Carly está nervosa. Ainda está indecisa com relação a entrar na vida dos Benson com Sam provavelmente próxima da morte.

Mas uma coisa era certa: Freddie era realmente frágil, um baque desse tamanho o derrubaria sem volta. Então, havia decidido atender esse último desejo da amiga e se aproximar dele, mas isso não significava que ela ficaria com ele.

Era uma decisão sensata, mas que a situação era estranha, sem dúvida era.

A morena toca a campainha e em poucos momentos é atendida por Sam, que está usando um vestido florido, muito bonito. Ao vê-la, a loira lhe dá um legítimo sorriso, algo que há muitos anos Carly não via, o que lhe dá uma alegria imensa. Sam demonstrava um ar tão sadio que era difícil acreditar que tinha uma doença tão terrível.

“Oi, morena! Que bom que você veio pro almoço!”

“Oi, Sammy... bom, eu tinha prometido.”

Sam lhe dá um beijo na bochecha e a convida para entrar.

O apartamento era bem arrumado e limpo, algo surpreendente em se tratando de um habitáculo contendo Samantha Puckett.

“Bonito apartamento!”

“Obrigada! Sabe, peguei gosto em viver em uma apartamento arrumadinho. Claro que a empregada ajuda bastante.”

A morena ouve um lamento de um bebê.

Ela olha na direção dos sons e vislumbra Freddie entrando na sala com Karl no colo. O moreno está vestindo uma camiseta regata, deixando seus braços musculosos à mostra. Ela tenta não reparar.

“Oi, Carly! Diz oi pra tia, Karl!”

“Blablu blebleble...”

“Que lindinho! Uma mistura perfeita de vocês dois! Cabelos castanhos com olhos azuis! Que riqueza!”

Carly beija a testa da criança e passa gentilmente sua mão pela cabeça dela. Karl sorri para a mulher e estica seus braços, pedindo seu colo.

“Nossa! É a primeira vez que ele faz isso com alguém que acaba de conhecer!”

Carly o segura e sorri.

“Muito lindo...”

Sam sorri.

“O almoço tá pronto, cambada. O trio iCarly comendo junto novamente...”

…

O almoço é bastante agradável. Como há muito tempo os três não conversavam, ficaram horas e horas se atualizando. Durante esse período, os três jovens se sentiram como quando eram adolescentes e nenhuma das preocupações que têm hoje os afetavam.

Carly se dá muito bem com Karl, brinca com ele na sala, corre atrás dele pelo apartamento.

Próximo das cinco da tarde, ela se prepara para voltar à sua casa.

A morena e a loira se olham, trocando sorrisos.

“Foi uma tarde divertida, Carls. Vamos repetir semana que vem, talvez, no zoológico?”

“Está bem!”

Elas se despedem.

Mais tarde, Karl já está na cama dormindo. Sam o olha por uns minutos com um sorriso estampado nos lábios, e logo em seguida vai ao seu quarto, onde se deita na cama.

Freddie está no banheiro, onde escova os dentes.

Depois que termina, ele se junta à esposa na cama.

“Não gosto do que você está pretendendo fazer.”

“Qual é, nerd. Eu só quero que você e o Karl tenham alguém com quem contar depois que... acontecer.”

“Mas, Sam... você devia tentar se curar! Eu não te entendo!”

“Freddie, amor...” - ela se senta na cama, ele fazendo o mesmo - “Você mesmo já pesquisou em tudo que é lugar, falou com todos os especialistas mais renomados... não vai adiantar, baby. Esse tratamento só prolongará meu sofrimento...”

Freddie vira o rosto, uma lágrima escorre.

“Baby...” - ela gentilmente guia seu rosto em direção ao dela - “Eu também não queria que isso acontecesse... Mas é assim que eu quero partir.”

Sam o beija profundamente.

“Eu só preciso que você me faça sentir viva, Freddie... Me faça sentir nesses últimos dias, por favor...”

Ao dizer isso, ela retira a parte de cima do seu baby doll e volta a beijá-lo.

Ele retira sua camiseta e a abraça.

“Claro, amor...”