Love and Trust escrita por BeeGommes


Capítulo 11
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Att em 24/01/12
Capítulo 9: Entre mãe, filho... e pai?!
Bom dia ... autora louca e postando capítulo as 04:38 da manhã.
Formatação do Nyah esta ruim... boa leitura.



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Pov Edward.


Resolvi levar Paul para a casa dos meu pais pois ele estava demorando para acordar e eu queria caminhar e respirar um pouco de ar livre algo que não seria possível com uma criança agitada de sete meses no colo. E na casa dos meus pais também haveria minha mãe, Rosálie, Alice e até Kathy que depois de descobrirmos a gravidez estávamos tentando familiarizá-la com o mundo dos bebês.
Voltei para o parque com roupas mais despojadas depois de um bom banho no meu antigo quarto que agora era ocupado por parafernálias infantis.
Ao constatar que todos os meus filhos tinham um quarto na casa dos meus pais eu fiquei com um enorme peso na consciência por ter renegado Enzo, por nunca ter dado a devida atenção que ele e sua mãe mereciam, por ter falhado com Bella, a única mulher que realmente amei e que nunca valorizei, por ter falhado como pai com Enzo, com Kathy,  com James e com Paul por ter dado aos meus filhos – com exceção de Enzo – mães extremamente vadias, como Victória e Tanya.
Naquele ano de 1996 eu não sabia que minha vida mudaria tanto... só queria curtição, estava na minha fase rebelde. Fazia as coisas sem pensar nas conseqüências - ate hoje não sei como meus pais não enlouqueceram – e duas dessas conseqüências estão hoje com quase dezesseis anos e não sei o que seria da minha vida sem eles.
Não me arrependo em nenhum momento daquela fase digamos que negra da minha vida só mudaria uma única coisa. A mulher que pariu os meus filhos. Isso é uma das poucas coisas que me arrependo na minha vida. Victoria deu a luz aos gêmeos e falou na minha cara que não os queria e que se eu não os quisesse que os daria para a adoção. O que de fato aconteceu porém meu avô conseguiu recuperar a tutela das crianças para a família Cullen fazendo com que meus pais fossem os responsáveis legais por eles pelo fato de eu ser menor de idade, na época com dezessete para dezoito anos.
Graças ao empenho do meu avó no caso surgiu minha paixão pelo Direito ainda não sabia que área atuaria mas fiz as entrevistas paras as universidade – devo ressaltar as melhores do país- para aquilo sabia que era o que eu queria.
Eu já estava mais maduro pois eu era pai e meus pais me faziam ter responsabilidades para com os meus filhos. Eles ficavam com eles somente para eu estudar e trabalhar. Diversão na faculdade? Eu tive não nego mas só depois de muitas conversas com meus pais e depois de provar que eu não era mais um rebelde sem causa. Nessa época minha vida virou uma maravilha... meus pais ficavam com os gêmeos para eu sair e Jasper havia entrado na faculdade então curtíamos bem. Pouco depois conheci Isabella eu devia estar no terceiro para o quarto ano da faculdade e Bella no segundo foi em um curso extracurricular que fizemos sobre Psicologia pois ambos lidaríamos com pessoas e isso é extremamente irritante. O ser humano é estressante.
Demorei para apresentar Bella á família e confesso que ela não foi bem recebida por quase ninguém exceto pelo meus avós. Confesso também que não fiz nada para que a relação Bella-familia se fortalecesse. Não a levava a minha casa. Dificilmente saiamos com os gêmeos como a maioria de casais fazem quando alguém da relação tem um filho de uma relação anterior. Eu realmente procure pela desgraça e quando ela me encontrou eu a deixei me levar.
Bella foi uma heroína por aguentar quase dez anos o desdém e a indiferença da minha família e algumas vezes minhas. Parando para analisar o passado eu não consegui, eu não soube como manter uma relação, como tratar uma mulher. Eu errei por inexperiência, por falta de tato, por ser influenciável e principalmente por me deixar manipular e ser massa de modelar nas mãos de Tanya.
Voltei dos meus devaneios com uma brisa suave de começo de tarde batendo em meu rosto e deixando uma sensação boa. Parei de observar o lago que se estendia a minha frente e me voltei pro parque para observar as pessoas. A paisagem era linda. Muito verde, muitas pessoas caminhando, outras sentadas refletindo, outras escutando músicas, outras com cachorros e crianças e principalmente muitas famílias. Senti inveja desses que estavam com as famílias. Eles podiam estar e eu não. Porque a única família que eu tive se desfez no momento em que Bella e Enzo partiram.
Sempre amei o moleque somente resistia a isso. Eu sempre amei o garoto só tinha medo de demonstrar, de me apegar ao moleque e não sermos pai e filho. E se as merdas que Tanya dizia fossem verdadeira: eu sofreria e a criança também. Daí surgiu a minha indiferença ... a minha falta de interesse pela Bella e pelo Enzo.

Voltei a caminhar e ao longe vi uma arvore grande que com certeza teria uma sombra refrescante. A chegar perto vi que tinha um parquinho infantil com brinquedos. E nele havia um menininho que me chamou atenção e que eu conhecia, não tão bem como eu gostaria mas eu conhecia. O petiz tinha o cabelo entre o loiro acobreado e o castanho avermelhado. Uma mistura única. Uma mistura minha e de Bella. Um dos únicos resultados bons do meu casamento.


Ia me aproximar quando o menino correu para o outro lado da arvore chamando pela mãe, pela minha Bella. Dei a volta na arvore ficando assim na lateral do ponto em que Bella estava sentada em cima de uma típica toalha de piquenique com um livro na mão e alguns utensílios distribuídos sobre a toalha.


Enzo: Mãe, posso brincar com minha bola?

Bella: Pode sim querido mas antes a mamãe gostaria de falar sobre um assunto sério com você.

Enzo: Desculpa mãe foi sem querer que eu quebrei aquele seu vaso.

Bella: O que? Foi você?

Enzo: Foi sim. – dizia cabisbaixo.

Bella: Mas a Ângela disse que foi ela. – ela estava com uma espressão consternada

Enzo: Fui eu que pedi. Fiquei com medo de você brigar comigo.

Bella: Enzo já lhe falei que é feio mentir. Você tem que assumir as coisas que você faz. E eu realmente estou muito chateada de você não confiar na mamãe para contar sobre o vaso antes. Somos só nos dois e como será se não confiarmos um no outro? Não precisa chorar a mamãe só quer que você entenda que pode me contar as coisas e se foi sem querer quebrou o vaso eu não ficaria chateada.

Enzo: Tudo bem. Só me desculpe. – disse em meio a  soluços.

Bella: Shiu, só pare de chorar e me dê um abraço bem gostoso e apertado.

Fiquei encantado com o momento que presenciei. Nunca, nunca mesmo tive a oportunidade de ver algum filho meu interagir tão lindamente com a mãe apesar do Enzo ter levado um pequeno puxão de orelha. Me encantei com a ligação que eles tinham. E lamente não ter presenciado e participado de momentos assim. Eu me sentia indigno desse momento. Por mim rolavam emoções conflitantes e confusas.


Bella: Baby sente aqui. – disse puxando o menino para o seu colo- O que tem para falar é sobre seu pai.


Prendi a respiração. Eu realmente não esperava que ela fosse falar sobre mim para ele.


Enzo: O que tem meu papai?

Bella? Seu papai ...hum, ér... o que você se lembra dele?

Enzo: Não lembro muito. Só lembro que a vovó Renée me contou na ultima vez que ela veio aqui.


Bella tinha uma expressão claramente receosa quando perguntou o que sua mãe havia falado sobre mim.


Enzo: Eu perguntei sobre meu pai para ela e ela falou que ele e você não se falavam por causa de umas coisas de adulto que o papai fez e que deixou você muito triste. Ela falou algo como “Ele foi um canalha com a Bells por não ter confiado nela”. Ela pensou que eu não escutei mas eu escutei quando ela falou isso baixinho.


Isabella balbuciou palavras incompreensíveis para mim e creio que para Enzo também devido sua expressão.


Bella: Ok , sua vó me livrou de uma bela situação. Mas o que quero falar é que algumas coisas irão mudar. Seu pai será mais presente na sua vida. Ele irá  lhe visitar lá em casa e de vez em quando você irá a casa dele ou de seus avós. Você conhecerá o outro filho dele que é mais novo que você não sei a idade dele ao certo, só sei que ele é bebezinho. Você verá a barriga crescer igual a da tia Leah. As duas terão nenezinhos para nos mimarmos logo, logo.

Enzo: Isso vai ser tão legal ter um papai igual aos meu amiguinhos da escolinha. Não ser mais chamado de bobão porque não tenho pai. Será que se eu pedir para o papai ir na escola  na festa dos aniversariantes ele vai?

Meu filho dizia aquilo como se fosse natural, como... como se fosse rotineiro e normal ser diminui pela falta de um pai. Da porra de um pai como crianças em suas doces inocências podem ferir uma a outra sem se dar conta ou se dando conta. Eu realmente me senti o pio dos homens nesse momento. O pior. Porém senti que precisava agir. Conquistar terreno tanto com meu filho quanto com a  mãe dele.


Edward: Uhum, vou sim. Vou ir em todas as festas de anivérsario que tiver na sua escola e qualquer outro evento que eu possa ir.


Ambos se sobressaltaram ao escutar minha voz afinal esse encontro foi totalmente ao acaso ou como dizem força do destino...


Bella: Enzo vá brincar enquanto converso com seu pai.

Edward: Ele é muito obediente. –disse observando o menino correr para o parquinho sem questionar a ordem da mãe.

Bella: Alguém tinha que educá-lo.


O esse alguém não foi você ficou explicitamente implícito.


Edward: Agora poderei lhe ajudar. Posso? – pedi apontando para o espaço vago ao seu lado e ela assenti olhando para a direção do nosso filho.


Quando sentei senti a leve fragrância de seu perfeme.


Edward: Cartier de Lune?

Bella: Se sabe para que peguntar?

Edward: Touché. Você realmente mudou. – constatei.


Ficamos em silêncio. Eu não pensava em nada somente na fragrância tão conhecida por mim. Seu cheiro suave e delicado.  Seu temperamento dócil, sua expressão carismática ao avistar nosso pequeno. Tudo me encantava, tudo me fascinava.


Bella: Você vai realmente cumprir o que disse a Enzo?

Edward: Sim, lhe dou minha palavra de honra.

Bella: Obrigada mas eu passo. Você me deu sua palavra de honra a quase dez anos e não cumpriu. Hoje em dia sua palavra não vale nada para mim.

Edward: Certo, você esta no seu direito de desconfiar e eu nem posso reclamar do seu receio e do seu desprezo porque nitidamente você me despreza.

Bella: Ainda bem que sou uma pessoa fácil de ser interpretada. Escute bem Edward Cullen: mexa comigo, me bata, me xingue, me despreze um milhão de vezes mas jamais magoe meu filho novamente porque pode ter toda certeza do mundo de que te caço no inferno e você se arrependerá se fizer Enzo derramar uma lágrima sequer.

Edward: Isso é uma ameaça?

Bella: Não é  a constatação de um fato.


Nos calamos vendo Enzo retornar  e pedir suco. Bella me ofereceu algumas coisas creio que mais por educação do que vontade. Enzo pediu para que eu jogasse bola com ele e assim passei a tarde agradável passando um tempo de qualidade pela primeira vez com o meu filho.


Lá pelas seis horas levei-os embora. Não queria deixa-los ir e dei graças aos céus quando Enzo insistiu para que eu subisse e jogasse video game com ele. Bella não discordou devido a euforia do moleque mas estava notavél que ela não estava confortavél com minha presença.


Dei banho nele conversando louco para descobrir mais sobre meu filho enquanto Bella tomava seu banho. Jogamos o video game - um pouco antigo notavasse e fiz uma nota mental para comprar um mais moderno para ele - enquanto Bella fazia o jantar.


Fui praticamente expulso depois que Enzo dormiu mas não liguei. Se ela não me queria por perto é porque ainda ficava abalada com a minha presença.


Passei o resto do fim de semana sorrindo como idiota.









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Notas finais do capítulo

Não. Eu não desisti da fic só estou com um PC lento pra caralho...
Resolvi que haverá POV do Edward com mais freqüência pois encontrei mais facilidade em me expressar através dele. Isso não quer dizer que não haverá mais POV Bella só que os POV serão de acordo com o momento que estou escrevendo.
Beijos!