Imprevistos Do Amor escrita por DebsHellen


Capítulo 22
Capítulo 19.


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui! *-* Finalmente consegui cumprir a promessa de postar 1 semana depois do último capítulo. o/
Espero que gostem. Momento fofura hj!
Boa leitura...



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Capítulo 19.

“QUANDO VOCÊ DÁ UM PEQUENO PEDAÇO DO SEU CORAÇÃO, VOCÊ ESTÁ DANDO A ÚNICA COISA QUE PODE DAR, E QUE, DEPOIS QUE VOCÊ DÁ, VOCÊ FICA COM MAIS DO QUE ANTES DE TER DADO UM POUCO DELA.” – Don Hutson

PDV Isabella Swan

As dores eram fortes, parecia que minha barriga estava sendo puxada por um guindaste e meus órgãos internos eram puxados na direção da minha vagina. Ah céus, se eu soubesse que a dor era desse jeito teria optado pela cesárea... Mas não, a inteligência rara aqui quis tudo “natural”, quis um ‘parto normal como Deus criou pra ser’. À merda com tudo isso! Dor infernal, porcaria de dor!

Em meio aos meus resmungos e arrependimentos por ter optado por esse método de parto, um rosto me tirou os pensamentos que se concentravam na minha dor.

Rosalie.

Sorrindo, chorando, me observando totalmente emocionada e agradecida com meu convite.

Edward já havia dito que não aguentaria assistir o parto, ele disse que sentia uma fraqueza nas pernas só de pensar, então preferiu não participar com medo de que desmaiasse e acabasse atrapalhando tudo. Não o recrimino por isso, eu mesma ficaria horrorizada se tivesse que acompanhar. Na verdade, só não desisti do parto porque minha filha precisava sair de mim, precisava nascer. E como ela iria nascer se a própria mãe não comparecesse? Seria absurdo querer fugir disso.

Então, como não tinha mais minha mãe e nem poderia contar com minha sogra, pensei em Rosalie. Ela tinha sido uma mulher invejável quando a conheci, admirei seu rosto, seu corpo, seus cabelos, tudo nela era invejável. E ela tinha sido, acima de tudo, uma ótima amiga e cunhada. Me acolhera na família tão bem, tão sincera e carinhosa, independente de meu passado ou de qualquer outra coisa. Já que meu namorado não iria fazer parte desse momento, achei justo compartilhar com minha cunhada.

- Bella, é só esperar mais alguns segundos. – ela dizia segurando firme minha mão – Faça o que a médica pediu, respire fundo e empurre. Quero ver minha sobrinha logo.

- Ai, Rose. – murmurei ao sentir outra maldita contração – Também quero vê-la, mas dói muito.

- Você é forte, é uma guerreira. – lágrimas saíram de seus olhos – Pense na sua filha, só isso importa agora.

Tentando sorrir, mas fazendo uma careta de dor, respirei fundo e acompanhei as instruções da médica que estava com a cabeça entre minhas pernas. Rosalie segurou minha mão com mais força, dando-me o apoio que eu precisava. Fechando meus olhos e me preparando para empurrar, pensei em como minha vida mudou e como estava ansiosa pela chegada da minha menina.

- É agora, Isabella. – a médica disse.

E então aconteceu... Empurrei com o máximo de força que consegui, senti meu corpo inteiro tremer diante da força que empreguei, Rosalie estava com as mãos apertadas entre as minhas, ambas com as marcas de minhas unhas cravadas em sua pele.

E o alívio que senti finalmente se transformou num chorinho forte, estridente, marcante e decidido. Minha filha. Nasceu. Estava ali.

Olhei para Rosalie e chorei junto com ela. Céus, a dor era medonha, mas só o choro da minha filha já me fazia ver que valeu a pena.

- Nasceu, Bella. – Rose disse – Minha sobrinha nasceu.

- Sim, nasceu. – eu disse fraca depois de todo o esforço do parto.

Olhei para a médica que já estava entregando minha filha para a enfermeira que esperava com uma manta nas mãos. Ela a enrolou, passou a manta rapidamente pelo rostinho sujo de sangue e veio até mim.

Encarei aquela cabecinha e corpo pequeninho que foi deixada em cima do meu peito onde a amparei com meus braços protetores. Meu mundo mudou ali. Aqueles olhinhos pequenos, levemente abertos pareciam me reconhecer sem que eu dissesse uma palavra. Era mágico, era uma obra divina.

- Senhorita, - a médica avisou – precisamos cuidar de sua menininha e ver se tudo está bem. Depois poderá segurá-la de novo.

- Ok. Só mais um minuto. – pedi.

O rostinho estava tranquilo, suas mãozinhas escoradas nas bochechas rosadas. Um choro que mais parecia uma forma de chamar a atenção irrompia de seu peito. Rosalie chorava copiosamente ao meu lado, só eu sabia o quanto ela queria um bebê e finalmente desconfiava que estava grávida. Ela estava emocionada, talvez se imaginando em meu lugar.

E eu?

Bem, eu estava apaixonada...

É engraçado como o coração pode crescer e se expandir de modo a acomodar o amor por mais pessoas do que as que já amamos. E parece que quanto mais você ama, mais capacidade você tem para amar...

A enfermeira se aproximou e se desculpou por ter que levar minha filha, mas não a impedi, era o trabalho dela. A médica ainda continuou comigo e fez os procedimentos finais do parto, limpando-me e ajeitando o que fosse preciso. Minutos mais tarde, fui levada para um dos leitos do hospital onde fiquei um pouco sozinha para descansar até que Rosalie fosse conversar com Edward e Emmett e os acompanhasse ao berçário para conhecer minha filha.

Acabei cochilando durante esse tempo e acordei apenas quando alguém bateu na porta. Murmurei um ‘entre’ meio abafado por causa do sono, mas sorri radiante quando vi que era Edward ali.

- Oi, amor. – ele disse sorrindo, uma cara de bobo, lágrimas acumuladas no cantinho dos olhos.

- Oi. – respondi sorrindo.

- Como você está?

- Bem. O pior já passou.

- Eu sinto muito por não ter entrado com você lá. – ele se desculpou e aproximou-se para beijar minha testa – Eu não ia conseguir ficar lá vendo você sofrer e não poder fazer nada para ajudar.

- Tudo bem. Você não tinha como impedir a dor, isso fazia parte do nascimento dela. – dei de ombros – Parto normal é terrível, mas não me arrependo de nada.

- Você já viu nossa filha? – perguntou e uma das lágrimas teimosamente escapou do olho e escorreu por seu rosto.

- Sim. – sorri mais ainda – Ela é linda, não é?

- É. – irrompeu num choro feliz e magoado ao mesmo tempo por não ter toda a sua família ali conosco naquele momento – Nossa filha é linda, obrigado por esse presente, Bella. Ela é perfeita, tem as mãozinhas bem pequenininhas e os dedinhos dos pés são tão perfeitos. – ele falava de um modo adorável sobre ela – E ela é grande! A enfermeira disse que será uma menina forte. Tem um pulmão de aço, chora bem alto quando quer e pesa uns três quilos. – suspirou encantado – É uma menina perfeita, é nossa filha.

- Sim, amor. – chorei junto com ele e concordei com suas palavras – Ela é perfeita, e se parece com você.

- Ela é pequena demais para parecer comigo. – franziu a testa – Mas terá traços de nós dois, isso eu garanto.

- Sim, ela será linda como o pai e não me importa que se pareça com você, vou gostar disso. – admiti com um sorriso.

Edward olhou-me e vi gratidão, amor, veneração em seus olhos. Mas no meio de toda aquela alegria, depois que ele beijou meus lábios, notei um resquício de tristeza nele. E isso me matava aos poucos, apesar de tudo e do nascimento de nossa menina, alguma coisa ainda o incomodava.

- O que foi? – perguntei embora soubesse a resposta.

- Nada.

- Não minta pra mim. O que houve?

- Nada, Bella. Não se preocupe com isso agora, conversamos em outra ocasião.

- Ok. – ele não diria, não adiantava insistir, então resolvi mudar de assunto – Você viu o que escreveram na pulseirinha dela?

- Tem meu nome e o seu.

- Não colocaram o nome dela? – questionei curiosa.

- Não, né. – revirou os olhos – Você não disse pra eles.

- É que eu queria contar pra você qual nome pensei. – mordi os lábios nervosa.

E se ele odiasse o nome? E se não gostasse? E se ficasse chateado por escolher um nome tão esquisito?

- Diga qual nome escolheu. – me incentivou.

- Ok. – respirei fundo – Mas pode ser sincero se não gostar, amor. Eu juro que podemos mudar se você não gostar desse nome.

- Diz logo, Bella. – riu levemente.

- Eu queria algo diferente, um nome único pra nossa menininha. – sorri e lembrei de quando pensei nesse nome – Queria algo diferente e ao mesmo tempo algo que a fizesse lembrar da importância da família. Então, fiz umas misturas com os nomes dos nossos pais e pensei que ela poderia se chamar Renesmee Carlie Swan Cullen.

Enquanto expliquei a escolha do nome, eu estava sorrindo toda boba, encantada com minha ideia para o nome dela. Agora que eu havia dito o nome, minha testa se franziu, mordi meus lábios em sinal de nervosismo e me xinguei mentalmente pela ideia absurda. Edward me acharia patética.

- Achei lindo. – ele disse depois de alguns segundos.

- Achou? – levantei meus olhos para encará-lo.

- Sim, achei.

Não vi sinal de mentira em sua voz e nem em seus olhos. Parecia realmente ter gostado do nome.

- Ai, amor... Desculpe se é meio estranho, mas achei tão fofinho quando pensei nesse nome. Tem a ver com minha mãe e a sua, por isso escolhi Renesmee. O segundo nome lembra o nome do seu pai e do meu... Achei que eles iriam gostar de saber disso.

- Sim, o nome é lindo. Seus pais ficariam muito felizes se estivessem aqui. – ele disse – Mas não posso garantir o mesmo dos meus pais.

- Acha que vão ficar irritados ou se sentir humilhados com o nome da nossa filha?

- Não, humilhados não. E nem irritados, eu acho. – coçou a nuca e suspirou – Só não sei se eles merecem tal respeito da sua parte quando são tão idiotas com você.

- Ei, não fale assim deles. Ainda são seus pais, independente do que aja entre eles e eu. – eu dei de ombros – Quem sabe Renesmee não seja a pessoa que fará com que eles aceitem que estamos juntos, hein? Isso é possível, precisamos ter esperanças.

- É, quem sabe seja de uma netinha o que eles precisavam para deixar de ser cabeça-dura. – ele sorriu – Obrigado por isso. Te amo, Bella.

- Também amo você, amor. Muito. Vem cá me dar um beijo.

Pedi toda dengosa e ele atendeu prontamente. O beijo não poderia se tornar muito quente porque estávamos em um hospital, mas mesmo assim me fez subir aos céus e descer antes que a porta do quarto fosse aberta por uma enfermeira que era seguida fielmente por dois adultos babões: Rosalie e Emmett.

Era hora de pensar na minha pequena Renesmee. Ela precisava da mãe agora, eu seria a melhor mãe que ela poderia ter...


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Notas finais do capítulo

E aí? Achei fofo esse capítulo e amei a frase inicial dele. Quero saber o que acharam e quais são suas expectativas para os próximos capítulos.
Nos próximos capítulos teremos umas pequenas passagens de tempo pq a fic tem muita coisa p/ rolar ainda... Fiquem atentas.
Segunda-feira postarei o capítulo bônus (e final mesmo) da fic "Too Little, Too Late". Quem ainda não leu, poderá fazer isso no fim de semana... Quem já leu, passa lá na segunda-feira. ;)
Beijão e bom fim de semana. Amo vcs! *-*



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