Give It Up escrita por Niin


Capítulo 33
Betrayal


Notas iniciais do capítulo

HEEEY GALERA!
To de bom humor e resolvi postar mais cedo =D
E se vocês comentassem mais e com mais frequência eu ia ter esse bom humor sempre... Taa que tbem tem que eu ganhei chocolate do meu irmão...
Mass enfim...
A FIC ENTROU EM UMA NOOOOOOOVA FASE!
E eu sei que geral queria que continuassse na antiga, mas whatever...
Deem uma olhada na nova capa ;D
Vejam que a Vampira ta mudada... Sim, esperem mudanças drásticas... De novo. Enfim... Espero que gostem do cap!
[detalhe, esse cara ai da capa é o Knox, mas eu não faço ideia de quem ele seja, só que eu acho fotos dele com ela, então pra mim é mais fácil kkk']
Falei pra kcete hje... u.u'



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A campainha estava tocando insistente e eu odiava isso.
Bufei e saí da cama, sem nem me preocupar em trocar de roupa, desci as escadas e abri a porta irritada.
Então minha expressão foi de surpresa.
– Jade, não é? - A mulher perguntou gentil.
– Sim. O que quer? - Perguntei voltando a minha irritação.
– Conversar com você.
– Olha só… Jen, eu não vou me meter nisso então, se a senhora quer se explicar, que seja para o seu filho.
– Eu adoraria, mas ele não deixa.
– Eu também não deixaria, mas isso não é problema meu.
– Por favor Jade, eu…
Ouvi um barulho na escada e me virei para ver, Gates descia os degraus com cara de sono.
– Quem é? - Perguntou sonolento, então olhou para a porta e viu a mulher, fechando a cara. - Fecha a porta.
– Syn…
– Fecha essa porta!
Obedeci, dando uma olhada para a mulher, que parecia abalada.
– Eu…
– O que ela queria?
– Conversar comigo.
– Mh, e desde quando você acha que pode ficar atendendo a porta só com essa camisa?
– Desde que eu não devo nada a ninguém.
Ele grunhiu e foi para a cozinha, meus pais tinham viajado e deixado John tomando conta de mim, o que significava que eu podia dar uma festa contínua do dia em que eles saíssem até o dia em que chegassem que John nem ia dar fé.
Apesar de que a velha maldita ainda vinha aqui me encher o saco e dar uma de babá.

Segui para a cozinha e encontrei Gates olhando a geladeira.
Fui até ele e passei os braços por sua cintura, apoiando a bochecha em suas costas.
– Talvez você devesse conversar com ela.
– Não quero falar disso.
– E é porque você não quer falar que fica puto da vida toda vez que ela aparece. O que soma quatro vezes só essa semana.
– Não interessa, eu vou me formar e ficar viajando com a banda… Para bem longe dessa mulher!
– Brian!
– Não me interessa o que ela quer dizer!
Bufei e me soltei dele, andando para o balcão e pegando uma maçã.
– Então pare de ficar deprimido por isso.
– Eu não estou deprimido.
Rolei os olhos e saí da cozinha, subindo os degraus e me jogando na cama, ele entrou no quarto irritado, pegou a porcaria do cigarro e foi pra qualquer lugar.
Isso já estava começando a me cansar, e olha que eu me cansar de briga é uma coisa rara.
Tomei banho e troquei de roupa, ele ainda estava em qualquer canto do mundo fumando, então eu fui assistir TV e cortar uns papéis velhos que eu guardava pra isso, peguei a lixeira do banheiro, a tesoura e me pus a cortar os ditos papéis.

Ele voltou ao quarto, parecia menos irritado, mas eu não estava no meu humor para ele agora, só continuei cortando os papéis.
Gates aparentemente também não estava com humor suficiente para conversar e deitou na cama, assistindo a um programa imbecil.
Ficamos assim um bom tempo, até ele resolver falar.
– Vampira?
– Que? - Perguntei sem desviar a atenção dos papéis que cortava.
– Eu não sei se eu quero ouvir.
– Ouvir o que? - Perguntei me virando um pouco pra ele.
– E se… Ela…
– Escuta Brian, ela veio falar com você, não faço ideia do que fez ela te abandonar, mas caso você não tenha percebido, ela abandonou seu irmão também, e ele deu uma chance a ela.
Ele respirou fundo e esfregou o rosto. - Mas eu não sei se consigo.

Continuei cortando o papel, senti ele se movimentar na cama, mas ignorei, isso até seus braços passarem por mim e me puxarem de leve.
Acabei encostada em seu tronco e parei de cortar meus papéis, sentindo sua respiração bater no meu ombro.
– Syn?
Ele me apertou contra seu corpo e não respondeu, colocou a testa em meu ombro e me puxou mais, arrastando minha cintura até colar meu corpo no dele.
Oh como eu odiava esse tipo de coisa, eu não sou sentimental e eu posso até tentar ajudar as pessoas, mas uma coisa que me da raiva é ficar deprimido porque quer.
– Acho que vou pra casa, passo aqui mais tarde.
– Ok.
Ele respirou fundo e virou meu rosto, beijando minha boca por alguns segundos, depois levantou e pegou a camisa e os sapatos, saindo do quarto.
Respirei fundo e fui guardar meus papéis não picados e a lixeira.

Desci as escadas e fui comer, meu dia tinha cara de que ia se arrastar para a eternidade, então aproveitei que tinha cansado das mechas vermelhas e passei-as para verdes.
Meu nada interessante dia foi de pintar unha, hidratar cabelo, comer porcaria e assistir filmes de terror e comédia na TV.
John passou em casa para ver se eu estava viva e me deixou uma pizza gigante, rolei os olhos e fui comê-la.
Começou a chover muito la fora e eu não gostei da ideia de ficar sozinha, nada contra ficar sozinha, ou muito menos eu tinha medo de chuva, só não estava afim.
Peguei o telefone e liguei para Gates, mas ele rejeitou minha ligação. Bufei e joguei o celular no sofá do outro lado, ligando a TV e colocando um filme de terror qualquer para passar.

Acabei dormindo e acordei com a campainha, me arrastei até a porta e a abri, vendo Brian do outro lado.
– O que quer? - Perguntei irritada e ele passou por mim sem falar nada. - Educação mandou lembranças. - Reclamei fechando a porta.
Andei até o sofá e peguei outro pedaço da pizza que estava em cima da mesa.
– Eu fui falar com ela. - Ele disse deitado no outro sofá.
– Mh. Descobriu o porque dela ter sido uma porcaria de mãe?
Ele me lançou um olhar estranho, depois voltou o olhar para o teto. - Ela teve outro filho.
– E?
– E isso foi o que a impediu de vir me ver.
– O que? O moleque era mimado e chorava quando a mamãe saía de casa?
– Cala a boca Vampira. - Pediu baixo.
– Como é?
– Quer saber… Eu nem sei porque eu vim falar com você. - Disse irritado se levantando.
– Nem eu. Agora você já tem uma mamãe para ouvir seus problemas. - Eu disse com um sorriso falso.
– Não, eu não tenho! - Gritou irritado - Nem nunca tive! Mas sua chatice só deixa tudo pior!
– Você é um idiota sabia disso? Eu estou aguentando seus ataques de filinho abandonado há dias! Todas as chatices e patadas… Agora você FINALMENTE aceitou o meu concelho e foi falar com ela… Então do nada ficou todo irritadinho e idiota pra cima de mim! NÃO BRIAN! Olha pra minha cara e vê se você vê cara de Michelle capacho. Eu sou mais do tipo que te joga pra fora se vier…
– Não precisa jogar, eu saio porque quero.
– Então saia! - Disse apontando para a porta e ele me lançou um sorriso debochado e saiu, batendo a porta com força.

Caí sentada no sofá e puxei meu prato, voltando a comer, mastigando forte.
Que porra foi essa que aconteceu aqui?
Bufei e fui até a cozinha, jogando o prato na pia e subi as escadas irritada, batendo a porta do meu quarto.
A campainha tocou novamente e eu desci as escadas de dois em dois degraus, abrindo a porta e recebendo um abraço molhado, o corpo dele tremia e eu fiquei confusa, correspondi ao abraço em silêncio e ele me apertou nos braços, entrando comigo em casa.
– O que… - Comecei, mas ele me puxou, beijando minha boca com urgência, me apertando com mais força em seus braços. - Brian? - Chamei empurrando-o - O que aconteceu?
– Eu estou… Desculpe, não queria ser um idiota.
– O que aconteceu com você?
– Não estou são. Só isso… - Disse soltando-me e deitando no sofá logo após arrancar a jaqueta e a camisa molhadas.
– Mas…
– Escuta… Nós podemos falar sobre a minha mãe amanhã. - Disse esfregando o rosto - Quando eu estiver bem.
Hesitei, mas resolvi deixar o assunto de lado. - Tudo bem. Quer comer algo?
– Quero. - Disse e puxou a caixa de pizza para perto, pegando um pedaço e comendo ainda deitado. - Posso dormir aqui hoje?
– Sabe que sim.
Ele sorriu e sentou, enfiando o resto da pizza na boca e saiu para a cozinha.

Fui atrás dele e vi Brian sentado ao lado da geladeira com uma garrafa de coca nas mãos, virando-a na boca.
– Que merda aconteceu com você?
– Todas as bebidas do bar mais próximo, somadas com todos os cigarros que eu tinha. Depois um banho, depois nossa briga, depois chuva, depois beijo, depois pizza…
– Ok. Eu já entendi!
Ele sorriu e arremessou a garrafa longe, ela bateu contra o balcão e quicou para o chão, ele riu e fechou a geladeira com um dos pés, deitando no chão.
– Vem cá Jade. - Chamou erguendo as mãos.
– Acho que você devia ir dormir.
– Não, eu quero sexo.
– Ha! Nem que você… - Comecei, e então parei a frase, vendo-o abrir o cinto. - PORRA BRIAN! Nós estamos na cozinha!
– Então vamos pro seu quarto. - Ele disse meio embolado, sentando no chão.
– Vamos, mas pra você dormir.
Ele fez careta e levantou com alguma dificuldade. - Você está um saco.
– Claro, eu. - Disse rolando os olhos - Vem logo.

Subi praticamente arrastando-o escada acima, quando chegamos ao meu quarto, ele agarrou minha cintura e me empurrou para a cama, caindo em cima de mim.
– Sai Brian! - Disse irritada e ele riu, mordendo minha bochecha - Deixa de ser idiota garoto.
– Mh… Eu to carente. - Disse manhoso.
– Carente? Depois de ontem?
– Sim, depois de ontem mais ainda. A gente deve ter se beijado tipo, duas vezes hoje.
– Aham, beleza, então vai pra casa e fica com sua bolinha de pelos, ela te ama muito.
– Porra, cachorros não matam carência. Línguas matam.
– Ela tem uma língua.
– Você me entendeu.
– Não Syn, durma carente. - Eu disse irritada e tentei tirá-lo de cima de mim - E sai! Você é pesado.
– Então me dá um beijo. - Pediu segurando meu rosto e forçando a boca contra a minha, bufei e correspondi.
Logo ele puxou a blusa que eu usava para cima e colocou as mãos por baixo.
– Para! - Eu disse irritada socando seus ombros - Que merda, bêbado idiota! Vou te mandar pra casa se continuar me enchendo o saco.
– Mh… - Ele grunhiu e pesou o corpo mais - Hey Vamps… Você é fã de masoquismo?
– Como é? - Perguntei irritada - Sai de cima de mim, deixa de ser idiota.
– Não, é sério! Você tem super cara de quem curte esse tipo de coisa.
– Discutimos isso depois Brian. Sai de cima!
– Qual o problema de a gente transar agora?
– Eu não quero. Feliz? Agora sai!
– Não, não estou feliz.
Bufei - Estou falando sério Syn, por favor, sai de cima e me deixa em paz.
– Quando você tá bêbada e vem pra cima de mim eu não ligo, correspondo na boa.
– Isso porque além de você estar normalmente bêbado também, é um tarado. Agora SAI!
– Então fica bêbada também. - Ele disse beijando meu pescoço - Gosto mais de você bêbada. Faz muito menos cú doce. - Cravei as unhas em suas costas e ele gemeu. - Sabe que isso não vai me tirar daqui… Eu gosto.
– Por favor Syn? - Pedi cansada
– Por isso eu gosto mais da Miche… - Ele começou e eu estalei um tapa em sua cara. - PORRA! ISSO DOEU!
Juntei toda a força que eu tinha e o empurrei para o lado. - Sai da minha casa agora. - Disse séria e ele gemeu irritado.
– Que merda Vampira… Vai dar ataque agora?
– Sai dessa casa agora. Não me interessa se você está bêbado, se você está pra morrer, se você está deprimido pela sua mãe… Você podia falar o que quisesse, menos isso.

Ele pegou minha mão e puxou de leve, tentei me soltar, mas ele segurou forte. - Você sabe que eu não estava falando sério.
– Foda-se Brian. Sai daqui e não volta.
– Como assim? - Perguntou franzindo a testa - Tá terminando comigo?
Bufei e me soltei dele, andando até a janela e olhando a chuva. - Não. Ainda não.
Ouvi-o andar pesadamente até mim e senti seus braços passarem pela minha cintura, apoiando o corpo para frente. - Eu te amo Jade. Não fica com raiva. Só tava brincando…
– Eu te mandei embora. Não ouviu?
Ele me soltou e eu achei que iria, então fui bruscamente agarrada e ele me atirou contra a cama.
– Não vou embora porque você está estressada. - Disse ficando por cima de mim.
– Eu… - Comecei irritada, mas ele me beijou, mordi sua boca, mas isso só o fez rir e me beijar de novo.
– Nós já discutimos sobre isso uma vez. Eu sou mais forte, se lembra?
– Eu odeio você bêbado.
Ele sorriu - Odeia nada. Eu sou um tesão bêbado.
Ri e ele voltou a me beijar, mas então meu celular tocou e ele partiu o beijo de cara fechada.
– Sai! Deixa eu atender a porra do celular pelo menos.
Ele concordou e eu saí da cama, procurando o aparelho pelo quarto, atendi o número desconhecido.
– Escuta, o Brian está com você? - Ela disse preocupada.
– Quem é?
– McKenna. - Disse e bufou, murmurando algo como “retardada” - Ele está ou não?
– Está.
– Ótimo! Deixa eu falar com ele.
Virei-me e percebi que ele estava tirando a calça com alguma dificuldade.
– Syn? - Chamei e ele me olhou sorrindo idiota - Sua irmã.
– Como? Kenna?
– A menos que você tenha outra.
Ele estendeu a mão e eu entreguei-lhe o telefone.
– OI KENNA! - Ele gritou e começou a rir, rolei os olhos e encostei na escrivaninha, observando-o falar com a irmã. - Ah… Não. Eu vou ficar aqui. - Disse e desligou o telefone.
– Que foi?
– Ela quer que eu volte pra casa.
– Por que?
– Alguma coisa como Suzy me mandando de volta. Não sei.
O telefone voltou a tocar e eu peguei-o, atendendo.
– Alô?
– Vampira. Faça meu irmão vir pra casa. Por favor.
– Eu tentei, acredite.
– Não! É sério, escuta. A mãe dele sofreu um acidente, minha mãe foi encontrar o pai lá no hospital e eu estou sozinha. Minha mãe pediu para ele vir e ficar comigo, mas ele não pode saber ainda.
Torci os lábios e vi Brian brigar contra o próprio cinto.
– Sinto te informar McKenna, mas não acho que seu irmão esteja em condições de cuidar de alguém agora. Ele está bêbado.
Ela choramingou - Eu não quero ficar sozinha, está escuro aqui e eu tenho pavor de trovões!
Respirei fundo - Vou ver se consigo levá-lo ok?
– Obrigada. - Ela disse e fungou.

Andei até Brian e beijei-o, ele sorriu retardadamente, puxando minha blusa.
– Escuta… Sua irmã está sozinha em casa…
– E dai? Ela tem quatorze anos… Sabe se virar.
– Eu sei, mas ela tem medo de trovões e parece que caiu a luz.
– Manda ela ir dormir.
– Não. Vem, nós vamos para a sua casa.
– Você vai também?
– Vou. Durmo com você se quiser.
– Então tá.

Puxei-o da cama e descemos as escadas, peguei sua blusa e jaqueta do chão, peguei a chave do carro em seu bolso e saímos da casa, nos molhando no caminho até o carro e eu dirigi vagarosamente até a casa dele, a chuva estava densa e atrapalhando muito a visão.
Estacionei na garagem e desci do carro, Gates reclamava da escuridão e eu o puxei pela mão até a sala, jogando-o no sofá.
– Kenna! - Ele gritou se deitando.
A garota correu escada abaixo e se jogou em seus braços. - Bri… Eu to com medo.
– Vai ficar tudo bem criança… E qualquer coisa, a Jade vai dormir aqui, então se eu desmaiar e você não conseguir me acordar, é porque eu tô bêbado, e ela te ajuda.
– Que você está bêbado eu sei, dá pra sentir o cheiro de longe.
Ele riu e ela fechou a cara.
– McKenna. - Chamei e ela me olhou - Está com fome?
Ela me encarou hesitante - Você vai cozinhar? Porque não tem nada aqui e duvido que entreguem.
– Sim, eu cozinho. O que você quer?
Ela deu de ombros - Não sei, você não deve saber fazer nada gostoso, é vegetariana.
– Ela faz macarrão. É gostoso pra caralho.
– Tem muitas coisas vegetarianas ótimas, tá legal?
– Então tá…
– Vou ver o que tem. Você tem uma lanterna?
Ela levantou do sofá e sumiu na escuridão, aparecendo uns segundos depois, com a lanterna acesa.
– Aqui. - Disse e me estendeu a lanterna.

Fui para a cozinha e procurei por coisas que pudesse utilizar, peguei batatas, requeijão e queijo, fiz batatas assadas que em algum tempo estavam prontas.
Voltei à sala para chamá-los.
Kenna estava agarrada ao peito de Brian e eles estavam conversando em voz baixa.
– Ela é legal Kenna.
– Mas ela gruda em você mais que a Michelle, você nunca fica comigo.
– Ela não gruda em mim Kenna. É diferente.
– Você gruda nela?
– É mais isso mesmo. - Disse rindo.
– Bri… Você não era assim. Gostava mais de antigamente quando você sumia de noite, mas pelo menos ficava comigo de dia.
Ele riu - Talvez pequena… Mas acredite, é melhor pra mim e pra todo mundo desse jeito.
Ela bufou - Tanto faz… Mh… Você falou com sua mãe Bri?
Brian respirou fundo - Falei.
– E ai?
– Não quero falar disso McKenna.
– Mas… - Ela começou, mas por experiência própria sabia que era uma má ideia voltar nesse assunto, então voltei a andar, fazendo barulho exagerado com os pés.
– Pronto. - Eu disse parando atrás deles - As batatas estão prontas.

Eles saíram do sofá e me seguiram até a cozinha, servi-os e sentei à mesa. A garota encarou a comida e cutucou com o garfo.
– Sabe o que seria ótimo? Se você colocasse bacon.
– Quer bacon? Faça. - Eu disse sorrindo e Brian puxou meu cabelo de leve.
– Não reclama e come Kenna! - Ele disse apontando o garfo para ela.
Terminei de comer e apoiei os braços na mesa, olhando para a chuva lá fora, então ouvi meu celular tocar.
Bufei assim que vi o visor, saindo da cozinha em direção a sala.
– Que foi?
O soluço do outro lado me irritou - Jade? - Ele chamou com a voz desesperada.
– Eu já mandei você parar de me encher o saco!
– Você me traiu! - Ele gritou do outro lado da linha e eu me sentei no sofá.
– Knox, eu nunca te traí e você sabe disso, mas não aguento mais seus ataques, não quero ouvir seu papo de bêbado. Nós terminamos muito antes de eu…
– MENTIRA! VOCÊ…!
– KNOX! - Gritei irritada - Cala a boca!
– Sai da casa dele.
– Não.
– SAI!
– Knox…
– Eu só quero conversar. Sai, por favor.
– Você está aqui? - Perguntei confusa.
– Segui vocês da sua casa.
– Knox! Pare de ser louco!
– Por favor?

Bufei e desliguei o telefone, andando até a porta da frente e saindo para a varanda e encontrando Knox sentado no último degrau.
Ele grunhiu e se levantou com dificuldade, sorrindo para mim.
– O que você quer?
– Babe, eu te amo… Volta comigo!
– Não! Eu estou com o Brian agora.
– Mas eu te amo!
– Você não me ama Knox. Sabe o que você ama? Me irritar! Desde sempre! Sabe que eu odiava quando você ficava com suas amiguinhas toscas, e seu maior passatempo era ficar agarrado nelas!
– Viu? - Perguntou sorrindo e cambaleando até mim - Você ainda me ama, ainda tem ciúmes de mim!
–Não! Eu não te amo Knox! E eu não sinto mais nada por você!
Ele me puxou, prendendo-me em um abraço. - Você me ama!
– ME SOLTA!

O rosnado alto cortou o barulho da chuva e eu direcionei meu olhar para o cachorro. Thor nos olhava assassino e eu me encolhi choramingando.
Ouvi Brian me chamar lá de dentro, mas não tinha certeza se queria que ele abrisse a porta e me visse ali.
Thor latiu e eu choraminguei, vendo a porta ser aberta e McKenna passar por ela.
– Quem é esse? - Ela perguntou lançando-nos um olhar estranho, entre cortante e de alegria.
– Eu sou o namorado dela! - Ele disse irritado me apertando - E não interessa que aquele armário tatuado pense diferente.
– Me solta Knox!
– KENNA? - Brian gritou de dentro e ela abriu um sorriso de pura maldade.
– AQUI FORA!
A olhei suplicante, mas isso só a fez sorrir mais, Brian apareceu no vão da porta e nos olhou confuso, se arrastando até uma pilastra.
– O que esse cara ta fazendo aqui Vampira? - Perguntou apoiando a cabeça na parede com o olhar perdido.
– Não é óbvio Syn? - A garota perguntou com um ar divertido - Ele veio contribuir com a sua galhada.
Brian olhou para a irmã de forma confusa, o álcool não o devia deixar raciocinar muito bem.
– ISSO MESMO! - Knox gritou se soltando de mim - ELA É MINHA!
O olhar de Gates recaiu sobre nós de novo.
– Isso é verdade?
– Claro que não! - Eu disse irritada subindo alguns degraus.
– É sim! - McKenna retrucou - Eu vi eles se beijando!
Arregalei os olhos e vi seu sorriso malicioso, então Brian a olhou e ela fez uma expressão de tristeza.
– SUA PIRRALHA MENTIROSA! - Gritei e terminei de subir a escada, olhando-a de cima - VOCÊ SABE QUE ISSO NÃO É VERDADE!
– NÃO GRITA COM A MINHA IRMÃ! - Brian disse irritado puxando meu braço - Você não tem direito nenhum pra fazer isso.
– Ela está mentindo para você! Será que o álcool te deixou assim tão burro?
– Não me chame de burro. - Disse entredentes me empurrando para a parede - Eu cansei dessa sua superioridade Vampira. E muito obrigado por ser só mais uma vadia mentirosa na minha vida.
Pisquei atônita - Você não está falando sério…
– Vem Kenna. - Ele disse me soltando e andou com dificuldade para dentro da casa.
Olhei a garota que sorria e acariciava a cabeça do cachorro.
– Acho que você vai embora grandão. Obrigada por ser tão útil.
– Pirralha mentirosa.
Ela sorriu mortalmente para mim - E ainda assim eu ganhei.
– Espero que fique muito feliz sem o seu irmão agora, porque eu o conheço e sei que vai passar todo o tempo bêbado e com alguma puta!
– Ele já passava muito tempo com uma. - Disse sorrindo e eu andei até ela com um olhar assassino, então Thor latiu e eu parei. - Oh. Medinho? E eu que pensei que você era muito má.
– Se eu fosse você, olhava bastante por onde anda.
– Vou olhar sim, mas qualquer coisa, eu tenho cachorros para mandar te atacar.
– E eu tenho facas pra passar na sua cara. - Eu disse sorrindo e ela piscou atônita com a normalidade do meu tom - E eu não estou dizendo isso como se nunca tivesse machucado uma pessoa. Estou dizendo que não tem nada mais legal que esfaquear gente idiota.

Thor latiu e eu sorri para a menina assustada, passando por Knox, que me olhava confuso, andei na chuva até em casa, sentindo as lágrimas descerem vagarosamente pelo rosto.


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Notas finais do capítulo

Haha, sim, eu sei que a mulher da capa NAO é a irmã do Gates, mas whatever... Eu quis que fosse... kkk'
Liked?
Espero que sim... Revieeews pra ver se eu posto no domingo =D
Beeeijo galera