensar do porque estavam fazendo aquilo comigo. Será que era Kristen? Ou era um sequestro? Milhares de perguntas e pensamentos martelavam minha cabeça, porem foram todos interrompidos pelo barulho de chave na porta. Corri até o outro lado da sala e me deitei para fingir que continuava a dormir. A porta abriu em um rangido e alguém entrou rapidamente no ambiente, pelo passos leves eu presumi que fosse uma mulher. A pessoa entrou e trancou a porta de novo. Ligou um lampião que eu não havia notado e caminhou calmamente até mim. Chacoalhou-me com a ponta da bota e eu resolvi me sentar, finalmente levantei meu olhar até a menina e me assustei ao reparar quem era:

- Nicole Williams. – falei em um sussurro, mesmo assim ela escutou e sorriu com escárnio.

- Ah então a consagrada Andreza se lembra da sua pobre colega de trabalho? – perguntou com certo nojo na voz. – eu fiquei quieta e ela me puxou obrigando-me a ficar de pé. Foi então que eu notei que preso á uma das paredes do pequeno ambiente estavam algo semelhante a algemas que me manteriam de pé e sem poder me mexer. Ela me guiou naquela direção e me prendeu daquela maneira.

- O que você vai fazer comigo? – perguntei com um pouco de desespero, ela sorriu maldosamente.

- Você já vai ver, fiquei ai quietinha. – falou e saiu pela porta sem nem trancá-la já que não havia mais o perigo de eu fugir. Alguns minutos depois ela surgiu com uma pequena maleta de couro preto nas mãos. Descansou a mesma no chão e abriu as travas, quando eu vi o conteúdo da maleta quase entrei em desespero: eram facas, enormes facas com laminas muito afiadas.

Fiquei em silencio apenas esperando ela fazer algo, ela agachou em frente da mala e pegou a menor faca. Levantou novamente e caminhou calmamente até mim ainda sorrindo. Analisou meus cortes que agora estavam totalmente expostos devido à maneira que ela me amarrou, pegou a faca e começou a abrir os cortes novamente. O sangue já havia começado a transbordar das feridas, então ela partiu para o outro braço, nesse abrindo novos cortes, ela passava a lamina no mesmo local incansáveis vezes o que tornava os machucados cada vez mais profundos. Lágrimas grossas de dor escorriam pelas minhas bochechas e isso parecia diverti-la ainda mais.

- Porque você esta fazendo isso? – perguntei entre os soluços do choro. Ela parou um pouco de cortar meus braços e me olhou.

- Por que você merece.

- Isso não é um motivo. – repliquei e ela me ignorou. Eu já havia perdido muito sangue, pela visão que eu tinha pude perceber que uma enorme poça já se formava aos meus pés, mas ela não parava. Ela queria que eu morresse. Poucos minutos após isso, depois de muito sangue e lágrimas eu desmaiei.