A Guardiã Do Livro Oculto escrita por Lana


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Surpresa!
Não estranhem o fato de eu estar por aqui, postando, no meio da semana. Estou organizando meu tempo para que eu consiga publicar mais capítulos...
Conto com vocês, hein! Mandem reviews que eu posto mais rápido!
Espero que gostem.
Boa Leitura



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Capítulo 10

Pov Julie

É impressionante como os sonhos de meio-sangue se tornam realidade. Annabeth comentou comigo sobre eles, mas eu nunca pensei que o destino fosse tão eficiente. Percy havia acabado de acordar e nos contar o sonho esquisito que tivera e, no instante seguinte, percebemos que Grover tinha sumido.

O que deveríamos fazer? Acho que a única alternativa era procurá-lo.

Dividimo-nos em duplas para vasculhar o trem em busca do sátiro. Acho meio impossível que, quem quer que o tenha raptado, tenham tirado nosso amigo do veiculo tão rapidamente. Precisávamos encontrá-lo o quanto antes, afinal, desembarcaremos em Detroit amanhã à tarde.

A primeira coisa que decidimos foi que eu e Paige não deveríamos andar juntas, obviamente por causa das espadas e da pouquíssima experiência em missões. Assim, eu e Percy procuraríamos na parte da frente do trem enquanto Annie e a filha de Poseidon iriam à parte de trás. Nico viajaria através das sombras procurando em possíveis esconderijos aleatórios, sempre atento a qualquer movimentação suspeita.

Saímos imediatamente da cabine, todos equipados com suas respectivas armas e também utensílios de primeiros socorros – nunca se sabe quando um monstro aparecerá diante das suas fuças.

A despedida melosa do casal oficial do acampamento foi realmente algo que eu não gostaria de ter presenciado. Como se o amor tivesse alguma serventia... Fala sério! Fico admirada que Annabeth, sendo filha da minha mãe, tenha deixado a razão de lado para confiar no coração, mesmo que Percy seja um cunhado legal... Mas ainda sim era homem e o pior, filho de Poseidon. (n/a: Julie me lembrou a Ártemis agora.)

Annabeth e Paige foram à direção contrária a nossa. Do Nico eu não tenho como falar, pois nem cheguei a vê-lo sair. Percy mantinha uma expressão aflita no rosto, não há como negar que Grover seja seu grande amigo. Eu andava meio desconfortável ao lado dele, até porque nós não tínhamos de fato conversado desde que eu cheguei ao acampamento, nas vezes que nos falamos foram apenas formalidades.

O silêncio já estava ficando constrangedor quando ele puxou assunto:

- Julie, você é meio diferente dos outros filhos de Atena. – ele afirmou divertido.

- Já ouvi muito isso, só não consegui entender o por quê. – respondi suavemente.

- Digamos que seus irmãos sejam mais difíceis de se lidar. Quando eu conheci Annabeth tive a impressão de que ela não me suportava, e eu a achava muito arrogante também. Com o tempo nos ficamos amigos e depois... Ah, você sabe, não preciso ficar repetindo... – ele falou. Percebi que tentava se acalmar da tensão de ter um amigo perdido.

Sorri abertamente.

- Claro, ela já me contou... Você quis dizer que eu tenho um gênio mais brando?

Percy coçou a cabeça, em uma expressão clássica de confusão.

- É... Você é mais dócil do que eles.

- Hum. – eu apenas murmurei. Acho que ele percebeu que eu não estava muito legal.

Continuamos a andar em silêncio observando atentamente o ambiente à nossa volta. Passamos pela ala das cabines sempre batendo nas portas e perguntando ao pessoal se eles não teriam visto um garoto alto e coxo, com espinhas protuberantes no rosto, e um timbre de voz engraçado. Os que atenderam disseram todos que não. As cabines em sua maioria estavam vazias, já que o trem estranhamente estava com poucos passageiros.

Chegamos ao restaurante em que tínhamos almoçado mais cedo. O local estava simplesmente deserto, a não ser pelo barman à beira do balcão lavando alguns copos e pela faxineira que alinhava as cadeiras. Fizemos a mesma pergunta a eles, que também negaram. Não sei se Percy percebeu, mas ambos estavam com um olhar bem displicente, como se estivessem enfeitiçados. Dei um cutucão leve nas costelas do cabeça de alga (Annie me contou sobre o apelido dele), que olhou para mim com as sobrancelhas encurvadas, com certeza praguejando mentalmente por eu te feito isso. Limitei-me a apontar com os olhos na direção dos empregados do restaurante sobre trilhos, e falei inaudível até para mim: “Eles parecem estar enfeitiçados”.

Os empregados continuavam seu serviço como se não estivéssemos ali. Percy olhava-os há uns dois minutos, completamente imóvel. Depois parece ter despertado do transe e, sem perder tempo, murmurou baixinho : “Vamos embora daqui, rápido!”.

Saímos pelo lado oposto ao que entramos, parando frente a frente com os banheiros – masculino e feminino – do restaurante. Eu disse:

- Temos que olhar aqui também. Percy, você olha no banheiro dos homens que eu vou olhar no das mulheres. Encontramo-nos em uns cinco minutos, aqui mesmo. Se algum de nós demorar mais do que isso, o outro vai atrás, ok?!

Percy estremeceu. Na última vez que entrou em um banheiro tinha um monstro o esperando lá. Com uma boa dose de esforço conseguiu vencer a criatura, porém, inundou o banheiro da estação. Imagine se isso tivesse acontecido no trem em movimento? Seria uma péssima idéia...

Depois do rápido flashback que passou por nossas cabeças, o garoto falou sorrindo:

- Vejo que Annabeth já treinou uma substituta para a modalidade de “planos infalivelmente improvisados durante a missão”.

Tive que rir com essa. Não se pode negar, que, mesmo preocupado, Percy estava bem-humorado.

Entramos nos banheiros ao mesmo tempo. Quando abria porta, aparentemente estava tudo tranqüilo. Haviam cinco lavabos com torneiras de metal e um espelho enorme acoplado à parede. Do lado esquerdo havia boxes com sete privadas, uma em cada box. Das sete portas, duas estavam fechadas. Andei sorrateiramente até uma delas e bati. Não tive resposta, então, empurrei-a. Quando a mesma escancarou-se notei que estava tudo em ordem. Encaminhei-me para a outra então. Esta era a última porta. Bati e novamente não houve retorno. Tentei abri-la, mas ela estava trancada. Olhei pela abertura que havia abaixo e não achei nada de anormal. Eu não teria escolha. Apertei meu pingente de coruja com força e minha espada apareceu em minha mão, e com a ponta da lâmina, arrombei a frágil fechadura. Abri a porta e teria ido embora sem nenhuma pista, não fosse um papel lilás amassado e abandonado ao canto.

Segurei meu pingente e a espada desapareceu. Abaixei e peguei o papel que estava dobrado em duas partes. Desembrulhei-o e deparei-me com alguns garranchos que estavam embaralhados graças a minha dislexia, contudo, não demorei tanto para decifrar, por que estava escrito em grego antigo. Não me pergunte como eu aprendi essa língua, pois eu nunca fiz curso. Deve ser mais algum dom especial de semideuses, mas isso não é assunto pra esse momento.

Saí do banheiro em disparada e encontrei Percy no corredor. Perguntei a ele se havia algo no banheiro masculino, e ele balançou negativamente a cabeça. Foi então que abri a mão esquerda e estiquei o bilhete para ele e disse:

- Encontrei esse papel em um banheiro trancado, mas só havia isso lá. Temos que correr ou será tarde demais.

Percy olhou para o papel e leu em voz alta:

“A guardiã de Aquarius será a próxima”.


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Notas finais do capítulo

Quem se arrisca a decifrar a identidade da guardiã de Aquarius?
Leiam o próximo para desvendar mais esse mistério...
Reviews? Por favor, mandem, eu garanto que não mordo viu, pelo contrário, respondo a todos!
Até o próximo capítulo
Beijokas