Capítulo 22.

“É ENGRAÇADO E ESTRANHO COMO A ‘FAMÍLIA’ É UMA COISA DISPENSÁVEL E SEM VALOR PARA ALGUMAS PESSOAS. PARA OUTRAS, NO ENTANTO, A FAMÍLIA REPRESENTA TUDO... AMOR, ESTABILIDADE, FELICIDADE, PAZ, AGITAÇÃO, PRAZER, CASA, REALIZAÇÃO.” - KTwilight

PDV Edward Cullen

O dia de trabalho foi tedioso demais. Inúmeros papéis pra revisar e muitas ligações para atender, isso me esgotou e me frustrou. Sorri ao desembarcar do carro na garagem do meu prédio e seguir para o elevador.

A rua onde moro já me dava uma sensação de alívio, de bem-estar, de bagunça... Sim, toda vez que eu chegava perto de casa, essa agitação tomava conta do meu peito. Casa pra mim era sinônimo de tranquilidade e bagunça ao mesmo tempo.

‘Tranquilidade’ proporcionada enquanto Bella e eu tomávamos um demorado banho juntos; quando eu me sentava para ler um livro ou mesmo assistir televisão; quando Bella estava cozinhando e eu ficava ao seu lado a ajudando ou só admirando seu sorriso que sempre estava presente naquele rosto lindo.

E ‘bagunça’ quando eu resolvia ser o pai presente que sou. Nessie ainda era pequena, não caminha e nem engatinha, mas ri como ninguém. A bagunça às vezes consegue ser tão grande que Bella reclama, mas não me importo com isso e nem ela. Bagunçar, brincar, rir com a minha filha é algo que não tem preço que pague isso no mundo!

O elevador parou no andar escolhido. Segui até a porta e tirei as chaves do bolso da calça para entrar logo e ver as duas mulheres mais importantes na minha vida.

Assim que entrei, avistei tudo na penumbra, apenas um abajur no canto da sala iluminava o local. Da cozinha escura vinha um cheiro delicioso, o que indicava que Bella colocara algo para assar enquanto ia a algum outro lugar.

- Bella?

Perguntei incerto, não sabia dizer se estava no apartamento ou se tinha saído brevemente para buscar alguma coisa com alguma vizinha ou se levou Nessie até o jardim atrás do prédio, sei lá.

- No quarto, amor.

Sua voz soou pelo corredor e um sorriso apareceu em meu rosto. Ela sempre conseguia fazer isso comigo. Me chamar de ‘amor’ fazia com que eu me derretesse mais ainda por ela, fazia com que eu rezasse para que o que temos nunca se acabasse.

Larguei minhas coisas no sofá e tirei o paletó também, afrouxando a gravata em seguida. No final do corredor, a luz vinda através da porta entreaberta do nosso quarto indicava que as duas deveriam estar lá. E as gargalhadas da minha filha só confirmavam isso.

Entrei e vi algumas peças de roupa colocadas sobre a cama, roupas de Bella e de Nessie. A porta do banheiro aberta e a luz acesa. Estavam lá, só podia ser.

E era.

Parado na porta do banheiro analisei a cena à minha frente. Bella nua, sentada na banheira e com os cabelos presos num coque frouxo. Nessie peladinha nos braços de Bella, sorrindo imensamente, gargalhando para Bella que fazia caretas pra ela.

* Link do bebê (imaginem a cara do Edward):

http://mdemulher.abril.com.br/imagem/familia/galeria/bebe-tomando-banho-28442.jpg

- Oi. – eu disse.

- Oi, amor. – Bella me encarou e sorriu apaixonadamente – Diz oi pro papai, filha.

Nessie me encarou como que entendendo o que Bella disse a ela. Não me falou o ‘oi’ que Bella pediu, mas seus olhos verdes indicavam que estava me recebendo em casa e suas pernas e mãos que se agitaram na água indicavam o quão feliz estava por me ver ali.

- Que horas são? – Bella pediu.

- Quase sete horas.

- Chegou tarde hoje.

- É, um monte que trabalho tedioso que precisava ser feito logo.

- Eu coloquei uma carne com batatas para assar no forno, deve ficar pronta daqui uma meia hora. – Bella me olhou dos pés à cabeça e piscou um olho pra mim – Por que não tira essa roupa e vem tomar banho com a gente?

- Tem certeza?

- Claro que sim.

- Ok.

Sorri e voltei ao quarto para tirar a roupa toda. Sapatos, meias, calça, camisa e gravata foram deixadas num canto no chão. Segui para o banheiro só de cueca, sorrindo ao ver Bella respirar fundo ao me ver.

- Não se empolgue. – eu brinquei – Temos companhia aqui. – e apontei para Nessie que brincava com um patinho de plástico agora.

- Eu sei. – ela fez um beicinho lindo e deu de ombros – Você fica de cueca, nada de aparecer pelado na frente da nossa filha.

- E por que você está pelada? Sabe o quão tentadora está desse jeito?

- Nessie e eu somos meninas, temos as mesmas coisas. – ela sorriu debochada.

- Não tem, não.

- Como não, Edward?

- Você é mulher, toda cheia de curvas e gostosura nesse corpo abençoado por Deus. – a devorei com os olhos, depois olhei Nessie e sorri – E Nessie é só uma criança ainda, cheia de dobrinhas fofas pelo corpo e toda inocente.

- Mas as ‘dobras’ dela um dia se tornarão ‘curvas’ e ela vai ser incrível. – provocou.

- Nem me fala nisso agora. – estremeci só de pensar na minha menina adulta – Ela ainda é bebê e deixa ela do jeito que está. Você, por outro lado, vai ficar do jeito que está, como adulta, linda e maravilhosa, e só minha.

- Só sua, meu bem. Agora mexe essa bunda linda e entra nessa banheira aqui antes que a água esfrie.

Nós rimos juntos e Nessie soltou uma gargalhada alta querendo fazer parte da conversa. Entrei na banheira e me acomodei atrás de Bella. Beijei os lábios dela e depois beijei seu pescoço para sentir seu cheiro inconfundível de morangos.

Depois estiquei os braços para fazer cócegas em Nessie que riu divertida com a brincadeira.

- Você gosta de brincar com o papai, né, gatinha?! – perguntei com voz de bobo e recebi um sorriso glorioso da nossa menininha linda – E o papai ama brincar com você também. Coisa fofa do pai.

- Você é pior do que ela, Edward. – Bella disse rindo.

- Ei! – reclamei.

Minhas mãos se afastaram de Nessie e meus dedos dirigiram-se pelos braços de Bella, correndo lentamente pelos seios inchados e bonitos, descendo perigosamente pelo seu ventre até alcançar sua intimidade. Provocando-a sussurrei em seu ouvido enquanto minhas mãos se divertiam por lá.

- Eu sou pior ou melhor? Seu corpo te trai, meu bem. – minha risada fez a pele do seu pescoço se arrepiar – Mais tarde nós conversamos melhor sobre isso. Agora temos uma criança aqui.

Nessie estava distraída novamente com o patinho de borracha, mas eu não seria pervertido a ter e dar prazer a Bella na frente da nossa filha. Isso era uma coisa nossa que seria resolvida mais tarde no nosso quarto e sozinhos.

Ficamos uns dez minutos brincando com Nessie, até que decidimos que era hora de sair da água. Bella enrolou-se na toalha e foi para o quarto. Eu fiz o mesmo e carreguei Nessie para o quarto toda pelada e erguida em meus braços como se fosse um avião. Suas risadas não cessavam nunca.

Coloquei ela na cama e enquanto Bella tentava secá-la e vesti-la, eu a distraia e a fazia se remexer na cama.

- Edward, eu preciso vestir ela. Desse jeito não dá.

Mesmo com os protestos de Bella, ainda brinquei com Nessie. E embora Bella ‘protestasse’, não era algo irritado ou raivoso, era só um pedido que não haveria problemas caso não fosse atendido.

- O papai aqui vai se vestir pra nós jantarmos. – eu disse e dei um beijo na barriga de Nessie antes de me levantar – Estou ficando com fome.

- Ótimo, assim me deixa terminar aqui. Você podia ir dar uma olhada na carne, por favor?

- Claro, Bella.

Fiz o que ela pediu e depois jantamos juntos na cozinha enquanto Nessie brincava sentadinha na cadeira dela. Bella havia dado uma sopa antes de irem para o banho e agora ela só iria tomar leite antes de dormir.

Aproveitamos para falar sobre o dia de cada um e para falar das novidades. Por exemplo, Bella ligara durante a tarde para Claire para saber se ela concordaria em ser a babá de Nessie. Claire gostou da proposta e resolveu sair da casa de Carmen para trabalhar como babá. Assim como Bella, Claire tinha algumas economias e alugaria um apartamento bem pequeno para morar que não fosse muito longe de nós. E nós dois concordamos que não deixaríamos Claire sem apoio; se ela queria deixar a vida como prostituta, nós, mais do que ninguém, iríamos dar o apoio necessário.

Após o jantar, lavei a louça enquanto Bella dava leite para Nessie e a colocava para dormir. Assistimos a um filme juntos, esparramados no sofá da sala, enroscados um no outro. Tempos depois, desistimos da televisão e fomos para o quarto onde me ocupei de mostrar pra Bella o quão bom eu poderia ser.

E ela, mesmo que não quisesse ou sequer precisasse, me mostrou que era a mulher perfeita pra mim. Um completava o vazio do outro.