Imprevistos Do Amor escrita por DebsHellen


Capítulo 36
Capítulo 33.


Notas iniciais do capítulo

Fic em reta final mesmo. Temos o capítulo de hoje, o qual chorei horrores ao escrever e chorei de novo quando revisei. :'( E depois temos mais 1 ou 2 capítulos e o epílogo.
Grandes revelações hoje! Prestem atenção às passagens de tempo e aos acontecimentos. Boa leitura!



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Capítulo 33.

“PREOCUPE-SE MAIS COM A SUA CONSCIÊNCIA DO QUE COM A SUA REPUTAÇÃO. SUA CONSCIÊNCIA É O QUE VOCÊ É; SUA REPUTAÇÃO É O QUE OS OUTROS PENSAM DE VOCÊ. E O QUE OS OUTROS PENSAM... É PROBLEMA DELES.” – Autor desconhecido

PDV Isabella Swan Cullen – Algum lugar, Brasil

*** 3 meses após o sequestro e o acidente ***

Tudo estava uma porcaria em minha vida. Desde que Nessie e eu fomos sequestradas, tudo parecia terrível e cada vez mais longe de ser resolvido.

Henry, o homem que pegara Nessie e eu e nos trouxera para o Brasil, ainda estava conosco. Manteve-nos isoladas por dois meses numa ilha que eu sequer sei dizer o nome, só sei que estamos no Brasil. Meu celular foi confiscado por ele de modo que eu não tinha chance de ligar para pedir ajuda.

Nessie estava apavorada. Eu tentava mostrar tudo de forma positiva, mas parecia cada vez mais inútil enganá-la. Ela tinha quatro anos, não era burra e nem um bebê que não entendia as coisas à sua volta. Ela entendia que estávamos longe do pai, dos avós e tios, das amigas da escola e do seu balé. Chorava baixinho quase todas as noites, mas não reclamava de nada.

Apesar do fato de termos sido sequestradas, Henry nos tratava razoavelmente bem. Não nos dava muitas liberdades, mas não nos violentava – o que era mais do que eu poderia esperar de um sequestrador.

Ele morava na mesma casa que nós, nos alimentava bem e nos levava para o continente a cada quinze dias. Tentei fugir numa dessas ocasiões, mas ele me alcançou. Foi a única vez em que me bateu, fiquei com o rosto roxo e inchado por dez dias. Depois disso, nunca mais ousei fugir. Tinha medo por mim e por Nessie... e por meu bebê.

Aqui no Brasil descobri que estou grávida. Minha barriga já está bem grande, estou com seis meses de gestação. Nem lembro como isso aconteceu, mas não me arrependo de estar carregando outro filho do único homem que amei na vida.

Fico chateada e sem entender o porquê de Edward não ter nos encontrado ainda. Desistiu de nós?... Não nos queria mais?... Ele tinha dinheiro, influência, poder. Não queria mais nenhuma de nós?... E nossa família também desistiu?... Já se passaram três meses, imagino que ele poderia ter descoberto algo e ter vindo nos buscar.

Tento não alimentar ódio em meu coração quando penso nisso, mas não posso evitar ficar revirando esse assunto tantas vezes. Para Nessie, digo que o pai está nos procurando e logo estará vindo nos buscar... Mas em meu coração tenho medo de que isso não passe de uma mentira bem contada, mas não quero que seja uma mentira! Quero acreditar que ele está nos procurando, que está sofrendo por nossa ausência!

O sequestrador me levou para consultar com um médico clandestino. Disse que não iria tirar meu bebê, mas também não queria ser culpado por ele nascer com problemas. A clínica era pavorosa, mas me submeti ao exame para ver se meu bebê estava bem. Ao que tudo indica, estava correndo tudo normalmente. Fiquei tranquila ao saber disso, mas ainda tinha medo do que Henry faria quando o bebê nascesse.

– Meu irmãozinho tá bem, mamãe?

Nessie me pediu enquanto estávamos na sala da pequena casa onde Henry nos colocou. Ela via uma apresentação de balé na televisão e imitava os passos que conseguia.

– Sim, ele está bem, querida.

– É um menino, não é?

– Não sei. – acariciei minha barriga grande – Mas acho que sim. E você, o que acha?

– Eu acho que é um menininho bem lindo. – ela sorriu e tocou minha barriga – O papai vai ficar bem feliz.

– É, ele vai.

Olhei aqueles olhinhos verdes tão maravilhosos, sinceros e perfeitamente idênticos aos do pai. Minha menininha, minha fonte de forças pra aguentar isso tudo. Toquei seus cabelos lindos e a beijei no rosto. Não podia acabar com suas esperanças, mas também não podia iludi-la. Apenas concordava quando ela dizia algo e rezava pra que isso se tornasse realidade. Já era sofrimento demais ficar longe do homem que amo, seria pior ainda ver minha filha sofrer por não estar com ele.

Henry fora muito claro em cada uma das instruções que nos dera. Nada de fugir, nada de pedir ajuda, nada de tentar fazer ligações. Se eu estivesse sozinha, talvez tentasse fazer algo outra vez; mas tinha duas vidas que dependiam de mim também, Nessie e meu bebê. Eu não os arriscaria por nada nesse mundo. Henry prometeu que não nos mataria, disse que não foi para isso que foi contratado. Ele tem total capacidade para nos matar, anda sempre com uma arma em seu bolso, mas é só um sinal de poder sobre nós. Desde que façamos o que ele pediu e não tentemos nada diferente, ele não vai nos matar.

Amo Edward. O amo loucamente. Mas meus filhos são fruto desse amor e EU NÃO POSSO, e nem vou, colocar em risco a vida deles!

...


INÉDITO: PDV Alice Cullen Withlock – Seattle, Estados Unidos

*** 6 meses após o sequestro e o acidente ***

Até hoje me arrepia lembrar a ligação que Edward fez naquela noite. Passaram-se seis meses e ele continua no hospital. Coma induzido. E depois o coma natural. O acidente foi grave e ele só não morreu por algum milagre que eu ainda desconheço. Os médicos acharam melhor deixá-lo se recuperar inconsciente, por isso o coma induzido. Quando retiraram a medicação, ele ficou acordado por dez minutos, sua pressão se alterou e ele voltou a apagar. E tem estado inconsciente desde então.

Ele teve três dedos fraturados; escoriações nas pernas, braços, peito e cabeça; uma perna ferida pelas ferragens do carro; um braço fraturado em dois lugares diferentes e pequenos cortes causados pelos estilhaços de vidro do carro. Estava horrível quando chegou ao hospital, ensanguentado e inconsciente. As únicas palavras que disse num repentino momento em que acordou foram: ‘Bella’ e ‘Nessie’.

Ficamos por horas esperando os médicos retirarem os estilhaços, fazer as radiografias e tomografias, exames de sangue e tudo mais. A cirurgia durou horas intermináveis, mas milagrosamente ele ficou bem. Porém, estava há seis meses nesse maldito hospital, ainda inconsciente.

As palavras dele naquela noite me destroçaram. Ele disse não querer, mas me acusou de ser culpada do sumiço de Isabella e Renesmee. Eu era mesmo culpada? No fundo, meu ódio por ela foi o que causou isso? Tinha até medo de pensar na resposta.

Uma consciência pesada, culpada, é pior do que um juiz, pior do que mil palavras ou uma sentença de morte. Já bastava ter me afastado da família, ter perdido Jasper, agora perdi meu irmão. Como posso errar tanto? Como pude ser tão idiota? John não significou nada pra mim! Pensei que amava ele, mas depois conheci Jasper e o que sinto por Jasper é que é amor. O fiz sofrer tanto! Humilhei ele sem me preocupar com seus sentimentos, com sua dor... E ele nunca disse nada, nunca levantou a voz. Simplesmente desabafou quando não aguentou mais e saiu de casa. Ainda não tive coragem de falar com ele sobre nós, tenho medo de ser rejeitada e perdê-lo me mataria, mas esse dia irá chegar e terei que encarar o que fiz pra ele, terei que aceitar as consequências dos meus erros...

Se não amei John, por que então fiz o que fiz? Agora sei a resposta. Orgulho. Puro e cruel orgulho. Achei que minha reputação como uma Cullen e namorada de alguém como John, significasse algo importante. Agora percebo que a reputação é uma porcaria, uma besteira inventada por ricos orgulhosos e esnobes como eu fui esse tempo todo.

E sim, agora sei e posso admitir que sou tão culpada do que aconteceu com Isabella e Renesmee quanto a pessoa que realmente fez isso.

___FlashBack On___

– Alice, não quero criar problemas e nem te acusar do que não fez... mas você falou com a Bella hoje? – Edward me perguntou naquela noite por telefone.

– Não vi ela. – respondi.

– Tem certeza?

Ouvi buzinas tocarem ao fundo. Ouvi Edward resmungar, ouvi sua respiração agitada... Como eu poderia ter visto Isabella se nem sequer cruzava o caminho dela?!

– Eu não quero acreditar nisso, Alice, mas Bella sumiu. E Nessie também. – ele disse sem esperar minha resposta.

– Quem sabe ela resolveu deixar você em paz. – disse e me arrependi em seguida.

– Alice! – ele gritou meu nome – Eu não quero ouvir você falar desse jeito. Eu acho que elas foram sequestradas e infelizmente acho que você tem algo a ver com isso.

Comecei a me justificar e aproveitei a oportunidade pra corrigir meus erros.

– Edward, eu queria algo melhor pra você, mas...

Tarde demais. Ouvi outra vez uma buzina incessante, o som de freios, uma batida, vidros se quebrando... e mais nada.

Gritei tanto contra o telefone que fiquei rouca depois disso. Agi rápido e liguei para Emmett. Uma hora depois entrei no hospital chorando, soluçando, sem forças, morta por dentro...

___FlashBack Off___

Lembrar-me dessa ligação, daquela noite, era minha punição pessoal. Punição por ser estúpida, esnobe, orgulhosa, egoísta, medíocre, hipócrita. Eu tinha uma coleção de péssimas qualidades e todas se encaixavam bem com o tipo de pessoa que eu fui.

Esses seis meses nesse hospital serviram para que eu aprendesse que o mundo não gira ao meu redor. Aprendi que a merda da reputação que sempre valorizei, é inútil para viver. Aprendi que a consciência pesada que carrego é pior do que ser condenada a trinta anos de prisão.

Carrego esse fardo comigo. Minha mãe tenta me consolar e me fazer ver que Isabella não é uma pessoa má, que não teve culpa pelo que John vez... e eu sei disso! Hoje eu sei! Mas já não é mais isso o que me atormenta.

Me atormenta ver o quanto me afastei da família toda. Me atormenta ver que Rosalie já não é a mesma comigo, que Emmett tem uma tristeza em seus olhos cada vez que me encontra aqui no hospital. Me atormenta quando meu pai toca meu ombro e diz que ‘o pior já passou’... Como o pior pode ter passado se tudo ainda é uma bagunça imensa?

Me atormenta ver Jasper aqui, todos os dias visitando Edward, mas nunca dirigindo sua palavra ou seu olhar pra mim. E quando seus olhos raramente encontram os meus, eu vejo dor, saudade, mágoa, amor... E suas poucas palavras em nada têm servido de conforto ou esperança para nós como casal.

Me atormenta ver meu sobrinho Guilherme vir visitar Edward e me dar um beijo no rosto quando me chama de ‘tia Lice’. E então lembro-me da pequena criatura linda que é minha única sobrinha a quem rejeitei. Aqueles olhos iguais aos de Edward, puros, doces, sinceros, incapazes de odiar alguém. E lembro-me de como a rejeitei, do modo que a afastei de mim como se fosse uma doença contagiosa.

Me atormenta pensar no quanto Isabella foi superior a mim. Mesmo eu tendo agredido ela verbalmente, nunca revidou, sempre me entendeu, sempre se calou. E acham que a grandeza se mede pela força, mas Isabella me mostrou que a grandeza está em não usar a força, está em se calar diante de algo que te deixa irritado... Eu queria manter minha reputação; ela manteve a paz, o amor, a superioridade... ela manteve a consciência limpa.

E, por fim, minha consciência culpada me atormenta cada vez que entro nesse quarto branco onde Edward está deitado por seis meses. Seus olhos verdes permanecem fechados, inacessíveis ao mundo. Ainda há uma placa sustentando seu braço, mantendo-o imóvel. Os cabelos estão mais longos e a barba está crescida, e foi isso o que me moveu a vir vê-lo hoje.

Abri minha bolsa e tirei uma toalha limpa, uma lâmina de barbear, um creme espumante, uma tesoura, um pente e uma pequena bacia. Arrumei tudo no pequeno balcão ao lado da maca e segui para o banheiro com a bacia para pegar água morna do chuveiro.

Voltei e comecei pela barba. Passei a espuma, espalhei e comecei a passar a lâmina. Eu sabia que ele estava em coma, mas tinha fé de que pudesse me ouvir. Por isso tenho conversado com ele todos os dias desde que ele está nesse hospital.

– Sabia que eu consegui um emprego? Eu já tinha te dito isso? – falei empolgada – Já faz algum tempo que comecei a procurar. Me chamaram numa loja de roupas femininas, querem que eu auxilie nos desenhos. Acho que vai ser legal.

Retirei o excesso de espuma do rosto, passei a toalha e voltei a espumar para repetir o processo e conferir se saiu toda a barba de seu rosto.

– Ainda não contei para o pai e a mãe. Eu tenho estado meio distante, tenho vergonha disso tudo que aconteceu. Até na casa da Rose e do Emmett não tive mais coragem para ir; eles têm me tratado de modo estranho, mas não os culpo por isso.

Finalizei a barba e fui ao banheiro jogar a água fora. Enchi a bacia novamente e voltei para cortar o cabelo dele.

– Você me mataria se me visse cortando seu cabelo. – eu ri – Mas é que está muito feio mesmo. Prometo que não vou cortar muito, só vou cortar as pontinhas. – comecei a fazer o que disse e suspirei antes de falar do assunto principal de nossa ‘conversa’ – Falei com Jenks hoje, mas não tenho ideia de quem possa ter feito isso. Queria poder olhar em seus olhos e dizer que não fui eu. Mesmo assim, eu juro que não tenho nenhuma relação com o sequestro delas, Edward. Precisa confiar em mim. Sei que as tratei muito mal e me arrependo disso, mas não tenho nada a ver com o sequestro delas. – deixei cair algumas lágrimas – Nosso pai está fazendo o que pode, mas é difícil procurar por elas já que o sequestrador nem sequer ligou para pedir um resgate ainda. Jenks está fazendo o possível com as informações que lhe dei, mas não sei muito, então fica difícil saber logo.

Terminando o corte, passei o pente por seu cabelo e depois apliquei o gel, deixando-o meio bagunçado como ele costumava usar.

– Te prometo que vou resolver isso. – falei chorando – Já tenho peso demais nas minhas costas, não preciso me sentir culpada por não tentar ajudar você. Só espero que não seja tarde.

Guardei as coisas na bolsa e joguei a água da bacia fora. Voltei para o quarto e sentei na poltrona ao lado da cama e fiquei lendo um livro em silêncio. Eu passava horas no quarto com ele e a nossa família provavelmente nem sabia disso. Eu vinha em horários diferentes dos deles para evitar constrangimentos e, quando os encontrava por aqui, tentava ser breve e partir logo em seguida.

Não era fácil fingir que eu não os amava, não era fácil fingir que não me importava seu abandono e afastamento... mas eu entendia seus motivos e não os culpava por isso.

Estava distraída lendo o livro e nem levantei os olhos para ver quem entrou no quarto. Só ergui meus olhos quando vi um par de sapatos masculinos que eu conhecia muito bem. Meu coração acelerou, corei e tive vontade de chorar. Jasper estava ali. Na minha frente. Perto de mim. Meus olhos foram se acostumando com sua beleza à medida que eu ia o olhando dos pés a cabeça. Quando nossos olhares se encontraram senti uma eletricidade correr por minhas veias. Fiquei calada, só esperei.

– Não sabia que estava aqui. – ele disse – Posso voltar depois.

– Não. – fechei o livro – Vim cortar o cabelo dele e tirar a barba.

– Esme te pediu isso?

– Não. Nem falei com minha mãe; só quis fazer por ele. – corei.

– Edward agradeceria se pudesse. Como você está, Alice?

Meu nome dito por seus lábios era como uma suave canção de ninar ou então um coro angélico... tão doce, tão puro e tão apaixonante. Jasper era o homem da minha vida e eu o perdi, não sei se definitivamente, mas o perdi. Quis chorar, mas me segurei para não fazer.

– Estou bem, eu acho. – mordi meu lábio inferior – Teve alguma notícia sobre Isabella e Renesmee?

– Ainda não. – ele suspirou e olhou para Edward – Às vezes, penso que é melhor ele estar em coma. Não iria aguentar isso tudo se estivesse acordado. Do jeito que ele ama aquelas duas, seria capaz de morrer antes de encontrá-las.

– Ele ama mesmo ela, não ama? – perguntei vagamente.

– Ama. – Jasper sorriu, ainda olhava para meu irmão – Nunca o vi assim antes. Nenhuma mulher chegou ao coração dele como Bella fez.

– Ela é uma boa pessoa?

– Alice, - me encarou sério – eu não acho que devemos ficar falando mal dela, já suportei...

– Não. Não quero falar mal dela. – tive que interrompê-lo, não queria falar mal de Isabella, queria entendê-la – Só quero saber se ela é uma boa pessoa? Se trata ele bem? Se é mesmo a pessoa que aparenta ser na frente da nossa família?

– Sim, ela é quem aparenta ser. Bella tem um bom coração e jamais quis prejudicar alguém. O passado dela não deve servir como base para seu presente e futuro. Se Deus é capaz de perdoar os pecados dela, quem somos nós para julgá-la?

– É, tem razão. – uma lágrima escorreu por meu rosto – Só queria ter a chance de dizer a ela que sinto muito por tudo o que eu já disse e fiz. Fui estúpida, agora vejo isso.

– Nunca é tarde para se redimir dos erros, Alice. – ele tocou minha mão e depois meu rosto – Nunca é tarde pra recuperar o tempo perdido.

– Sim.

Sorri e chorei, tudo junto. Eu estava um verdadeiro caos desde que Jasper me deixou e piorei quando Edward veio para o hospital. Muitos sentimentos, muitas descobertas, muitos medos e desejos... tudo estava misturado e eu não sabia o que fazer.

A porta do quarto abriu e pensei que fosse a enfermeira. Não era ela. Era Tanya Denalli. Eu nunca a vi no hospital. Levantei-me e fui até ela.

– O que faz aqui, Tanya?

– Eu estava viajando. Cheguei ontem e minha mãe me contou que Edward está em coma. – olhou na direção de meu irmão e me encarou com lágrimas nos olhos, mas tive quase certeza de que eram falsas – Como ele está?

– Esteve pior, está se recuperando aos poucos. Os médicos têm esperanças de que ele fique bom em breve.

– Eu fiquei apavorada quando soube. Não acreditei até que pudesse vê-lo com meus próprios olhos. Edward ainda é importante pra mim.

Ela foi até ele, não pude impedir. Fiquei de pé olhando-a chorar sobre ele, tocar seu rosto e meu sangue ferveu com isso. Era direito de Isabella chorar e tocar o rosto dele! Isabella era sua esposa, não Tanya Denalli. Encarei Jasper, meu rosto revelava dor e frustração por ter Tanya ali.

– Onde está aquela vagabunda? – Tanya pediu em voz baixa sem olhar para nós.

Congelei. Há tempos não pensava em Isabella dessa forma. Ela não era a vagabunda que pensei e a acusei de ser. Ela era apenas uma garota que lutou para ser alguém na vida e merecia respeito por isso.

– Não está aqui, mas não é nenhuma vagabunda. – eu disse franzindo a testa.

– Desistiu de Edward? – Tanya perguntou zombeteira – Foi só ele sofrer o acidente e ela desistiu? Creio que não era o tipo de esposa que Esme esperava para seu filho. Se ele está em coma, ela provavelmente deve ter fugido com algum homem rico e consciente.

– Por favor, Tanya, não é hora e nem o lugar pra ficar destilando seu veneno. – Jasper disse firme.

– Falei o que penso. – ela deu de ombros e tocou o rosto de Edward – Mas não tem problema. Cuidarei de Edward como uma verdadeira esposa deve fazer.

E então tudo se encaixou. Tanya não estava ali por nada. Edward desconfiou de mim porque eu sempre fui contra seu envolvimento com Isabella. Mas Tanya? Tanya era discreta, esperta, ardilosa, mimada, rica e tinha influência.

Eu precisava sair logo dali. Com pressa recolhi minhas coisas, fui até Edward e lhe beijei a testa, despedi-me de Jasper brevemente e saí sem falar com Tanya.

Eu precisava falar com J. Jenks agora mesmo!



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Notas finais do capítulo

E aí? Alguém chorou?
Bella grávida. Ainda desaparecida. Não sabem onde elas estão. Alice cuidando do Edward. Remoendo seus erros e atormentada com ela mesma. Tanya apareceu. E agora? o.Ó
Quero saber as opiniões. A fic tá acabando; últimas chances de comentar e recomendar.
Obs.: Estarei de férias nas próximas semanas. Se conseguir, postarei normalmente. Senão, voltarei depois das férias. Bjs



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