My Little Mermaid escrita por Jane Maddison


Capítulo 3
Slytherin again


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Centuries pass and still the same ( Séculos passam e continuamos os mesmos )

War in our blood, some things never change ( Guerra em nosso sangue, algumas coisas nunca mudam )

Fighting for land and personal gain ( Lutando por nossa terra e ganhos pessoais )

better your life, justify our pain (Melhorar sua vida, justificar nossa dor )

The end is knocking ( O fim está batendo a nossa porta )

Lost - Avenged Sevenfold


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– Antes de ir, preciso lhe dizer uma coisa. O passado pode ser algo muito complexo e assustador. É importante que você conheça amigos aonde possa se defender do perigo - Ele disse me entregando um objeto

– O que quer dizer com isto, Alvo?

– Quero dizer que você precisa tomar cuidado, muito cuidado Selene.


Assenti com a cabeça, respirando fundo. Dumbledore disse que quinze voltas seria o suficiente, então apenas dei as quinze voltas. Imagens passavam diante dos meus olhos rapidamente. De repente, tudo ficou escuro. E frio. Muito frio! Meus dedos pareciam pequenos pedaços de carne congelados, de tão frio que estava. Não conseguia nem mexê-los direito. Fechei meus olhos, desejando que tudo passasse e quando os abri novamente, estava na sala de Dumbledore. Mas não era bem a sala dele, e sim a sala do diretor.


– Oh! Eu não te vi aí, senhorita. Como posso ajudá-la?


Me virei para vê-lo. Era meio careca, e baixo. Tinha uma expressão mal-humorada, mas sorria fracamente.


– Eu... Ahn... Eu - Fui interrompida

– Ah, Selene! Eu estava esperando sua chegada - Ouvi a voz de Dumbledore. Ele estava mais novo, seus cabelos e barba não eram prateadas, eram agora mais escura. - Essa é Selene, lembra Dippet? A aluna nova que eu lhe falei a semana inteira - Dumbledore piscou para mim discretamente, e levantou um envelope conhecido. Era uma carta, que ele havia escrito para ele mesmo, provavelmente.

– Ah, sim... Selene Sunshine, certo? - Assenti com a cabeça. - Bom, sente-se. - Ele apontou para uma poltrona, e me sentei lá enquanto ele procurava alguns papéis - E então, como é Beauxbatons?

– Ahn... Desculpe? - Perguntei, confusa.

– É, Beauxbatons. Dumbledore disse que você estudava lá antes - Ele disse, desconfiado

– Ah, sim! Era bem bonito lá - Sorri convincente - E as aulas eram ótimas

– Ficou em que casa?

– Lá não existem casas, senhor. - Respondi, agradecendo mentalmente por ter lido um livro que dizia isso

– Ah, não? - Ele perguntou dando de ombros - Bom, está tudo certo. Vou chamar os monitores-chefes de cada casa, para você ser selecionada para uma. Espere um segundo


Assenti com a cabeça, observando Dippet sair pela grande porta e demorar alguns minutos para voltar. Ele trazia dois garotos, e duas garotas. Um era alto, olhos verdes, cabelos escuros e uma expressão fria. Não prestei muita atenção nos outros, na verdade, nem olhei para eles.


– Então, Srta. Sunshine - Dippet me chamou, trazia consigo um grande e encardido chapéu. O reconheci na hora. Era o chapéu seletor - Esse é o Chapéu Seletor, e ele... - O interrompi

– Sim, eu sei. Ele nos seleciona para uma casa, através da nossa personalidade! - Falei rapidamente.


Dumbledore me lançou um olhar atento. Quando percebi o que eu fiz, arregalei os olhos.


– Quer dizer, pelo menos foi isso que o Professor Dumbledore me disse - Menti, sorrindo fraco.


Dippet assentiu com a cabeça, me olhando de uma maneira estranha. Ele colocou o chapéu na minha cabeça, que pareceu dar um grito abafado.


– Ah, que maravilha! Em todos esses anos, nunca vi uma mente tão especial assim. Você é muito corajosa, Selene. Um dos motivos que eu deveria colocá-la na Griffinória. Mas é astuta, impulsiva e bom, é por esses motivos que eu declaro Sonserina!


Dippet retirou o chapéu, e sorriu hesitante para o garoto de olhos verdes.


– Tom, você se importa de ajudar Selene no que ela precisar? - Ele perguntou. O garoto, Tom, passou os olhos por mim rapidamente, e ele tinha uma expressão tão fria que assustava

– Não, claro que não, diretor. - Sorriu falsamente

– Ótimo! Leve-a até seu dormitório, por favor. Esse é o seu horário de aula. Daremos esse dia para você ficar livre, mas amanhã as aulas começarão cedo, sem desculpas para atrasos. Obrigada Selene.


Ele me entregou um pequeno pergaminho, e eu o observei, enquanto tentava acompanhar os passos do garoto de olhos vedes. É, devo me acostumar a chama-lo pelo nome.


– Ei! - Falei, enquanto tentava correr atrás dele - Será que pode ir um pouco mais devagar?

– Desculpe, Srta. Sunshine. Não tenho a mesma sorte que a senhorita, ainda tenho aula - Ele disse ríspido

– Então vá para a sua aula! Eu me viro sozinha - Bufei.


Eu não precisava de ajudar para encontrar o dormitório, até porque eu sabia muito bem aonde era. Só que Dippet e Tom não sabiam que eu sabia. E nem podiam desconfiar. Continuei andando em direção contrária, já que o garoto de olhos verdes continuava atrás de mim.


– O que você ainda faz aqui? Você disse que tinha aula, então por quê não está na sua querida aulinha?! - Falei, quando entramos em um corredor vazios

– A senhorita é ousada demais para o meu gosto. Quem pensa que é para falar comigo desse jeito? - Ele disse, me puxando pelo braço. Olhei novamente para aqueles olhos verdes, e vi que faiscavam de ódio

– Eu, pelo menos, não sou fria e ríspida com pessoas que nem conheço! - Rosnei

– E você me conhece, por acaso? - Ele perguntou - Não, não me conhece! Então não fale coisas sobre mim, se não sabe minha história!


Virou as costas, e desapareceu. Coloquei a mão no meu peito, e senti meu coração acelerada. Jurei que ele iria me matar. Dei de ombros, subindo para as masmorras. Antes de entrar no Salão Comunal da Sonserina, vi uma garota falando uma senha e ela entrou. Memorizei a senha, e entrei também. O garoto dos olhos verdes estava sentado em um sofá, todo largado. Ele olhou para mim com aquele olhar frio, com desprezo, e ignorei. Subi para o dormitório feminino, me jogando na primeira cama vazia que vi pela frente.

Grande começo no passado, Selene! Mal chegou e já tem um inimigo! Fiquei me questionando até conseguir lembrar o nome do garoto que eu precisava destruir. Pelo que eu sabia, ele se chamava Tom Marvolo Riddle. Seria muita coincidência se esse garoto que eu precisava destruir, fosse o mesmo que eu tinha acabado de discutir num corredor, certo? Afastei essa ideia da minha cabeça, enquanto descia para o Salão Comunal novamente. Tom continuava ali, como se não tivesse se mexido.


– Você é Tom Riddle, não é? - Perguntei em tom acusador. Ele arqueou uma sobrancelha, e sorriu irônico. - Vou considerar isso como um sim.


Bufei, e saí do salão. Desci em direção do Lago Negro. Precisava nadar um pouco, relaxar, e deixar meus problemas na água, como eu sempre fazia. Mergulhei até o fundo, e senti a transformação ocorrendo. Segundos depois, tinha uma cauda ao invés de pernas. Só não sabia que havia alguém me observando.



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Notas finais do capítulo

Revieeeeeews? *-*'



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