De Volta A Terra Das Sombras escrita por Mediators Demigods


Capítulo 41
Explodimos uma casa.


Notas iniciais do capítulo

Ooooooi gente linda! Eu sei que eu demorei, mas não foi porque eu esqueci: eu tava com problemas e não tive tempo de escrever, agora que as coisas estão se ajeitando, cá estou eu a Camila [podem me chamar de Cami ou Mila ou Milis, seilá...].
Aqui vai mais um capítulo de DVaTS.



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Ψ Paul Slater – Explodimos uma casa.

Abençoados pelo tempo, chegaram ao seu lugar,

Ao Mundo Inferior vieram, mas somente dois poderão voltar.

As portas estão trancadas, até tomarem uma decisão,

O Submundo não é um conto de fadas, onde todos terão salvação.

As paredes formavam as frases, que lembravam uma profecia. Só que esta, diferentemente da que recebemos no Acampamento Meio-Sangue, não tinha um final muito bom. “Somente dois poderão voltar”.

“Somente dois poderão voltar.”

“Somente dois”.

– Não. Não. Não. Não. Não. – Suzannah repetia sem parar. Ela andava de um lado a outro e praguejava em grego. Jesse sentou-se na calçada da rua, com as mãos na cabeça, olhando inerte para o meio fio. Ele parecia estar em um estado de transe.

Eu não sei qual foi a minha reação. Mas quando olhei para minha mão, ela estava fechada, as unhas arranhando a pele da palma. Eu estava tenso, pois já tinha uma ideia do que iria acontecer, já estava me preparando para o pior.

– O que nós vamos fazer agora? Acho que esta parede deixa bem claro que um de nós vai morrer. – Jesse disse. Ficamos por um tempo sem falar nada. Suzannah continuava murmurando coisas para si e Jesse estava abraçando-a.

Eu cheguei mais perto da mensagem na parede, tudo parecia normal. Toquei a parede, fechei os olhos e senti uma vibração estranha em meus dedos. Abri os olhos para ver se algo havia mudado e percebi que uma pequena frase escrita em grego apareceu: “Jano, revele-se”.

– Ora, ora, ora... Os pequenos mediadores... E então, já tomaram uma decisão? Quem é que vai entrar nessa casa de modo tradicional? – uma voz veio da parede. A figura de um homem de duas faces apareceu apagando a mensagem arrepiante.

O que não quer dizer que ele também não era arrepiante: os rostos vinham das laterais da cabeça, olhando-nos com os cantos dos olhos. Um lado tinha feições cruéis enquanto o outro parecia mais gentil.

– Quem é você? – Suzannah perguntou enquanto eu me distanciava da parede, ficando ao lado de Jesse.

– Sou Jano, deus das portas e das escolhas. Posso ser seu glorioso inicio ou seu terrível e doloroso final. – o lado esquerdo respondeu. – Basta escolherem. Quem se sacrificará para salvar o olimpo?

– Silencio! – o lado direito repreendeu o esquerdo. – Ah, crianças, vocês ainda podem escolher o lado certo da batalha... Se lutarem com o lado vencedor ficarão famosos pelos seus feitos!

– Nós já escolhemos o lado certo, Jano. O Olimpo precisa de nós! – Jesse respondeu.

Ambas as faces riram como se estivéssemos fazendo uma piada.

– E quem disse que o lado certo é ficar com os olimpianos? Eles cairão de qualquer modo em qualquer tempo e porque não o mais rápido possível. São muitos os inimigos que eles têm... E bem mais poderosos que vocês podem imaginar. Mas então? Quem é que vai morrer agora? – Jano perguntou novamente. Nós nos entreolhamos.

– JÁ CHEGA, JANO! VÁ EMBORA DAQUI! NÃO TE DEI PERMISSÃO PARA VIR ÀS MINHAS TERRAS! – uma voz gritou atrás de nós. Jano engoliu seco e desapareceu, mas não sem deixar de nos mostrar sua expressão de desgosto e raiva do homem que estava atrás de nós.

Quando olhei para a figura que estava atrás de nós tive certeza absoluta de quem era: Hades. Ele usava uma roupa preta e os olhos negros nos fitavam com curiosidade. Sua capa tinha desenhos de várias pessoas morrendo que me causavam arrepios.

– Filha. – ele disse. – É muito bom vê-la viva de novo. Você renasceu como uma heroína e não merece ter um fim só porque aquele deus estúpido disse. Eu não posso fazer mais nada por vocês, mas sempre estarei vigiando seus passos. Sempre.

Suzannah assentiu com a cabeça e Hades assim se foi.

– Ninguém aqui vai morrer. – ela disse. – Porque eu não vou deixar.

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– Será que vocês não entendem? – eu perguntei. – Eu acho que já sei quem vai ser. – eu respondi a minha própria pergunta, deixando Jesse e Suzannah sem entender a resposta que era obvia pra mim. – Suze, Jesse... Eu demorei muito tempo pra perceber isso e sei que agi como um completo idiota a maior parte do tempo.

– Do que você está falando, Paul? – Jesse perguntou.

– Vocês são as típicas almas gêmeas que todos procuram, sabe? Ele não pode viver sem ela, ela não pode viver sem ele... Blá blá blá... Típico de um drama meloso. Há muito tempo, eu ouvi um mito grego que dizia que Zeus havia criado o ser humano: o estranho ser originado pelo senhor do Olimpo possuía quatro pernas, quatro braços, duas cabeças... Enfim, temendo o poder que os humanos poderiam um dia adquirir, os deuses o dividiram em duas partes, condenando-os a ficar a vida inteira procurando a sua outra metade.

Eu respirei e continuei, percebendo que o olhar dos dois estava preso em mim.

– Agora que eu sei que o Olimpo é real, é muito provável que esse mito seja também. E eu não quero que nenhum dos dois tenha que ficar separados sem ter chance de voltar.

– Não, Paul, acho que você nos entendeu errado. Não nos importamos em morrer juntos. Não queremos, é claro, mas vamos se for preciso. – Suzannah disse. Ela foi caminhando em direção à porta.

Quando ele estava quase tocando o porão eu me lembrei de que ainda havia uma única flecha junto a meu arco. Eu tinha que agir. Preparei meu arco e minha mira: concentrei me na fechadura, que era a única maneira de entrar na casa, e então eu disparei. A flecha cortou o ar passando pelas cabeças de Suze e Jesse. Ela deu um grito e então o tempo começou a desacelerar.

A flecha perdia a velocidade e a estabilidade, parecendo que ia cair a qualquer momento. Ela zunia pelo ar, que a empurrava cada vez mais para baixo. A resistência do ar era muito grande o que fez a flecha se consumir em fogo [como acontecia com os meteoros]. Então não aguentou mais e caiu a alguns metros do meu maior objetivo: a casa.

Eu desabei no chão. Havia falhado em um momento crucial. Suzannah escondeu o rosto no ombro de Jesse e começou a soluçar baixo. Foi quando Jesse gritou:

– Olhem!

Eu levantei o olhar para a cena: o lugar onde a flecha havia caído estava em chamas. Grama. A grama que cercava a casa rapidamente começou a pegar fogo. Em poucos minutos o fogo já estava perto do casarão e então começou a consumir a madeira, chegando até a porta.

Chegou até a porta que em contato com o fogo liberou toda a energia armazenada e explodiu, me derrubando no chão e me envolvendo em um manto de escuridão: a inconsciência.

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Notas finais do capítulo

E então... bem eu sei que voces esperaram muito por esse capítulo e eu espero que eu tenha alcançado as expectativas, se sim, mandem uma review avisando, se não, bem... mandem uma review e digam o que queriam que acontecesse.
OBS.: vocês tem alguma sugestão do que vai acontecer nos próximos capítulos? Se tiverem alguma ideia, mandem para mim que nós podemos incluir na historia...
Beijos da Cami, uma filha de Zeus [:



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