Não sei se esse é um bom começo, e devo admitir que não sou muito boa para começar histórias, confesso que fiquei um bom tempo encarando a folha em branco segurada por minhas mãos, nenhuma ideia vinha em minha cabeça, então resolvi começar contando como estou me sentindo agora. Não me considero boa o suficiente para escrever histórias, mas vamos tentar...

Chamo-me Anikka, é um nome estranho eu sei, não sei qual é a sua origem, e muito menos seu significado, mas minha mãe gosta, ela acha bonito, o que é normal, já que foi ela quem me deu. Eu nasci numa pequena cidade de Belize onde moro atualmente, o país não é muito conhecido, tem apenas 300.000 habitantes, e isso o torna aconchegante. Devo admitir que amo países e cidades pequenas, é claro que eu sonho em conhecer outros lugares, mas eu não me consigo ver morando, por exemplo, em Nova Iorque. Não sei se é muito comum se apresentar ao contar histórias, mas devido ao fato de não ser muito criativa, aqui estou eu, tentando começar, então vamos ao que interessa...

Era uma manhã de terça-feira, eu estava na casa dos meus avós, - preciso confessar, não existe melhor lugar no mundo que a casa dos meus avós, é uma casa antiga, porém maravilhosa e modesta parte é uma das mais bonitas da cidade. O que eu mais gosto de lá, é que existem muitos lugares para explorar, dentro e fora, não posso deixar de mencionar o que mais me encanta na casa: o quintal. É simplesmente enorme, lá poderiam viver umas 30 famílias, e ser até considerado um bairro. Alguns metros de distância da casa em si, tem um lago que possui uma das mais cristalinas águas que meus olhos já viram. Eu amo ficar na casa dos meus avós. - O relógio despertou ás 06h00min, eu estava de férias, mas mesmo assim gostava de acordar bem cedo para aproveitar bem o dia naquele lugar que eu tanto amava.

Levantei da cama, fui para o banheiro, escovei os dentes, penteei meus cabelos e resolvi deixa-los soltos, lavei o rosto, aquela água me fez tão bem que resolvi tomar um banho. Depois do banho, estava me sentindo completamente disposta, coloquei uma blusinha que minha vó me deu de presente quando cheguei, era linda, vesti meu jeans surrado, o que deu um contraste com aquela blusa impecavelmente nova, e meu tênis, que digamos, já é de tempos. Desci as escadas, chegando à cozinha me deparei com uma mesa enorme de café da manhã, com bolos de diversos sabores, frutas, sucos, pães, senti que estava prestes a fazer a melhor refeição da minha vida. Meus avós e minha prima Klara estavam na mesa, eu sorri para Klara, e dei um beijo em meus avós. Minha vó sorriu e perguntou:

– Dormiu bem minha filha?

– Perfeitamente bem vó. Sorri de volta.

– Então Anikka, quer dar uma volta hoje? Klara me perguntou enquanto colocava suco em seu copo.

– Ah, é claro. Aonde vamos?

– Não sei. Você escolhe.

Minha prima era do tipo que adorava compras, e sempre foi muito bom sair com ela, por que além de ser uma ótima companhia, Klara também tinha muito bom gosto, ela sempre me ajudava a comprar as melhores roupas, e eu sempre me sentia linda quando as usava, então decidi que seria legal fazer uma coisa que ela gostava: ir ao shopping.

– Você tem disposição para ir ao shopping, me dar uma ajudinha com as roupas? Estou precisando renovar meu guarda-roupa.

Klara deu uma gargalhada e disse:

– Se eu estou disposta? É claro que sim, podemos ir depois do café?

– Claro - respondi.

– Se precisarem de dinheiro podem me pedir está bem? - disse meu avô.

– Obrigada vô, mas eu guardei minhas economias o ano todo, e acho que vai dar para bastante coisa. - disse olhando para meu querido avô, que se parecia muito com meu pai. – preciso mencionar que meu pai morreu quando eu era muito nova, e eu adorava ficar olhando para meu avô, pois a semelhança era muito grande.

– Também não vou precisar não vô, obrigada. - Disse Klara.

Olhei novamente para aquela mesa farta, e devorei o máximo de coisas que meu estomago permitiu.