In Heaven escrita por carolchan


Capítulo 1
In Heaven




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/168000/chapter/1

Quatro de fevereiro, sete e meia da manhã. O irritante despertador do elegante quarto começa a tocar incessantemente. A mão pesada do moreno o silencia com uma pancada em seu botão, abrindo os olhos com dificuldade.

Levantou-se, preguiçoso. Seguiu em direção ao seu luxuoso banheiro e tomou um banho quente e relaxante. “É hoje!” pensou ele, nervoso. Após alguns minutos, desligou o chuveiro, secou-se e parou em frente a sua coleção de ternos Armani. Era difícil escolher o traje certo em um dia tão especial. Após alguns momentos de indecisão, escolheu o traje negro, composto por calça social, camisa, colete e terno. A única “cor” que daria a si hoje seria sua gravata branca. Vestiu-se e arrumou suas madeixas negras e curtas com cuidado. Hoje, tinha que estar perfeito. Uma última revista visual no espelho e desceu para a cozinha, encontrando seu fiel amigo e mordomo, Kandji, um senhor sábio e simpático de sessenta anos que o viu crescer.

- Bom dia senhor Jung¹. – Disse o senhor, sorrindo.

- Bom dia Kandji. – Sorriu Yunho em resposta, sentando-se à mesa bem preparada para seu café.

- O senhor sabe que dia é hoje, certo? – Indagou Kandji, um pouco apreensivo, pois conhecia seu jovem patrão, e sabia muito bem de sua péssima memória.

- Claro né! – Riu o moreno.

Kandji se aliviou. Gostava muito de seu “patrãozinho” e sabia que, se esquecesse a data de hoje, era um homem morto.

- Hoje, - Iniciou, enquanto passava geleia de morango em sua torrada. – É o dia em que serei conhecido como o homem mais poderoso da Coréia do Sul já viu depois de minha gloriosa palestra para os futuros fornecedores da Jung Corporation. – Dando uma generosa mordida em sua torrada.

- S-Senhor Jung, não foi isso que eu quis dizer... E-Eu... – Gaguejou Kandji, tendo certeza de que Yunho era um homem morto, ao ouvir a campainha tocar. - Com licença. – Indo atender a porta.

- Bom dia senhor Kim²! – Sorriu o senhor gentil ao ver um de seus amigos preferidos, e futuro patrão.

- Bom dia Kandji! – Sorriu Jaejoong docemente, dando um abraço carinhoso no mais velho.

- Bom dia amor! – Entrou o ruivo saltitante na cozinha, dando um breve selinho no noivo.

- Bom dia meu anjo. – Respondeu o moreno após engolir sua torrada. – Preparado para o grande dia? – Levantando-se em triunfo, indo abraçar o menor carinhosamente pela cintura.

- G-Grande dia? – Gaguejou Jaejoong, surpreso e ainda mais feliz. – Nossa amor, eu não esperava nada espalhafatoso demais...

- Como não?! – Indagou Yunho, sorridente. – Hoje é um dia muito especial. O dia em que honrarei o nome de meu pai, me tornando um dos homens mais influentes da Coréia. – Dizendo cada palavra de peito estufado e orgulho.

- Hã? – Jaejoong desfez seu sorriso instantaneamente. Olhou para Kandji, que lhe deu um olhar triste, e voltou a olhar o maior, que o observava com curiosidade. – Que dia é hoje Yunho? – Indagou, soltando os ombros do moreno e os fechando em um cruzar de braços.

- Quatro de fevereiro. – Respondeu, inocente.

- Só isso? Quatro de fevereiro? – O ruivo parecia indignado.

- É-É... Quer dizer... V-Vou me t-tornar ainda mais importante sabe... Honrar o n-nome do meu p-pai... Né? – Yunho gaguejava de medo, pois sabia que havia esquecido algo importante para o noivo, pois ele parecia soltar fogo pelas narinas.

- Você é mesmo inacreditável. – Disse o menor, tirando os braços do moreno de sua cintura com brutalidade, se dirigindo à porta de entrada a passos fortes.

- Amor, espera! Eu posso pelo menos saber por que você está tão brabo? – Disse Yunho, sem entender a fúria sem tamanho.

- Nada demais Jung Yunho. Só que você é o imbecil mais insensível que eu já conheci! – Respondeu com a voz trêmula e lágrimas nos olhos.

- Q-Que? – Agora Yunho estava muito preocupado, pois não sabia o que havia feito e Jaejoong estava MUITO furioso. – C-Como assim amor? O que eu fiz?

- É impressionante. – Ironizou o menor, com as lágrimas já escorrendo por sua pele de porcelana. – Vamos nos casar e você nem ao menos lembra.

- Mas lembrar do que?! – Desesperou-se, vendo Jaejoong chorar.

- DO MEU ANIVERSÁRIO SEU IDIOTA! – Gritou o menor, abrindo a porta abruptamente e correndo para longe dali.

- Eu não acredito. – Lamentou o moreno. – Como eu sou idiota! – Praguejou. – Kandji, por que você não me lembrou?! – Virando-se indignado para o amigo.

- Eu tentei senhor Jung! – Disse o senhor. – E, me desculpe dizer, mas... Em cinquenta e cinco anos de casado, eu nunca esqueci o aniversário da minha mulher. – Saindo dali, deixando o jovem só.

Yunho refletiu sobre o quão mal estava tratando seu amado noivo. Sempre focado em seu trabalho, acabara, por inúmeras vezes, deixando-o de lado. Mas ele nunca o deixou só. Sempre esteve ao seu lado, com aquele lindo sorriso meigo e aquele toque tão delicado. Decidiu ir atrás do noivo, mas, ao olhar para o relógio, percebeu que se fizesse isso, se atrasaria para sua reunião. “Eu saio da reunião e vou atrás dele” decidiu. Entrou em seu Porsche³ e seguiu para sua empresa.

Jaejoong sentia-se esquecido, ignorado, totalmente sem importância alguma para Yunho. A raiva e a tristeza tomavam conta de seu esbelto corpo, o cegando, fazendo-o esbarrar por muitas vezes em pessoas na rua, e um esbarrão mais forte o fez cair no chão.

- Jae? – Indagou o jovem rapaz, assustado. – Jae! O que aconteceu?! – Ajudando-o a levantar-se.

- Chang¹²! – O jovem abraçou o maior com força e soluçou. – O Yun esqueceu!

- Ah, Jae. – Lamentou o maior, afagando seus cabelos ruivos. – Está tudo bem.

- Não. Não está. – O jovem se desvencilhou do abraço, afastando-se cambaleante por desespero e tristeza do amigo. – Yunho só quer se casar comigo para não ficar sozinho. – As lágrimas não paravam de cair. – Ele tem medo de ficar só. – Riu, lembrando-se. – Eu não passo de uma pessoa que o acompanha. Yunho não me ama. E, mesmo sabendo disso, não consigo parar de amá-lo mais e mais.

Jaejoong estava absorto em sua dor, não percebendo para onde caminhava. Ao se dar conta, era tarde demais. Um vulto negro foi a última coisa que o ruivo viu.

ChangMin gritou de desespero, correndo em direção ao corpo caído, inerte. Seu lindo rosto agora estava coberto de sangue, e seu perfeito corpo não se mexia mais com toda sua magia habitual.

O homem do carro desceu, apavorado. Ao ver o jovem caído no meio da rua, ligou imediatamente para uma ambulância, temendo pelo pior.

- Jae? Jae? Ah, pequeno, não faz isso comigo. Por favor Jae. Jae?! – ChangMin chorava abraçado ao corpo que já não se movia.

Após algum tempo, a ambulância chegou, e Jaejoong foi rapidamente removido do local. Às pressas, a ambulância dirigia em direção ao hospital mais próximo. ChangMin, que havia embarcado no automóvel, acompanhava, desesperado, os batimentos fracos e descompassados do amigo pelo aparelho de monitoramento cardíaco.

O hospital parecia muito mais longe com a espera agoniante. O sangue de Jaejoong o lambuzava quase que totalmente, deixando ChangMin ainda mais desesperado com a visão.

Finalmente a ambulância para, e logo Jaejoong é retirado às pressas. ChangMin não larga da mão do amigo até o barrarem na porta da sala de emergência, olhando uma última vez para o corpo, outrora tão perfeito, agora tão frágil do amigo.

Voltou e sentou-se em uma cadeira no hall. Ao olhar para suas mãos, viu o sangue do menor, não aguentando segurar o choro agoniado.

A espera parecia interminável, e a porta da sala de emergência nunca se abria. Após um certo tempo, a porta finalmente se mexe, saindo o médico que resgatou o amigo.

- E então? – Pulou ChangMin, até assustando o homem.

- Me desculpe. Fizemos tudo que estava ao nosso alcance. – Disse o homem, com a voz sombria.

ChangMin não acreditou. Sentiu seu corpo congelar por inteiro. Seu amigo. Seu companheiro. Seu irmão. Seu ombro amigo. Tinha ido. Para sempre.

O jovem ficou tão desesperado que não conseguiu chorar. Seu corpo simplesmente não reagia. Ao conseguir mover-se, puxou seu celular e ligou para a primeira pessoa que lhe veio à cabeça. Yunho. Uma, duas, seis, quinze, dezoito ligações e nada. Desesperado e muito preocupado que o amigo soubesse do pior jeito, ChangMin seguiu para a Jung Corporation.

Ao chegar no lindo prédio luxuoso, subiu direto para a sala da diretoria, pois já era conhecido entre os funcionários.

A bela porta de madeira talhada com uma placa dourada lapidada Jung Yunho permanecia fechada. Ao virar-se, percebeu Elisabeth, secretária do amigo, lhe observando com curiosidade.

- Senhor Shim. – Sorriu a moça loira. – Está tudo bem? – Indagou, após perceber a expressão perdida e desesperada do jovem.

- Onde está o Yunho? – Perguntou, ignorando a pergunta da jovem.

- Está na sala de reuniões com os possíveis novos fornecedores. O S... – A moça interrompeu a fala ao ver ChangMin dirigir-se rapidamente até a sala de reuniões.

O jovem abriu a porta abruptamente, vendo Yunho interromper o que dizia e vários senhores o olharem com censura e curiosidade.

- Preciso falar com você. AGORA! – Anunciou, saindo da visão dos homens ali sentados.

Ouviu um “Com licença senhores” do amigo, e logo sentiu-o segurando fortemente pelo braço e o puxando para um canto.

- Chang! Ficou maluco? Quantas vezes já te disse que você não pode entrar assim quando eu estou em reuniões e... – Yunho foi interrompido pelo amigo.

- Jaejoong está morto. – Disse o jovem, com a voz seca e os olhos perdidos.

- ChangMin, agora não é hora para brincadeiras. Ainda mais uma brincadeiras séria como essa! – Exclamou o moreno, desconfortável.

- Yunho. – ChangMin levantou seus olhos vermelhos e falou novamente, com a voz rouca. – Jaejoong está morto.

- Chang. Para com isso. Cadê o Jae? Ele está aí, não está? – Yunho começava a sentir uma bola lhe prender à garganta.

- Ele chorava muito. Encontrei-o na rua. Ele parecia perdido. Esbarrou em mim, e quando viu que era eu, se abraçou e lamentou que você esqueceu o aniversário dele. Ele se afastou, do nada. Começou a dizer que ele não era nada para você, que só iam se casar porque você tem medo de ficar sozinho. A última coisa que ele disse, foi que apesar de ele saber de tudo isso, ele não conseguia parar de te amar mais e mais.

Yunho percebera que não era brincadeira. Foi tomado por um desespero tão grande que sentia ser rasgado. Sentiu uma lágrima quente molhar seu rosto. “não pode ser verdade pensou ele. “nós íamos comemorar seu aniversário mais tarde!”

ChangMin segurou o amigo pela mão e o levou em direção ao hospital. Ao chegar no prédio, o médico recebeu Yunho com apreensão e desconforto, sabendo a importância do jovem e a triste notícia que teria à seguir.

Ao chegar à porta do quarto, ChangMin largou sua mão. Yunho sentia seu corpo tremer e suas mãos suarem. Torcia com todas as forças de seu corpo para ser uma vingança do noivo por ter esquecido seu aniversário, que quando ele abrisse a porta, veria Jaejoong sorrir e o abraçar carinhosamente e dizer ”Seu bobo. Não consigo ficar brabo com você” como sempre fazia.

Respirou fundo e girou a maçaneta. Ao abrir a porta, sentiu como se uma faca quente invadisse seu peito. A maca com o corpo tapado por um lençol branco era a pior visão do mundo. O desespero da cena se transformou no pranto de seu choro. Correu até o corpo agora gélido, mas não teve coragem de puxar o lençol. Ao observar a mão destapada, viu o anel de noivado¹³ que colocara tão delicadamente na mão que tremia de felicidade após o “sim”.

Puxou o lençol, tremendo, e viu o corpo inerte de seu amado. Um gemido de dor foi ouvido pelos homens ao lado de fora do quarto. Yunho não podia acreditar. Abraçava Jaejoong e o apertava contra seu peito, rezando, implorando para Deus que não o tirasse dele.

- JAE! POR FAVOR MEU ANJO, NÃO VAI EMBORA! FICA COMIGO MEU AMOR, NÃO ME DEIXA AQUI SOZINHO. JAE!! – Gritava o moreno, desesperado, embalando o corpo frio em seus braços trêmulos.

ChangMin entrou no quarto e arrancou o moreno dali. Apesar da dor, tinha que ser forte para sustentar o amigo. Yunho soluçava, desesperado, inconsolado, revoltado e desolado.

O maior o puxou para fora do prédio e o levou para casa. Ao chegarem, Kandji abre a porta, preocupado ao ver o patrão tão desesperado. ChangMin sinaliza que depois conversariam, levando Yunho até seu quarto.

- Yun? Olha, eu vou descer, está bem? Tome um banho, você precisa relaxar. – O maior tinha a voz doce, tentando inutilmente acalmar o amigo.

Yunho não ouvia. Após ChangMin sair, simplesmente caminhou até seu closet, pegou a blusa que seu amado anjo sempre usava para dormir, se abraçou nela e despencou no chão.

Seus soluços e gemidos dolorosos podiam ser ouvidos por toda a casa. O cheiro de Jaejoong parecia tão vivo, tão presente. Mas o corpo dono daquele perfume inebriante já não dançava sobre a terra.

Horas se passaram, até que Kandji resolveu ir até o quarto do patrão. Abriu a porta, mas nada encontrou. Após alguns instantes de silêncio, ouviu o choro baixinho de Yunho, vindo do closet. Ao abrir a porta, viu o moreno sentado ao chão, abraçado na blusa negra que Jaejoong usava.

Aquela cena foi tão dolorosa que o senhor se retirou. Não estava preparado para consolar seu jovem amigo porque também amava Jaejoong. Era como um filho adotivo que amara seu pequeno príncipe travesso.

Yunho fechou os olhos, segurou a blusa em seu rosto e aspirou o cheiro maravilhoso que ali continha.

“ Yun, não pense que só porque eu vou dormir aqui, significa que nós vamos.... Você sabe. – Disse o ruivo, ficando vermelho.

- Eu espero você pelo tempo que for meu anjo. Porque eu amo você. – Respondeu o moreno, puxando o menor para um beijo carinhoso.

- Posso pegar essa camiseta para dormir? É que eu não quero amassar a minha... – Pediu o menor, segurando a peça de roupa.

- Pode. Eu preferia que você não usasse nada, maaas... – Brincou Yunho.

- Assanhado. – Respondeu Jaejoong, usando a blusa para bater no moreno, que o segurou pela cintura e o puxou para um beijo apaixonado.”

Yunho sorriu com a lembrança. Mas ao abrir os olhos, percebeu que o que ele abraçava não passava de um pedaço de pano.

Suas mãos caíram em seu colo, cansadas demais para continuarem levantadas. Seu olhar fixo no nada procurava por alguém que nunca mais sorriria, nunca mais o abraçaria, nunca mais o beijaria, nunca mais diria que o ama.

Yunho abriu os olhos assustado. Levantou-se da cama perdido, não se lembrando como havia parado ali. Sentia-se estranho, como se tivesse dormido por dias a fio.

Desceu as escadas rapidamente e se dirigiu à cozinha, deparando-se com Kandji terminando de preparar seu café.

- Bom dia Senhor Jung. – Disse o senhor sorrindo.

- Bom dia Kandji. – Respondeu o moreno, confuso. – Que dia é hoje?

- Quatro de fevereiro. – Respondeu inocente, mas torcendo para que seu patrão se lembrasse, senão, teria certeza de que ele seria um homem morto.

Yunho gelou. Olhou Assustado para Kandji. Levantou-se da mesa e correu até o calendário preso à geladeira. Quatro de fevereiro.

Sua atenção é desviada quando a campainha toca e Kandji vai atender. Seu coração parecia pular no peito, olhando para a porta vazia.

De repente, aqueles olhos negros como jabuticaba, aquela pele branca como neve, aquele sorriso meigo como uma criança, aquele corpo lindo como um Deus e aquela voz melodiosa como canto de ninfas aparece à porta.

- Bom dia amor! – Entrou o ruivo saltitante na cozinha, dando um breve selinho no noivo.

O moreno não conseguia se mover. O aroma doce como as flores da primavera e sedutor como o dono invadiu o ambiente, dando a impressão que Yunho estava sonhando. Seus olhos, presos ao lindo jovem que o observava com curiosidade, pareciam estar lhe pregando uma linda e maravilhosa peça.

- Amor? Está tudo bem? – Indagou Jaejoong, aproximando-se o moreno, que estava branco.

Yunho levantou sua mão trêmula e, hesitante, tocou o rosto delicado do menor. Ao sentir aquela pele macia na ponta de seus dedos, o moreno abriu o maior sorriso de sua vida e abraçou Jaejoong com tanta força que quase o quebrou.

- Meu amor, me perdoa! Eu te amo demais! Você é tudo na minha vida! Eu amo seu cheiro, seu toque, seu sorriso, seu caminhar, amo até quando você me xinga. Por favor Jae, não me deixe! Eu amo você! Eu amo você! – Repetia o moreno, chorando de alegria.

O ruivo, sem entender, retribuiu o abraço carinhoso.

- Amor. Está tudo bem. Eu não vou embora. Eu te amo também. Calma! – Dizia calmamente, não entendendo a atitude do noivo.

- Olha, - Iniciou o moreno, segurando o rosto delicado do noivo entre as mãos que tremiam. – Hoje, eu vou ficar com você. Não vou trabalhar. Vou ficar ao lado do meu amor no dia do aniversário dele. – Dando um selinho na boca macia do menor e voltando a o abraçar.

- Você lembrou! – Exclamou Jaejoong. – Mas, amor... Está tudo bem? Você está tremendo... E chorando... – Gaguejou o ruivo, preocupado.

- Eu só tive um sonho ruim. – Explicou o moreno, sorrindo em meio às lágrimas. – Quero que saiba que eu estou muito feliz, e que vou me casar com você porque é a pessoa mais importante na minha vida. Você É a minha vida. – O beijando carinhosamente e o puxando para um novo abraço.

O ruivo olhou para Kandji, que também não entendia coisa alguma da situação.

Yunho tomou um banho rápido e se arrumou. Vestiu uma blusa branca com azul cortada levemente em um decote V, blazer preto, calça jeans da mesma cor e all star branco.

Ao descer novamente, viu Jaejoong sentado no sofá, o esperando, e não pode deixar de sorrir.

- Nossa! – Comentou o ruivo. – Tudo isso só para mim? – Levantando-se e abraçando-se no amado, que fez o mesmo.

- Tudo que eu faço é só para você. – Sorriu Yunho, beijando-o rapidamente. – Vem! Eu quero te levar em um lugar. – O puxando para fora e entrando em seu carro.

Durante todo o caminho, Yunho gritava “Eu o amo!” para as pessoas na rua, fazendo Jaejoong rir.

Ao dobrarem em uma esquina, avistaram ChangMin, que acenou.

- ChangMin! – Chamou o moreno, feliz. – Jaejoong é o amor da minha vida! – Gritou, vendo o amigo sorrir.

Sem demora, Yunho chegou ao seu destino²¹, estacionando o carro.

- Não acredito. – Balbuciou Jaejoong, incrédulo e feliz.

- Foi aqui que te pedi em casamento, - Disse o moreno, segurando as mãos do noivo emocionado. – E é aqui que eu volto para dizer novamente: Kim Jaejoong, eu amo você. Por favor, faça-me feliz e se case comigo.

- E é aqui que eu digo novamente que amo você e sim. – Sorrindo, abraçando-se no maior e o beijando apaixonadamente.

Após muito beijos, abraços e juras de amor, o casal caminhou de mãos dadas até um luxuoso restaurante para tomar café da manhã.

- Parece que está cheio. – comentou Yunho, - observando pela parede de vidro. – Vou lá dentro perguntar. Me espere aqui. – Beijando o noivo e entrando no estabelecimento.

Jaejoong sorri sozinho tamanha é sua felicidade. Amava Yunho mais que tudo, e seu dia estava sendo simplesmente perfeito. Era impossível acreditar que o sério e focado Yunho tinha largado tudo no dia de seu aniversário para passar o dia consigo.

Seus pensamentos são desviados quando sente algo em sua perna. Ao olhar para baixo, depara-se com um pequeno beagle sentando ao seu lado e o olhando fixamente.

Jaejoong sorri, se abaixa e começa a acariciar o filhote, que parece muito feliz com o novo amigo. Mas de repente os dois ouvem um latido, e o jovem percebe que a mamãe chamava por seu filhote. O pequenino não pensou duas vezes e correu em direção ao outro lado da rua.

O ruivo percebe que um carro vem em alta velocidade e corre em direção ao pequeno cãozinho.

Yunho, que voltava para falar com o noivo, percebe seu lindo anjo no meio da rua, e aquele vulto preto se aproximando rapidamente.

- NÃO! – Gritou o moreno desesperado, correndo com todas as suas forças até o jovem, jogando seu corpo sobre o dele.

O enterro do casal era tomado por tristeza. Todos os amigos não acreditavam que um casal tão feliz poderia ter morrido. Kandji e ChangMin estavam abraçados, soluçando de tristeza.

De repente, ChangMin sorri e olha para o céu. Ele sabia que estavam felizes. Juntos pela eternidade.

Yunho abre os olhos e se depara com o céu azul. Após alguns instantes, aquele rosto tão perfeito aparece, sorrindo docemente, enquanto o peso de seu corpo é sentido pelo maior.

- Achei que você nunca ia acordar. – Disse a voz melodiosa do ruivo, que o olhava com o olhar travesso.

- Por que não me acordou? – Indagou Yunho, entrelaçando seus braços fortes na cintura do jovem em cima de si.

- Você fica lindo quando está dormindo. – Respondeu Jaejoong, beijando o maior com carinho. – Vem. – Disse ele, levantando-se e puxando-o.

Só então Yunho percebeu que trajava uma camisa de mangas compridas, agora arremangadas, branca e calça jeans da mesma cor. Jaejoong estava perfeito, trajando uma regata branca, blusão de crochê também branco e calça jeans da mesma cor.

Parecia o anjo que sempre fora.

As flores em volta do casal exalavam o cheiro de Jaejoong, deixando o moreno ainda mais feliz e inebriado.

- Onde vamos? – Indagou, abraçando o noivo por trás e encostando seu queixo no ombro do menor.

- Ser felizes para sempre. – Respondeu a voz doce, fazendo Yunho sorrir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

1. Yunho:http://star.koreandrama.org/wp-content/uploads/2007/01/U-Know-Yunho7.jpg
2. Jaejoong: http://4.bp.blogspot.com/_yQaxrJFNh_Y/TAqgAgNt8XI/AAAAAAAAAAM/bJnkoHkn1Yg/s1600/TVXQ+H%C2%A3RO+K!m+JAE+JOONG+33.jpg
3. Porsche: http://4.bp.blogspot.com/_EUzA7JVDglY/TTDjDRxnBaI/AAAAAAAAAAk/SLoUG2lrkC8/s1600/porsche-carrera-gt-by-edo-competition11.jpg
1.2. ChangMin: http://static.allkpop.com/wp-content/uploads/2011/02/20110207_shim_changmin_athena_1.jpg
1.3. Anel de noivado: http://onossocasamento.pt/files/anel_2.JPG
2.1. Destino do casal: http://japao8c.no.comunidades.net/1117440497/124_hirosakicastle.jpg