The Dawn of Evangelion escrita por Goldfield


Capítulo 17
Ezequiel




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Ezequiel

Massachusetts, EUA, 1995

Suas mãos se tornavam cada vez mais ousadas. Das costas da cintura da jovem, passaram para seu abdômen nu e suado, deslizando até a parte superior da saia. Os dedos então avançaram para dentro da peça, acariciando as partes íntimas da moça... enquanto as mãos desta arranhavam seu peito sob a camiseta, as bocas se beijando num balé ensandecido.

         As unhas dela também passaram a descer, eriçando todos os pêlos do rapaz enquanto se dirigiam até sua calça. Ansiosas, desabotoaram o cinto. A cueca foi exposta e ela passou a tatear seu interior...

         Ambos começaram a gemer.

         E a porta do quarto se abriu de uma vez, com violência.

         As cabeças se desgrudaram, voltando-se assustadas para a entrada do leito. Junto a ela, de pé, viram uma garota loira de cabelos desgrenhados e olhos soltando as primeiras lágrimas. A namorada do jovem que estava ali, com outra.

         Por alguns segundos o silêncio predominou, nenhum dos lados sabendo como reagir. A face da moça junto ao rapaz comprometido tornou-se vermelha, queimando como fogo, embora a dele se conservasse natural. A amada traída, por sua vez, apresentava clara dificuldade em respirar, ofegando nervosa, até que gritou, tão alto que metade do campus devia ter conseguido ouvir:

         - Você é um monstro, Daniel Langley! Um monstro!

         Saiu em seguida batendo a porta de modo ainda mais bruto do que quando chegara.

         Sozinho novamente no quarto, o casal se entreolhou, a vermelhidão na face da jovem aos poucos passando. Daniel abriu um sorriso cínico e indagou:

         - Onde havíamos parado mesmo?

         Ela de início arregalou os olhos, espantada por aquela atitude... mas então continuou massageando o membro do parceiro, os dois voltando a soltar gemidos.

Mais tarde, Langley, novamente vestido, caminhava por um dos jardins do MIT, o famoso Instituto de Tecnologia de Massachusetts, junto com um amigo, Mark. Os dois pareciam ser totais opostos: enquanto Daniel, forte e extrovertido, fazia o tipo galã sedutor – embora também se mostrasse um excelente aluno, talvez um dos melhores da instituição, tendo ingressado nela aos dezessete anos – Mark era um nerd atarracado e tímido, óculos sempre ao rosto e escassa vida social. Apesar das diferenças, costumavam ser vistos juntos a maior parte do tempo... exceto quando Daniel saía com garotas, algo bem freqüente.

         - Não acredito que você fez isso com a Samantha... – Mark murmurou, segurando as alças da mochila que trazia às costas. – Eu sei que você já traiu namoradas antes, coisa com que nunca concordei... Mas desta vez ela flagrou vocês. A coitada deve estar arrasada...

         - Por que não se aproveita e vai lá consolá-la? – Langley replicou cheio de malícia. – Na boa, cara... Você é certinho demais. Por isso está sempre sozinho.

         - Eu acredito existir uma distância abissal entre “não ser certinho” e “ser um canalha”. Foi mal, Danny, mas você está se tornando essa segunda opção, cada vez mais. E as mulheres cansam. Uma hora irão se dar conta disso e começarão a te evitar.

         - Desculpe, mas discordo. As mulheres só correm atrás de caras como eu. Elas podem falar em “príncipe encantado” e “homem romântico” o quanto quiserem, mas o que realmente desejam é alguém viril na cama.

         - Não posso concordar. Ainda acho que um dia acabará sozinho desse jeito.

         Daniel subitamente parou, colocando-se na frente do colega. Sua expressão tornou-se séria, o que fez Mark até ter medo de ser agredido pelo garoto. Este, porém, apenas perguntou, tendo um olhar convicto:

         - Já lhe contei a história do meu avô?

         - Não... – para ser franco, o amigo não se lembrava.

         - Chamava-se Richard Langley. Foi um grande cientista militar. Participou do Projeto Manhattan e outras iniciativas ultra-secretas do governo. Um verdadeiro gênio. Sabe como morreu?

         - Não – Mark continuava assustado.

         - Suicidou-se. Tirou a própria vida devido a uma decepção. Minha avó o traía, e ele descobriu da pior maneira: chegou em casa sem aviso uma tarde e a encontrou na cama com o amante. Ele sempre fizera tudo por ela, a amara mais que qualquer coisa... e a esposa assim retribuiu. Essas são as mulheres. Todas iguais. Inevitavelmente, elas vão te trair. Então é função dos homens traírem-las antes, enquanto ainda pensam serem as únicas.

         O nerd viu-se perplexo, enquanto Daniel voltava a andar ao seu lado. Provavelmente dava o assunto por encerrado, mas Mark mesmo assim insistiu:

         - Você não é seu avô...

         - Posso não ser, porém a lógica feminina permanece. Só olhar ao redor. Comece a agir de forma diferente com as mulheres, cara. Aposto que sobrarão algumas para você...

         Momentâneo silêncio. Mark aparentou remoer as palavras do amigo, imaginando se ele optara pelo curso de Engenharia para seguir os passos do avô. Inquiriu logo depois:

         - Não foi para falar sobre esse assunto que você me chamou afinal, não é?

         - É, não foi, você que o abordou... – Langley respondeu um tanto emburrado. – O que eu queria comentar é que, mesmo tendo entrado há tão pouco tempo na universidade, já recebi uma proposta de emprego. E das boas.

         - Nossa, como assim?

         - Veio por carta oficial. Uma nova agência da ONU que cuida do meio ambiente ou coisa parecida. Chama-se Gehirn. Eles analisaram meu histórico e me convidaram a ocupar uma vaga. Poderei cursar a faculdade normalmente enquanto isso e por certo serei promovido quando tiver o diploma na mão.

         - Caramba, Danny, isso é ótimo! – Mark realmente ficara feliz.

         - Se houver mulheres lá, será melhor ainda! – Daniel deu uma cotovelada no colega, rindo, enquanto adentravam o dormitório.

*  *  *

A sala era escura e aparentemente não possuía paredes, as sombras se estendendo sem limites visíveis, como se quem ali entrasse passasse a caminhar por um universo sem estrelas. Salvando o local do total vazio, havia doze grandes monólitos cinzentos, dispostos em círculo, flutuando acima do chão, como lápides suspensas. Cada um dos artefatos possuía a inscrição “SOUND ONLY”, além da denominação “SEELE” seguida de um determinado número: “SEELE 01”, “SEELE 02”, e assim sucessivamente.

O conjunto, de aspecto bastante sinistro, ainda mais àquela penumbra, tratava-se na verdade de um sistema de reuniões composto por hologramas. Já há algum tempo, o conselho da SEELE, de número de membros recém-expandido, não mais se encontrava presencialmente, as conferências ocorrendo à distância com cada um dos acólitos sendo representado por um daqueles retângulos, somente suas vozes propagadas pelo ambiente. A justificativa oficial para a mudança, dada pelo agora grão-mestre Keel Lorenz, fora diminuir os riscos aos integrantes em caso de traição, já que todos ali eram novos ao grupo e, apesar de já dele participarem há alguns anos, ainda não plenamente confiáveis. Os demais, por sua vez, pensavam também em outra causa: como Keel ficara cego e assim incapaz de visualizar os colegas, queria que estes estivessem em sua mesma condição, evitando ser passado para trás. O velho era mesmo uma raposa...

- Está iniciado o DXCII Congresso da SEELE – sua voz soou onipresente.

Após breve silêncio, um dos monólitos se manifestou. Podia ser identificado como Daichi Ikari, embora ali apenas Lorenz o conhecesse pessoalmente:

- O recrutamento da doutora Naoko Akagi foi concluído. Ela já está trabalhando no laboratório da Gehirn na Alemanha.

- Ótimo – Keel assentiu em tom satisfeito.

- A criadora do sistema Zaratustra será um excelente reforço – outro acólito afirmou. – Se há uma coisa que a Guerra Fria produziu de bom, foi o trabalho dessa cientista.

- Sua visão é limitada, é preciso reconhecer – Lorenz resmungou. – A Guerra Fria foi bem mais que isso. Se a competição bélica entre Estados Unidos e União Soviética não houvesse sido estimulada, nós jamais teríamos agora os armamentos necessários para resistir aos Anjos. Décadas de conflitos localizados e desenvolvimento tecnológico permitiram que estivéssemos muito melhor preparados do que há cinqüenta anos.

- Se me permite, grão-mestre, em alguns momentos não me parece tão precavido assim... – murmurou um dos membros. – Andou recrutando descendentes de antigos funcionários que, segundo os relatórios, muitos danos trouxeram à SEELE. Até mesmo o neto do homem que lhe privou das pernas e dos olhos...

- Fala de Daniel Langley? – o timbre do alemão passou para jovial. – Eu não me preocuparia. Por influência ou não do avô, ele está seguindo carreira similar. Engenharia. Talvez venha a se tornar tão ou mais brilhante que Richard.

- A ponto de se explodir com uma granada? – o acólito insistiu.

Keel foi ouvido suspirando, antes de esclarecer:

- Nossa pesquisa alcançou os maiores progressos na época em que Lianna Soryu e Richard Langley para nós trabalhavam. Acredito em hereditariedade. Na transferência de dons. Se estou recrutando descendentes de antigos associados problemáticos, é porque creio na capacidade desses jovens. E, além do mais, me garanti de que eles nada sabem sobre o real passado de suas famílias. Enquanto a Gehirn mantiver sua fachada, não teremos quaisquer problemas.

A explicação soava lúcida e convincente, mas eles não a aceitaram em seus íntimos. Havia algo mais por trás daquelas contratações... um motivo que Lorenz escondia.

- E quanto ao doutor Katsuragi? – outra voz inquiriu.

- Deixemos que trabalhe. Se ele conseguir trazer sua teoria S² à realidade, poderemos controlar a Instrumentalidade como bem entendermos. Criar nossos próprios Frutos da Vida. Está claro que o que ele imaginou é justamente o modo como os Núcleos SG dos Anjos funcionam. Aliás, acredito que possamos alterar o nome para “Núcleos S²”. Em suma, Hideaki é um de nossos colaboradores mais valiosos. E o mais alheio ao que realmente queremos. Uma combinação perfeita.

Depois de mais um instante sem falas, um dos membros afirmou, soando um tanto sombrio:

- A hora do reencontro com Adão se aproxima, e ainda há muito que definir... Como nos apoderaremos dele, de que modo acobertaremos a volta dos Anjos...

- Na verdade, existe um assunto que requer mais urgência... – Keel revelou. – Metatron.

*  *  *

Era difícil manejar aquele monstro de metal.

         Quando vira primeiramente o gigante de aço pelo lado de fora, com a inscrição “T-RIDEN-T 01” em sua couraça azulada, achara que o Majestic-12 passara os últimos cinqüenta anos apenas desenvolvendo aquilo. Mas, conforme ouvira, o robô havia sido trazido do Japão – criado por uma empresa parceira da organização secreta norte-americana – para auxiliar nos trabalhos mais brutos de escavação. Dado o tamanho da coisa, seu operador podia jurar que eles então queriam cavar até o centro da Terra...

         Os controles eram até fáceis de memorizar. Mover alavancas constituía o principal ponto do processo, como se a máquina fosse um grande guindaste. Mas também era o ponto onde os problemas começavam: os mecanismos mostravam-se duros, emperrando quase a cada ação. A pesada estrutura mexia-se de modo muito lento – o que, com as freqüentes travadas, tornava a execução precisa de tarefas um inferno. Ao menos possuía suporte fixo; seu controlador, da cabine, tendo apenas de manejar os braços segmentados terminando em pares de garras de metal semelhantes a pinças – o que, todavia, já se mostrava incumbência incômoda o suficiente...

         Ainda mais para um serviço tão aterrador como estava sendo o daquele dia.

         Jamais suspeitara existir uma caverna tão grande como aquela sob a base subterrânea de Nevada. Era sabido, sim, que o complexo vinha sendo ampliado para baixo desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com novas galerias prontas a cada ano, mas aquilo se mostrava diferente. O espaço devia ter as dimensões de um estádio de baseball, situando-se à beira de um amplo buraco que simplesmente não tinha fundo. Se o Majestic-12 não ordenara a abertura daquela caverna, então a natureza mostrava poder ser bem sinistra...

         T-RIDEN-T 01, soltar cápsula.

         A ordem veio pelo rádio dentro da cabine. Mordendo os lábios, o operador empurrou algumas alavancas, rogando para que elas parassem de emperrar agora que a fase mais delicada da operação se iniciava. Teve seu pedido atendido, felizmente: agindo o mais rápido que podia, o corpo de aço do robô abriu suas duas mãos-pinça, soltando o invólucro branco em forma de “T” que até então segurara, trazido dos níveis superiores. Para surpresa do homem aos controles, a cápsula, ao invés de cair rumo ao abismo escuro... flutuou, deslocando-se lentamente para longe do gigante metálico pelo ar, numa linha horizontal, como se pairasse à órbita de algum planeta. O sujeito piscou, surpreso. Seria uma nova demonstração de poder daquela garota? Antes que pudesse conjecturar a respeito, o revestimento do artefato se desprendeu como papel.

         Se o fenômeno era aterrador, o conteúdo do invólucro, agora exposto, se mostrava mais: pregada a uma cruz vermelha por pinos escuros, as mãos e pés perfurados, estava Mary Morgan, a menina cujo organismo servia de receptáculo ao Anjo Metatron. Cabelos loiros soltos, usando traje semelhante a uma camisola branca que esvoaçava – apesar de não haver vento àquela profundidade. Mantinha os olhos fechados, inconsciente e provavelmente alheia ao que lhe ocorria. A adolescente encontrava-se naquele estado de coma há quase dez anos, após ter eliminado sozinha boa parte do pessoal da base. Alguns a julgavam morta, mas o corpo não se deteriorara. Era uma entidade celestial, afinal de contas. Eterna. O Majestic-12 estava mais certo de que dormia do que morrera, e por isso não desejava mais correr riscos. Aquele era o intuito daquela operação... ou ao menos assim acreditavam. A suposta razão de realizarem trabalho tão perturbador.

         O operador queria desviar os olhos da figura inconsciente lacerada pelos pregos, mas não conseguia... Parecia tão inocente, frágil e sofredora...

         Cobaia em posição. Inserir lança.

         Com certeza, a parte mais ingrata daquela tarefa. Girando ligeiramente a estrutura da cabine, o controlador voltou-se para um comprido dardo rubro cravado no solo da caverna. Usando as pinças na ponta de um dos braços mecânicos, apanhou-a sem dificuldade. A cruz com Metatron seguia se afastando lentamente, rumo a uma parede. Movendo outras alavancas, o indivíduo guiando o robô retesou o membro brandindo a lança, colocando-se em posição de atirá-la. As engrenagens rangeram, fazendo birra por alguns instantes. Até elas aparentavam estar incomodadas com a ação, hesitando em levá-la a cabo.

         Não se preocupe com a mira. Apenas atire-a. A lança fará o resto sozinha.

         O operador fechou os olhos... E cumpriu a ordem.

         De fato, a arma, como se modificando sua própria trajetória, atingiu o centro da cruz com perfeição... sua grande espessura perfurando não só o coração, mas todo o peito de Mary Morgan. Os braços e pernas da garota estremeceram de maneira tão forte com o impacto, que por um momento aparentaram estar prestes a se desprender dos pregos. Sangue jorrou, ao mesmo tempo em que a estrutura vermelha ostentando o corpo da menina cessou de levitar... despencando, com a lança fincada em si, para o interior do buraco... e se perdendo para sempre nas profundezas sombrias daquele lugar.

         Dentro de T-RIDEN-T 01, o controlador tremia e chorava.

         Chorava feito uma criança.

*  *  *

O grupo de trabalhadores concluiu a subida pelo elevador de carga, seus uniformes e capacetes com lanternas cobertos de terra. Nunca haviam descido tanto ao subterrâneo, muitos deles sequer suspeitando que a construção da base havia cavado tão fundo. Ansiavam por retornar aos subsolos superiores e tomar um demorado banho, após terem terminado o trabalho tão estranho de isolar Metatron naquele ambiente inóspito. Esperavam apenas que o Anjo não voltasse para vitimar mais soldados, ou até eles mesmos...

         No caminho pelas galerias rochosas, os operários encontraram os cientistas que haviam preparado a cobaia para o procedimento, tendo-a trazido de sua quarentena no laboratório da base. Juntos, os dois grupos passaram a se dirigir ao próximo elevador, trocando poucas palavras devido ao cansaço...

         Quando se depararam com mais alguém pelo caminho.

         Os indivíduos também portavam lanternas... acopladas aos canos de metralhadoras. Apontaram-nas de imediato aos funcionários, fazendo-os recuar com as mãos levantadas sem compreenderem coisa alguma. Dentre os soldados, avançou caminhando um rosto familiar. Doutor Stewart. Comandante das instalações na ausência de Keel Lorenz.

         - Bom trabalho lá embaixo, pessoal – ele os elogiou.

         - O que está acontecendo? – sob a mira das armas, um dos pesquisadores via a bizarra contradição.

         Stewart deu um demorado suspiro, como se bastante incomodado em relação a algo, antes de dizer:

         - Vocês todos tiveram contato direto com Metatron durante a operação. O mais lógico seria matá-los sem distinguir quem é quem... Mas há tanto bons cientistas entre vocês quanto operários competentes. Os medíocres então devem agradecer a esses seus colegas pelo fato de permanecerem vivos...

         Em seguida retirou um pequeno frasco transparente de um bolso do jaleco, contendo vários pequenos comprimidos brancos. Ele agitou-o de frente para os assustados comandados, explicando:

         - Terão uma escolha. Ou cada um de vocês ingere um destes comprimidos, ou infelizmente não poderá deixar vivo o subterrâneo.

         Todos se entreolharam. Coube a um dos trabalhadores cobertos de poeira perguntar:

         - E o que seria isso?

         - Estas pílulas impedirão que seus corpos gerem espermatozóides ou óvulos férteis pelo resto de suas vidas. Não inviabilizarão o ato sexual, mas jamais poderão fecundar.

         Stewart fez nova pausa antes de frisar:

         - É a pílula, ou uma bala na cabeça.

         Os aturdidos funcionários mais uma vez se encararam, dando em seguida passos à frente... com as mãos abertas.


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