Percy Jackson :A Forja Perdida escrita por ManuelaCosta, muriloregis


Capítulo 7
Esbarro Na Boca Da Minha Irmã -Percy




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PERCY

Ok, eu tenho que admitir que ela talvez tenha puxado um pouquinho do talento de espadas de Poseidon, ela havia conseguido apontar umas espada para mim, coisa que ela não havia conseguido com uma normal, mas fez com Mordecostas, a antiga espada do meu velho amigo Luke... Talvez a ideia de ela usar essa espada me incomodasse um pouco, já que ela tirou a vida de tanta gente inocente, mas no final das contas ate a minha contracorrente já tinha tirado vidas também, mas mesmo assim...WoW.

Murilo não se rendeu a trocar de arma e não reclamei, então depois que explicamos tudo sobre a missão para Manu, nós dois voltamos para o chalé pra arrumar as coisas direito. Eu não estava muito nervoso para essa missão, mas a profecia me deixava curioso, eu não sabia quem era o filho de Poseidon que salvaria tudo, eu havia aprendido nesses anos que profecias não são coisas que podemos interpretar antes da hora, porque cada frase tem quase vinte modos de interpretação. O sol estava se escondendo atrás das montanhas e viemos jogando assunto fora o caminho todo, nessa semana em que tínhamos nos conhecido melhor, eu tinha descoberto que ela era a pessoa que mais fala besteira em que já conheci, o chalé de mármore azul apareceu no canto e adentramos, a fonte que tinha dentro dele fazia um barulho tranquilizante e eu amava mais ainda agora que o chalé não era solitário, eu havia arranjado uma companheira para tudo, quarto, jantar, treinos e tenho que admitir, era bem melhor assim.

-Nem acredito que estou em uma missão! –Ela resmungou ao entrar no quarto. –Eu vou morrer lá fora!

Balancei a cabeça negativamente.

-Imagine. Uma pessoa que luta assim não precisa se preocupar.

Eu nunca entendi as mulheres, mas com Manu eu tomava vinte vezes mais cuidado com o que falava, porque até meus elogios poderiam ser xingamentos fortes para ela. Ela levantou a sobrancelha em ar desafiador.

-Só está dizendo isso porque ganhei de você não é, gostosão?

Dei risada e em seguida assenti.

-Sabe que é verdade?

Abri um sorriso sarcástico, ela revirou os olhos.

-Você se acha, não? Sabe Percy, já pensou que eu posso ser uma versão melhor do “filhinho fodinha” de Poseidon?

Ela sorriu piscando pra mim e em seguida subindo da sua beliche, olhei para ela e balancei a cabeça com um sorriso no rosto.

- Então.... eu não tenho certeza quanto a palavra “melhor”.

 Falei abrindo o meu melhor sorriso metido, eu não sei direito quando, mas minha próxima visão foi de um travesseiro voando na minha cara, em seguida ela mostrou a língua para mim e riu.

-Quer saber? Vamos agir como crianças de sete anos agora! –Ela falou cruzando os braços. –Ops, quantos anos você tem mesmo, Percy?

Ela perguntou com uma voz de provocação, peguei o meu travesseiro e joguei nela acertando o seu rosto em cheio, ela fechou os olhos e me olhou feio, em seguida agarrou o travesseiro.

-Já era, agora eu ganhei outro travesseiro e ainda com o perfume do “cabeça de alga”.

Ela falou ainda me provocando, ignorei a provocação dando risada e me virando, até que ouvi.

-É assim? Percy Jackson perdeu para o travesseiro, que tristeza.

Não ignorei. Depois disso eu subi em sua beliche atrás do meu travesseiro, mas ela não queria soltar, estávamos brigando como duas crianças o que era o mais hilário na cena, ela arrancou o travesseiro da minha mão e bateu em mim, tentei agarra-lo de novo.

-Sério? Guerra de travesseiros? –Ela perguntou rindo. –Regredimos para crianças de cinco anos agora!

Tentei puxar mais uma vez, e ela fez o mesmo, estávamos que nem dois retardados rindo brigando por penas enroladas em um tecido, aquilo era uma cena que poderíamos guardar só para os dois. Eu não sei explicar exatamente o que aconteceu, me lembro de tentar pegar o travesseiro e conseguir finalmente tira-lo de suas mãos, mas naquela hora, eu odiei ter conseguido pega-lo, eu queria que continuássemos ali, olhei para ela como nunca havia a visto antes... Talvez havia a visto desse jeito antes, mas eu não aceitaria isso, há alguns meses eu me castigaria pelo que eu fiz em seguida, eu teria nojo, mas o travesseiro não era mais meu foco, meu foco era querer beijar aquela garota com varias penas sobre ela, e assim criando um beijo entre as penas do travesseiro. OK, atração acontece, eu achei que ela iria recuar, acho que ela até pensou nisso, mas de verdade, não dava. Ela ficou um tempo sem reação, mas em pouco tempo ela estava correspondendo o beijo com tanta vontade quanto eu, ela levou sua mão até minha nuca onde me puxava prolongando cada vez mais o beijo que eu não queria fazer parar, mas que diabos tinha dado na gente?! O beijo parou com sacrifício, mas logo depois disso o frio na barriga me atingiu e eu me senti completamente envergonhado, olhei para ela que se sentou quase imediatamente saindo de baixo de mim.

- Hum... Eh, me desculpe, não isso era para ter acontecido.

Falei com a maior cara de surpresa do mundo, eu acabara de beija-la? Ela me olhou ainda meio que em choque cobrindo a boca com a mão, ela balançou a cabeça.

-Não foi você... Eu... Hã...

Ela tentou falar alguma coisa, mas não consegui ficar pra terminar de ouvir. Desci da beliche no mesmo momento tentando fazer meu cérebro voltar a funcionar, então peguei minha jaqueta e fui recuando até a porta.

- Acho melhor eu... eh.... ir.

Graças aos deuses ela não me impediu, então saí do chalé com um grande “what the fuck” na cabeça.

Eu saí andando o mais rápido que conseguia, acabei de sair do meu Chalé apenas com um pensamento, o que foi aquilo que aconteceu lá???

Por quase todo mundo que eu passei eu ignorei, eu estava indo para o único lugar onde eu podia pensar, eu estava indo para a praia de Long Island, não era o lugar mais calmo do mundo, mas lá eu conseguia um tempo pra arrumar os pensamentos.

No caminho para lá, eu não tenho certeza se foi a culpa ou se foi real, mas eu juro que me vi passando por Annabeth, oh deuses! O que eu tinha para falar para ela? Que eu acabara de beijar minha própria irmã? Que estávamos fazendo uma guerra de travesseiros e eu acidentalmente tropecei e cai em cima da boca dela?

Então eu passei direto por ela e sai correndo em direção a praia, mesmo sabendo que não sairia barato depois.

Quando eu cheguei lá o mar piscou na minha frente, não parei de caminhar até mergulhar completamente na água, eu nadei ate o fundo do mar para ficar o mais isolado possível, a água estava fria e escura, os peixes não estavam por perto, então eu fiquei lá, pensando no que a Manuela estava pensando nesse momento, para falar a verdade nem eu sabia o que pensar naquele momento para ser honesto.

Mas tinha um a mais, não é? Grunhi, eu tinha que me preparar para a missão, deuses, me lembro de novo que a Manuela também iria nessa com a gente eu querendo ou não... Por mim eu simplesmente não iria, seria mais fácil, não? Mas ninguém nunca ousou desafiar uma profecia do oraculo.

Suspirei, eu ficara pensando em milhares de coisas erradas que poderiam acontecer nessa missão por causa desse acidente, argh, o pior de tudo que eu não vou conseguir esquecer isso nunca, além do mais aquele foi o melhor beijo que eu já tive... O que eu estava pensando?! Annabeth é minha namorada, Manuela é minha irmã! Não era?

Fiquei perdido lá em baixo por um tempo e ainda não tinha ideia do que fazer, eu não poderia ficar ali deitado no oceano para sempre... Bem eu poderia, mas eu ainda tinha que ir na missão, toda aquela historia que Nico tinha me contado me deixou abalado, eu não poderia simplesmente deixar ele na mão... Esse não era eu.


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