Vampiros De Antigamente, Sedutores escrita por Veneficae


Capítulo 11
Dica 6: Procure saber se ele tem um castelo ou se.


Notas iniciais do capítulo

..
... se ele tem SETE NOIVAS



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Jackson POV


Acariciei seu rosto.

– Finalmente em casa. - sussurrei. Me virei para o mordomo e sorri. - Linda, não é?

– Hum... sim, senhor.

Bufou.

– Foi uma pergunta retórica. Se eu ver você elogiando-a de novo – batei a mão em punho na palma aberta da outra mão.A dor de ficar no sol vai parecer massagem perto do que posso fazer.

– S-sim, senhor.

– E só mais uma coisa – pediu, antes do mordomo sair. - Cuide dela. Quando Charlote acordar, vai ficar histérica.

Histérica seria pouco.

Preciso chamar ajuda.





Charlote POV




Eu ouvia um barulho.

Chuva.

Abri os olhos lentamente, mas não tive a visão da porta do quatro 13 ou do teto podre do Lua Vermelha. Não foi muito surpresa, pois, caso ainda estivesse lá, não estaria viva.

Lá fora, pela janela, rolava uma tempestade.

Era um quarto vermelho, tipo esses de castelos medievais.

A cama tinha mosquiteiro, colchões grossos vermelho sangue, pétalas de rosas em volta, panos longos de todos os tipos de vermelho pendurado no teto – quase tipo aqueles panos de quartos indianos... marroquinos... sei lá.

Havia um cara vestido de mordomo na minha frente, de pé.

– Onde estou? - sentei. Eu não usava mais minha blusa xadrez Levis nem meu jeans rasgado. Agora era uma camisola preta, com uma rosa sem o cabo no meio dos meus seios, pelo jeito estilo mesmo da roupa. Olhei para minhas pernas, vi meia-calça preta quadriculada meio sexy e só na perna direita um daqueles panos que amarrava no meio da coxa – tipo japonesa sedutora.

A questão era...

Quem havia colocado isso em mim?!!!

– Ilha Lamia Queen. - disse o mordomo de barba branca e cabelos prateados. - Está hospedada no castelo do meu senhor Vanderberg. Impenetrável. Não localizável. Extremamente protegido, por dentro e por fora. Anti-fugas.

Entendi o porque “anti-fugas”.

– Quem é você? Por que estou aqui?

– Meu senhor a trouxe.

– Por que Jackson me trouxe?

– Segredo.

– Por que?

– Por ser segredo.

– RRRRR – rosnei. - Posso ao menos sair desse quarto?

Ele pensou.

– A levarei para a sala de jantar. - abriu a porta com uma chave enorme, antiga e prateada. Me entregou um penhoar vermelho – quanto vermelho, mas vesti e então saímos.

O corredor era escuro, quase sem luz.

Andávamos sobre um tapete também vermelho, chão de madeira escurecida, descemos uma escada longa como aquele do castelo da Bela E A Fera – só que mais sinistro. Passamos por um salão enorme da entrada, tipo um hall gigante, e entramos num outro cômodo igualmente grande com uma mesa de madeira escurecida longa.

Layla usava um vestido branco, mas manchado do que eu suspeitara que era sangue. Sorria inocentemente para mim. Sentava na cadeira do chefe da casa, o primeiro e com a lareira atrás da sua cadeira.

Havia um prato raso de um metro a sua frente sobre a mesa e um guardanapo grosso ao lado.

O lustre parecia morrer sobre nós.

– Sente-se, Srta. Valentine. - não era uma voz de criança.

Parecia uma mulher no corpo de uma garotinha.

– Está diferente. - murmurei, me sentando na cadeira mais próxima da saída do cômodo. O que a fazia ficar metros de mim.

– Ótimo. - estralou os dedos, o mordomo se aproximou com um carrinho com uma coisa redonda de metal virada para baixo, tampando a “comida”. - Pode nos servir.

Ele colocou a coisa de metal sobre o meu prato e depois entrou em outro cômodo, voltando logo com o corpo de uma mulher inconsciente e colocando-a sobre o enorme prato a frente de Layla.

A mulher gritou quando a criancinha cravou os dentes no pescoço dela. Depois de uns minutos ela parou e olhou para mim, com aquela boca manchada de vermelho.

– Oh, que falta de educação minha! Bon Apetit, Valentine. - e voltou a comer.

O mordomo tirou a coisa de metal do meu prato, que agora tinha uma lagosta assada, peito de peru, arroz e, pelo cheiro, molho barbecue (molho de churrasco).

Embora fome, nem toquei no prato ou nos talheres dourados.

– Pensei que gostasse de mim.

– Hum, e gosto. - murmurou com a boca no pescoço da mulher.

– Então por que ajudou Jackson me atacar, provavelmente.

Silencio...

– Isso foi uma pergunta?

– Awm... sim.

– Gosto um pouco de você, de Rich, mas não ao ponto de escolher minha fidelidade a vocês bonzinhos com o de Jack. Ele que é meu verdadeiro irmão, meu criador, e não fica regulando nas caçadas como certas pessoas como Rich. O lobisomem. Com amigos inconvenientes, como o tal Jarex. O caçador de vampiros.

– Então...

– Gosto sim de vocês, mas...

–... por isso, Layla! Me ajude a fugir daqui e nós...

A garota levantou pingando toda de sangue.

VOCÊ NUNCA, NUNCA E NUNCA VAI SAIR DAQUI!!!– gritou. Ela correu até a mim, me ergueu da cadeira pelo colarinho, pulou alto e se pendurou com uma mão no lustre enorme.

Ela começou a balançar.

– Você está com medo, Charlote! Está!?– e ria como uma psicopata lunática.

– Ô se estou! Não sabe como! - ri também, idiota, assustada.

Então, quando pensei que Layla ia me soltar, a porta do cômodo se abriu num estrondo e sete mulheres de branco entraram em fila indiana. Uma delas, a mais assustadora chamou por Layla.

Que mostrou os caninos.

– Jackson não vai gostar nada.

DANE-SE!!! - e se balançou feito uma macaca louca.

– Vou tirá-la dai, humana. - uma delas, a com aparência mais gentil, pulou na mesa, pulou até nós e me puxou para baixo. A garota me carregou para não sofrer o baque de cair no chão.

– Tudo bem?

Assenti.

– Sou Alisha. Essa é Tehera, Assumi Allen, Pistic, Katrina, Lowa Su e... - primeiro uma negra, uma descendente de japonesa, uma inglesa, americana, uma descendente chinesa, todas vestidas com longos vestidos brancos – quase transparentes.

A última se aproximou depois de mim, essa vestia vermelho, maquiagem pesada, batom vermelho carnificina berrante, muito branda – quase um papel, exageradamente roxo abaixo do olho e, apesar de tudo isso, era a que mais chegava parecer uma mortal.

Ela uniu as sobrancelhas, meio que com raiva.

– Euoktfra Zafara. - disse, com sotaque de algum outro lugar.

– Chamamos ela de Zara.

Deu um passo involuntário para trás.

– Devia deixar a humana em paz, Layla.

– É Charlote.

– Valentine. - rosnou a garotinha.

– Sem formalidades.

– Vou te chamar de Hati, a oitava noiva.

– Noiva?

– Ela não sabe ainda. Eu ia contar a ela...

– Contar como, Layla? Matando-a? Acho que não.

A tal Tehera, a negra, bufou.

– Vamos acabar com isso. Jackson já vai chegar.

Isso pareceu despertar Alisha e todas as outras.

– Meu Deus! - arfou Pistic, provavelmente. - Vamos, gente!

– Assumi, vai preparar o banho. - assim que Alisha disse, a japonesa sumiu. - Pistic, vá recebê-lo com o mordomo. - os dois sumiram. - Tehera, escolha e passe as roupas dele. - a negra sumiu. - Katrina, vai preparar a “comida”! - sumiu. - Lowa, busque toalhas e espere junto com Pistic. - sumiu antes mesmo dela terminar. - E Zara...

– Ainda não sei por que não fugimos.

– Que parte do “não localizável” e “anti-fugas” você perdeu quando acordou aqui?

– Podíamos tentar.

– Eu já disse, sou a mais velha aqui, acha que já não tentei? Até perdi a conta de quantas vezes tentei e, quando pega, fui castigada. Você não sabe como doí... droga, não consigo chorar. - suspirou. - Zara, vai preparar Hati para a primeira noite dela. Eu vou... retirar esses pratos e a mulher dessa mesa.

– Sinto muito, por todas nós.

– Eu sei.

O clima ficou bem tenso ali.

– Venha, Hati. - segurou meu braço e então voltamos para aquele quarto.




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