“A Reyrei é lésbica? Mas será que é só por causa do Haruhi? Ela é uma cuca-fresca mesmo, não percebe que ele é homem... Ou será que... Droga! Como é que eu vou conversar com isso sobre ela?! Eu sou só um simples Kazuki! Não sei lidar com essas coisas!”

-Ooii! – Reina avistava Kazuki no corredor. – Kazuki, vem! O Bara já ta aqui comigo!

-Ih! – Kazuki se assustava, pois estava perdido em pensamentos, mas logo corre ao encontro de Reina. – Oi, Reyrei.. Cadê o Bara?

-Ele tá bem aqui do meu lado. – A garota de cabelos azulados apontava para um espaço vazio onde o “príncipe” estava antes de sumir. – Sumiu...

Um pouco mais a frente, Bara estava junto de uma garota.

-Eu... Estou apaixonado por você.

-Bara-san! – A garota de cabelos castanhos sentia-se emocionada.

-Fique comigo pra sempre, Nabiki! – Kazuki e Reina chegavam nesse momento e assistem tudo que acontecia.

-Mas é claro, Bara-sa... Você me chamou de Nabiki? ! – A garota agarrava a gola da camisa dele. – Meu nome é Kazumi!

-Não. Kazuki é aquele cara! – Bara apontava para o amigo que acabava de chegar, parecendo meio desinteressado no nome da garota.

-KA-ZU-MI! – A tal Kazumi estourava um tapa no rosto de Bara e ia embora furiosa.

-Espera aí! Eu te amo, Kabupi!

-É Kazumi, seu bobo... – Reina puxava-o pela orelha e todos iam para sala do clube. Assim que todos se locavam, Haruhi entrava na sala.

-Oi, gente. – Haruhi, no momento em que olhava para Reina alegre, cumprimentando-o, lembrava-se do seu primeiro beijo, o que o deixava muito sem jeito e, automaticamente, ele evitava olhá-la. Durante o dia inteiro, Haruhi evitou ter muita interação com Reina, que, apesar de tudo, era seu interesse amoroso.

-Gente, tenho que sair mais cedo. – Kazuki aprontava suas coisas e ia embora para algum compromisso que tinha. – Falou.

-Ele tá estranho, né? Haruhi-chan, você acha?

-Ahn?.. A.. Acho. – Ele respondia de forma vaga.

“Ainda bem que a Reina não quis tocar mais naquele assunto” – Kazuki pensava enquanto ia embora.

-Eu também tenho que fazer uma coisa! – Bara se levantava. – Desculpa, presidente Reina, eu vou sair mais cedo.

-Não tem problema, nós nem estamos fazendo arranjos hoje, só conversando mesmo! Está liberado!

Bara vai embora, deixando Haruhi e Reina sozinhos na sala.

-Haruhi-chan... E então?

Haruhi abraçava os joelhos e evitava olhar para Reina.

“Droga, depois que eu pensei direito, a Reina roubou meu primeiro beijo e... Não consigo encará-la mais... Passei minha noite pensando nisso... Será que eu devia pedir pra namorar com ela? Mas ela acha que sou garota... Eu nem consigo olhar pra ela, por que to pensando nisso?”

-Acho que... – Ele não conseguia olhar para ela. – Deviamos ir embora também.

-Ahh, Haruhi-chan! Eu quero conversar com você!

- Desculpa, Reina-chan. – Ele se levantava. – Eu tenho um motivo para fazer isso... Eu... Tenho que ir. – Haru abria a porta e se retirava, deixando Reina abandonada por todos seus amigos... “Sera que a Haruhi-chan não gosta mais de mim?”  Ela pega suas coisas e vai embora também, mas no pátio do colégio, perto da saída, ela percebe uma confusão.

-Kayuii! Eu te amo! Fique comigo! – Bara gritava em plenos pulmões para a garota Kazumi.

-Já disse que meu nome é Kazumi!

Várias pessoas passavam e assistiam.

-Ei! Esse cara disse que me amava! – Uma garota de cabelos ruivos no meio da multidão declarava.

-Ele disse que amava a mim! – Uma outra ainda se intrometia.

-Não! Foi pra mim!

Logo várias garotas para as quais Bara havia se declarado estavam em volta dele, todas furiosas, e cada vez mais próximas, as coisas pareciam que ficariam perigosas. Elas estavam em volta dele, agarravam suas roupas e, enquanto todas tentavam agredí-lo, ele tentava apenas se manter em pé, mas logo é derrubado pelas garotas, que iriam cometer violências mais terríveis ainda, se não fosse por umas três ou quatro flechas que eram atiradas no chão próximo delas.

-Ei! Vão embora! Deixem ele em paz! – Uma voz feminina expulsava todas as garotas caóticas, que iam embora imediatamente. Só quando todas se vão, Bara percebe que quem o salvou foi Yuriko, a garota membra do clube de arco e flecha. – Você está bem, ahn... Bara-kun?

-Yuriko, certo? Valeu...

Ela dava a mão para que ele se levantasse. Era a primeira vez que ele via Yuriko com o uniforme da escola, ao invés da sua roupa típica para arco e flecha, ainda trajando seus típicos pequenos rabinhos de cabelo preso, um em cada lado da cabeça.

-Yuriko-san... Você está tão bonita assim... Estou apaixonado por você

A tímida Yuriko respirava fundo e desferia um tapa no rosto de Bara.

-Foi isso que te causou problemas, não, Bara-kun?

-Desculpe... – Ele levava a mão ao rosto, esfregando onde havia levado o tapa. – Eu vou embora antes que mais alguma coisa aconteça, acho melhor deixar aqueles dois sozinhos na sala do clube mesmo...

-É... Perdão, aqueles dois? Reina e Kazuki?

-Não, não... Eu to falando de Reina e Haruhi! Aqueles dois se amam, até já se beijaram uma vez...

-O quê?! Já se beijaram? Po... Por quê?! Eles estão namorando? – A garota estava aparentemente perturbada pela notícia.

-É, foi lá no festival na casa do Haru... Algum problema, Yurii?

-Ah...! Não! Nada não! – Seus olhos giravam e saia fumaça de seu ouvido de tão nervosa e envergonhada que a menina estava, seu rosto estava vermelho feito um tomate . – Va... Vamos embora, né?! Está na hora de irmos, certo? Ninguém precisa ficar falando do Haruhi, certo?

-Tu... Tudo bem.. – Bara não sabia exatamente como reagir. – Vamos, eu vou pelo parque Hakuouki, e você?

-Mi.. Minha casa fica pelo parque Hakuouki também!

-Vamos juntos, então! – Bara oferecia com um sorriso, que era diferente dos sorrisos que ele dava para as garotas pelas quais ele normalmente se apaixona. Os dois foram um ao lado do outro em direção ao tal parque Hakuouki, sem dizerem nenhuma palavra.

Bara quebrava o silêncio:

-Você gosta do Haruhi, né?

-Ahh! – O rosto de Yuriko voltava a parecer uma miniatura do sol e ela até perdia o equilíbrio devido à pergunta repentina.

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Dia-a-dia dos garotos da república.

-Essa figura de ação do Hijibuta é demais! Onde você conseguiu isso, Tanimaru?!

-HO HO HO! Oshinaru, você vai precisar de mais mil anos para conseguir um Hijibuta tão perfeito quando esse!

-Cacilda! Ele realmente é incrível! – Jounnotake se intrometia, sempre sentado na sua cadeira de computador, pegando o boneco para observá-lo melhor. – Olha isso, Dai.

-Realmente incrível, eu daria tudo para ter um desses... – Dainori observava enquanto ajeitava os óculos.

-Eu daria minha alma por ele! – Oshinaru exclamava com fúria.

-Ei! Não troque minha filha por bonequinhos por aí! – Jounnotake se intrometia

-O QUÊ?! – Os três perguntavam juntos. – Filha?!

-Exato! Minha filha se chama Alma!

-VOCÊ TEM UMA FILHA?!

-Então você engravidou alguém por aí?! Devia ter cortado esse cabelo comprido, eu sempre disse que era falta de disciplina! Por que nunca ouviu os meus conselhos?! – Oshinaru começava a surtar.

-Ei! Vocês me deram um chute destruídor no ultimo capítulo por eu não ter contado que eu tinha uma namorada?! O cara tem uma filha! O que você vai fazer com ele, Oshinaru?! Eu quero justiça! – Tanimaru clamava.

-Eu sempre quis ter uma filha e chamá-la de “Alma”, só para poder dizer que estou trocando minha filha por alguma coisa... É um trocadilho engraçado, não? – Jounnotake explicava com um sorriso de aeromoça no rosto.

-Oh... – Dainori era o único que prestava atenção enquanto os outros dois surtavam.