De Volta A Terra Das Sombras escrita por Mediators Demigods


Capítulo 7
Olhos Azuis.


Notas iniciais do capítulo

Esperaram por esse capítulo? Pois ai está! Um capítulo narrado por Paul Slater! [adorei escrever esse cap. aproveitem!]



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Ψ Paul Slater – Olhos azuis.

Nunca acreditei, sabe, nessas coisas ridículas de amor a primeira vista. Mas agora eu acredito. Sabe por quê? Porque aconteceu comigo.

Há um mês minha obsessão era Suze. Ninguém a tirava de minha cabeça. Foi quando a vi: minha garota dos olhos azuis. Estava numa parte deserta das praias de Carmel, se é que isso é possível, me ridicularizando mentalmente por não ter conseguido nem colocar Jesse de volta no lugar, ou seja, longe de Suzannah.

Ao longe, vi um grupo de campistas com mochilas nas costas. A visão era muito ruim então me aproximei. Na verdade não eram campistas: era um grupo de garotas e no lugar de mochilas elas possuíam arcos. Calma, eu disse Arcos! Pensei que estava ficando louco.

A menina que parecia ser a líder logo me chamou atenção. Cabelos pretos, roupas de punk, maquiagem pesada, e os olhos! Ah, os olhos. Um azul tão intenso, era a mistura perfeita da cor das águas mais bonitas do mar com o céu mais claro e azul. Meu coração disparou e estava com as mãos tremulas.

De inicio eu não sabia o que estava acontecendo. Agora, quando vi o modo como Jesse olhava para Suzannah, eu entendi. Estava perdidamente apaixonado por uma garota que só vi uma vez na vida. E que pretendia de qualquer maneira ver de novo.

Dentro do avião, fiquei pensando. Já não importava ter Suze, só queria uma: minha bela. Mi hermosa. Ai, credo, como esse negocio em espanhol pega. Mas como é um elogio, acho que não faz mal.

Azuis como o mar;

Desejo poder te encontrar;

Azuis como o céu;

Azuis como o paraíso;

Desejo ver o teu sorriso;

Azuis como a paz.

Enquanto recitava esse poema mentalmente, Jesse chegou e se sentou do meu lado. Ele queria conversar. O caso é que nunca conversamos, só partimos pra pancada e ponto final.

– Olha, se você quer falar pra não ficar perto da Suze, eu vou logo dizen... – ele me interrompeu.

– Olha Paul, eu sei. Dá pra perceber pelos seus olhos. – eu corei. Calma ai?! Paul Slater não cora! Será que ela me fez ficar assim? Aaaah! Estou ficando louco! Recompus minha postura de durão e me fiz de desentendido:

– Sabe o que?

– Que você não gosta mais de Suzannah. Está apaixonado e eu espero de verdade que tudo dê certo.

– Muito obrigado Jesse. Amigos? – perguntei estendendo minha mão.

– Amigos. – ele fez o mesmo, apertou a minha mão e foi sentar ao lado de Suze, que dormia profundamente.

– Paul? Posso me sentar aqui? – Luke perguntou.

– Claro que sim, sente-se. O que foi? Quer me dizer algo?

– Sim, tente não cair à tentação. Tantas semideusas e deusas no mesmo lugar podem ser alucinantes. Eu vou ficar de olho em você.

– Nossa, obrigado pela informação. Acho que vou dar em cima de todas elas. – disse sarcasticamente, mas ele não entendeu minha piada. Então perguntei: – Você foi enganado pelas meninas o acampamento?

– Se fui ou não, não é da sua conta. Mas já namorei varias delas.

Claro que ele ia se gabar. Ele parecia comigo. Mas com o Paul de antes, não o de agora.

– Ok, Luke. Sorte a sua. – mas, por mais estranho que pareça não me importei com seu comentário. Não pensava em mais ninguém, só em minha bela garota punk. – Pra mudar de assunto eu perguntei. – Então isso tudo que você nos explicou de deuses gregos é real? Você é filho de quem, jovem semideus?

– Hermes, o mensageiro dos deuses. Deus dos ladrões e de todos que usem as estradas. – fiquei pensando em todas aquelas coisas das aulas de mitologia. Se os deuses são reais será que os monstros também são?

– O deus mais legal pra mim é Zeus. Ele tem espírito de liderança.

– E uma filha também. Thalia, bela Thalia. – o modo como ele falou seu nome parecia um amor perdido, mas preferi nada comentar. Ficamos em silencio até chegarmos em NY, no Empire State Building.

– Peçam para o porteiro a chave do 600° andar. – Suzannah armou o barraco com ele dizendo que era besteira. Luke se irritou e foi embora. Típico dos fantasmas. Chegamos, Suzannah armou o barraco de novo e então perdi a paciência, peguei seu braço e disse:

– Suze! Você quer se ferrar? Morrer? Eu não quero, e já que estamos aqui não custa nada tentar.

Antes que pudéssemos fazer algo, um garoto chamou Suze e disse algo. Apresentou os amigos e as duas meninas lá na entrada. Eu congelei, era ela: a dos olhos azuis. Minha bela.

Ela chegou mais perto, deu um abraço em Suze que nos apresentou a ela. Quando Suze se virou pra nos ver, notou minha expressão de pessoa apaixonada. Ela nada disse.

Entramos na van que nos levaria para a Colina Meio-Sangue. Não me importava ir para um lugar seguro ou para o fim do mundo. O que importava é que estava com Thalia. E mais nada mudaria isso.

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Notas finais do capítulo

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