Diário de um Semideus 3 - A Última Filha escrita por H Lounie


Capítulo 9
Cuidado com suas escolhas


Notas iniciais do capítulo

Apenas por Val, pela promessa de estar com a Lyra até o novo fim. Me motiva e inspira, só tenho a agradecer.
Sem mais.



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Daphne

Eu não sabia bem ao certo por quanto tempo já estava caminhando, só tinha consciência de que a chuva havia recomeçado. O escuro já começava a ceder espaço para os primeiros raios de luz da manhã.

– Quanto mais? – Não foi mais que um sussurro, mas a voz em minha mente foi severa ao me repreender.

“Não é isso que espero de você. Você não está no mundo para resmungar, está para honrar o nome daquele que lhe deu a vida”

– Posso saber quem seria este que me deu a vida? – Desafiei, ele riu.

“Já disse Daphne, tudo a seu tempo”

Esse joguinho já me cansou, sabia?

Como já esperava, só obtive silêncio como resposta, porém sabia que onde quer que estivesse o dono daquela maldita voz estava irritado. Uma estrada rodeada por árvores estendia-se quase infinitamente a minha frente. Eu já me imaginava andando horas e horas por ela, debaixo de chuva enquanto o dia surgia lentamente.

Meus passos pareciam estar sendo guiados por algo que eu não via, apenas sentia. Andei mais alguns metros, já estava completamente encharcada pela chuva quando me deparei com a base de uma colina em minha frente. No alto dela um pinheiro, era exatamente a colina que a voz havia descrito. Sem pressa, comecei a subida. Um mar de possibilidades se expandia em minha mente, enquanto eu tentava entender porque esse lugar era tão importante e porque eu deveria estar ali. Ao chegar ao topo, senti meu olhar sair de foco e em minha uma imagem de outros tempos surgir.

A garotinha chorava ao descobrir que estava sozinha no quarto escuro. Ninguém ali, só ela e a escuridão. As lágrimas escoriam por sua face enquanto ela gritava, chamando sua mamãe. A mãe não aparecia, não importava quão alto a garota chamasse. A pequenina mal se movia no escuro, apenas chamava. As coisas que via na rua a assustavam, mas ninguém acreditava nela.

Conformada com a situação resolveu que de nada adiantaria gritar, sentou-se no chão, prometendo a si mesma que jamais iria depender de ninguém, de agora em diante, ela tomaria conta dela mesma. Horas se passaram e nesse tempo a garotinha pegou no sono, despertando ao ouvir que a porta se abria e uma mulher começava a gritar sem compaixão alguma que seu lugar não era ali, mas a culpa não era da garotinha, nunca foi...

– Não se preocupe Thanea. – Disse uma voz fria e cheia de ódio na mente da garota. – Um dia você fará parte de algo grande. Sua visão é um dom”.

Assim que despertei do devaneio tentei entender seu significado. Novamente a tal Thanea? O que ela tem a ver comigo?

Não me permiti perder muito tempo pensando naquilo. Era estranho, muito estranho, mas no momento eu tentava entender a cena que se desenvolvia a minha frente. Primeiro, naquele vale não chovia, a chuva estava apenas sobre mim. Enquanto olhava para aquilo, uma memória estranha voltou a mim. Algo me diz que há muito tempo aprendi que é preciso coragem para enfrentar o desconhecido e essa mesma coragem seria necessária agora, agora que eu entraria em algo completamente novo. Estar ali tinha despertado em mim lembranças que eu nem sequer imaginei que existiam. Parada no alto da colina, observava tudo com uma discreta admiração, sentindo a chuva molhar meus cabelos. Uma garota pálida, com um olhar frio e distante que combinava perfeitamente com a expressão séria do rosto bonito e aparentando estar perdida no próprio tempo. Eu tinha absoluta certeza de que era assim que as pessoas iriam me ver no inicio, pensei nisso como se estivesse formando um jogo em minha mente.

Não sei bem quando foi mais acabei me distraindo com o... Dragão?

Uma enorme criatura se enrolava no pinheiro, parecia que estava protegendo-o. Minha curiosidade queria fazer com que eu chegasse mais perto, porém o medo não deixava. A chuva começou a cair mais forte enquanto eu olhava encantada para o dragão, ouvindo os trovões agitarem o céu tempestuoso. Só tarde demais percebi que havia sido atingida por um raio.

“Está feito. Agora cuidado com suas escolhas.”

Foi tudo que ouvi antes de desmaiar.



Em um mar com chuva, chorar não faz muita diferença. E isso não devia importar agora, mas a mistura de sentimentos em mim é assustadora. “Cuidado com suas escolhas”, disse a voz antes que eu desmaiasse. Gostaria de saber do que ele estava falando, gostaria mesmo. Minha vontade agora era voltar para a praia, seria essa a escolha? Ou a escolha certa seria entrar nesse lugar estranho? Algo me dizia que eu já estava dentro.

– Caramba, ela é bem bonita. – Identifiquei como sendo a voz de um garoto.

– Travis, contenha-se. – Disse alguém sério e mais velho.

– Ah, esses garotos se animam com tão pouco. – Comentou uma voz coberta de inveja, fazendo com que eu quisesse me levantar e exigir explicações.

– Travis tem razão – Comentou outro garoto.

– Meninos, se não puderem cooperar, sugiro que se retirem. – A voz séria parecia irritada.

– Aposto um dracma que ela é sua irmã Juliet. – Riu a primeira voz.

– Essa daí? Sem chance. – resmungou a voz invejosa.

– Quíron tem razão, vocês deveriam sair. – Comentou outra voz feminina. – Acho que já chega de néctar, veja quanto ela foi capaz de ingerir, isso é quase impossível, deveria ter virado cinzas.

– Uma gatinha com apetite, é, ela com certeza faz o meu tipo. – Era a primeira voz novamente.

– Acho que qualquer idiota faz o seu tipo Travis.

– Ah, já chega! - Era a voz séria. – Acho que ela está recobrando a consciência.

– Oi gatinha? Pode me ouvir? – O garoto que se chamava Travis falou.

– Travis, pare com isso! – Disse o sério.

– Qual é Quíron? Você está parecendo um velho rabugento. – Queixou-se Travis.

Abri meus olhos lentamente, sofrendo um pouco com a luz. Assim que consegui focar em algo, ou melhor, em alguém, notei que estava sendo observada de perto por um garoto sorridente.

– Olha só quem acordou! – Disse o garoto animado.

– Saia da frente Travis! – Disse o sério. – Que bom que você acordou quer...

Assim que me olhou nos olhos ele parou, foi como se a compreensão houvesse o acertado em cheio. Ele sacudiu a cabeça varias vezes.

– O que... O que foi? – perguntei com a voz tremula.

– Não é nada querida, você só me lembra alguém que não vejo há muito tempo. – Ele sorriu. – Muito prazer, eu sou Quíron. E você, como se chama?

– Daphne.

– Daphne? – Indagou Quíron, ficando novamente nervoso.

– Sim.

– Só Daphne? – Perguntou a voz invejosa. Percebi que era uma garota, uma garota muito bonita.

– Daphne Stoll, Juliet – Disse Travis. – Nós nos casamos enquanto você dormia meu amor. – Ele virou para mim rindo, piscando um olho.

– Já chega Travis! – Quíron lançou um olhar homicida para Travis.

– Ok, não brinco mais! – Ele piscou um olho para mim novamente.

– Que lugar é esse? – Perguntei confusa, embora tivesse a impressão de que sabia a resposta.

– Esse é o acampamento meio sangue. – Respondeu Quíron, sorrindo. – O lugar mais seguro para filhos de deuses.

– Deuses? – Sim, eu havia chegado ao lugar certo.

– Exatamente – Disse uma voz entediada ao sair de dentro da enorme casa, juntando-se a nós na varanda. – Essa é a garota que Zeus tentou incinerar? – A expressão dela era divertida.

– A própria. – Quíron estende a mão para mim. – Milagrosamente viva.

– Como se chama? – Perguntou a garota sorrindo. Ela era ainda mais bonita que a tal Juliet, sua beleza era quase... divina.

Vir-me-ei para ela e assim que ele me olhos nos olhos, sua reação foi como a de Quíron.

– Daphne. – Disse depois de algum tempo.

– Nem imagino o que tenha feito para irritar meu avô, Daphne. – Comentou a loira, saindo de seu choque. – Ele não costuma tentar matar recém chegados com um raio, que eu me lembre.

– Seu avô?

– Sim, meu avô. Zeus, o senhor dos raios e dos céus e tudo o mais.

– E você quem é?

– Eu sou Lyra – Respondeu ela, como se isso devesse bastar para qualquer fim.

– Ela é uma deusa, sabe – Travis falou, sorrindo como um bobo.

– Ah.

– Ah? Só isso? Você está na presença de um deus e diz somente “ah”?

Lyra soltou uma gargalhada, dando um leve tapa na cabeça de Travis.

– Não seja tão mal, Travis – Advertiu ela.

– O que deveria dizer?

– Poderia começar dizendo o quão honrada está por conhecê-la. – Travis falou, fazendo uma reverência para Lyra que ainda ria. A deusa me olhou de canto, com certeza esperando que eu começasse a falar alguma coisa.

– É uma honra conhecê-la senhora... deusa – Falei desajeitada.

– Não precisa de nada disso, Daphne. Eu não ligo para essas coisas, sou uma deusa... recente e moderna – Ela fez uma careta como se estivesse posando para uma foto.

– Mas eu ficaria grato com uma reverência – Disse um velho gordo, que bebia algo escuro de um copo.

– Por favor, Sr. D. – Lyra falou, revirando os olhos – A menina acabou de chegar.

O homem voltou para dentro, resmungando como os jovens de hoje em dia eram mal criados.

– Por que Zeus quis... me matar? – Perguntei a Quíron, imaginando porque Zeus iria querer me matar, teria algo a ver com a voz que eu ouvia?

– Não sabemos. – Foi tudo o que disse. – Agora, sente-se melhor? Tenho certeza que Travis ficará feliz em lhe mostrar o nosso filme de orientação e o acampamento, e em seguida arrumar um lugar para você no chalé... uma cama, de preferência bem longe da dele.

O sorriso de Quíron era ameaçador, Travis nem pareceu ligar.

– Claro, farei com prazer.

– Eu posso ajudar ele Quíron. – Ofereceu-se outro garoto, olhando feio para Travis.

– Não Nick, acho que dou conta. – Travis deu um tapinha nas costas do outro menino.

– Imagina, será um prazer ajudá-lo Travis. – O garoto insistiu.

– Nick, você é mesmo um pé no...

– Travis! – Berrou Quíron. – Vão, os dois, levem-na para ver o filme e depois mostrem o acampamento.

– Que ótimo. – Travis pareceu desanimado. – Vem Daphne, vamos ver o filme.

Levantei-me da cadeira confortável onde de alguma maneira havia sido colocada. Havia uma sandália baixa nos meus pés, que eu desejava ardentemente que não fosse da garota metida que estava me olhando. Eu ainda vestia a toga branca mais o sobre-tudo preto fora tirado. Travis e o outro garoto me guiaram para a uma sala que parecia feita para lazer, com uma mesa de ping pong e com alguns jogos de tabuleiros visíveis espelhados pelo chão.

– Aqui Daphne. – Travis chamou, me empurrando uma cadeira e ligando uma pequena televisão. – Não é muito legal, mas ajuda a entender.

– Tudo bem, - A tela se iluminou e uma letra “ETA” surgiu na tela, embaixo pude ler TV Hefesto.

– Olá querido semideus! – Disse uma voz masculina no filme, enquanto o “ETA” se dissolvia. – A essa altura você provavelmente já descobriu que não é um ser humano normal. Este filme foi feito para te dar uma visão privilegiada do mundo dos olimpianos.

Uma imagem de nuvens surgiu na tela enquanto a voz falava algo sobre Urano e Gaia.

–... Cronos, o titã pai de Zeus, Poseidon e Hades, os maiores deuses olimpianos. Além deles, - continuou o homem. – Hera, Deméter e Héstia. Os outros deuses são Dionísio, Apolo, Ártemis, Afrodite, Ares, Atena, Hermes e Hefesto.

Agora o vídeo mostrava imagens do acampamento, treinos e Quíron. Quíron não era um homem em uma cadeira de rodas, mas sim um homem metade cavalo, era algo bem estranho.

– Quíron é um cavalo. – Sussurrei para Travis.

– A palavra politicamente correta é centauro. – Ele riu, - É ele quem organiza treinos e atividades por aqui.

– Suas aventuras estão apenas começando jovem semideus! Boa sorte, e que os deuses estejam com você!

O “ETA” apareceu novamente na tela e o vídeo acabou.

– Então, bem vinda ao lar semideusa. – Disse o outro garoto que nos acompanhava. – Aliás, meu nome é Nick Mackenzie, filho de Apolo.

– O que não quer dizer nada. Sabe, essa de ser filho de Apolo – Emendou Travis.

– Melhor que ter que dividir o chalé com aqueles indeterminados Travis. – Retrucou Will.

– Indeterminados? – Perguntei.

– Meio sangues que não sabem quem é seu pai ou mãe olimpiano. Ficam no chalé de Hermes, meu pai – Sorriu Travis. – Que tal conhecer o acampamento agora?

– Ok, vamos.

– Posso fazer uma pergunta? – Nick soou nervoso.

– Claro – Eu nem imaginava o que ele ia perguntar, mas já estava sofrendo por antecipação.

– Por que está vestida dessa forma? Quero dizer, por que a toga?

– Pra falar a verdade eu não sei. Eu acordei e estava assim.

– Acordou onde?

– Em algum lugar de Nova York. Algo me dizia para ir a Long Island, uma colina. – Não era mentira, eu apenas editei as palavras. – Um amigo me trouxe para cá, me deixou na praia.

– Um amigo?

– Não exatamente um amigo, para falar bem a verdade. Eu o conheci na rua. – Tentei sorrir, para que parece mais natural.

– Carona com um estranho? Você é corajosa – Brincou Travis – Vem, vamos andando. Ah, só para saber, aqui é onde acontecem as reuniões dos conselheiros de chalé. Eu sou o conselheiro do meu, desde que nosso irmão Luke deixou...

– Luke? – Perguntei surpresa. Olhando bem Travis parecia muito com o garoto do sonho que tive antes de acordar em Nova York, a única diferença é que Luke tinha os olhos dourados.

– Sim, nosso irmão Luke se revelou ser um traidor. Morreu e depois voltou. Por que a surpresa?

– Não é nada. – Menti.

Travis pareceu desconfiado no inicio, mas depois deu de ombros e relaxou. Saímos da sala e andamos por muito tempo, parando em cada lugar do acampamento. O Anfiteatro, a arena, o pavilhão do refeitório, a parede de escalada que derramava lava, o arsenal, a plantação de morangos, a praia, o lago, a orla da floresta e por fim os chalés. Os chalés não combinavam entre si. Pareciam ter batido de frente com construções gregas e ter se fundido nelas. Na formação em U, o maior deles me chamou atenção.

– Uau, aquele é bem legal. – Comentei.

– Ah, aquele é o chalé de Zeus. Thalia, a única filha dele virou caçadora há algum tempo, o irmão dela está ocupando temporariamente, enquanto constroem o barco para a missão.

– Zeus tem apenas dois filhos?

– Sim, uma longa história sobre um pacto, posso lhe contar sobre hoje à noite no chalé – Travis parecia feliz com aquilo, mas Nick pareceu incomodado.

– Por que vou ficar no seu chalé?

– Porque meu pai é deus dos comerciantes, ladrões e viajantes, não é exigente com quem apadrinha, por isso os indeterminados ficam lá.

– Muito tempo?

– Isso depende de seu pai. Nem consigo imaginar quem seria ser pai. Geralmente é possível se ter uma idéia. Olhos cinzentos, Atena. Feios e fortes, Hefesto ou Ares...

– Sorriso de bobo, Hermes. – Completou Nick

– Talvez você seja filha de Afrodite, - Comentou Travis, ignorando Nick – Você é realmente bonita.

– Ou de meu pai. O que realmente seria ruim – Nick refletiu.

Sorri para eles, completamente sem graça. Ao passar pelo chalé sete, Nick se despediu de nós e continuamos a andar, até estar em frente ao chalé onze.

– Bem vinda ao lar. Serei seu conselheiro provisoriamente, até que seja determinada, então qualquer coisa pergunte a mim.

Ele me puxou para dentro e ao entrar me via no meio de muitos campistas. Alguns sérios, outros com um sorriso abobado no rosto. Uma menina de cabelos castanhos e olhos verdes, dona de um sorriso malicioso veio até mim.

– Bem vinda! – Saudou ela. – Indeterminada?

– Ahm, eu acho que sim. – Olhei para Travis e ele assentiu.

– Eu sou Hermione. Ah! Sei o que está pensando, Harry Potter, mas na verdade não, minha mãe é uma grande fã da história de Helena de Tróia então resolveu me dar o nome da filha dela com Meneleu, Hermione.

Eu não sabia quem era Harry Potter, mas decidi não comentar.

– Prazer em conhecê-la Hermione, eu sou Daphne.

– Ei, Mione, você poderia pegar algumas coisas para ela na loja, sim? Algumas roupas e artigos de toalete. – O sorrisinho maldoso de Travis voltou. Algo naquilo me fez acreditar que ele havia acabado de mandar Hermione roubar a loja.

– Ah, será um prazer. Eu já volto. – A menina correu chalé afora, sumindo em segundos.

– Então Daphne, vamos achar um lugar para você.

Ele tirou um saco de dormir de debaixo de uma cama e instalou no chão.

– Vou colocá-la aqui perto. – Disse ele, estendendo o saco perto da cama. – Qualquer coisa você só precisa esticar a mão e me acordar.

– Obrigada Travis, você é muito... legal.

– Disponha. – O sorriso travesso voltou ao seu rosto.

Mais alguns minutos e Hermione voltou com duas sacolas. Uma continha artigos de banheiro, outra duas camisetas e duas calças jeans.

– Espero que sirva. Vem, vou levá-la ao banheiro.

Depois de um banho rápido, me vesti com as novas roupas e fiquei aliviada ao ver que elas serviam. Hermione me esperou no banheiro, dizendo que era perigoso deixar um novato sozinho no banheiro e que por via das duvidas ela estava com sua espada. Íamos saindo do chuveiro quando uma grandalhona nos parou.

– Jenny – Disse Hermione.

– Uma novata, - disse a grandalhona. – Bem vinda! Está na hora da iniciação!

Aquilo não parecia algo bom.

– Jenny, deixe-a em paz! – Tentou Hermione – Ela é filha de Ares Daphne, tortura por esporte.

– Fique de fora dessa, ladrazinha.

– Tudo bem Hermione. – Disse a minha nova amiga. – Ela não me assusta.

A tal Jenny me encarou, já vindo para cima.

– É tão corajosa assim novata?

Suas mãos se moveram habilidosas para o meu pescoço, indicando muito tempo de pratica. Ela me empurrou para trás, em direção aos sanitários. “Ah não” Pensei.

“Mostre que serve para alguma coisa”. Disse a voz em minha mente.

Senti tanta raiva que não sei explicar o quanto, na mesma hora, tudo começou a acontecer de maneira mais lenta, fazendo com que fosse mais fácil eu inverter o jogo.


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