POV. Justin

Estava saindo de casa para finalmente ver de novo Juliet. Ela era bem... uma amiga antiga. Mais especificamente uma antiga namorada. Já fazia uns dois anos que não nos víamos. Eu estava com saudades dela, mas não daquele jeito. Não me entendam mal. Eu tenho uma namorada agora. Lizzie é minha vida. Eu me odiaria até o último fio de cabelo se a perdesse.
      Quando saia de casa, dezenas de paparazzis começaram a me perguntar mais um zilhão de coisas.

− Onde você está indo, Bieber? – perguntavam alguns.

− Como está a namorada? – outros perguntavam.

− Ela está ótima, obrigada por perguntar. E estou indo visitar uma antiga amiga – aquilo ainda me incomodava. Eu gostava de chamar ela de namorada. Tenho que me acostumar. Logo.

− Hm, uma amiga – um deles disse e todos os outros riram. A minha vontade foi de atravessar uma faca na cara daquele infeliz. Por que as pessoas só enxergam maldade nos outros? Balancei a cabeça levemente e continuei andando enquanto Kenny abria caminho para mim.

Entrei no carro no banco de carona. Kenny cismava que eu estava nervoso demais para dirigir.

− Quando foi a última vez que você a viu? – Kenny perguntou interrompendo meus pensamentos.

− Ah, eu tinha 17 anos – olhei pra ele e sua expressão era assustada.

− Já fazem três anos que você não vê sua ex-namorada! Como você conseguiu?

− Kenny, ela é só uma amiga. E eu não consegui mais ver ela porque eu... ando muito ocupado.

− Aham sei. Sua mãe achava ela irresponsável? Foi por isso que vocês terminaram?

− Não! Mas, mamãe passou a achá-la irresponsável depois – não gostava de falar sobre Juliet. Era uma parte muito pessoal da minha vida.

− Por quê? – ele franziu o cenho.

− Porque, digamos que, agora ela tem uma filha.

− O que? Você não... sabe?

− Claro que não, Kenny! – gritei nervoso – Chega! Vamos parar agora de falar sobre ela. Já estamos chegando? Não agüento mais ficar nesse carro.

− Faltaria pouco se... – ele não continuou.

− Se, o que Kenny? – virei meu rosto em sua direção. Nesse momento Kenny deu uma freada violenta, o que me fez olhar pra frente e encarar um trânsito quilométrico. Ótimo!

− Se não estivesse trânsito – ele disse e eu bufei.

− Quanto falta pra chegar lá? – disse tirando o cinto de segurança.

− Umas quatro ou cinco quadras.

− Ótimo, eu vou a pé. Tchau! – abri a porta e sai correndo do carro e continuei correndo pela calçada até chegar na casa de Juliet.

Chegando lá, vi que era um condomínio de apartamentos. Coloquei o gorro que estava no meu bolso e o capuz do casaco por cima. Engrossei um pouco a voz e fui falar com o porteiro.

− Boa tarde. Vim visitar a Senhorita Juliet, do apartamento 88 – disse tentando manter o tom de voz.

− Quem deseja? – ele disse desconfiado por causa do capuz.

− Justin – torci pra que ele não tivesse uma filha que era minha fã.

− Sobrenome, por favor – ah não! Isso já é sacanagem! Am...

− Ér... Drew!

− Ah sim, ela falou sobre você. Pode subir Senhor Drew – dei um sorriso fraco e empurrei o portão indo em direção ao prédio.