Morphine escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 8
Chapter Seven - Obrigações


Notas iniciais do capítulo

Milena: LOL sim, estamos vivaas.. Desculpem pela demora, não dá tempo de explicar agora, to correndo, mas nos perdooem e espero que gostem desse capitulo.
Enjoy



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Apertei o livro contra mim mesma, me xingando mentalmente por ter tido a genial ideia de sair das masmorras, que mesmo não sendo muito quentes, seriam melhor que esse corredor deserto, e resolvido procurar aquele maldito livro que Tom estava lendo no dia anterior.

O tempo havia piorado, e muito, desde ontem, a neve havia caído em grande escala, cobrindo todo o jardim de Hogwarts e o vento me castigava severamente, fazendo com que meus cabelos voassem rebeldes para diferentes lados.

O céu escurecia rapidamente, todos os alunos estavam em seus salões comunais, envoltos em seus casacos, ao fogo da lareira, aproveitando o resto do domingo para por os deveres em dia ou simplesmente para brincar e conversar com seus amigos.

Eu nunca odiei tanto o fato de o salão comunal da Sonserina fosse nas masmorras, tão longe da biblioteca. Uma forte rajada de vento passou pelo corredor, me fazendo estremecer. Apertei o passo, ainda estava no sexto andar, eu congelaria antes de chegar sequer no terceiro.

– Hearthcliff? – reconheci brevemente a voz que me chamara, mas ainda sem conseguir a associar a algum rosto conhecido - Hearthcliff?

Estremeci levemente, ao mesmo tempo em que estranhava aquela reação por apenas uma voz, ela não me indicava perigo e eu sabia me defender se indicasse. Me virei lentamente e me deparei com belos orbes verdes, que compunham um lindo rosto salpicado por delicadas sardas, dando um charme especial a Septimus Weasley.

Eu tentei lançar um sorriso amigável, mas falhei na tentativa quando outro arrepio percorreu minha espinha. Ele se aproximou, seus olhos possuíam um brilho diferente e seu sorrido, ainda malicioso, parecia mais... letal?

– Algum problema? – perguntei, pressionando ainda mais o livro em meu peito, buscando proteção para alguma coisa ainda desconhecida por mim. Eu não estava com medo dele, estava?

– Acho que precisamos resolver algumas coisas... inacabadas – ele alargou o sorriso, agora havia uma distancia consideravelmente curta entre nós – Dessa vez sem a interrupção do Riddle, certo?

Eu acompanhava lentamente o raciocínio dele, o que ele estava querendo dizer com aquilo? Então, sem que eu percebesse, Septimus havia se aproximado ainda mais e eu estava ridiculamente prensada contra a parede.

– O que... Não! – exclamei finalmente entendendo, seu hálito quente batia em meu rosto, causando uma sensação desagradável.

– Vamos, Violet. Ninguém irá nos atrapalhar agora – Septimus murmurou, seus olhos fixos em meus lábios.

– Eu disse não! – respondi entredentes, o empurrando com toda a força que consegui, deixando o livro cair.

O garoto cambaleou até a outra extremidade do corredor, seu rosto ficando quase da cor dos seus cabelos.

Me abaixei rapidamente, recolhendo o livro e o abraçando novamente.

– Quem você pensa que é, garota? – ele perguntou irritado, se aproximando rapidamente de novo.

– Me deixe, Weasley – murmurei irritada – Não quero nada com você.

– Mas eu sim, e você não tem que querer nada – ele agarrou meu pulso esquerdo com força, me prensando na parede novamente – Acha que vai ficar assim? Sexta feira você não viu nenhum problema.

– Eu estava bêbada! – exclamei irritada, tentando inutilmente me soltar dele – Me largue, Weasley.

– Ou o que? Vai chamar o Riddle?- ele riu desdenhosamente, enquanto eu trincava os dentes de raiva.

– Não, posso me defender sozinha – em um movimento rápido, larguei o livro no chão, puxando minha varinha das vestes e agradecendo mentalmente pela minha ótima habilidade em feitiços mudos. Estupefaça,falei em pensamento, apontando a varinha para o garoto a minha frente, que logo foi arremessado para a outra parede, provocando um grande ruído.

Septimus levantou atordoado, olhando para mim com raiva enquanto buscava a varinha nas vestes.

– Ever... – Weasley iria lançar o feitiço, se antes não tivesse sido atingido por um forte feixe de luz, da cor verde.

Olhei assustada para o lado, encontrando Tom e mais uma garota ao seu lado, Lory, pelo visto fora ela que lançara o feitiço em Septimus. Ela olhou interrogativamente para Tom que assentiu brevemente, vindo em minha direção enquanto ela seguia para perto do Weasley, que se levantava mais uma vez, duplamente irritado.

Everte Statum – ele completou o feitiço, dessa vez mirando na garota, que facilmente desviou dele.

Flipendo– um forte feixe de luz saiu da varinha da garota, mas Septimus fora mais rápido, se desviando rapidamente.

– Você está bem? – Tom me perguntou, me analisando. Eu assenti, mais preocupada com a garota, mesmo parecendo que ela soubesse fazer aquilo perfeitamente bem.

Immobilus!

Protego – Lory se defendeu facilmente – Hammas Fuodellios! - vários lampejos de luz saíram da varinha da menina, indo para Septimus com o intuito de enforcá-lo.

Protego Horribilis! Estupore!

– Vamos sair daqui – Tom pegou meu pulso, me puxando para longe do duelo.

– Espera! E a garota? – eu perguntei assustada, ele ia deixar ela aqui sozinha? – E se alguém ver?

– Lory, algum problema se eu te deixar aqui? – ele perguntou parecendo um pouco irritado por eu ter o obrigado a fazer essa pergunta.

– Não. Estupefaça. É a minha obrigação – ela respondeu, interrompendo quando teve que se proteger de algum feitiço, para logo depois contra atacar.

Tom assentiu, pegando meu livro do chão com um aceno da varinha, olhando para mim acusadoramente quando viu que se tratava do mesmo que ele estava lendo ontem. Dei de ombros, não precisava esconder dele que estava tentando descobrir o que ele estava planejando, não era nenhum segredo.

– Obrigação? – indaguei confusa, enquanto ele me levava de volta para as masmorras. Ao fundo eu ainda podia ouvir os feitiços lançados aos gritos por Weasley e os sussurros letais de Lory.

Tom me olhou em duvida, ponderando sobre alguma coisa e, por fim, suspirando derrotado.

– Aqui não.

Eu bufei, não acreditava que ele não iria me responder de novo, como sempre fazia quando entravamos em algum assunto parecido. Sabia que tinha algo a ver com artes das trevas, o que me fazia ficar ainda mais decidida a descobrir.

– Eu vou explicar – ele também bufou – Mas aqui não, no Salão Comunal. Eu estou disposto a não lhe esconder mais nada.

Fiquei meio insegura, seria verdade aquilo, ou apenas mais um truque para que eu esquecesse, pois, se fosse, ele poderia desistir porque eu iria descobrir, ele contando ou não.

Estremeci novamente quando outra rajada de vento passou por nós. Tom tirou sua grossa capa e antes que eu entendesse o que ele faria ele a colocou por sobre meus ombros, me esquentando quase instantaneamente.

– Obrigada – sorri minimamente, talvez ainda restasse algo do antigo Tom, o meu melhor amigo, nessa versão dele, talvez eu ainda pudesse conseguir que ele mudasse, que ele voltasse a ser o que era.

Caminhamos em silencio até a entrada do Salão, onde ele murmurou a senha e pudemos finalmente entrar nele.

– Agora conte-me – eu exigi, parando em frente a ele, cruzando os braços.

Ele suspirou pesadamente e seguiu para um canto mais afastado dos outros alunos, que nem pareciam ter notado nossa presença.

– Há um tempo atrás, eu comecei a convocar alguns seguidores, interessados em artes das trevas – ele começou, parecendo estar desconfortável por contar aquilo para mim – Lory é um desses, que formam o nosso circulo, a obrigação deles é me ajudar no que eu preciso, quando eu preciso, seja em alguma missão para mim, ou em algo diferente, como salvar você.

– Eu não precisava de ajuda – murmurei, enquanto me batia mentalmente por falar isso depois de ele me contar o que contara.

Ele me lançou um sorriso sarcástico e parecia prestes a responder alguma coisa quando Malfoy apareceu atrás dele, falando algo que eu não conseguira escutar. Tom assentiu e ele se afastou.

– Tenho que ir. Mas depois eu conto melhor, tudo o que quiser saber, eu prometo – ele acrescentou quando viu que eu iria reclamar – Tome seu livro, faça bom proveito.

Ele soltou sua risada prateada, enquanto se distanciava. Eu bufei, pressionando o livro contra mim e andando até meu dormitório. Ao chegar lá, ainda envolta na capa de Tom, comecei a folhear o livro, deixando que um pequeno papel caísse de alguma das páginas. O peguei curiosa, as cinco palavras, desenhadas por uma letra fina e elegante, facilmente reconhecível, diziam apenas:

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Notas finais do capítulo

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