Meet Me At The Pier escrita por Miss Haner


Capítulo 15
Josh


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novinho para vocês =)
Acho que ficou um pouco pequeno e sem graça. Mas ele é um capítulo importante. A fic está entrando em seu climax... E é só isso que eu vou dizer, senão eu acabo contando coisas fora de hora, hehe
Boa leitura.



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Mais um final de semana se passou e mais alguns dias também. Hoje é quarta-feira, mais um dia de provas, mais um dia de trabalho e estudos. Depois daquela quase discussão na casa de Mattew, eu e Matt entramos em um relacionamento mais sério, não tem uma definição correta, mas aproxima-se de “ficantes fixos”, e passa longe de um namoro. Não pense que Mattew parou com sua galinhagens, também não pense que eu passei a aceitar. Digamos que eu decidi seguir o conselho de Brunna e apenas me divertir, Mattew com certeza era a diversão em pessoa, então por que não aproveitar?

Esta semana é a semana que antecede o campeonato de basquete. Todos estão tensos, e para piorar o nervosismo ainda têm as provas. E os professores parecem usar a nossa tensão para nos afundar ainda mais, as provas são de outro mundo. Talvez um marciano consiga resolver as equações de matemática. Ana me pediu para que eu a ajudasse com os preparativos, pois Bianca quebrou o tornozelo depois de querer imitar seu namorado e dar um mortal. Agora ela só vem na escola para fazer as provas e minhas horas de estudos passaram da biblioteca para a casa dela.

O meu dia estava dividido e eu já não tinha tempo. Vinha para a escola, depois do horário normal eu ia almoçar com Ana, Rafa e Scott. Depois do almoço, eu a ajudava. Terminávamos por volta das quatro horas e então eu ia para a casa de Bianca. Mais conversávamos do que estudávamos. Eu ia embora por volta de sete horas, tomava banho, jantava e ajudava minha tia com as vasilhas, voltava para o meu quarto, vestia algo mais apresentável e ia me divertir com Matt.

Alice desconfiava de nós dois saindo à noite sabe se lá para que. Ela não me enchia de perguntas, mas eu via nos olhares dela a insinuação “Amigos, não é?”. Meu quarto estava em uma eterna bagunça, eu não tinha tempo de arrumá-lo, nem de fazer mais nada fora de minha rotina. Por duas semanas seria assim.

Despedi-me de Bianca e fui em direção a rua. Estudamos muito hoje, amanhã teríamos prova de trigonometria então deixamos a conversa de lado. Eu estava muito cansada, mal podia esperar por chegar em casa, tomar um banho e dormir. Eu também não queria me encontrar com Mattew hoje, acho que é melhor para mim não me envolver tanto assim. Digo, os conselhos de Brunna sobre diversão ainda valiam, mas isso não significa que eu havia deixado de amá-lo e isto ainda me incomodava. Mattew disse que gostava de mim, mas gostar não significa amar e gostar pode ter vários significados e sentidos.

Cheguei em casa e disse a Alice que hoje eu não jantaria. Ela pareceu perceber minha exaustão e apenas assentiu voltando a assistir televisão. Joguei minha mochila em qualquer canto e fui rapidamente ao banheiro. Despi-me e liguei o chuveiro. O líquido quente em contato com minha pele levou o meu cansaço para longe, deixou-me relaxada e pareceu me renovar. Voltei para o quarto e vesti um pijama desses programas infantis. Deixei minha janela aberta, estava fazendo calor. Adormeci, esquecendo completamente do meu “encontro” com Mattew.

- Não! – gritei assustada e com meus olhos marejados. É, outro pesadelo envolvendo minha família e Mattew.

Minha respiração estava acelerada e eu não tinha a mínima intenção de conter as lágrimas. Sentei-me na cama pensando no pesadelo. Era o segundo daquele tipo, e algo me falava que isto não era apenas um sonho, algo de ruim estava para acontecer, eu podia sentir. Ou seria apenas minha imaginação? Apenas fruto do meu medo? Me ver perdendo as pessoas que eu amo, mesmo que em sonho, me dava uma sensação de ter algo arrancado a força, a facadas, me fazia sentir dor. E dor não é bom. Isso é uma certeza.

Olhei para o relógio ao lado de minha cama e marcavam duas e meia da manhã. Meu sono se fora e eu não conseguiria dormir, o calor que fazia também não ajudaria em nada. Levantei-me e fui em direção ao banheiro. Lavei o meu rosto e me olhei no espelho. Meus olhos estavam inchados devido ao choro, lavei meu rosto mais uma vez e voltei para o quarto. Mattew me veio na lembrança e eu me culpei pelo cansaço, tomara que ele não desista... Mas o que é que eu estou pensando? É só um dia e eu não podia ficar a mercê dele.

Desisti de tentar dormir. Eu não iria conseguir. Desci até a cozinha e preparei sanduíche e suco. Comi e lembrei que eu nunca havia conhecido a casa direito. Minha casa tinha uma área atrás, parecido com um quintal e um jardim. Abri a porta e saí de casa, fui até a lateral e passei por corredor estreito entre a parede da casa e o muro. A área era comum, tinha grama e um céu limpo cheio de estrelas. O muro que separava a minha casa da casa do vizinho dava lugar a uma cerca. Sentei-me na grama e fitei o céu. Ali, o vento era um pouco mais forte e acabava com o calor que eu estava sentindo dentro de casa. O céu estava lindo, as estrelas brilhavam de forma surpreendente e a lua era idêntica aos outros dias, nunca perdendo o seu brilho.

- Perdeu o sono, é? – uma voz rouca vinda da casa do vizinho me tirou a atenção ao céu.

Virei-me em sua direção e pude ver uma pessoa sentada em seu quintal também. Não consegui distinguir a aparência, pois a luz era fraca, mas a pessoa aparentava ter mais ou menos a minha idade.

-Perdi. Você também, não é?

- Não exatamente. Eu gosto de vir aqui observar o céu, pensar. É um costume.  – ele disse calmamente.

- Hm. – murmurei e voltei a observar o céu.

- Você é nova aqui. Filha de Alice? – ele perguntou. Sua voz parecia distante.

- Não. Eu sou sobrinha dela. – disse rezando para que ele não perguntasse o motivo.

- Hm. – ele respondeu e eu o vi dar de ombros.

Fiquei ali por mais alguns minutos, ou horas. Eu e o menino conversávamos descontraídos e sobre coisas idiotas.

- Olha aquelas estrelas. – ele apontou para um grupo de estrelas. – Parecem um arco e flecha. – completou deixando um riso baixo sair

- Parece uma bailarina. – disse observando as mesmas estrelas.

- Bailarina? – ele riu – Prefiro o arco – riu ainda mais.

Uma luz acendeu-se em sua casa e nós nos viramos. Com a luz acesa eu o vi com mais nitidez. Ele se levantou e eu me levantei por instinto. O garoto era alto e tinha um corpo definido(ele estava sem camisa). Nos aproximamos. Seus olhos eram claros, aproximavam-se do verde e seu rosto era sereno. Seus cabelos eram cacheados, ele parecia um anjo.

- Tenho que ir. Foi bom conversar com você. -  ele disse se distanciando novamente.

- Qual é o seu nome? – perguntei antes de perdê-lo de vista.

- Joshua Wright, mas as pessoas me chamam de Josh. – ele disse e se virou novamente, mas logo voltou a olhar para mim. – O seu nome é Maria, certo?

- Sim. Como você sabe? – perguntei o fitando.

Josh riu largamente e se virou entrando em sua casa.

- Boa noite Maria! – exclamou, segundos antes de fechar a porta.

Murmurei boa noite e voltei para dentro de casa. Subi para o meu quarto, deitei-me na cama e dormi.

xXx

- O que aconteceu ontem? – Mattew perguntou enquanto me abraçava por trás. Estávamos no ginásio. Eu ajudava Ana com os enfeites e Mattew estava treinando com os meninos do basquete. Ele jogava e estava se preparando para o campeonato.

- Eu estava muito cansada. Desculpe-me. – disse e fiquei de frente para ele.

- Tudo bem. – Mattew me deu um selinho – Hoje não vai dar pra te encontrar. Tenho que estudar para a prova de amanhã. – ele fez uma careta e bufou. Eu ri. – então eu pensei que a gente podia ficar um pouquinho agora. – sorriu malicioso e me beijou.

- Maria!!! – Ana gritou em meu ouvido. Separei meus lábios de Matt e me virei para ela. – Você está aqui para me ajudar. E Matt, você deveria estar treinando, não atrapalhando minha amiga. – Ana parecia irritada e a voz melódica dela ficava hilária quando ela se irritava.

- Desculpe-me capitão! – Mattew disse sério e de repente riu da expressão de Ana. – Vou te deixar trabalhar, eu não quero ser morto... Ainda – ele selou meus lábios e mandou um beijo no ar para Ana. – Tchau! – disse e voltou para o treino.

Concentrei-me na decoração do ginásio. Não conseguiria decorar tudo isso hoje, o ginásio era enorme. Ana tinha outras pessoas a ajudando, mesmo assim era muita coisa a fazer. Terminei a minha parte daquele dia, juntei os materiais dentro de uma caixa e fui em direção a uma sala onde eram guardados todos os materiais. Ana me gritou e eu apenas virei o rosto para ela, ela estava dizendo alguma coisa sobre eu ter que esperá-la. Acenei para ela e voltei a olhar para frente, mas já era tarde mais, eu já estava no chão com os materiais todos espalhados.

- Você está bem? – um menino  veio em minha direção e ofereceu a mão para que eu pudesse me levantar.

Pisquei meus olhos, tentando entender a situação. Eu havia esbarrado em alguém e acabei caindo. Minha bunda doeu um pouco e meu cotovelo estava um pouco ralado e ardia.

- Acho que sim. – segurei a mão do menino e ele me puxou. Assim que levantei pude ver quem era o menino.

- Josh? – era impossível não se lembrar daquele rostinho de anjo. Josh sorriu e se abaixou para juntar as minhas coisas. Abaixei-me junto a ele. – Você não me disse que estudava aqui.

- Você não perguntou né? – ele me deu um leve tapa na testa. Nos levantamos e Josh pegou em meu braço e viu o ralado. – Desculpa. – ele sorriu sem jeito.

- Tudo bem. Nem está doendo... Ai! – dei um grito ao tentar movimentar o meu braço. Doeu, não muito, mas doeu.

- Vem, vou fazer um curativo nisso. – ele se virou e pegou a caixa que era para eu carregar.

O segui até a sala dos materiais. Josh pegou uma caixa em cima de um estante e a colocou sobre a mesa. Era uma caixa dessas de primeiros socorros. Ele a abriu e pegou um pote, algodão e band-aid.

- É só um ralado, Josh. – eu disse revirando os olhos.  –Ai! Isso dói! – gritei e puxei meu braço novamente. Josh estava limpando o machucado com um gel.

- Deixa de ser fresca! – ele riu pegando meu braço novamente e terminando de fazer o curativo. – Pronto! Novinha em folha. – disse e piscou para mim.

- Obrigada. – disse movimentando o meu braço. Ainda ardia um pouco.

- De nada. Só tome cuidado para não atropelar outros seres inocentes. – Josh disse rindo.

Saímos da sala. E eu fui me despedir de Ana. Hoje eu não iria para a casa de Bianca. A prova de amanhã era português e nós não tínhamos dificuldade na matéria. Acenei de longe para Matt e ele me mandou um beijo. Saí do ginásio e fui buscar minha mochila no meu armário. Peguei meu material e fui em direção a saída da escola.

Encontrei-me com Josh na saída. Ele estava com alguns amigos, sentado em um dos banquinhos no pátio da escola.

- Já está indo embora? – ele perguntou, aparecendo de repente ao meu lado.

- Estou. Você também?

- Também.

Fomos o caminho todo conversando e rindo. Josh era bastante engraçado. Ele me contou sobre casos de atropelamentos na cidade. Tudo devido ao esbarrão que nós demos no ginásio. Passávamos pelas ruas e ele sempre tinha alguma história para contar sobre os lugares. Chegamos na nossa rua e nos despedimos. Entrei em casa com uma felicidade inexplicável. Eu tinha até uma explicação, mas não levava muita fé. Estar perto de Josh, mesmo que eu o conheça há apenas dois dias, me trazia uma felicidade a muito tempo não sentida.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam do Josh? O que acharam do capítulo? Comentem, comentem, comentem...
Eu fiz uma nova história, nem é história direito, é apenas uma poesia e se der certo eu acho que vou continuar. então se vocês quiserem ler o link é este aqui: https://www.fanfiction.com.br/historia/184368/Memorias_Lagrimas_E_Vodka
É isso. Até mais minhas amoras =P Bjos.



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