Do You Love Me? escrita por Loreh


Capítulo 1
One Shot.


Notas iniciais do capítulo

Satoshi-chan me pertence.
Aoi delícia também, ganhei ele como presente de dia das crianças em uma caixa rosa muito linda. -n Não me pertence infelizmente.
E é isso ai, desculpem se não ficou muito legal porque escrevi meio que correndo, mas dei o melhor de mim. Mais tarde irei dar uns ajustes, he. Agradecimentos especiais pra minha Liika-chan.



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Aoi.

                Odiava ser acordado cedo, mas não tinha escolha.
                 Se levantou com o som de seu celular tocando insistente sobre uma escrivaninha ao lado de sua grande cama de casal, não dando-se conta de verificar quem era antes de atender.
                Sem precisar dizer nada ouviu a voz do outro lado se fazer presente em um choramingar infantil que sabia muito bem enganar qualquer um, mas não ele, não o guitarrista base da banda the GazettE. Conhecia muito bem o dono dessa voz e podia ter a certeza que não era nem um pouco inocente, mesmo mostrando-se ser a maioria das vezes.
                -“Aoooooooi! Estou com saudades seu chato, onde você está?” - O pequeno resmungava e elevava o tom de sua voz, que já era grave para alguém de sua idade, porém bonita, o que fez o moreno afastar o aparelho de seus ouvidos para amenizar aquele zumbido que começava a ecoar dentro de sua cabeça. Deixou um riso divertido escapar e respondeu-lhe à pergunta feita com um sorriso largo e divertido, mesmo sabendo que seu amado não estaria ali para selar-lhe os lábios carnudos como sempre fazia.
                -“Desculpe não ligar antes koi, estava ocupado compondo algumas letras para a banda. Como você está?”
                -“Agora você me troca por música? Tudo bem, não precisava de você mesmo, não estou nem um pouco com saudades.” – Infantil, resmungou mais uma vez. As vezes Shiroyama era obrigado a agradecer mentalmente pela paciência que possuía, tal que se não fosse essa não teria certeza se suportaria ou não esse pivetinho que amava tanto.
                Satoshi, ou Sato-chan como gostava de chamá-lo, possuía os cabelos descoloridos em um loiro claro que lhe caiam muito bem e olhos negros, tanto quanto os próprios, suas feições femininas o faziam muitas vezes passar por situações embaraçosas, nada que não estivesse acostumado a lidar no momento, mas incômodas algumas vezes para seu namorado. Se o loiro percebia ou não nada dizia.
                -“Estou indo te visitar, me espere.” – Percebeu que Satoshi o responderia, mas sem esperar por uma palavra sequer desligou o aparelho para não receber nenhuma outra ligação, reclamação ou manhas vindas de seu namorado.
                Quando você vê alguém nascer e acompanha todo o seu crescimento o amor tende a ser maior, talvez paterno ou materno, mas esses dois são completamente diferentes. Aoi estava destinado a ser o namorado de Satoshi antes mesmo de o pequeno nascer.  Era como as forças do destino unindo duas pessoas.
                Aoi nasceu de uma família de vampiros, sangue puro, assim como seu amado. Shiroyama Yuu possuía aproximadamente 100 anos, depois de algum tempo desistiu de ficar se lembrando todos os anos a sua idade, sentia-se mais velho entre as pessoas daquele mundo comum. Incomodava-o, mas preferia ficar em silêncio e apenas agradecer quando alguém o relembrava com cartões, presentes ou dedicações de Parabéns.
                Sua vida era algo monótono, da sua casa ao trabalho, do trabalho à casa do pequeno.   Não que isso o cansasse, pelo contrário, monotonia diferente de muitas pessoas o agradava.
               
                Levantou-se preguiçosamente de onde estava aconchegado, desvencilhando-se daquele emaranhado de cobertas espalhadas sobre o colchão macio e chamativo, pelo menos aos seus olhos sonolentos. As conseqüências de uma noite mal dormida começavam a aparecer, começando pelas olheiras e dores de cabeça. Sempre tentava se cuidar ao máximo, mas algumas vezes largava a vaidade e pensava que um vampiro teria de ser forte e agüentar ao máximo. Tendo esses pensamentos fixos em sua mente ignorava algumas vezes o estado deplorável em que seu corpo se encontrava por conta do trabalho pesado em excesso. Recebia várias broncas de Satoshi e talvez esse fosse o principal motivo de todas as suas brigas, mesmo não sendo muitas.
                Teria de dar um jeito de disfarçar a aparência horrenda. Atravessou o quarto cuidadosa e lentamente, sendo tomado pela preguiça e mal estar. Não queria sair de seu apartamento, estava cogitando sobre ligar novamente para o mais novo e dar-lhe uma desculpa qualquer, mas não queria desapontar seu querido. Tomou um rumo em direção ao banheiro da suíte e assim que irrompeu a porta passou a se despir.
                Após um longo banho demorado, nu e sem qualquer peça de roupa ou toalha cobrindo alguma parte de seu corpo, retornou ao seu quarto.
                Com os olhos fechados para evitar que pingos úmidos caíssem de seus cabelos impedindo sua visão, as mãos sobre os fios negros bagunçavam-nos vagarosamente, brincando por algumas mechas.
                Cantarolou alguma música baixo o suficiente para que mais ninguém além dele mesmo escutasse, isso se houvesse alguém por perto, e adentrou o closet em busca de alguma roupa decente para vestir, não que fosse necessário para passar o resto da tarde na casa do namorado. Com uma leve maquiagem negra adornando seus olhos também escuros retirou-se do quarto e acompanhou o corredor em direção à uma escadaria na metade entre as duas paredes.
                Parou por um momento na metade do caminho e observou todo o apartamento luxuoso. Era como se fosse um sonho. Havia comprado no condomínio melhor localizado ao centro de Tokio. Os quartos do segundo andar possuíam sacada, no inferior havia uma lareira adornando uma das paredes da enorme sala, a cozinha era enfeitada por vários arranjos, pinturas e quadros escolhidos pelo seu amado. Tudo muito bem organizado e planejado. A cobertura única possuía uma enorme piscina e futuns em torno da mesma para noites aconchegantes sob as estrelas ou até mesmo para logo após um banho de piscina.
                Hesitou ao dar o primeiro passo, sentia que faltava algo. De qualquer forma, cuidadosamente desceu a longa escadaria com uma expressão indiferente. Observou folhas em branco espalhadas sobre a grande mesa de jantar localizada ao centro do cômodo e sorriu, era isso que faltava!


                                                               Satoshi.

                O loirinho sorriu com o som da campainha preenchendo seus ouvidos e sem demora abriu a porta amadeirada, a imagem mediana de seu namorado surgiu logo à sua frente. Erguendo-se sobre a ponta dos pés enlaçou o pescoço de pele alva do mais velho e o trouxe para mais perto, selando os lábios carnudos demorada e saudosamente, sem nem mesmo perceber o papel que os dedos longos e gordinhos carregavam entre cada um deles. As unhas ligeiramente compridas roçavam sobre a folha sem marcá-la ou deixar qualquer arranhão.
                Esperou pacientemente o mais novo se afastar para estender-lhe a mão com a folha e esperar que esta fosse pega para então envolver aquele corpinho pequeno –ao menos, menor que o seu- com os braços e trazê-lo para mais perto, tal gesto carinhoso fora retribuído com mais um selar sobre seus lábios carnudos. O pequeno sorria aconchegando entre o abraço do mais velho no momento em que desdobrou a folha e passou a lê-la com atenção. As lágrimas surgiram em seus olhos que no momento haviam se fechado para evitá-las, sentia-se idiota com toda aquela situação. As letrinhas miúdas se destacavam sobre o branco do papel.

                “Sabe, koibito. Eu agradeço eternamente por te ter aqui comigo, por estar cuidando tão bem de você e esperar até você crescer, finalmente, me sinto feliz e completo... Você encontrou uma forma muito intensa de ser importante para mim e eu agradeço eternamente por isso, realmente... Meu anjo, meu pequeno, e cima de tudo meu koi . Eu te amo. Isso é tudo o que as pessoas precisam saber. Eu te amo e você sempre vai ser o meu menino, o meu Satoshi.
                Kissus, Yuu.”

               
Poucas palavras mas significativas o suficiente para deixar lágrimas rolarem por sua face. Isso era tudo o que ele mais queria ouvir depois de toda aquela longa semana longe de seu amado. Podia senti-lo por perto, abraçá-lo, desfrutar do seu cheiro único e o gosto de seus lábios carnudos que mais ninguém possuía semelhante, podia tê-lo somente para si. E tinha certeza de que continuaria ao lado de seu Yuu até o fim de sua vida, até seu último suspiro.



                ~End.~


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Notas finais do capítulo

Eai gente linda, eu sei que não mereço reviews mas adoraria se ganhasse ao menos alguns, ficaria mesmo muito feliz. Etto, conto com você, logo logo será atualizada e quem sabe não faço um segundo capítulo com lemon especial hehe. ♥