Whos That Boy? escrita por Kaah_1


Capítulo 12
11.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora lindjas :(
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GEEEEEEENTE EU ATÉ Q CURTI ESSE CAPITULOOOO!
ESPERO QUE GOSTEM TAMBEM, HEIN U.U
Nos vemos lá embaixo gatinhaaaaaaaas



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“Chelsea, por favor... Me responda! Eu sei que errei, mas, entenda meu lado, Chel. Você é importante pra mim sim. Demais.”

Revirei os olhos e apaguei a mensagem de Maddie.

Essa devia ser a décima mensagem e não... Eu não iria responder nenhuma. Maddie havia errado feio dessa vez... E sei que eu talvez possa estar sendo egoísta, mas, qual é... Amigos servem pra defender uns aos outros, certo?

Suspirei e ajeitei a bolsa no meu ombro.

Eu andava pelo shopping, tentando tirar o meu tédio matinal. Era um sábado à tarde, minha casa estava mais vazia que o normal e então, resolvi vir andar pelo shopping. Não tinha nenhuma festa pra ir, nenhum lugar pra me divertir. Ainda mais estando brigada com Maddie. Aliás, quando não tinha ninguém em casa, ela vinha me fazer companhia. Ou eu ia na casa dela.

No momento, não quero nem ver a cara dela.

Mordi a ponta do meu óculos de sol, enquanto fitava a vitrine de uma das lojas de grife. Eu não era uma patricinha louca, mas, eu gostava de comprar algumas coisinhas.

E a jaqueta de couro e os coturnos na vitrine me chamaram atenção. Apesar de eu já ter vários coturnos e jaquetas.

Revirei os olhos e continuei andando. Que tal comprar algo diferente, hm? Algo improvável... Algo meigo por exemplo. Mas, nada de rosa!

Parei em frente de uma loja que com toda certeza não tinha nada haver comigo. Olhei meus all stars gastos e meus shorts rasgados e depois olhei para as roupas na vitrine... Que eram vestidos floridos e blusas do tipo “eu amo pandas”.

Fiz uma careta olhando as roupas coloridas.

Coloridas demais pro meu gosto.

Ouvi meu celular tocar, antes de entrar na loja. Bufei e o procurei dentro da bolsa.

– Quem é? – falei rude. Até demais.

Sou eu, Chel. – disse do outro lado e eu pude conhecer a voz de Maddie.

A minha antiga amiga.

– Ah, tchau Maddie. – dei uma risadinha falsa.

Ia desligando o celular quando ela deu um berro do outro lado.

Pooooooooor favor, Chel! Não desliga na minha cara! Para de ser infantil! Quer que eu diga o que para pararmos com essa briguinha boba? Não gosto quando ficamos de mal. – ela disse manhosa e eu podia imaginá-la fazendo bico do outro lado.

Ah, credo.

– Infantil? Eu? Você que preferiu aquelas patricinhas e a merda da torcida. Se aquilo é mais importante do que a nossa amizade, fique por lá. – coloquei as mãos na cintura.

Maddie começou a tagarelar milhões de coisas.

Eu revirei os olhos enquanto ela falava e entrei em uma outra loja que ficava do outro lado, em frente daquela de vestidos floridos.

Nem prestei atenção no que tinha na vitrine.

Chel! Está ouvindo? Temos uma amizade de anos e...

– E você a jogou fora. Palmas. – disse com falso entusiasmo. – Maddie, você é minha amiga. Só achei que iria comigo quando eu saí de lá... E olha, eu não acreditava nisso, mas, realmente, quando dizem que são quem menos esperamos que nos ajudam, estão certos. – suspirei, me lembrando do dia anterior.

Como é? – ela riu sem humor.

– Olha... Justin me ajudou, ok? Não exatamente, mas... Ele foi atrás de mim. Diferente de você que resolveu ficar com a vadia da Clarisse. – murmurei, enquanto passava por um dos corredores da loja.

Ahn? Chel, eu posso...

– Não. Não pode. Cansei... Tchau, Maddie. – e depois de dizer isso, simplesmente desliguei o celular.

Passei a mão pelo rosto e fechei os olhos por um minuto.

Que ótimo.

Eu acabei de perder a única amiga que eu tinha. Não que eu me importasse tanto com amizades, mas... Eu... Eu só não queria ser tão sozinha.

Me isolei de tudo, a troco de nada. Ninguém percebeu, ninguém perguntou, ninguém sentiu, ninguém procurou. Eu nem posso culpar alguém por isso, pois sempre acabo afastando todo mundo de mim. E agora, eu estou aqui... Na solidão. Sem ninguém pra contar.

Suspirei e olhei ao redor. A loja estava um pouco vazia e não prestei atenção em nenhum detalhe. Nem em roupas ou algo assim. Eu não me prendo muito a detalhes.

Acabei me sentando no chão, em um canto entre uma fileira de roupas e outra. Me encolhi ali, abraçando minha bolsa e escondendo meu rosto nela. Não chorei. Porque eu prometi a mim mesma que não choraria mais. Prometi que seria inquebrável. Mas, está parecendo difícil.

Apenas fiquei ali. Que nem uma retardada, esperando que ninguém me visse.

É duro pra uma garota agüentar tudo isso... Escola, pessoas insuportáveis, julgamentos, pais que te odeiam, um buraco no peito, a solidão...

É horrível ouvir todos os dias coisas que você daria tudo pra jamais ouvir. É difícil acordar se sentindo bonita e ver os outros acabando com toda aquela auto estima que resta em você. É difícil se equilibrar num salto alto, por um sorriso sarcástico no rosto e fingir ser a garota durona que enfrenta tudo sem medo algum, apenas ri de desgraças e não se importa com a opinião dos outros a seu respeito. Fingir ser a garota que passa por cima de qualquer um, que se acha superior e que é fria. Fria feito um iceberg.

É difícil fingir ser algo que eu não sou.

Me levantei com dificuldade, cambaleando, com os olho embaçados.

Quase caí. Quase. Mas, senti braços fortes envolverem minha cintura.

– Opa, calma gatinha! – ouvi uma risada contagiosa.

Me afastei com brutalidade e cocei os olhos, tentando afirmar minha visão.

– Chelsea? – o garoto riu a minha frente. – Ah, claro. Só podia ser você mesmo. – Justin estava ali, com o sorriso sapeca de sempre.

– O que faz aqui? – coloquei as mãos na cintura, franzindo a testa.

– Apenas estou... Entediado. – deu de ombros, colocando as mãos na cintura. – E essa é uma loja masculina. O que você faz aqui? – foi a vez de ele franzir a testa.

Eu olhei ao redor, percebendo só agora a música pesada que tocava... Talvez um rock velho. E eu até gostei da música. Olhei mais um pouco, percebendo as roupas masculinas pelo local. E acabei rindo da minha falta de atenção.

Dei de ombros.

– Estava falando com a Maddie e me distrai. – suspirei, enquanto dava alguns passos dali para procurar a saída.

– Maddie? Se acertaram? – ele perguntou, andando atrás de mim.

– Ahn... Na verdade... Não. – respondi despreocupadamente enquanto saía da loja.

Me virei de frente pra ele e acabamos trombando um no outro.

Justin deu um sorrisinho de lado quando percebeu o quanto estávamos próximos. Eu abri a boca para falar algo, talvez algum xingamento, mas, não consegui dizer nada. Apenas fiquei parada fitando seu rosto. Seu sorriso, seus lábios carnudos e tão doces e beijáveis... Justin tinha lábios deliciosos. Parei de fitar seus lábios, antes que ele percebesse e passei a fitar seus olhos. Castanhos, cor-de-mel... Que cor era? Eram lindos. Daquele modo indecifrável. O sorriso dele era angelical e travesso ao mesmo tempo. Mas, eu tinha que admitir que amava aquele sorriso.

PORRA, ACORDA CHELSEA! Porque eu estou olhando pro... pro... Pro Justin? Ele é um canalha insuportável!

Arrrrrgh! Estou mesmo o achando atraente? Estou mesmo pensando naqueles lábios deliciosos e no sorriso tão... AAAAAAA! Céus! Estou vivendo um pesadelo.

Dei dos passos pra trás e pigarreei nervosa.

– Ah, então... – Justin parecia nervoso, o que eu achei improvável. – É... Já que estamos aqui... E... Sozinhos... Quer comer algo? – ele hesitou em falar, mas, logo completou a frase com um sorriso.

– Não. – eu disse rude e cruzei os braços.

– Qual é, malvadinha... Estou entediado. Não podemos ter uma tarde de paz ao menos uma vez? – ele me segurou pelos ombros.

Me afastei mais uma vez, o empurrando pelo peito.

Uma tarde de paz? Isso é... Sério?! Pesadelo... Com certeza é um pesadelo!

– Ta falando sério? – acabei gargalhando. – Justin, não vamos ter uma espécie de encontro amigável, ok? – bufei, revirando os olhos.

– Chelsea... Ninguém vai saber. Podemos nos divertir. – ele deu de ombros.

Suspirei, pensando por um tempo.

Uma tarde tediosa de sábado... Bom, talvez não fosse tão ruim. Aliás, até agora eu estava apenas encolhida em um canto da loja masculina.

– Tudo bem. – me dei por vencida.

Vi Justin sorrir como se acabasse de vencer algum tipo de torneio e eu apenas bati no seu ombro.

...

..

.

– Esse filme realmente foi um horror! – eu resmunguei, quase rindo.

Justin ficou bravo por eu comentar isso pela décima vez enquanto saíamos do cinema.

– É nada! Você que não consegue entender a historia! – ele bufou, revirando os olhos.

Ele parecia uma criança, irritada por eu estar falando mal do seu desenho favorito.

Eu acabei gargalhando.

– Ta me chamando de burra, é? – fiz cara de brava e me coloquei a sua frente, com as mãos na cintura.

– Não... Claro que não! – ele disse, mas, sua voz pareceu bem irônica. Levantei uma sobrancelha. – Apenas disse que você não consegue entender o filme! – ele deu de ombros.

– Stromberg! Está dizendo que sou burra! Seu trouxa! – falei alto, dando um soco no seu peito.

Ele apenas riu alto e segurou meu pulso.

– Tudo bem, Chel. Você é super inteligente, malvadinha. – riu me puxando.

Acabou colando nossos corpos.

Fitei seu rosto. Estava tão próximo... Dei um sorrisinho.

Senti meu corpo se estremecer ao sentir sua mão subir pela parte lateral do meu corpo. Ele pegou minha cintura com força, deixando nosso corpo ainda prensado um no outro. Mordi os lábios, sentindo como meu corpo reagia aquilo. E não... Eu não gostava das sensações que as suas mãos passeando pelo meu corpo deixavam.

Ele aproximou ainda mais nosso rosto. Segurou meu queixo e deixou apenas alguns poucos centímetros de nós. Seus lábios já roçavam nos meus. Eu acabei fechando os olhos, cedendo aquele momento, esperando pelo seu beijo. O que eu... Eu estranhei.

Não senti nada. Não sentia mais sua respiração no meu rosto.

Abri os olhos, encontrando ele sorrindo sapeca. Me soltou e saiu correndo em seguida.

Que porra é essa?

– MC DONALDS! QUEM CHEGAR POR ULTIMO PAGA O LANCHE! – ele gritou, correndo em disparada. Me deixando ali plantada, feito um poste.

Porra. Ele me manipulou!

Ele me m-a-n-i-p-u-l-o-u! Arrrrrrgh!

– VOLTA AQUI SEU PUTO! – berrei correndo atrás dele.

Agradeci por ter vindo de tênis.

Realmente... Eu já estava me achando uma idiota.

Correndo atrás de Justin que havia acabado de me manipular. Acabei gargalhando enquanto corria atrás do ser loiro retardado que também se esgoelava de rir.

Justin tropeçou e quase caiu. Ri mais ainda. E mesmo caindo eu não consegui passar por ele. Que ótimo.

Algumas pessoas nos olhavam com caras estranhas... Talvez do tipo... “O que esses dois loucos estão fazendo correndo pelo shopping?” E talvez até desejando que levássemos um tombo.

Cara, isso ta mesmo acontecendo? Aliás, quantas vezes eu corri pelo shopping feito uma louca? Ainda mais com alguém que eu dizia... Odiar. Era meio... Irreal.

Corri mais um pouco e finalmente chegamos ao Mc Donald. Que tinha uma fila bem gradinha. Pra variar.

– Ganhei! – Justin comemorou com uma dançinha ridícula.

O empurrei.

– Ganhou porque você me manipulou. Otário. – bufei, cruzando os braços.

– Queria que eu te beijasse. – ele riu debochadamente.

– Não! – gritei.

– Queria sim! É só pedir, malvadinha. Sou teu se você quiser. – ele se aproximou, passando a língua pela minha bochecha.

– Eca! – fiz cara de nojo e limpei minha bochecha com as costas da mão. Tenho que lembrar de lavar depois. – E não. Não quero cafajestes. – lhe mostrei a língua.

– E acha que eu fico com vadias? – ele debochou rindo.

Abri a boca em um “O”.

– Seu... Imbecil! Vadia é as garotas que você pega seu nojento! – distribui alguns tapas por ele.

Soquei seus braços, sua barriga e dei um tapa no seu rosto.

Ele apenas ria da situação.

Acho que eu não sou tão forte assim.

– Eu não vou pagar! – cruzei os braços, emburrada enquanto Justin me puxava pra fila.

– Relaxa, eu pago. – ele piscou.

– Sério? – o fitei. Bom, isso era algo... Inesperado.

– Claro. Acha que sou assim tão mal? Sou um cavalheiro, Chelsea. – ele piscou, fazendo um tipo de reverencia.

Eu não agüentei e gargalhei alto. Muito alto. Até demais.

Algumas pessoas na fila me encararam assustadas.

Justin tapou minha boca com a mão.

– Você? – tentei parar de rir enquanto afastava sua mão. – Você é um aproveitador barato e cafajeste. – revirei os olhos, colocando a mão no seu ombro para me apoiar.

– O cafajeste que você deseja, malvadinha. – ele sorriu divertido, envolvendo o braço pela minha cintura.

– O caralho! Vai se fuder menino! Ta pensando o que? – o empurrei.

Justin quase caiu.

Um menininho que estava a nossa frente e parecia ter mais ou menos 7 anos, me olhou assustado. Acho que pelos palavrões que soltei. Ele fez uma cara de choro e chamou a mãe dele. Disse algo no ouvido dela e depois apontou pra mim.

– Esses jovens de hoje em dia não tem educação! Pffff. – a mulher revirou os olhos me olhando com reprovação.

– Ah! Onde já se viu! Olha aqui minha senhora... – eu já ia partir pra uma discussão, mas, Justin me segurou pelo braço. – Me solta! – disse puxando meu braço.

– Não! – ele me apertou com força. – Caramba, Chelsea... Adora arrumar confusão, né malvadinha? – ele riu divertido.

– Não agüento essas coisas. Eu falo a porra que eu quiser. – exaltei o palavrão.

– Chel... É melhor você sentar, ok? Tu é maluca, garota. – ele riu.

Fiz bico e cruzei os braços. Não ia sair dali.

Eu parecia uma criança fazendo birra.

Justin acariciou minha bochecha com o polegar, o que foi suuuuuper estranho. Depois, me deu um selinho demorado. Quando ele se afastou, não pude evitar passar a língua pelos lábios e sentir o gosto dos seus. Ele riu.

– Ta, eu vou sair. – revirei os olhos.

Que merda tava acontecendo comigo, hein?

Bufei e me sentei em uma mesa. Gritei de lá mesmo dizendo ao Justin que eu queria um Milk-shake. Ele assentiu.

Justin estava mesmo estranho. Aliás, porque estaria sendo tão legal comigo, hein? Será que ele quer algo? Quer me derrubar? Me sabotar? Quer me botar pra baixo, pro fundo do poço? Ah, céus. Tenho que tomar cuidado. Acho que a minha maior dificuldade é confiar nas pessoas.

Fiquei batucando os dedos na mesa, totalmente entediada. Sabe, eu nunca admitiria isso em voz alta, mas... Eu até que estou me divertindo hoje com o Jus.

Minutos depois vi ele andando até a mesa com uma bandeja na mão. Eu sorri, sem querer.

Logo ele colocou a bandeja na mesa e eu, que estava com muita fome, simplesmente ataquei o meu lanche.

Não sou que nem aquelas garotas frescas que parece que tem medo de comer na frente dos garotos. Eu não ligo pra bons modos.

– O que ta olhando? – perguntei, arqueando as sobrancelhas, quando percebi que Justin me olhava.

– É melhor ir com calma. – ele riu

– É melhor você calar a boca e me deixar comer. – dei mais uma dentada saborosa no meu lanche.

– Quando é que vai admitir sua quedinha por mim, Chel? – Justin piscou divertidamente.

– Nos seus sonhos, só se for, meu bem. – sorri sínica e tomei um gole de Milk-shake.

Justin riu.

E em segundos eu terminei meu lanche.

Ele me fitava com aquele olhar indecifrável e incomodante.

Arqueei as sobrancelhas.

– Ah, você ta bem sujinha, Lestrange. – ele sorriu e se aproximou.

– Ahn... –

Não consegui terminar minha fala. Fiquei paralisada. Como uma boba.

Justin estendeu a mão sorrindo e passou delicadamente o dedo polegar no canto de minha boca. Eu curvei meu lábios em um meio sorriso. Fitei seus olhos e percebi que ele fitava minha boca. Senti seu dedo contornar meus lábios de um modo delicado e depois o prensou inferiormente. Ele se aproximou, curvando na mesa, deixando seu rosto perto.

Seu dedo agora acariciava minha bochecha e eu me sentia... Perdida naqueles olhos caramelados.

Mas... Eu não podia... Ceder. Não, não e não! Sou uma vadia, mas, não uma idiota.

– Atchim! – fingi ter espirrado.

Justin gargalhou, se afastando lentamente.

– Tudo bem, então. – ele suspirou. – Já entendi. – riu, erguendo os ombros.

– Nada pessoal, apenas... Te odeio. E esses momentinhos estão sendo... –

Não terminei minha fala.

Até porque, eu não sabia bem o que dizer.

Digo, Justin não estava mais sendo tão idiota. Ele estava sendo carinhoso e mostrando um lado diferente, mas... Eu sabia que depois desse dia, teríamos que esquecer qualquer coisa acontecida. Eu teria que esquecer. Aliás, eu sou Chelsea Lestrange. A garota do coração frio como iceberg, que só pensa nela mesma... A garota que é uma vadia imprevisível e ridícula. Às vezes até oferecida, admito. Mas, eu não podia ser prendia. Eu não era domesticada.

Meu coração não iria pertencer a ninguém.

Eu nunca me apaixonaria. Ainda mais... Por ele. Eu não... Eu não posso gostar de Justin. Não posso.

– Estão sendo... – Justin franzia a testa, esperando que eu continuasse.

– Estranhos. Eu não sei. – balancei a cabeça, afastando os pensamentos.

– Sinceramente? – o fitei, enquanto ele esbanjava aquele seu sorriso no rosto. – Eu estou gostando. – o vi morder os lábios.

O observei por um tempo.

Alguns segundos, ou minutos.

Ele terminava de comer seu lanche e me fitava com os olhos sorrindo pra mim. Porra...

– Mentira. – eu ri. – Sou uma maluca. Você disse minutos atrás. – ergui os ombros.

– Ah, isso é verdade. Uma maluca que assusta criancinhas. – ele riu e eu apenas o acompanhei.

– Não apenas criancinhas, meu bem. – me curvei na mesa, apoiando meu rosto com as mãos.

– Hm, sério? Me lembrei mesmo de que você é uma garotinha muito selvagem. – ele sorriu com malicia.

– Eu sou uma tigresa. – tentei fazer uma cara sexy, ou algo assim, mas, não deu certo.

Justin gargalhou.

Mostrei-lhe meu dedo do meio.

Me levantei e peguei as coisas para jogar na lixeira. Joguei o cabelo pra trás e andei até a lixeira, jogando já a merda do lixo.

Tentei empinar a bunda, enquanto jogava, ciente de que Justin estaria me observando.

Qual é, eu não podia passar um dia todo sem provocá-lo. Ou ao menos tentar isso.

Logo senti dois braços envolverem minha cintura por trás. Pude sentir seu membro quando ele prensou meu corpo no seu.

– Tigresa, então? – ele riu divertidamente no meu ouvido.

Eu mordi os lábios ouvindo aquela voz totalmente sexy.

Estremeci.

Ele começou a beijar meu pescoço. Morder e chupar. Eu apenas fechei os olhos, sentindo suas mãos me apertarem e uma delas fazerem carinho em minha coxa.

Ele mordeu meu ombro, enquanto apertava minha coxa e me prensava ainda mais contra o seu corpo. Eu acabei suspirando e me envolvendo com tudo aquilo. Era divertido... E era... Delicioso.

Não agüentei e me virei de frente pra ele. Tomei a iniciativa pra um beijo. Adentrei minha língua na sua boca e podia explorar cada canto dela. Era um beijo diferente. Era mais doce, mais sincero, mais gostoso. Eu não sei, mas... Tinha despertado algo a mais. Além do desejo, sabe? Era um beijo doce, seus lábios eram macios e carinhosos. Sua língua fazia cócegas no céu da minha boca. E eu ria sentindo ele fazer um carinho gostoso na minha cintura e descer uma das mãos para apertar minha bunda.

Não era mais tão insignificante. Mas, se me perguntassem, eu iria negar até o final... Iria negar sempre que me perguntassem se eu gostava dele.

– Hm, então você pode ser até doce quando quer. – eu ri, partindo o beijo e entrelaçando meus braços ao redor do seu pescoço.

– Talvez. Mas, não conta pra ninguém. – ele fez bico. – Você também não é tão... –

– Shhhhh... – lhe dei um selinho. – Eu sou uma tigresa, lembra? Medonha e selvagem. – eu ri e Justin apenas riu comigo.

– Minha tigresa. – ele me deu mais um selinho.

Eu sorri.

– Vamos esquecer esse dia. Ok? – mordi os lábios.

– Esquecer? – ele fez uma carinha triste. E eu apertei uma de suas bochechas.

– Ninguém pode saber. – suspirei. – Esqueça esse nosso dia de momentos... Estranhos. – eu ri.

– Estranhos. – e me deu mais um selinho, mais longo dessa vez.

E este dia... Esse sonho ou pesadelo... Eu vou tentar esquecer.

Eu vou.

Apagado da memória. Do coração. Vou esquecer que algum dia, talvez, eu possa ter sentido algo por Justin.

Não que eu tenha sentido, algo, claro que não!

Meu coração feito iceberg, ainda permanece intacto. E não vai derreter. Não por enquanto.


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Notas finais do capítulo

heeeeeeey girls!
Como é que vocês estão? alguma novidade? kkkkkkkk gostaram da believe tour?
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Ah, e sobre o capitulo... O que acharam? Gostaram ao menos um pouquinho? Prometem pra mim que vão comentar? :((( Por favor, preciso de opiniões, hein! E BEM VINDA LEITORAS NOVAS..
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E sabe, gente, vou postando aqui até dezembro e talvez eu coloque essa fic na categoria dos originais. vocês continuam acompanhando? ainda nao decidi oq fazer..
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Me desculpem por qualquer coisa, e agradeço por todos os reviews;
MUITO OBRIGADO. NHAAAAC :33