Ironia Do Destino - Segunda Temporada escrita por AninhaSweet


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, desculpem a demora!
Música do capítulo: Wherever I Go - Miley Cyrus.
OBS: Indico essa música porque escrevi e depois reli o capítulo ouvindo ela. A tradução não se encaixa perfeitamente ao capítulo, mas o mais importante é o que ela transmite durante a leitura. Enfim, espero que gostem ♥ Falo mais com vocês nas notas finais (:



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O frio ainda estava ao lado de fora do colégio, eu quase não conseguia manter meu corpo em pé, meus olhos pesavam e o que eu precisava era dormir, embora eu quase não tivesse tempo pra isso.


Rachel fez sinal para um táxi e entramos nele e fomos pra casa. Lá eu tomei um banho e dormi até as oito e meia da manhã, depois eu levantei para arrumar minhas malas. Não saía da minha cabeça as palavras que eu disse para o Damon, eu não sei se ele saberia cuidar bem da minha garota, era muita reponsabilidade para um idiota como aquele.


Meus pensamentos eram cada vez mais profundos, eu não conseguiria suportar caso visse Juliard chorando por ele, seria pra mim a mais profunda dor. A cada pensamento novo, a cada nova hipótese eu sentia um nó na minha garganta aumentar. Eu me sentei na cama quando pensei que por um instante eu iria explodir:


– Você foi radical demais – disse Rachel entrando no quarto – Você acha mesmo que conseguiria ir embora sem nem se despedir direito dela?


– Não sei do que você está falando – eu disse olhando o teto deitado na cama.


– Da Juliard! Você veio até aqui por causa dela, você abriu mão dela mas ainda a ama, e no final você acha que é forte o suficiente para nem dar um tchau direito para a menina e sair de mãos dadas comigo – ela revirou os olhos – Eu sei que você deve estar todo pensativo aí, querendo saber o que ela pensou de te ver de mãos dadas comigo, deve estar se perguntando se ela ficou triste por você não ter se despedido dela, deve estar se perguntando se ela sentirá a sua falta... Eu acho que se você não falar direito com ela, você vai ficar com essa dor no peito pra sempre. Você precisa se despedir direito dela.


– Agora já era, mesmo que você tenha razão em tudo Rachel, eu nem faço idéia de onde ela pode estar agora com o Damon.


– Mas eu sei – disse Rachel estendendo um papelzinho – Você fica me devendo essa.


O endereço que Rachel me deu era de onde ela supostamente estaria com Damon, eu não sei o que eu iria conseguir com aquilo.


Provavelmente veria Juliard agarrada com aquele idiota. Mas Rachel tinha razão, se eu não falasse com Juliard nem que fosse pela última vez aquilo doeria meu coração e eu carregaria essa dor pra sempre.


Fui até o hotel onde eles estavam e logo a secretária me barrou dizendo:


– Eles pediram para não serem incomodados, além do mais ainda está muito cedo, rapaz. Eles nem devem ter dormido direito, chegaram tarde aqui.


– Eu sei que eles chegaram tarde – eu revirei os olhos – Mas eu preciso falar com ela.


– Sinto muito, mas você não pode falar com ela sem acordar ele. Então, sem possibilidades...


– Espere! – disse um homem – Está perguntando sobre o casal que chegou aqui tarde da noite?


– Sim – eu olhei o homem.


– Bom, a menina pediu um quarto separado pra ela... acho que pode sim ir vê-la, ela até já acordou, tomou café e voltou para o quarto.


– Sério?! – meus olhos brilharam e ele assentiu – É o quarto trinta e seis rapaz, mas não sei se ela está muito bem, ela desceu com um olhar um tanto perdido, parecia confusa.


– Sem problemas. – eu sorri – Muito obrigado – eu corri pro elevador e apertei várias vezes o botão para que não houvesse demora do elevador. Eu estava um tanto ancioso, isso queria dizer que Juliard não tinha feito nada demais com Damon, ou talvez ele fosse tão ruim que ela até preferiu dormir em outro quarto depois de tudo.


Afastei meus pensamentos ridículos e corri pro quarto trinta e seis onde eu bati várias vezes ancioso e nada de me atenderem. Bati, bati e bati e infelizmente Juliard não abriu a porta... Bom, só tinha um jeito.


Olhei para a porta ao lado que estava entreaberta e dei uma olhada dentro pra ver se não tinha ninguém, aproveitei o quarto vazio para entrar e pular a janela onde eu fiquei pendurado e andando devagar até a janela ao lado onde era o quarto de Juliard.


A janela estava aberta então eu pulei pra dentro devagar. Só aí eu percebi o quanto o tempo todo eu estava prendendo a respiração. A altura daquele hotel era imensa, e se eu caisse lá de cima poderiam dizer: " Era uma vez um louco apaixonado ".


Juliard estava deitada vestindo uma longa camisola, ela estava abraçada com um travesseiro e parecia dormir um sono super gostoso, o que me deu pena de acordá-la.


Me ajoelhei ao lado da cama e abri um sorriso lindo ao ver aquela carinha dela toda amorrotada, acho que eu não precisava acordá-la, mas só estar alí com ela pela última vez sem ter que ouvir ela dizer que não me quer, acho que seria o suficiente.


Passei a mão pelo rosto dela levemente, com cuidado para não acordá-la.


– Linda... – eu falei baixinho e senti meu coração dar uma leve pontada – Eu vou sentir saudades de você. – eu beijei o ombro dela devagar – Acho que tudo o que eu podia fazer pela gente eu fiz, só me resta lhe pedir para que se lembre de mim pra sempre. Eu sei que você nunca vai encontrar alguém que te ame como eu, mas acho que você quer experimentar levar uma dose de realidade, e espero que você um dia venha correndo pra mim dizendo " meu amor, eu estou aqui de novo... só pra você " – minha voz falhou e eu abaixei a cabeça por alguns segundos controlando a dor.


Eu estava me sentindo um gay por estar chorando tanto ultimamente, mas eu precisava aproveitar aqueles últimos momentos com Juliard.


– Eu nunca vou esquecer seu olhar, sua risada e nenhum momento que passamos... vai ser pra sempre meu amor, pra sempre.


Juliard se mexeu devagarinho na cama, eu hesitei um pouco e não toquei mais nela, mas ainda estava perto o suficiente para sentir sua respiração.


– Justin... – ela me chamou baixinho, eu fiquei olhando-a sem saber o que dizer – Pensei que você não iria vir para nos casarmos.


– O que?! – eu franzi meu cenho, olhei nos olhos de Juliard e por um momento aquele olhar delicado de menina rockeira não era o mesmo.


– Ou você acha que eu esqueci que você prometeu se casar comigo, cabeça de alga!


– Calma aí, calma aí – eu me sentei no chão totalmente confuso – Se isso for uma brincadeira Juliard, não tem a mínima graça. Eu não sei nem como você foi descobrir o apelido que a Sophia me chamava mas... – ela me interrompeu com um beijo que me tirou o ar. Juliard foi se sentando aos poucos no meu colo e quando dei por mim eu já estava sendo guiado pelo rítmo daquele beijo, daquele amor. Eu estava com tanta saudade de sentir seus lábios, de sentir o gosto da sua boca que eu não pude nem questionar, eu queria apenas sentí-la. Ela parou o beijo e com os lábios ainda nos meu falou baixo:


– Eu não sei o que aconteceu comigo. Eu só sei que depois de um sonho com piratas, ilha e índios canibais eu acordei usando roupas de festa e estranhamente vestida, acho que alguém abusou de mim – ela riu em meus lábios, e eu apenas sorri ainda trêmulo com a presença dela ali tão próxima – Nesse meu sonho além de piratas e índios, havia um príncipe encantado. Ele me provou sobre o amor, foi muito além das palavras... ele me mostrou que por mim ele faria tudo, e me reconquistaria todos os dias se fosse possível. E olha... eu acordei e esse príncipe estava aqui, me admirando. Eu quero explicações de tudo, tudo o que aconteceu Justin. – eu mordisquei o lábio de Juliard, meus olhos marejando mais uma vez. A beijei carinhosamente e a deitei sobre o chão ficando por cima dela.


– Esse príncipe encantado nunca vai te abandonar, minha princesa – eu passei a mão sobre o rosto dela e vi o sorriso lindo da minha Sophia tomar o rosto de Juliard.


– Ele nunca me abandonou – ela sussurrou e nos beijamos mais uma vez. Era inacreditável, eu estava quase explodindo de felicidade.


Rolamos no chão do quarto nos beijando, rimos, nos enchemos de selinhos e eu a olhei novamente:


– Você não está brincando comigo, não é? Você voltou a ser minha Sophia? Voltou a me amar?


– Eu nunca deixei de te amar bobinho, eu sou a Sophia e o par da Sophia é o Justin... sempre vai ser assim, sempre!


– AAAAH MEU, EU SOU O HOMEM MAIS FELIZ DO MUNDO! – eu levantei do chão e puxei Sophia, ela riu e se embolou nos panos da camisola.


– Um dia eu já soube dominar melhor as camisolas – ela brincou lembrando de quando usava uma camisola parecida para fugir de Oscaliz, o pirata.


– Vem! – eu a puxei, ela saiu rindo comigo pelos quartos. Ela gritava perguntando aonde estávamos indo, ela dizia que estava de camisola e não podia sair assim ... mas quem se importava? Eu estava de volta com o amor da minha vida.


Corri com Sophia pro meio da rua, pro meio dos carros gritando:


– EU SOU O HOMEM MAIS FELIZ DO MUNDO!


– JUSTIN – ela gritava – PÁRA COM ISSO! – Sophia ria feito uma menina muito feliz.


– Como eu vou parar? Se eu parar provavelmente eu vou explodir garota – em meio de tantos carros eu parei na frente de Sophia, segurando seu rosto, e aos sons de buzinas desesperadas para que saíssemos da frente. Estávamos parando o trânsito de São Francisco, mas eu não estava nem aí.


Segurei seu rosto e olhando seus olhos eu disse:


– Eu sou louco por você, meu amor. – ela sorriu e arrastou seu nariz de leve no meu.


– Eu também sou louca por você Justin, e não importa o que acontecer entre nós dois... Nós fomos feitos para ficar juntos e assim será.


Nada poderia nos separar, agora eu tinha certeza. Eu beijei Sophia com toda a saudade do mundo e não me importei com as buzinas, eu poderia ser preso, mas quem se importava? Eu esperei tanto por Sophia, porque aqueles apressados não poderiam esperar por alguns minutos a mais?


Peguei Sophia no colo e a beijei no meio de todo mundo mais uma vez. Era como se eu fosse um novo Justin, um Justin forte, renovado, cheio de vida. Eu nunca me esqueceria de como minha história com Sophia foi turbulenta, mas também foi a história mais bonita que existe neste planeta, e com certeza vai ficar guardada pra sempre em nossos corações como fica no coração de qualquer pessoa que ama de verdade, mesmo sendo as mais simples das histórias...


Na verdade, não existe história de amor simples, todas elas são lindas e mágicas pra qualquer pessoa. Eu faria tudo de novo por ela, apenas por ela... Sophia, a razão do meu viver.


[...]


Depois de toda essa loucura, também conversei com Sophia sobre seus pais e entramos em um acordo. Ela disse que sentia muitas saudades deles e de taluca, e que queria vê-los o mais rápido possível, principalmente para esclarecer as coisas. Eles realmente deveriam estar muito preocupados com esse sumiço repentino dela. Por um momento me senti culpado por não ter avisado nada, mas eu fiquei muito chateado com tudo que aconteceu depois que cheguei aqui e também acho que seria muito complicado falar a respeito de algo assim tão sério por telefone. Eu disse a ela que não precisava se preocupar porque compraríamos as passagens quando ela quisesse e faríamos uma grande surpresa a eles. Ela ficou muito feliz com a idéia e logo concordou. Mas no momento eu só queria aproveitar meu tempo precioso com ela. Minha Sophia. Eu esperei tanto por esse momento e queria aproveitá-lo o máximo possível agora, recuperar todo o tempo perdido. Aliás, acho que uma vida inteira ao seu lado ainda não seria o suficiente pra mim, pois fomos feitos um para o outro e isso seria pra sempre de agora em diante.




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Notas finais do capítulo

Então meus amores, gostaram?! Este foi realmente o último capítulo. Quero todo mundo comentando hein! Até mesmo as fantasminhas que não apareceram até hoje, pelo menos no último capítulo eu ficaria extremamente feliz se vocês dessem o ar de suas graças por aqui (: E pra quem perguntou se eu iria escrever outra fic: Sim, estou cheia de idéias, e inclusive já comecei a escrever, mas ainda não tenho plena certeza se irei postá-la aqui ou não. Mas não se preocupem, se eu postar deixarei o link aqui pra vocês nos agradecimentos. Mas enfim, comentem bastante sobre o último capítulo de Ironia do Destino, que é o que mais importa agora. Estou muito nervosa e louca para saber o que acharam! Um beijo e até a próxima (os agradecimentos) *-*