Imprevistos Do Amor escrita por DebsHellen


Capítulo 5
Capítulo 4.


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui. o/
Gente, agora que acabou a fic "Amor Real" me dedicarei totalmente a "Imprevistos do Amor". Por enquanto, postarei só nas sextas, em breve começo a postar 2 vezes por semana.
A fotinho desse capítulo não será postada agora pq todas as minhas leitoras e amigas que me ajudaram nisso não estão no msn nesse momento p/ me ajudar. =/
Espero que gostem do capítulo de hj. Boa leitura!!!



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CAPÍTULO 4.

“O AMOR E O DESEJO SÃO AS ASAS DO ESPÍRITO DAS GRANDES FAÇANHAS.” – Goethe

PDV Isabella Swan

Três horas...

Cento e oitenta minutos...

Dez mil e oitocentos segundos...

Era esse o tempo que Edward passou comigo no meu quarto azul. E nunca, nunca antes eu aproveitei tão bem o meu horário de trabalho.

Agora, pela primeira vez nesses cinco anos em que eu faço isso, eu não queria que meu cliente fosse embora. Eu estava deitada na cama, coberta parcialmente pelo lençol de seda enquanto observava ele vestir a camisa e abotoá-la.

– Quanto eu te devo, Anabelle?

– Carmen não te disse o preço? – estranhei por ele não saber o preço ainda, a maioria sempre confirmava o preço antes de subir para os quartos.

– Acho que nem conheci Carmen. – ele riu levemente – Conheci a mulher que trabalha na recepção, Angélica e você.

– Desculpe por isso. – eu dei uma risada leve – O valor para clientes novos é de quinhentos dólares por hora.

– Tudo bem. – ele não pareceu incomodado com o valor - Eu pago pra você ou devo acertar com outra pessoa?

– Pode acertar comigo; Carmen confia em todas nós e cada uma administra o dinheiro de seu próprio trabalho.

– Certo.

Ele pegou a carteira do bolso, tirou os mil e quinhentos dólares e me entregou. Voltou a mexer na carteira e eu conferi se o valor estava certo, não que eu desconfiasse dele, mas fazia parte da rotina de trabalho conferir o pagamento. Quando voltei a olhá-lo, ele segurava mais duzentos dólares na mão e me encarava nos olhos.

– O que é isso? – perguntei – O dinheiro está certo, eu já conferi.

– Sei que está certo. – ele deu de ombros – Quero te dar a mais. Imagino que desses mil e quinhentos boa parte vá para Carmen manter a casa. Então quero que fique com esse dinheiro pra você.

Ele colocou na minha mão o dinheiro e se abaixou na cama até poder ficar no mesmo nível que eu. Ele deu um sorriso torto muito fofo e acariciou meus cabelos, não resisti e fechei os olhos para usufruir de seu toque singelo.

– Obrigado por essa noite, Anabelle. – ele disse num sussurro – Você foi maravilhosa.

Sem esperar algo em troca, ele se pôs de pé e pegou a jaqueta para vesti-la, fez isso enquanto ia até a porta do quarto. Quando sua mão já estava na maçaneta da porta, meu impulso falou mais alto e perguntei o que meu coração desejava.

– Edward, pretende voltar? – meus olhos deveriam estar brilhando de expectativa, mas não me importei com isso.

– Vou tentar. – sorriu mais uma vez e partiu.

Atirei meu corpo na cama e fiquei imaginando quando ele voltaria e se voltaria algum dia... E embora eu criasse expectativas, nada era garantido já que ele poderia voltar e querer conhecer as outras mulheres da casa, afinal ele não tinha um contrato assinado comigo.

Fui para o banheiro tomar um banho longo e relaxante, mas um pouco relutante em tirar o cheiro dele do meu corpo. Depois, voltei ao quarto para pegar o dinheiro e segui até a porta que dava acesso ao meu quarto mesmo. O quarto branco e azul era apenas para usar com os clientes e o outro quarto era o meu quarto particular.

Guardei o dinheiro na caixinha que eu mantinha numa das gavetas do guarda-roupa e fui deitar. Eu poderia atender outro cliente se quisesse, eu podia ouvir o som do bar e isso indicava que ainda haviam clientes lá embaixo, mas eu não quis manchar as lembranças dessa noite com outro homem em meu corpo... Eu queria manter as lembranças de Edward bem vivas em minha mente e em cada uma das minhas células.


PDV Edward Cullen

Anabelle era uma mulher incrível. Era bonita, atraente e sensual, inteligente, cheirosa e muito carinhosa. Não me surpreendi por James gostar tanto de ir à casa de Carmen e sempre falar sobre Anabelle. Ela era adorável e deveria ser uma das queridinhas da casa.

A noite que passei ao seu lado foi uma das melhores da minha vida. Talvez tenha perdido apenas para as ocasiões especiais com minha família que eu guardava com muito carinho em minha mente.

Ao deixar a casa de Carmen naquela noite eu percebi que algo em mim mudou. Eu não sei dizer o que realmente mudou ou como, mas sei que era algo extremo e definitivo.

Fui para casa descansar e torcendo para que encontrasse Anabelle mais uma vez essa noite, porém agora em meus sonhos...

...

A segunda-feira chegou e já começou agitada, acordei atrasado e corri bastante para chegar ao trabalho logo. James estava na minha sala quando cheguei, seu sorriso era debochado e curioso.

– Olá, Cullen! – ele disse – Como foi seu fim de semana?

– Normal. – sentei-me em minha cadeira e já fui ligando o computador.

– Normal?! – ele riu – Cara, eu te empresto a melhor mulher da casa de Carmen e você me diz que seu fim de semana foi ‘normal’?! Que espécie de ser humano você é? Anabelle enlouquece qualquer um que passe uma noite com ela. Como seu fim de semana foi normal depois de passar a noite de sexta com ela?!

– James, você a conhece. Acho que sabe melhor do que eu como ela é e o quanto é boa no que faz. Então, dispenso minhas observações pessoais sobre a noite de sexta.

Seria ridículo de minha parte dizer que senti um pouco de raiva e ciúme por saber que James também já esteve com Anabelle? Enfim...

– Eu conheço Anabelle e conheço muito bem. – ele sorriu – Só quero saber o que achou dela, afinal fui eu que te indiquei ela, não é?

– Ok. – suspirei e passei a mão pelo meu cabelo em sinal de embaraço – Ela é ótima. Uma companhia agradável, é divertida e muito inteligente. E antes que você pergunte, sim, ela é muito boa de cama.

– Wow! – ele bateu na perna de tanta empolgação – Não acredito que arranquei essa confissão de você! Cara, ela te enfeitiçou, só pode ser isso.

– E por acaso ela não te enfeitiçou também? – perguntei curioso.

– Não. – James deu de ombros – Ela é boa e tal... mas gosto de ter opções na cama. Anabelle é uma das melhores, mas não é a única. Gosto de passar a noite com ela, isso é verdade; mas não estou enfeitiçado por ela a ponto de não perceber as outras mulheres da casa de Carmen.

– E quem disse que não percebi as outras?

– Edward, está escrito na sua testa que Anabelle te enfeitiçou. – ele se pôs de pé – Vou trabalhar agora. Espero que saiba lidar com esse feitiço, amigão. Até logo.

Ele me deixou sozinho e fiquei pensando no que me disse. Eu gostei de Anabelle? Sim, gostei. Eu estava enfeitiçado por ela? Talvez. Isso iria passar algum dia? Não sei dizer.

Tentei me concentrar no trabalho o restante do dia e consegui. Havia tanto trabalho que foi impossível pensar em qualquer outra coisa que não fosse o trabalho.

Enquanto o elevador descia até a garagem, meu celular tocou. Olhei no visor e relutei em atender, mas isso complicaria minha vida depois.

– Alô? – eu disse.

– ‘Alô’?! Edward Cullen, sua noiva te liga depois de estar há dias longe de você e você só atende o telefone e diz ‘alô’?! – ela não conversava, ela gritava.

– Oi, Tanya. – respondi – Desculpe, mas não tive um dia muito bom hoje.

– Ah, tudo bem, meu chuchuzinho. – disse com sua voz melosa – Eu só liguei para dar notícias já que você não me ligou esse fim de semana. Papai e mamãe ainda não sabem que dia voltaremos para Seattle.

– Ah, tudo bem, Tanya. – lhe disse.

– Ah, bebê, estou com tanta saudade de você. – disse pegajosamente – Não vejo a hora de estar aí e te encher de beijos e fazer outras coisinhas com você.

– Ok.

– Amor, você tá bem? Tá tão caladinho.

– Só estou cansado. Acabei de chegar na garagem do prédio, estou indo pra casa. Vou ter que desligar pra dirigir, Tanya. A gente se fala outra hora, pode ser?

– Tudo bem, chuchuzinho. Eu te ligo amanhã ou depois. Tô com saudade de você. Te amo.

– Se cuida, Tanya. Até logo.

Eu evitava ao máximo dizer ‘eu te amo’ para Tanya. Ela já vivia na minha cola sem que eu dissesse essas três palavras... Imagina então se eu dissesse!

Liguei o Volvo e segui para casa na intenção de descansar um pouco. O dia havia consumido minhas energias e eu estava mais do que desejoso por um banho e cama.

Tomei meu banho demoradamente, uma das poucas manias que eu me permitia ter; depois fui para a sala e liguei o rádio para ver se relaxava um pouco ao som de Clair de Lune enquanto preparava um lanche rápido na cozinha.

Meu apartamento não era grande, era confortável e do tamanho ideal para um homem que vivia sozinho e tinha uma decoração bonita e básica, mérito de Alice.

Comi o sanduíche e depois limpei a bagunça da cozinha; voltei à sala, mas a música não me acalmara o suficiente e o banho não me fez relaxar como esperava que fizesse. Instintivamente, pensei em Anabelle... Estaria trabalhando hoje? Estaria atendendo um cliente? Transando loucamente com ele assim como fizera comigo? Estaria conversando e concedendo respostas às cinco perguntas que ele lhe fazia?

Meu Deus! Por que pensar nela assim do nada?! Pra quê lembrar dela e me preocupar com quem estava com ela?! Ela não era nada minha, sua vida não deveria me interessar!

Nem percebi quando, cinco minutos depois de pensar nela, eu estava pegando a carteira, o celular e as chaves e saindo de casa em direção à casa de Carmen. Eu tinha que pelo menos vê-la.

...

A moça da recepção da casa estava lá recebendo os que chegavam. Me surpreendi ao estacionar o carro e perceber a quantidade de carros ali, o lugar deveria estar cheio. Isso nunca parava? Elas não tinham descanso?

– Olá, senhor Cullen. – saudou sorridente – Fico feliz em recebê-lo aqui novamente.

– Oi. Como se chama? – perguntei enquanto tirava o casaco e dava para ela guardar no armário.

– Leah, senhor.

– Leah. Bem, vim dar uma volta e relaxar. – expliquei minha aparição ali, não que ela precisasse ou pedisse tal explicação.

– Fique a vontade então. – sorriu outra vez – Espero que consiga relaxar esta noite.

– Obrigado. Com licença.

Após despedir-me, entrei no espaço aberto do bar. Muitos clientes, alguns conhecidos do próprio ramo no qual eu trabalhava. E as mulheres... todas esplendorosas, muito bem vestidas e maquiadas, sorridentes e perfumadas. O ambiente inteiro exalava perfume feminino, pura sensualidade e luxúria.

Apesar das opções, dos aromas e dos diversos sorrisos maliciosos que recebi, meus olhos buscavam apenas uma delas, apenas um aroma e apenas um sorriso.

– Olá. – fui interrompido por uma voz atrás de mim.

Virei-me lentamente, aproveitando o ângulo para procurá-la na direção em que me virei, até dar de frente com a mulher que me chamou.

– Está perdido? – perguntou rindo – Posso ajudá-lo?

– Talvez possa. Como se chama?

– Claire. E o senhor?

– Cullen, Edward Cullen, muito prazer. – sorri educadamente.

– Nome bonito. – ela pegou-me pelo braço enquanto me conduzia até uma das mesas – Beba algo enquanto me diz quem procura, talvez eu consiga ajudá-lo.

– Não pretendo beber nada hoje. – pigarreei – Gostaria de saber se Anabelle está disponível ou se está ocupada agora?

– Infelizmente não sei lhe dizer. – ela franziu o nariz de forma engraçada – Vou chamar Carmen, ela saberá responder sua pergunta. Aguarde aqui enquanto isso.

Apenas assenti e ela sumiu em meio as pessoas em busca de Carmen, a dona do local. Fiquei ali esperando e acho que se passaram uns dez minutos até que Carmen veio me atender.

– Olá, senhor Cullen. Claire disse que estava procurando Anabelle. Posso ajudá-lo em alguma coisa?

– Carmen, gostaria de saber se ela está disponível esta noite.

– Está com um cliente nesse momento. Não gostaria de escolher outra das minhas meninas?

– Não, obrigado.

Levantei-me para ir embora, não havia sentido estar ali...

– Senhor, se me der alguns segundos, posso conferir até que horas Anabelle está ocupada e talvez possa reservar o horário seguinte para o senhor.

– Pode ser.

Ela sorriu e ergueu uma pequena agenda muito bonita para conferir algo. Depois de correr os olhos por algumas páginas, ela sorriu vitoriosa em minha direção.

– Então...? – indaguei ansioso.

– Ela estará livre daqui quinze minutos, muita sorte sua. – tocou meu rosto – Tenho certeza que não se importará de esperar alguns minutos até que ela tome um banho e esteja apresentável para atendê-lo?

– Não, claro que não, diga que leve o tempo que precisar.

– Ok, obrigado por compreender. –sorriu gentilmente – Quer que reserve quanto tempo para o senhor?

– Até que horas Anabelle trabalha?

– Até clarear o dia quando há clientes. – deu de ombros.

– Então reserve todo o restante da noite até às sete horas da manhã seguinte.

– Com certeza. – seus olhos brilharam – O senhor sabe que a noite inteira é mais cara?

– Não sabia, mas não tem problema nisso. Acertarei pela manhã com Anabelle, pode ser?

– Pode. Ela sabe os valores de noite inteira, pode acertar com ela. Espero que se divirta, senhor Cullen.

– Obrigado.

Assim que Carmen saiu, fiquei observando o bar... Muita gente, muita loucura, muito desejo... Era isso o que se via, além disso eu via muita mentira e muitos corações machucados. Imaginava quantas mulheres estariam em casa cuidando dos filhos, esperando os seus maridos chegarem do ‘trabalho’ que se estendeu até mais tarde; muitas nem deviam desconfiar de onde os maridos estavam e sofreriam se descobrissem.

Não tenho muita moral para falar e pensar nisso uma vez que minha namorada-noiva também não sabia onde eu estou. Mas não me encaro como um mentiroso traidor já que estamos juntos apenas por conveniência. Dois filhos de pais ricos e amigos que viram em nós um potencial para crescer financeiramente e manter as famílias unidas.

Tanya é bonita e parece gostar de mim, mas ela sabe que não sinto o mesmo por ela. Apenas atração física é o que sinto, mas não a amo e ela sabe. Então, não me considero hipócrita por estar aqui traindo-a e falando dos homens que fazem suas mulheres sofrerem...

Estava distraído pensando nisso e nem percebi quando Anabelle chegou.

– Boa noite. – ela disse ao tocar meu ombro; nossos olhos se encontraram e meu desejo cresceu sem escalas.

– Boa noite. – respondi e beijei sua mão – Podemos subir?

– Não quer beber nada antes?

– Não.

– Ok. Então vamos.

Ela sorriu e pegou minha mão, conduzindo-nos pelo bar até chegar às escadas e subir em direção ao quarto dela. O aroma de morangos me atingia fortemente a cada passo que dava logo atrás dela. E quando a porta do quarto foi aberta, me senti embriagado com seu perfume tentador.

Tentei não pensar muito que ela estivera nesse quarto há poucos minutos com outro homem. O que eu poderia esperar? Essa era sua profissão! Ela entrou e foi ao pequeno bar servir-se de um copo de água.

Fiquei observando seus movimentos graciosos, mesmo que fossem inconscientes. Ela tomou a água com tanta vontade que desejei tomar também, mas acima da vontade de beber água, desejei ainda mais beber de seus lábios que pareciam perfeitos.

– Não vai se aproximar? – disse depois – Vai ficar perto da porta por muito tempo?

– Não.

– Carmen disse que ficará a noite toda.

– Sim.

– Já acertou o valor com ela?

– Não.

– Vai acertar comigo então?

– Sim.

– Sabe que é mais caro reservar a noite toda? – sua sobrancelha se arqueou.

– Sei.

– Vai responder só com monossílabas? – ela riu – Da outra vez estava mais solto. Que bicho te mordeu essa noite?

– Nenhum. – me aproximei vagarosamente e a peguei em meus braços – Queria conversar, saber como está, apenas ouvir sua voz... Mas estou tão desejoso de você que primeiro terei que te ter pra depois conversar.

– Sou sua pelo resto da noite, faremos o que quiser. – ela sorriu e puxou meus cabelos.

Minhas mãos automaticamente se enfiaram por baixo de sua blusa, acariciando seu corpo e guardando as sensações que sua pele causava em contato com a minha. Queria beijá-la, mas lembrei que não podia. Então beijei seu rosto, seu pescoço, seus ombros...

Em meio à necessidade e desejo, levei-a a cama e a possui de uma forma selvagem e possessiva. Agi como um leão devorando sua presa, com ânsia e desejo, com fome... e com a atitude de um leão nem um pouco disposto a dividir o banquete...




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Notas finais do capítulo

E aí?! Tô curiosa p/ saber o que vcs acharam...
Vejo vcs nos reviews...
O próximo capítulo será postado na próxima sexta-feira.
Um grande beijo e ótimo fim de semana!!!!



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