Little New Life escrita por Lady Holmes


Capítulo 10
Um passeio a luz da lua


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura gente.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/168570/chapter/10

Quando voltei para a sala comunal, já era noite e todos haviam jantado, - é eu havia fugido de todas as outras aulas e nem me importava o que os professores iriam dizer. - Harry Ron e Mione estavam preocupados, logo que eu entrei Jake, que agora era amigo dos três, pulou em mim e disse:

- Eu não consigo achar Jesse. - A mera menção do nome dele fez meu corpo tremer, me deixei cair em uma poltrona no salão comunal e comecei a chorar. Havia chorado quase a tarde toda, quando eu não estava praticando kick-boxing ou planejando a morte dolorosa de Snape e Slater, eu estava chorando por que:

1)       Jesse estava preso em uma caixa que estava trancada na sala do ranhoso,

2)       Eu não fazia idéia como eu ia salvá-lo

3)       Eu esta cheia de tudo isso, mesmo que fizesse apenas um dia que eu estava nessa maldita escola

4)       Jesse não me ama. Ele gosta de mim como amiga já que até agora ele não fez nada que demonstrasse uma paixão por mim.

- Suze? - Jake puxou minha vestia me fazendo encarar os olhos idênticos aos do irmão. Senti um arrepio percorrer a espinha e decidi que era melhor eu ir dormir, mas Harry Ron e Mione não me deixaram.

- Jake, é melhor você ir dormir. - Mione disse, sorrindo para o pequeno. Mesmo a contragosto ele saiu para o dormitório do primeiro ano e os três puxaram cadeiras até onde eu estava.

- Pode ir falando. Onde você se meteu hoje à tarde e o que aconteceu contigo? - Harry disse. Eu encarei os três sem saber o que dizer. Como eu poderia explicar a eles que Snape e Paul fizeram e o modo que isso me afetava. Eu poderia revelar que estava apaixonada por um fantasma, que tinha medo de virar uma freira como o Padre D virou um padre? Não eu não tinha como falar isso.

- Eu... Fiquei por ai. - Minha voz me entregou.

- Foi algo com o Jesse? - Disse Ron. Quando escutei seu nome, tudo veio a minha mente. Snape e Slater rindo de mim em quanto eu os ameaçava. As lágrimas começaram a correr e eu abaixei o olhar desejando que tivesse concordado com Padre D e Jesse tivesse ficado por lá.

- Foi não foi? - Mione perguntou e então ela sussurrou algo aos garotos, que mesmo reclamando, saíram e subiram ao dormitório. - Achei que seria melhor, você sabe, apenas nós conversarmos. Um assunto de garota. - Eu ri com isso, me lembrei de Gina e Cee Cee e senti um aperto no peito.

- Snape... Ele... Prendeu Jesse em uma caixa maluca. - Eu disse, repetindo as cenas em minha cabeça e sentindo um aperto no peito.

- Como assim? Ele simplesmente prendeu? - Mione disse incrédula.

- Ele simplesmente prendeu. - e me lembrando de Slater, - em quanto me dava uma detenção na qual eu terei de cumprir com o Slater, e o mesmo ficava rindo de tudo aquilo. - aquela maldita risada, agora eu levaria anos para esquecê-la, e já estava complicado esquecer-se da primeira. 

- Temos que contara para Dumbledore!

- Não mesmo, - disse limpando meus olhos e encarando, furiosa, Mione. Eu tinha que erguer a cabeça. Tinha que parar de choramingar e quebrar alguma bunda ossuda e de preferência a bunda ossuda e branca do ranhoso e a bronzeada do Slater. Não pude deixar de sorrir em lembrança de algumas semanas atrás quando minha meta era chutar a bunda ossuda da ex noiva de Jesse, Maria de Silva Diego. - Eu não vou dar esse prazer a eles, não eu não vou. Snape deveria aprender que mediadores são duros na queda. - Ele deveria saber já que é, como eu, argh, um deslocador.

- Suze, o que você pensa em fazer?

- Dar uma pequena mostra do porque eu fui considerada, na minha antiga escola em NY, a garota em potencial a ser presa antes dos dezoito. - Disse me levantando e correndo até o dormitório para pegar meu soco inglês e uns grampos. Não que Mione não tenha me seguindo e tentado me impedir, até tentou chamar os rapazes, mas eles já dormiam. 

- Olha Mione, eu sei que você não vai querer se meter nisso. Eu tenho a sensação que o negócio vai ficar feio e, sem Jesse do meu lado... Bem, eu terei que me virar como eu fazia antes de nos conhecermos. Eu vou invadir aquela masmorra fedorenta, pegar a caixa e soltá-lo e fim. Jesse estará livre e Snape vai pagar pelo o que ele fez, não antes de eu dar uma pequena mostra para Slater do que Suzannah Simon pode fazer.

- Você tem que se decidir, vai ser Simon ou Potter afinal? - Essa era uma boa pergunta, na hora errada, mas uma boa pergunta. Dei de ombros e sai pelo retrato da mulher gorda. Em quanto caminhava a noite com minha varinha apontada para qualquer sombra que eu via me senti desconfortável já que estava sem minha jaqueta de couro. No final das contas ela era como minha armadura, me protegia e me ajudava a pensar que eu ainda estava em NY e tudo àquilo era um mero sonho. Mas não queria que Jesse fosse apenas um sonho, não mesmo.

- Então está apaixonada por um fantasma? - Escutei uma voz que, ao contrário do que eu pensei no inicio, estava apenas em minha cabeça. Afinal eu estou ficando o que? Louca?

- Louca? - a voz riu, - não. Mas sabe, deslocadores deveriam se unir. É isso que Snape e Slater estão tentando, estão tentando unir os quatro deslocadores. - Gelei. Eu estava parada, no meio de um corredor de Hogwarts, sozinha no escuro com uma voz maluca, que ao que tudo indica, é de um deslocador.

- Vai me dizer que deslocadores podem se comunicar entre si usando o poder da mente? - Pensei, soltando uma risadinha.

- Não eles não podem. Não sem ser um grande bruxo como eu.

- Afinal, se você não nem o Ranhoso e nem o Slater, quem você é?

- As pessoas não se atrevem dizer meu nome. - Opa! Isso é mau, muito mau.

- Depende, você está de que lado? - Voldemort sussurrou na minha cabeça. Tudo que eu pensava, tudo que tinha na minha mente estava aberto a ele. Ele podia ler tudo, como se fosse um livro, um livro aberto. Eu fiquei com medo e desejei Jesse ao meu lado mais do que tudo no mundo.

- Incrível saber que estive tão próximo de você, quis matá-la e agora, você me é tão útil. - Respirei fundo e decidi não pensar em nada, continuei caminhando por Hogwarts. Com medo de ser pega, com medo de não ser pega, enfim, com medo.

- Deveria parar te ter medo do poder. Não existe luz e trevas ruim. Existe bruxos fracos que tem medo do poder.  - A claro, não existe bem ou mal, só existe filhos do capeta como você e o Slater e pelo que vejo o Snape, e gente como eu que quer apenas sobreviver.

- Pensamento um pouco problemático. E afinal qual é seu problema com Paul? Ele é um garoto tão doce.

- Sim, se você gosta do filho do satã. Aliás, você por acaso não é o pai dele é? Por que se não for vou ter que escolher outro apelido pra ele, já que filho do diabo ele não é... - Voldemort riu, mas então com a voz séria disse:

- Reconheço sua coragem, reconheço sim, mas deveria tomar mais cuidado. Eu não preciso estar ai para feri-la.

- Você vai fazer o que, contar piadinhas ruins até eu enlouquecer? - Voldemort riu e como se fosse um passe de mágica - posso estar morrendo, mas não perco a piada - , uma dor percorreu meu corpo me fazendo cair ao chão. Parecia que cada milímetro do meu corpo era perfurado por facas, essas facas alem de bem afiadas pareciam estar em chamas. Fora tudo isso, todas as facas em chamas e cortantes perfurando meu corpo, era como se alguém estivesse sentado sobre mim, não me permitindo respirar. Eu queria gritar, pedir socorro e que dane-se se eu receberia detenção, suspensão ou por Merlin, expulsão. Tudo bem para mim se a dor parasse e se Jesse voltasse comigo.

- Mas ele não vai voltar. - Voldemort disse, - Você não sabe o que acontece dentro da caixa de pandora?

 - É óbvio que não seu monstro.

- As pessoas, tanto vivas como fantasmas, enlouquecem. Pode demorar apenas horas, talvez uma semana, mas mais que isso? Nem mesmo eu posso suportar. - E com isso, com uma risada fria e gélida, Voldemort deixou meu corpo e minha mente fazendo toda a dor parar e meu corpo parecer novinho em folha, como se nunca tivesse acontecido.

- Isso Suze, era tudo que você precisava. - Eu disse para mim e então tentei me localizar, mas foi em vão. Comecei a caminhar e encontrei a porta da masmorra. É só entrar, pegar a caixa e fugir. Não é tão complicado Suze, você já fez coisa bem pior que isso. Vamos lá, lembre-se de Hather e o Michael, por Merlin, os Anjos da RSL, a Maria doida e o Félix Diego... Mas mesmo que eu pensasse nisso tudo, lembra-se que já enfrentei coisas piores o mesmo pensamento sempre vinha em mente: Jesse sempre esteve ao meu lado, ou, bem, sempre que foi possível.  Me virei em direção ao caminho que havia usado para chegar até ali. Teria que conseguir ajuda... Mas quem sabe quanto tempo Jesse pode agüentar? Não muito segundo Voldemort. Corri para o dormitório e quando entrei, Mione estava dormindo em uma poltrona. Me senti mal por isso e então, com um pouco de esforço, consegui pega-la no colo e levá-la para cama. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, Voldemort finalmente apareceu e agora vocês sabem que Suze tem um papel importante nessa história. Mas e ai, o que acham que ele vai fazer para ela? E Jesse, vai conseguir voltar vivo - vocês me entenderam - e bem da caixa de pandora? ^^ Duvidaaaaas uhauhahuuah