Isabella andava impaciente de um lado para o outro com uma prancheta volumosa em mãos. Ela encarava aquelas inúmeras perguntas ficha de trabalho, porém sabia que não seria aceita. Afinal, o que ela iria responder?

Na sua idade ela era impedida de trabalhar, quem iria contratar uma garota de quase 16 anos? A segunda pergunta que a colocaria no olho da rua era se ela possuía filhos, ela não tinha nenhum, mas ainda existia a Anna. Sua irmã era tão dependente dela quanto qualquer filho. Escolaridade nem se fala, a garota não chegou nem a entrar no 2º ano do ensino médio.

“Francamente Isabella.Sua vida é um fracasso” – A garota pensou.

- Senhorita? – a voz vinda do final do corredor a fez pular. – Me desculpe. – O rapaz apressou-se em falar. – Seu tempo para responder o questionário se esgotou.

- Mas eu ainda não terminei de responde-o. – Isabella sussurrou.

- Sinto muito, mas não posso prolongar seu tempo.

Isabella respirou pesadamente e olhou para o questionário em branco nas suas mãos.

- Tudo bem. – sussurrou estendendo o papel em direção ao rapaz. – Mesmo assim... ér... Obrigada.

A garota soltou um suspiro e caminhou em direção a porta. Seu dia estava sendo uma droga e ela não conseguia encontrar uma solução para seu problema a não ser encontrar-se com Esme e implorar para ela aceita-la na agencia.

Ao sair do prédio Isabella olhou para todos os lados e começou a correr em direção ao edifício de Esme. Ela cruzou os dedos para a sorte ficar ao seu lado por pelo menos esse momento.

Em questão de minutos Bella encarou o grande edifício a sua frente. Estava em busca de um plano B. Como ela  iria sustentar Ana se não conseguisse esse emprego?

Independentemente de qualquer coisa ela tinha certeza de algo, qualquer uma das decisões que tomasse iria mudar de uma vez por todas a sua vida.

- Bom dia. – murmurou ao encarar Jéssica, a recepcionista ignorante da ultima vez.

Assim que viu o rosto de Isabella, Jéssica praguejou baixo.

- O que a Senhorita deseja? – A recepcionista perguntou tentando parecer educada, mas sua voz pareceu mais com um deboche.

- Você já deve saber. – A garota deu de ombros.

Jéssica aproximou sua mão de um pequeno telefone e discou alguns números rapidamente, murmurou algumas palavras baixas e falou:

- Pode subir. Senhora Alice a espera.

- Alice? – Bella perguntou confusa. Afinal, ela não conhecia nenhuma Alice.

- Filha da Sra. Cullen. Ela teve que sair para resolver alguns problemas do filho mais velho, Edward. Não que seja da sua conta.

Isabella sorriu de lado mordendo o lábio em seguida tentando segurar o desaforo que estava louca para deixar escapar.

PDV ALICE

Analisar papéis com fotos de modelos ou simplesmente analisar as roupas da estação. Essa sim era uma vida perfeita para mim.

- Senhora Alice? – chamou a secretária preferida de minha mãe.

- Sim? – desviei o olhar dos papéis para olha-la.

- Tem uma moça aqui... – ela olhou para a pequena caderneta. – O nome dela é Isabella Swan, sua mãe estava aguardando por ela.

- Isabella? Sabe o que ela quer?

- Não...

- Mande-a entrar. – suspirei.

- Sim senhora.

A mulher saiu da sala e logo em seguida uma garota com longos cabelos negros entrou na sala. Ela era perfeita.

- Eu... – ela começou a falar mas eu logo a cortei.

- Está contratada.

A garota me olhou sem entender nada. Eu era um gênio.

Com essa garota Edward ficaria na empresa com certeza, prevenindo que o meu melhor modelo saísse e ainda consegui a modelo perfeita para a nossa nova coleção.

PDV EDWARD

Preciso tentar descobrir para que os ricos precisam estudar porque sinceramente acho isso uma completa perda de tempo.

- Sra. Esme, seu filho chega atrasado aqui no colégio há mais de três semanas e hoje foi encontrado no banheiro feminino com uma aluna.

- Para que fazer isso meu filho? O que está acontecendo com você? – minha mãe olhou para mim. – Para que tudo isso?

- Só preciso de um tempo para mim. Só para mim. – resmunguei me levantando – Sem escola. Sem agência. Só eu e eu. – Me levantei da mesa saindo apressadamente do local.

PDV BELLA

Cheguei em casa jogando minha bolsa no sofá. Tudo estava escuro já que geralmente Margareth fica na minha casa com Anna.

Eu estava pronta para sair dali e ir em busca de minha irmã. Pousei minha mão na maçaneta, nesse momento a luz do apartamento foi acesa.

- Aonde vai minha querida sobrinha?

Gelei naquele momento. Meu maior pesadelo havia se tornado realidade. Riley estava ali.