Vento no Litoral escrita por Janine Moraes, Lady B


Capítulo 36
Capítulo 36 - Quase sem querer


Notas iniciais do capítulo

Então, voltei a estudar. Ou seja, menos tempo pra escrever. Tristeza define, mas como o próximo capítulo está pronto, acho que posto em breve. Espero que gostem!



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Acordei na manhã seguinte com mãos pequenas me sacudindo. Me sentindo meio tonta com isso. Abri os olhos, piscando, dando de cara com um Eduardo sorridente, usando um boné vermelho. As janelas do meu quarto abertas, o sol brincando com o rosto de Edu, que sorria.

– Acorda, acorda, tia Malu! – pisquei, tentando me situar. Olhei o relógio e gemi, me encolhendo. Ainda eram 8 horas. De um domingo, minha folga! Alguém puxou minhas cobertas e eu estremeci. Levantei a cabeça levemente, era Igor. – Meu pai fez café e nós vamos pra praia! Acorda!

– Está muito cedo, me deixem dormir mais um pouquinho. – implorei. No dia seguinte ao nosso jantar e ao aviso de mudança súbita de jantar, Igor não pudera nos levar a praia. E assim se seguiu pelo resto da semana. Eu até tinha pensado que ele havia desistido já que ele não mencionara nada em todos os jantares que passamos juntos, que na verdade era quase todo dia, pois Edith andava mais enfiada no apartamento de Pablo que qualquer um de nós dois podia suportar.

– Nem pensar. – Igor riu.

– Acooorda, tia! – Eduardo me encorajou, animada. Alguém puxou meu pé, me puxando para si. Os lençóis ficando para trás.

– Me solta, Igor. – protestei. Ele ignorou, me puxando até a beirada da cama e me levantando, me fazendo ficar em pé, num movimento rápido. Pisquei, tonta e me joguei para trás, visando a cama. Ele não deixou, me puxando e jogando nos ombros. – Me sooooolta.

Um Eduardo excitado corria atrás de nós, rindo, enquanto eu gemia e me debatia para Igor me soltar, sem energia suficiente para ser eficaz nisto. Ele me sentou no banco do balcão, uma xícara de café a minha espera. Eduardo se acomodou no outro banco. Suspirei, vencida. Passando a mão pelos cabelos e feliz de ter vestido um pijama comprido hoje. Porque se eu estivesse de camisola... Não queria nem pensar no constrangimento. Bebi um gole do meu café, tentando acordar. Surpresa, e meio desgostosa admito, reparei que o café de Igor era um milhão de vezes melhor que o meu.

– Onde está Edith? – perguntei, a voz rouca, surpresa por não ter outro par de risadas acompanhando Edu com a gracinhas de Igor.

– Está se arrumando, na casa de Pablo.

– Huum... – Não fora nada surpreendente. Eles não se desgrudavam desde que se ‘assumiram’. Em tempos antigos eu até falaria que em breve ela estaria grávida, só de brincadeira, mas pelo visto eu estava meio atrasada neste julgamento. – Eles não iriam ao médico? Começar toda a maratona?

– Edith conseguiu controlar um Pablo paranoico, vão essa semana ainda.

– Isso é estranho, já que Edith também está toda paranoica. – Ambos estavam tão ligados na gravidez que chegava a ser cômico, Pablo precavido e cuidadoso e Edith tentando disfarçar a emoção com seu sarcasmo, mas era meio óbvio e gritante o quanto eles estavam felizes por estarem juntos. Perfeitamente compreensível.

– Nunca saímos os 5 e tudo mais. Vai ser interessante. – Igor gesticulou. Eduardo se sentou no banco, o prato perto de mim.

– Claro, claro.

– Meu pai avisou que eu vou ter um primo, do tio Pablo. – Edu se intrometeu na conversa, a boca cheia de bolacha. Igor andava pela minha cozinha, parecendo se situar bem ali.

– Não fala de boca aberta, Eduardo. – ralhei, imitando o tom de Ceci. Ambos riram.

– Vai ser engraçado ver tio Pablo trocando fraldas. – Eduardo disse, entre risos. Olhei curiosa para Igor.

– Você ensinou seu filho a ser sádico como você?

– O que é sádico? – Eduardo perguntou inocentemente.

– Super engraçado, inteligente e maravilhoso. – Igor explicou, olhando para Edu que sorriu para ele, acenando com a cabeça.

– É, acho que combina comigo. – Edu se virou, sorrindo para mim. Revirei os olhos.

– Vocês são impossíveis.

– Meu pai está mentindo, tia? – Os cantos da boca de Eduardo se curvando um sorriso torto, parecidíssimo com o do pai. Isso não me incomodou, nem um pouco. Pareceu ainda mais adorável. – Não somos isso?

– Acho melhor eu ir me arrumar. – fugi da pergunta, fazendo ambos sorrirem um para o outro. Revirei os olhos, descendo do balcão.

– Se quiser eu te ajudo a escolher roupas pra você ir mais rápido. – Um Edu impaciente sugeriu.

– Não precisa, pessoinha. Eu me viro e juro que não vou demorar tanto quanto Ceci. – Ele riu, fazendo cara de dúvida.

Caminhei pelo meu quarto e fechei a porta. Pegando uma aposentada bolsa de praia. Coloquei uma muda de roupa em um dos ‘compartimentos’ da bolsa por preocupação. E escolhi um vestido azul razoavelmente confortável e a canga com uma blusa bem leve para esconder o biquíni. Coloquei a blusa de um ombro só e vesti o shorts de tecido fino. Prendi o cabelo com uma piranha e fui para o banheiro, escovar os dentes e os cabelos, e acrescentar o protetor a minha bolsa. Estava pronta. Caminhei para a cozinha, encontrando Igor terminando de beber sua xícara de café. Ele me analisou um pouco e eu corei. Eduardo parecia a vontade mesmo com aquela tensão entre nós, agora munido com uma pequena mochila de super heróis nas costas, provavelmente com outra muda de roupa e protetor solar infantil. Ele parecia não notar todos os sorrisos entre mim e seu pai, sorriu para mim e depois para Igor.

– Sua namorada é tãããão bonita, pai. – arregalei os olhos surpresa, mas Edu logo estava correndo para fora, com seu skate em mãos. – Vamos logo, vamos logo.

– Vai na frente chamar Edith e Pablo e nos encontraremos no estacionamento. – Igor avisou e Edu saiu correndo.

– Você contou a ele? – sibilei, Igor tinha um ar culpado, se aproximou falando baixo.

– Primeiro, Eduardo é um dos meus melhores amigos. E segundo, ele reparou sozinho, não pude esconder. – Ele passou a mão pelo meu rosto, colocando uma mecha da minha franja para trás. – Tira essa cara de choque, não existe alguém que ache isso tão normal quanto Eduardo.

– Disse a ele que sou sua namorada? – Estava tentando pensar em como Eduardo lidaria com isso, provavelmente estranharia, ué.

– Não.

– Então o que disse?

– Olha... Quando duas pessoas se gostam e estão juntas, isso pro Eduardo é namorar. Ou prefere que eu diga que estamos tendo um relacionamento só baseado em s...

– Igor! – ralhei corando, o fazendo rir e soltar meu rosto, se encaminhando para a porta. Igor girou a chave entre os dedos para mim, fazendo um gesto para que eu o seguisse, e caminhou para fora do apartamento. Fechei a porta com cuidado, então reparei que era realmente a primeira vez que saíamos todos nós 5 juntos. Edith e Pablo provavelmente estariam afiados e Igor e Edu hiperativos. Respirei fundo, tentando não pensar nisso como algo estranho.

Encontramos uma Edith enfiada numa saia até os pés e com uma blusa que lhe marcava o corpo curvilíneo e magro, mas era notável uma saliência em sua barriga. O ar sorridente, Pablo estava abraçada a ela e eu sorri com a imagem, a fazendo revirar os olhos. Eduardo praticamente empurrou todos para dentro do carro, absolutamente animado com o dia na praia. O caminho fora agitado. Eduardo havia perdido toda a indignação ao longo do caminho por ter que ficar no banco de atrás junto com Edith e Pablo, enquanto eu ocupava o banco do passageiro. Colocou a cabeça entre os bancos, conversando conosco sobre a escola, jogos e revistinhas, absolutamente animado, elétrico e a vontade, sendo acompanhado por um Pablo igualmente enérgico. Igor dirigia com cuidado excessivo, coisa que ele absolutamente nunca fazia quando éramos só os dois, provavelmente porque Eduardo estava aqui. O dia estava quente, mas havia muito vento, o que ajudava a amenizar o calor. Igor estacionou o carro em um bom lugar, descendo. O segui, abrindo a porta do carro para Eduardo que pulou, dando a volta no carro.

– De onde sai tanta energia? – Edith reclamou, apontando para Eduardo e Pablo. Ri de sua expressão.

– Logo você terá dois Pablos para lidar.

– Eu vou enlouquecer! – Ela colocou a mão na cabeça. Ri, o calor da tarde ameaçando me dominar. Logo Edith estava apenas com seu biquíni e eu a segui, tirando o shorts e a blusa, querendo aproveitar o sol. Enquanto Igor tirava a prancha de cima do carro com a ajuda de Pablo, arrumei a canga, me sentindo mais leve e até mesmo confortável. Eduardo observava os dois com um olhar distante. Igor arrumou a prancha e tirou a própria blusa me pedindo pra guardar, me analisando por tempo demais.

– Meu Deus, Igor. Para de olhar assim pra ela que eu fico constrangida. – Edith disse, entre risos, me fazendo corar e me puxando para a praia. Definitivamente, sabia que seria assim, ela sempre me provocando. Ao andar e sentir a areia em meus pais, assim como vento litorâneo em meus cabelos, e todo o cheiro de maresia me deixou calma e confortável. Não havia lugar como o litoral para mim. Estendemos as toalhas uma do lado da outra e esperamos os homens aparecerem. Pablo logo puxou Edith para o mar, os dois parecendo discutir levemente, mas sempre trocando sorrisos. Os observei ao longe. Logo, Eduardo apareceu com uma bola e Igor com sua prancha, ambos tendo uma discussão silenciosa, me acomodei, achando graça naquela troca de olhares.

– Já jogamos futebol da última vez...

– E foi legal não é? Porque não de novo? – Eduardo disse, cruzando os braços com a bola. Tossi uma risada... Igor me olhou acusatoriamente e eu dei de ombros.

– Por favor.

– Não quero surfar.

– Que tal nadar? – Igor tentou convencê-lo, abaixando levemente. – É legal, juro!

– Não sei não... – Ele disse, inseguro. Mas logo olhou pra mim. Opa, opa. – Se eu entrar no mar, você entra também tia?

– Eu? – respirei fundo, tentando escapar daquele pedido. Daqueles olhos molhados. – Você não precisa de mim.

– Por favor, tia.

– Ah, vamos lá! – Igor encorajou, me puxando pelas mãos e me puxando em direção ao mar. Me soltei entre pulinhos, fazendo Igor rir.

– Não sei...

– Eu seguro a mão dos dois. – Igor disse de um modo que parecia que não ia desistir. Eduardo pareceu mais relaxado com isso, mas eu não me sentia tão a vontade ainda. Gemi diante daquele olhar pedinte de Eduardo, era muito injusto!

– Ai meu Deus.

– Vamos tia, vamos. – Agora eram Eduardo e Igor me encorajando, este sorrindo pacientemente para mim.

– Ai meu Deus.

– Você está com mais medo do que ele, Malu. Toma vergonha nessa cara. – Igor disse, tirando uma com a minha cara, obviamente. Eduardo acabou rindo.

– Ok, ok. – suspirei, vencida. – Vamos logo antes que eu desista.

Entramos no mar cuidadosamente. Igor e Eduardo na frente, este agarrado ao pai e a minha mão. Me puxando. Me encolhi quando uma onda me atingiu na cintura, mas procurei prestar atenção em Eduardo, que soltara a minha mão e agora pulava na água, se animando e sendo segurado pelo pai, entre risadas. Me abracei, a água me balançando. Eduardo montou nas costas dos pais e logo eles estavam ensaiando pequenos mergulhos mais a minha frente. Procurei me concentrar na sensação gostosa da água mantendo em meu corpo, ao invés do meu medo de ser arrastada. Já Eduardo estava adquirindo confiança rapidamente. Evoluindo bem mais do que eu nesse quesito. Então o ouvi cochichar algo no ouvido de Igor... Que se aproximou, me puxando pela cintura. Congelei ao ver que ele procurava me puxar para mais perto. Hesitei.

– É legal, tia. Confia em mim.

– Vai ficar tudo bem. – Igor disse, como se tivesse falando com um bebê. Suspirei medrosamente e eles riram. Me agarrei ao braço livre de Igor e deixei que ele sustentasse meu peso quando a onda veio... Mais calma. Edu firmemente agarrado ao seu braço. A pele de Igor se arrepiando em contato da minha por baixo d’água. – Não foi tão ruim assim...

– Ainda quero voltar, por favor. – choraminguei e os dois riram. Pelo menos Edu parecia ter superado seu receio. Rindo de mim mesma voltei para minha confortável toalha. Vendo Igor e Eduardo brincarem por mais algumas horas, juntamente com Pablo. Até ensaiaram ensinar Eduardo com a prancha, animado com a perspectiva de surfar, que ele disse que era quase como andar de skate... Na água. Uma Edith sedentária prostrou-se ao meu lado, conversando comigo sobre assunto leves, nós nos distraindo com os três jogando bola após desistirem momentaneamente do mar, que ficou agitado demais. Igor volta e meia sorria para mim e eu me sentia extremamente viva com isto, meu coração explodindo em batidas irregulares. Era meio estranho desejar que isso nunca acabasse mesmo apesar de tudo que passamos. Mas era só isso que eu queria. Ter a certeza de olhar para o lado e dar de cara com a visão de Igor alegre. Ter a certeza de sentir seu olhar em mim. Queria que isso não acabasse, o queria.





Pov. Igor

Estávamos jogando futebol. Eduardo com a energia dobrada juntamente com o Pablo, que mesmo assim insistia em fazer seus chutes segurando uma bendita lata de cerveja. Malu e Edith estavam sentadas, conversando e tomando sol. Ambas atraindo mais olhares do que eu e Pablo podíamos aguentar sem querer matar todo mundo na praia, basicamente. Muitos marmanjos tiveram que ser espantados com olhares ou até mesmo avisos amigáveis de Eduardo, principalmente por causa de Malu e, também, não era por menos. Malu estava mais do que perfeita com seu biquíni rendado, confortável mesmo depois de ter entrado no mar, as faces levemente coradas. Edith a seu lado estupidamente radiante, volta e meia trocando sorrisos com Pablo.

– Pai, estou com sede. – A voz de Eduardo me fez voltar ao meu lugar. Pablo estava brincando com a bola. Apontei na direção de Malu.

– Malu deve ter água, vai lá. Aproveita e reforça o protetor solar! – gritei, mas ele já estava longe. Felizmente Malu pareceu me ouvir, porque lhe entregou a garrafinha de água e com a ajuda de Edith começou a passar protetor em um Eduardo satisfeito com a atenção dobrada, sorrindo.

– Se ele está assim agora, imagina quando crescer.

– Crescer mais ainda.

– Pois é, parece realmente pouco tempo que ele vomitava em você e em Ceci. Bons tempos. – Me lembrei dos tempos de Pablo sempre as nossas voltas, assistindo todos atrapalhados com o bebê. Sempre por perto, fugindo a cada trocar de fralda, mas sempre presente quando precisava dele nos momentos que Eduardo adoecia ou fazia algo novo. E logo seria ele a passar por tudo isso.

– Logo você será o vomitado. – avisei. Ele sorriu, parecendo pensativo. Esperei um pouco a sua pergunta, que parecia meio óbvia na sua testa, enquanto ele chutava a bola aos meus pés novamente.

–Igor, você acha que vou ser um bom pai? – Me assustei levemente com a pergunta, Pablo nunca fora lá um cara inseguro em tudo que fazia. Por isso sempre se dava bem em tudo, sua confiança lhe dava certeza, e sua certeza o tornava competente. – Quer dizer... Você tirou de letra tudo aquilo. Mas e eu? Eu disse pra Edith que vamos fazer nosso melhor, que sempre vou estar lá por ela, mas e se eu não conseguir?

– Relaxa. – Voltei a chutar a bola para ele. – Você vai ser ótimo.

– Vai me ajudar, certo?

– Que pergunta imbecil. – respondi, revirando os olhos.

– Obrigado... – Ele riu, olhando para Edith, a expressão severa.

– Não está em dúvida, está? Quer dizer... Tem certeza que é isso que você quer?

– Sim, eu só a quero. É estranho me imaginar não tendo outras garotas, mas estou surpreendente bem com isso. Em ter somente a ela. Sabe... – Ele disse, continuando olhando para Edith. – Se qualquer outra garota tivesse dito que está grávida de mim eu entraria em pânico e tudo o mais. E tecnicamente eu entrei em pânico. – Ri baixo da lembrança de um Pablo desmaiado. Ele coçou a cabeça. – Mas... É a Edith... e... Eu...

– Vamos lá, você consegue falar. – O encorajei a dizer aquelas palavras complicadas, principalmente para ele. – Não é tão difícil.

– É difícil sim... – Ele resmungou. – Eu gosto dela.

– Um começo isso. Gostar...

– Dizer que eu amava outras garotas sempre foi muito fácil, mas ela vai ser a mãe do meu filho, ou filha. Não é só uma qualquer. Mas além de carregar esse título, eu... – Ele respirou fundo, exageradamente. – Eu a amo, cara. Entende? Eu amando uma garota que não é a minha mãe ou minha amiga, blergh. É assustador e eu não faço ideia de como dizer isso a ela, ou como lidar com isso.

– Não precisa ter medo de amar alguém. – Avisei.

– Já vi como você ficou em relação a Malu. Você ficou um lixo. – estremeci, lembrando-me daqueles tempos antigos, em que me sentia zonzo, infeliz e arrasado sem ela. Mas não era porque eu a amava, eu não me sentia infeliz por amá-la. Era porque eu podia senti-la com tudo que eu era e tinha, mas não podia tê-la, tocá-la. Isso fora o que acabara comigo.

– Porque eu a perdi, você só perde Edith se quiser.

– Agora acho que posso dizer o mesmo de Malu pra você, certo? – Ambos olhamos na direção das garotas.

– Definitivamente dessa vez eu não vou perdê-la. – Nem poderia. Vê-la ali, sorrindo com Edu, os cabelos mais claros por causa da frequente exposição ao sol caindo em seus ombros em leves ondulações, as costas desnudas, o jeito como sorria para Eduardo, quando ele recuperado correu em nossa direção. O desejo e o amor que sentia por ela nesses momentos eram quase insuportável, absurdamente físico, só podendo sanando com um toque, milhares deles. E mesmo assim, nunca seria suficiente. Nunca teria o suficiente dela, mas queria tentar por toda uma vida. E eu a teria, enquanto me fosse permitido. Enquanto ela me quisesse. – Não posso, na verdade.



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Notas finais do capítulo

"E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você." Eu amo essa música (Quase Sem Querer - Legião Urbana), tanto que o título nem tem tanto a ver com o capítulo em si, mas escrevi ouvindo essa música, então ok KKK
Eu ando muito boazinha, sem dramas nem nada assim. KKK Sdds confusão.
Enfim, mas até o fim vou arranjar algumas confusõeszinhas porque não me aguento u,u Pois é, espero que comente, adorei os reviews do capítulo passado, mas várias de vocês sumira, poxa :( KK
Enfim, espero que tenham gostado. ^^



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