Após toda aquela confusão na casa de Lucy, os ânimos que estavam exaltados agora estavam frios. Todas as envolvidas fizeram um pacto que não iriam tocar naquele assunto tão delicado para o franzino garoto Freed.

O mesmo já não tinha a liberdade que tinha antes na guilda, quando alguma das envolvidas se aproximava ele logo dava uma investida e saia pelos cantos. Mas ele não sabia que isso só ativava os pensamentos de Evergreen que se questionava o porquê de nunca ter percebido esse sentimento.

Ela muitas vezes sentia um fundo de mentira por trás da declaração de Freed. Um tanto quanto forçada e nisso ela se questionava. Mas tinha uma outra pessoa que nem estava se importando com essa declaração, e sim como ele ficaria em relação a tudo aquilo. Elfman, o homem, tentava entender todo aquele dia no morro, dos beijos descompromissados.

Para ele sentimentos não havia em Evergreen, ela não cultivava sentimentos por ele. Era o que pensava. Ele não sabia que o blusão que ele havia emprestado para ela há alguns dias atrás, hoje era o cobertor que aquecia a morena.

Ela não sabia o porquê de tal coisa, mas só sabia que não conseguia ficar sem sentir o cheiro daquele homem, que para ela estava tão distante, mesmo estando tão próximos. Mas por orgulho besta ela não aceita os sentimentos por não querer sofrer.

Sofrer? Como sofrer? Simplesmente ela acreditava que havia sido fria demais com o grandão e por isso ele não nutriria mais nenhum sentimento por ela. Mas ao certo, que sentimento era esse que eles sentiam um pelo outro? Eles não sabiam.

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Alguns dias haviam se passado. Freed havia saído em missão com o Laxus e Bickslow, e Evergreen havia ficado para trás por não tinha ânimo para isso. Mas a rotina dos outros continuava.

Magos entravam e saiam da Guilda, outros bebiam, se divertiam, brigavam... Era a rotina da conhecida Fairy Tail. Mas tinha uma pessoa em particular que não fazia nenhuma dessas coisas, e era Elfman, que com um papel de missão a mão, gritava com sua irmã.

- Nee! O que faço? – O homem perguntava enquanto Mira sorria secando alguns copos.

- O que houve Elfman?

- Er... hum... – Ele não conseguia falar o motivo, mas existia e era por uma tolice. – Gray me desafiou! E um homem não deve fugir de seus desafios. Então aceitei.

- Então porque está tão desesperado?

- É que cada um iria escolher um trabalho. Eu escolhi para ele ir caçar alguns Flame Souls, no Vulcão de uma cidade próxima por conta da fraqueza da magia dele. Mas o maldito usou a Juvia. – Disse Elfman batendo a mão no balcão.

- Então, porque não escolhe alguém para lhe ajudar com esse trabalho? – Disse Mira pegando o papel e começando a ler.

- Eu não conheço ninguém que me ajudaria com esse trabalho. E homem deve arcar com seus próprios trabalhos.

Mira analisava detalhadamente as instruções para o trabalho e o que deveria ser feito. E via ali uma oportunidade de ouro para fazer seu irmão voltar a interagir com uma pessoa que há tempos ele não conversa.

- Bem... Pelo que vejo aqui, não é um trabalho muito difícil. Só precisamos de alguém culto para isso.

- Culto?

- Sim!

- Seu trabalho é remontar os quadros no Museu da Cidade Colinias, mas os quadros têm que ser montados na ordem das colinas perto da cidade, bem é um trabalho que precisa de inteligência.

Mira sabia que não precisa de alguém culto para isso e muito menos inteligente, pois só necessitava de um pouco de percepção do mago em questão, mas sabia que seu irmão não tinha nada além de força bruta, pois nem foi capaz de perceber que era uma mentira.

- E bem, essa missão é fácil. Pois poderia ser feita pelo selador do local, mas parece que ele esta com o braço quebrado... E bem, é uma cidade pequena... Hum... Acho que será bom vocês averiguarem direito, ok?

- Sim, nee! Mas quem seria essa pessoa? – Interrogou Elfman.

Mirajane sem pensar duas vezes sorriu e apontou indicando uma maga morena que sentada num canto observava o grandão já há alguns minutos. Antes que Elfman pudesse relutar, Mira já acenou chamando por seu nome.

Evergreen levantou-se um pouco corada e começou a aproximar daqueles irmãos que para ela eram perigosos. Mira por ter pensamentos que poderiam fazer algo entre os dois e Elfman... Este era perigoso, mas ela não sabia o porquê.

Após juntar-se com os irmãos ela foi ouvindo tudo pausadamente e entendeu a situação. De primeira ela relutou tanto que até fez Elfman ficar cabisbaixo. Mesmo ele não querendo que isso acontecesse, ele queria. Mas era uma pequena parte, mas todo o seu ser queria que ela o acompanhasse nessa missão.

Enquanto ela queria dizer sim de imediato, não poderia. Tinha que se mostrar dura. Não poderia demonstrar que estava interessada em sair com o moreno para uma missão, mas Mira sabia como persuadir aqueles dois jovens que não se decidia.

- E-então eu vou Elfman! Mas não se atrase! Estarei lhe esperando na Estação pela parte da manhã. Espero que você não se atrase. – Ela levantou e pegou a papel. – E isso fica comigo. – Saia requebrando o seu lindo corpo que fazia o grandão fixar seu olhar com precisão em suas poderosas curvas.

- Elfman! – Mira chamava-o com seu típico sorriso. – Espero que aproveite a missão.

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No outro dia, pela parte da manhã. Elfman e Evergreen partiram na missão, ninguém ali sabia sobre além de Mirajane, que não sabia dizer se ocorreria tudo bem. Mas ela também acordou cedo naquele dia e seguiu seu caminho.

- O que? Então faremos? – Disse Lucy exaltada por conta do que Mira lhe contava.

- E precisaremos da ajuda de uma pessoa. – Disse Mira sorrindo. – Enfim, faremos aquilo.

Continua...