Até as serpentes venenosas tem coração! escrita por MirieUzumaki, MariUchiha


Capítulo 23
Os três finais


Notas iniciais do capítulo

Bah... agora sim vcs vao enlouqecer, pq eu to confundindo a cabecinha de vcs neh?



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Os três finais

Depois daquela pagação de mico básica, ele fechou a portinha.

-Viu?

-Vi o que? – me fiz de desentendida.

-Você não quer fugir com eles, você pode até querer salvá-los porque gosta deles como amigos, mas você não quer fugir com eles por três motivos! – ele disse, se achando a ultima bolachinha do pacote (sabe? Aquela toda amassada e quebrada que ninguém quer? HEHE).

-E quais seriam por acaso? – perguntei.

-1º você sabe que se fugir com eles, irá ter de escolher um dos dois e você odeia escolher! 2º, você me ama e 3º, você quer ficar aqui! – ele encheu-se se ego.

-Bom, o 1º até pode ser, mas os outros dois são totalmente sem noção! – gritei.

-Ta bom né... – ele me irritou.

-Ai... Será que podemos salvá-los agora? – perguntei já explodindo de raiva.

-Claro meu “amor”! – desgraçado.

Descemos as escadas que ficavam de baixo do tapete, e lá na masmorra ele ordenou aos guardas que deixassem o ressinto.

Achei que ele fosse pegar alguma chave para abrir, mas não.

Fomos andando pelo corredor, e ao lado dele fui sentindo uma estranha vontade de segurar sua mão.

Foi o que fiz...

O que?

É foi sim...

Ele sorriu, mas não disse nada.

Continuamos caminhando (minha nossa que masmorra imensa).

Quando chegamos á sela de Draco e Jorge, eles vieram correndo até a grade, e eu nem me dei ao trabalho de soltar a mão do príncipe cavalindo.

Eu só fiquei lá, em estado neutro, encarando a sela deles.

Os dois sorriam e colocavam as mãos para fora como quem quer um abraço, mas eu não fiz nada.

POR QUE?

Não sei...

-Ali! – gritou Jorge.

-Ali quem é esse ai? – perguntou Draco.

-Sou o príncipe Adrian II, é um prazer conhecer os tão falados prisioneiros amigos de minha noiva. – o que, que ele tinha que falar.

Antes acho até que eu tinha sorrido, mas quando ele falou isso, minha cara foi de pânico, por Draco e por Jorge.

-Noivo? – eles perguntaram em uníssono.

-É! Nós vamos nos casar amanhã, pena que vocês não vão poder ver porque provavelmente já vão estar mortos a essa hora! – o que? Por que ele disse isso? Ele ia me ajudar a salvá-los.

-Em... – murmurei.

-O que? – Draco e Jorge disseram ao mesmo tempo e mais alto que eu, por isso acho que meu murmúrio não foi ouvido.

Então apertei a mão de Adrian e soltei-a.

Finalmente minha voz voltou.

-EM! Adrian! Você disse que iria me ajudar a salvá-los! Você mentiu pra mim! E ainda por cima me trouxe aqui pra sofrer mais ainda.

-Claro que não! – ele disse ofendido.

-Como não? Analise o que você disse!

-Eu disse que eles já deviam estar mortos, e irão!

-COMO? – eu, Draco e Jorge, perguntamos apavorados em uníssono.

-Sim, eu irei ajudar, mas fugir do reino dos centauros é mais difícil que fugir de Azkaban!

-SÉRIO? –Perguntei.

-Sim!

-Mas vocês vão tentar não é? – perguntou Jorge.

-Pouco me importa, primeiro eu quero saber que estória é essa de casamento! – se esbravejou Draco.

-Bom... – enrolei a língua.

-Não vou explicar agora, primeiro vou tirar vocês daqui. – disse Adrian.

-Como? Você nem se quer pegou uma chave. – eu disse.

-Chave pra que? Se é por toque. – ele respondeu.

-Ata! – respondi como se fosse muito óbvio.

Mas algo aconteceu, quando ele tocou no local adequado para abrir, um tipo de alarme disparou, e quando vimos estava lotando de guardas.

-Ai droga, meu pai bloqueou meu acesso, ele devia ter imaginado que eu os libertaria por causa... – ele estava falando, mas eu o interrompi.

-Por causa das suas habilidades, já sei.

-Me perdoa, de adeus aos seus amigos porque nós temos que vazar daqui. – ele ordenou.

-Não vou, quer dizer, não podemos deixa-los! – eu disse.

-Eu tenho que te proteger, me perdoa mesmo. – ele disse isso enquanto me pegava no colo.

-Ali, sério, pode ir vai ser melhor. – disse Jorge, já chorando, assim como eu.

-Tchau Ali, promete que vai ser feliz? – perguntou Draco.

-Sim... – desabei em lágrimas, e quando vi, eu já estava no meu quarto de novo, ele havia nos tele transportado para lá.

Duas horas depois...

Ele tinha ficado um pouco lá no meu quarto, mas depois foi embora e só disse, “desculpa”...

Fiquei abatida e bem cabisbaixa.

De repente aparece o rei em meus aposentos, com seu pajem que me trazia uma notícia.

-Sua Majestade Real, o rei Adrian I, tem a honra de lhe noticiar que, o casamento de Vossa Alteza Maria Alicia Lotter, como é conhecida popularmente, e a Alteza o Príncipe Adrian II, irão se casa daqui a uma hora, no grande jardim real, sob o céu exclusivo dos centauros. – disse o pajem.

Nesse momento me subiu um tremor e eu olhei para a janela, foi quando percebi que o céu dos centauros não era escuro como o do restante da floresta da morte, a floresta Belga tinha um céu azul, plantas vivas e uma alegria e calor constante.

Eu iria me casa em uma hora, e então, tudo estaria perdido, tudo o que passei, vivi, estudei, tudo o que eu soube, aprendi, não valeria nada neste novo mundo, eu desperdicei 16 anos da minha vida, com, absolutamente... NADA.

Agradeci e pedi licença para me arrumar, eles disseram que em 15 minutos duas centauras iriam me ajudar a me arrumar, forcei um sorriso e fechei a porta.

Eu ia começar a chorar quando uma luz me iluminou...

MILLIE!

Eu precisava ligar pra Millie. Que bom, éramos pelo menos ela era, trouxa, sabíamos usar um celular!

Pena que a Londres Mágica não tem sinal... ÓTIMO!

Então pensei em usar a varinha.

Citei um feitiço e esperei, a Millie precisava “Atender”.

-Oi? Millie!

-Alo?

-Millie é você?

-Sim, quem é?

-Sou eu bonequinha!

-Ali?

-Sim meu anjo!

-Ali, que alivio, te achei.

-É, “achou”.

-O que foi?

-Eu preciso da sua ajuda.

-Espera, antes você não vai acreditar!

-O que?

-Sabe aquela sua amiga?

-Qual?

-A Cho!

-SEI!

-Ela viu a confusão daquele dia, e depois me levou para uma sala, lá ela retirou a maldição da maldade que estava jogada sobre mim! Eu não tenho mais a marca.

-Jura Milliezinha?

-Sim mana, juro pelos nossos pais!

-Ai, e eles?

-Depois falamos sobre isso.

-Você está falando como uma adulta.

-Ora? Mas eu tenho um feitiço de maturidade lembra?

-TEM?

-Tenho! A Cho só tirou a maldição, eu devo ter agora, uns 35 anos por ai...

-AH!

-Calma eu ainda sou a mesma, pelo menos por fora, sim!

-Que legal, mas voltando, foco!

-Ta.

-Eu preciso de sua ajuda meu amor!

-No que?

-Eu vou me casar!

-o que? Mana, você andou no CRACK?

-NÃO!

-Ta calma, me explica isso!

Expliquei a ela toda a estória e pedi pra que ela me salvasse!

-Ta bom, maninha, já sei o que fazer! – ela disse.

-O que?

-É o seguinte...

Pi, Pi, Pi!

“tempo de interligação mágica esgotado, próximo horário disponível: amanhã ás: 19h00min, obrigado”.

Pois é...

Bom espero que o plano da Millie seja excelente, se bem que ela está mais inteligente que eu né? Tem 35 anos de mentalidade...

Dali um tempinho apareceram as tais centauras embelezadoras.

Elas me arrumaram, mas não paravam de me xingar porque eu estava chorando e borrando a maquiagem.

Então, chegou... a hora da execução de Malfoy e Weasley.

Eu sentiria falta deles?

É OBVIO QUE SIM!

Eu jamais esqueceria eles.

Se a Millie não falhar, nem vou precisar tentar esquecer! Eh!

O Rei discursou, e o carrasco subiu em cima da grande pedra, onde seria a execução dos dois.

O primeiro era o Draco, porque o crime mais pesado era o dele.

A máquina de tortura que estava lá, eu reconheci daquele dia na sala precisa.

Era um elefante.

Não!

Um elefante não!

Por Favor!

[N/A Pra quem não sabe, o elefante é uma grande estátua oca de bronze, em forma de elefante, ela tem uma porta onde entra o torturado, a porta é fechada, na ponta da tromba tem 2 buraquinhos por onde sairão os gritos atordoados do torturado, de baixo do elefante, vai uma fogueira, que vai esquentando, esquenta e esquentando... e o bronze esquenta, e... Ai, só sei que a sensação não deve ser nada agradável!].

Fiquei pasma, e em estado de choque, a fogueira já estava ligada, e Draco havia sido jogado lá dentro, bom ele aguentaria algumas horas, mas não mais que isso...

Depois de uma meia hora, colocaram Jorge junto de Draco lá dentro.

Draco já gritava de calor.

Passou-se duas horas.

Onde estaria Millie e o seu plano brilhante?

Ai meu Merlin!

Os dois berravam lá dentro, sabem? Aqueles gritos de filme de terror? Pois bem, era iguais e até piores!

Eu chorava, por tudo.

Por ter de ouvir aquilo e ficar quieta.

Por saber que eles morreriam.

Por saber que eu não podia fazer nada.

Por não ter coragem de fazer alguma coisa.

Por que a culpa de eles estarem sendo mortos era minha.

Por absolutamente tudo...

Nisso, o tédio já tinha me tomado, e eu havia me acostumado com aqueles ruídos que não passavam de gritos de tortura.

Comecei a reparar que Adrian não havia chegado, eu não o vera desde aquela hora.

Onde ele estaria?

Nisso ouvi o rei reclamar.

-Onde está Adrian?

-Não sabemos Majestade, cremos que ele fugiu de novo! – disse o pajem.

-Só o que me faltava! – o rei esbravejou.

Ele fugiu?

Por quê?

Ele queria se casar comigo...

De repente, fiquei triste, afinal, por alguma razão.

EU QUERIA ME CASA COM ELE.

ÓTIMO...

Agora que eu quero ele some.

Quando vejo que o carrasco aumenta a fogueira, meu coração dispara.

Passam-se mais uma hora e meia.

E eu só ouço os gritos de Jorge.

Draco?

NÃO, POR FAVOR.

Você é especial de mais para que eu te perca agora.

Por favor, lute.

Mas, onde estava a Millie afinal? ONDE?

Quando o carrasco abre a portinha do elefante para pegar o suposto morto, eu sinto um cutucão em meu braço direito.

Mas não vejo ninguém, e afinal, eu estou na sacada real, não tem como caber mais de uma pessoa por vez ali.

Mas então vejo um rosto flutuando.

Millie?

Eu sorrio!

-Como você está voando? – perguntei.

-Um hipogrifo! – ela responde.

-E agora? – perguntei.

-Vou pegar Draco. - ela respondeu e saiu coberta com a capa, que ao acelerar dela, cai sobre os plebeus, e Millie se torna visível.

Ai não, o carrasco retirou Draco lá de dentro, ele foi morto!

Não.

Eu morri.

Porque Draco faz parte de mim.

Está faltando à metade do meu coração, quem é que vive sem a metade do coração?

Sinto-me vazia, meu mundo acabou.

Pela portinha, consigo ver Jorge, todo queimado, tanto quanto Draco, que já virou um churrasco de bruxo.

Eu caio em prantos.

Millie passa voando e leva Draco com ela, vindo em minha direção e deixando ele comigo.

Em meu colo.

Depois ela some, mas não pela capa, ela simplesmente vai embora.

Como assim?

Dali uns 10 minutos ela volta.

E eu vejo alguém na garupa dela, por um instante pensei que fosse o Adrian, mas ele é um centauro, e quem estava nas costas dela era um humano, pelo menos parecia.

Mas olho e ele é a cara do Adrian, não ele é a cara de outra pessoa, mas espera, essa pessoa... também é a cara do Adrian, não mas ele já morreu.

AI MEU MERLIN.

Millie passa aqui perto e não tenho mais dúvidas. Devo estar ficando louca, só pode, na verdade com certeza!

Aquele é o... É o...

Cassiano!

[N/A Isso está no segundo cap. em!].

Continua...


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Notas finais do capítulo

AI gente é sério, eu n queria, mas ter o final desejado (com uma choradeira do caramba) o Draco precisava morrer! BJS!



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