De Volta A Terra Das Sombras escrita por Mediators Demigods


Capítulo 46
Um passo do abismo.


Notas iniciais do capítulo

Oooolá leitores! Espero que gostem desse capítulo!



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Γ Calipso – Um passo para o abismo.

– Por aqui pessoal! – o fantasma de Lee gritou, enquanto corríamos pela Ilha Dos Abençoados, passando por espectros curiosos, que tremulavam quando nós passávamos correndo. – Rápido!

Eu me esforçava para correr o mais rápido que eu podia, mas não estava sendo nada fácil, já que eu havia usado as minhas forças para acabar com Melinoe. Eu disse que arrancaria a pele dela fora. Não literalmente, é claro. Os outros também estavam exaustos, eu podia sentir.

Quando paramos, eu quase não acreditei na cena que estava vendo: um casarão inteiramente arruinado pelas chamas, que ainda incendiavam o local, três corpo que estavam jogados no chão, inertes e sem vida – Suzannah, Paul e Jesse – e muitos fantasmas ao redor deles.

Um deles, ou melhor, uma, olhou diretamente pra mim e disse:

– Olá irmã. Sou Zoe.

–––––––––––––––

Silena Beauregard, filha de Afrodite, e Beckendorf, filho de Hefesto, formavam um casal. Lee Fletcher era filho de Apolo, um arqueiro muito bom. Bianca di Angelo, uma filha de Hades e muitos outros estavam lá... Muitas outras mortes.

Zoe chegou perto de nós dizendo:

– Vocês precisam ajudá-los. Acho que estão morrendo.

Assentimos e fomos até os corpos: estavam péssimos, com muitos cortes, arranhões e com certeza um bocado de ossos quebrados. Precisavam de magia curativa.

– Você pode fazer isso. – Zoe me disse, fazendo-me dar um pulo de susto. Ela sorriu e continuou: – Foi o que eu fiquei sabendo. Desde que foi para Ogígia aprimorou seus dons. Você é uma curandeira, não é?

Concordei e pedi que todos se afastassem.

Comecei o trabalho. Jesse era o que estava mais perto. Ele estava caído com o braço em um ângulo estranho, o que me fazia achar que ele havia quebrado os dois ossos abaixo do cotovelo em pontos diferentes. Pouco tempo depois, ele estava inteiro, mas ainda desacordado.

Fiz a mesma coisa com Paul que havia quebrado uma costela e cortado o braço quando caiu no chão. Passei para Suzannah, mas quanto mais eu tentava ajudá-la, mais difícil ficava canalizar os poderes da musica. Havia uma magia maior envolvendo a sua vida.

– Nico! – gritei, fazendo-o correr. Todos vieram. –  Acorde Paul e Jesse que eu estou tentando curar Suzannah.

Ele assentiu e tocou a cabeça dos meninos, logo eles começaram a tossir e abriram os olhos. Vivos. Os semideuses foram auxiliá-los e os mediadores se puseram quase imediatamente de pé, magros e desarrumados. Na verdade, no pequeno espaço de tempo que percorremos nessa missão, nós aparentávamos muito cansaço. Perdemos peso e ganhamos marcas.

Voltei meus pensamentos novamente em Suzannah, que ainda não estava curada. A magia parecia demorar mais a penetrar em sua pele e correr pelas suas veias. Minutos se passaram, mas a mudanças eram quase insignificantes. Eu precisava do auxilio de algo. Néctar ou ambrosia. Qualquer coisa que acelerasse o processo de cura.

– Hey, alguém! – chamei. – Eu preciso de alguma ajuda aqui.

– Qual é o problema? – Luke perguntou.

– Não está funcionando tão bem quanto eu esperava. – disse frustrada. – A magia está demorando a fazer efeito. Acho que alguma coisa está impedindo a musica de curá-la. Um encantamento talvez.

– Hécate? – Rachel perguntou.

– Talvez. – Thalia disse. – Não sabemos quem passou para o lado inimigo. Mas se for ela, não virá até nós. Disso eu tenho certeza. Uma vez as caçadoras tiveram uma pequena desavença com ela. Acreditem, ela é uma porcaria em combate individual. O forte de seu poder é o combate a distancia.

– Não podemos esperar muito. Eu preciso de néctar. Assim a magia vai poder fluir mais rápido.

Annabeth pegou a bebida e despejou um pouco na boca de Suzannah, enquanto eu voltei a entoar a canção. Coloquei a mão na perna dela, onde um ferimento aberto fazia o sangue cair e senti a pele e os tecidos se regenerando. Estava dando certo. Os cortes e arranhões, o joelho deslocado aos poucos foram sumindo e sua mão já não estava mais contorcida.

Desabei exausta no chão e Annabeth me segurou para que eu não batesse a cabeça no chão. Nico foi usar seus poderes para acordá-la e Percy me ajudou a sentar. Ele me deu um pouco de ambrosia e assim que a comida dos deuses entrou em meu organismo senti uma onde de energia tomando conta de mim.

– Nico, qual é o problema? O que foi? O que está acontecendo de errado? – ouvi Jesse perguntar alterado.

– O espírito de Suzannah está no Salão de Julgamentos. Temos que ir pra lá. Se não ela não conseguirá mais se conectar a esse corpo e vai morrer.

– Béééé! Como vamos levá-la a tempo?

Nico sorriu meio sombrio e disse:

– Eu tenho uma idéia. – ele gritou algo em grego e de repente um enorme cão de três cabeças correu em nossa direção. – Cérbero não gosta muito de mim, mas na maioria das vezes é domesticável. Vamos subir.

Assentimos meio nervosos e subimos, colocando Suzannah deitada. O cão começou a correr, passando pela água, deixando-nos ensopados. Ele chegou ao Salão de Julgamento e assim que descemos nos deparamos com o corredor enevoado novamente.

– Suzannah! – Jesse gritou. – Mi hermosa, viemos te salvar.

Um espectro começou a se formar em nossa frente, assentindo. Era torceu o nariz e disse:

– Ai, Zeus! Eu preciso arrumar o meu cabelo, está horrível! – ela tocou o próprio corpo e foi sugada para dentro dele. Nico usou seus poderes para acordá-la e ouvimos a respiração ofegante dela, sabendo que seu coração havia voltado a bater normalmente. Viva.

Ajudamos Suzannah a se levantar e contamos que havíamos destruído a segunda porta. Os mediadores pareceram aliviados. Começamos a levantar hipóteses sobre onde a ultima porta poderia estar.

Os Campos de Punição pareciam o lugar mais óbvio. Em que lugar do Mundo Inferior, poderia ser encontrados tantos fantasmas dispostos a matar gente inocente?

Seguimos até lá andando, passando por outros lugares. Campos Elíseos e o Palácio de Hades até que...

– Vamos contornar essa parte do caminho. – Grover disse.

– Por quê?! – Rachel perguntou.

– Aqui fica a entrada para o Tártaro. – Luke explicou. – Se passarmos por lá estaremos a um passo do abismo.

Ela assentiu e segurou a mão dele. Suzannah e Jesse fizeram o mesmo, assim como Annabeth e Percy, Paul e Thalia. Nico chegou mais perto de mim e eu sorri entendendo o que ele queria fazer. Segurei sua mão.

– Sabe que é muito novo pra mim, não sabe? – perguntei brincando. Ele revirou os olhos, fingindo indignação e chegou mais perto. Muito mais perto, me deixando corada, afinal, havia passado éons naquela ilha e não estava acostumada com contato físico.

– Eu não ligo. Eu sei que você gosta.

– Sim. – respondi meio relutante. – Eu gosto de você.

Então ele me beijou, me pegando desprevenida, mas fomos interrompidos por Percy que disse:

– Chegamos.

Sorri, pensando que logo essa missão acabaria e poderíamos seguir nossas vidas.

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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam do capítulo?
Gostaram? Espero que sim... E não deixem de comentar e dar suas opinioes, ok?
Beijos e até o próximo capítulo!



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