Marry Me escrita por Jones


Capítulo 1
A Família da Noiva




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Poucas vezes tive a experiência de me sentir acolhido por uma família antes de conhecer os Weasleys. Lembro-me do primeiro abraço materno que recebi da Sra. Weasley no quarto ano, no leito da enfermaria de Hogwarts. Lembro-me que nunca havia me sentido assim e, se dependesse dos Dursleys, nunca me sentiria.

Até hoje, se menciono um dos meus tios, a Sra. Weasley disfarça uma careta, nunca achou de bom tom compartilhar sua verdadeira opinião sobre os Dursleys.


O mais próximo que tive de uma família em todos esses anos, além dos Weasleys e de Sirius, foram Rony e Hermione, os melhores amigos que alguém poderia ter sem sombra de dúvidas e que estiveram comigo em todos os melhores e piores momentos da minha vida.

Mas agora eles estão dividindo os próprios melhores momentos, e eu quero começar a ter os meus, espero, bons momentos.

Passei o dia me perguntando como eu me sentiria quando grande parte da minha família me virasse as costas, e pior ainda, como eles se sentiriam em relação a tudo isso.


Não importava o quão alta e esguia era a minha namorada ou quantos anos ela tinha, ela jamais deixaria de ser a filha mais nova, a irmã caçula, a menininha que Potter está corrompendo. Talvez essa última tenha sido um exagero meu, mas aposto cento e cinquenta galeões que esse será o primeiro pensamento do Sr. Weasley e, claro, de Rony. Eu acredito que um dia eles entenderão que eu e Gina nascemos para ficarmos juntos, como parecem ter entendido um tempo depois de começarmos a namorar, mesmo que eu tenha recebido olhares tortos e um tratamento gelado de Rony.

Esse naturalmente é o próximo passo de qualquer relacionamento sério e eu acredito que a essa altura eles já tenham percebido que isso não é amor adolescente ou um romance juvenil, um sentimento da juventude. Eu definitivamente a amo, e vou amar enquanto eu existir e talvez mais que isso. Nada e nem ninguém pode mudar esse fato.

Pensei em como os trouxas normalmente faziam pedidos de casamento, (não que eu tenha certeza de como eles são feitos no mundo mágico); todas as imagens que vieram a minha mente começavam com um jantar, velas e anel na sobremesa. Imaginei que Gina me esmurraria após um pedido tão ridículo. Aliás, eu deveria abortar tal missão, de repente ela nem queira casar comigo. Eu posso ter feito grandes coisas na vida, ou não, depende do ponto de vista de quem examina; mas a imprevisibilidade de Gina ainda me assusta mais que tudo.


Decidi que qualquer lugar, desde que em sua companhia, seria especial. E isso pode ter soado clichê, mas é a verdade.

Optei por um encontro de trouxas, nada mais original para uma bruxa do que um encontro trouxa, achei essa ideia genial. A levaria para Londres e faríamos o que todos os turistas fazem, tiraríamos fotos que não se movem, comeríamos cachorros-quentes de quiosques suspeitos e finalmente eu a pediria em casamento em uma cabine do London Eye, quando atingíssemos o ponto mais alto da grande roda gigante, de onde eu me jogaria se ela recusasse.

 

Ás vezes me pergunto onde aprendi a ser tão dramático.

Imagino que vários pedidos já tenham sido feitos dessa maneira, e que provavelmente eu só devesse parar e perguntar: quer se casar comigo? E aí ela responderia sim ou não. Mas como todo babaca, resolvi enfeitar a coisa toda.


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