O Bolo do Sirius escrita por Blue Jay Way, Bas


Capítulo 1
O bolo do Sirius


Notas iniciais do capítulo

Devo repetir que tive ajuda da minha irmã bacana, que você pode conhecer melhor no endereço www.paups.deviantart.com



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Deviam ser umas quatro horas da manhã e o castelo estava quieto, como bem deveria a esse horário. Todos na torre da Grifinória dormiam serenamente, esquecendo por breves horas suas preocupações estudantis, recuperando as energias gastas no dia para acordarem preparados para um bom fim de semana.

Bom, mas é claro que Sirius Black sempre quer ser diferente.

-Aluado, vem pra cozinha comigo. – ele sussurrou abrindo sem muita delicadeza as cortinas pesadas da cama do amigo.

-Não... – o garoto resmungou sonolento em resposta - Nem vem, são quatro horas da manhã e... – ele continuou resmungando até girar o corpo se aconchegando em sua cama e adormecer sem conseguir terminar a frase. Sirius rolou os olhos e puxou impaciente os cobertores de Remo.

-Levanta, seu animal, estamos em uma missão. – ele disse jogando todos os cobertores no chão.

            - Estamos? – Remo agora já acordara e, se a escuridão não atrapalhasse, Sirius perceberia a expressão de pura indignação e mau-humor no rosto do amigo.

-Vamos logo, eu te explico lá.

Sirius ergueu Remo pelo braço, ansioso demais para esperar que o lobisomem dorminhoco despertasse completamente, e arrastou o amigo até o topo da escadaria, onde Remo conseguiu juntar energias para se manifestar.

-Tá, solta, eu não vou voltar para a cama.

Sirius assentiu contente e os dois desceram silenciosamente até o salão comunal.

-Fala. - Remo suspirou esfregando os olhos.

-Amanhã é o aniversário de Pontas.

-Me fez descer aqui só pra falar isso?! Eu sei que é o aniversário do Potter, já comprei uma tranqueira para ele... – Remo terminou a frase e bocejou.

-Já? – Sirius exclamou surpreso. Quando? Onde? Será possível que só ele havia se esquecido de comprar um presente?

-Comprei. Um guia de origami, quem sabe ele se distrai e começa a vandalizar livros de um jeito mais original. – Remo confirmou terminando o precoce ritual matinal com um chacoalhão canino de cabeça e um esticão bem dado de braços.

-Eu não comprei nada ainda... – Sirius confessou parecendo preocupado - E nem vou comprar, não dá tempo... Eu decidi fazer um bolo.

O rapaz ergueu o queixo ao terminar de falar, como se esperasse aplausos pela sua digníssima idéia de reposição de presente.

- Certo, boa sorte. - Remo disse com um breve aceno de admiração, se voltando para as escadas que levavam ao dormitório.

-Não, seu bobalhão, você é quem vai me ajudar, eu não sei fazer bolo. – Sirius logo se adiantou para Remo, o agarrando pelos ombros antes que fosse tarde demais.

-Eu também não, qual é a sua? Pede um bolo para um elfo, posso afirmar que eles te trarão pelo menos três...

-Nããão, é um bolo de aniversário, tem de ter consideração... De mano pra mano, é o bolo do Sirius. Vamos logo. – e Sirius agarrou Remo pela gola do pijama e o arrastou para fora do Salão Comunal.

Os dois, Sirius entusiasmado e Remo beirando a um ataque de nervos, desceram como duas sombras na noite, até a cozinha da escola. Sirius vestindo um roupão elegante verde escuro fofos chinelos que roubara da cama de Tiago antes de acordar seu mais novo sous-chef , e Remo despreparado, de pijamas e um tênis mal enfiado nos pés.

-Tem certeza que você não sabe fazer bolo? - Perguntou Sirius desviando dos elfos ao entrarem na cozinha da escola.

-Bom, eu tenho uma idéia de como fazer bolo...

O rosto de Sirius se iluminou.

-Porque não disse logo, tontão, não interessa como a idéia vai sair, o que vale é a intenção! – ele disse sorrindo, parando de andar, estabelecido em uma área limpa da longa mesa da cozinha.

-Ok – Remo concordou reforçando sua segurança - ... Pega uma vasilha.

-VASILHA! - Sirius ordenou. Três elfos apareceram trazendo uma vasilha de prata - Obrigado.

-Daí você coloca manteiga. - Remo continuou se esforçando para lembrar de sua avó cozinhando.

-Onde? – Sirius perguntou ansioso e feliz, encarando a vasilha á sua frente como se preparasse para travar uma batalha contra os obstáculos da culinária.

-Na vasilha, salame.

-Certo... MANTEIGA! – o moreno ordenou, e dois elfos apareceram imediatamente, trazendo uma barra de manteiga.

-E... Duas xícaras de açúcar. NÃO precisa gritar.

Um elfo trouxe o açúcar.

Sirius agradeceu pelo açúcar e pousou o açucareiro sobre a mesa, recuando para encarar todos os ingredientes, tentando adivinhar o que aconteceria depois. Olhou para Remo, convencido de que nunca saberia o que fazer com tudo aquilo, esperando as instruções pacientes do amigo.

            - Está esperando o quê? – Remo disse ríspido.

Bom, nada. Sirius imediatamente jogou tudo que havia sobre a mesa na vasilha de prata, criando uma meleca que nada se parecia com um bolo.


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Notas finais do capítulo

"Salame" era como meu avô chamava as pessoas de "idiotas". Achei engraçado.

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