In Die Nacht escrita por julythereza12


Capítulo 42
Capítulo 42: One


Notas iniciais do capítulo

Depois de séculos, eu volto! o/'
Sorry a demora. Dankeschön os reviews, eu já irei responde-los, vou postar primeiro o capítulo porque faz séculos que não posto.
Boa leitura! o/'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/16683/chapter/42

 

“Não consigo me lembrar de nada

Não consigo dizer se isto é sonho ou realidade

Dentro de mim sinto vontade de gritar

Este terrível silêncio me prende

 

Agora que a guerra acabou comigo

Eu acordo e não posso ver

Que não resta muito de mim

Agora nada é real a não ser a dor”

 

(Trecho da tradução da música One do Metallica)

 

Eu me sentia tonta, mas segura nos braços dele. Devia chorar, chorar até me acalmar, mas sabia que isso não seria possível, nunca me acalmaria. A calmaria só viria quando eu vingasse cada uma das pessoas que morreram por minha causa e protegesse as que ainda continuavam vivas, as que eu amava. Enquanto ele acariciava o meu cabelo e cantava Zoom, eu assumia o controle das minhas emoções. Gustav já devia saber a verdade, Mary e Vanessa deviam ter contado para ele, aposto que iria querer rever Babis e Mary, eu sentia que ela não estava quase se agüentando em pé, uma hora ela iria pedir apoio para uma de nós e eu queria a ver ‘jogando a toalha’.

Quando me sentia super controlada, sai do aperto dele. Bill me olhou sem entender, mas eu não o encarei. Ele devia estar preocupado comigo e pior, devia estar querendo fazer alguma coisa.

- Você fique aqui. – falei para ele – Melhor, vá ficar com o Tom e logo Georg se reunirá com vocês. Irei ver como está a situação entre aqueles três.

- Mas Manuela... – ele começou ficando de pé.

- Não piore as coisas, faça o que eu estou te pedindo, por favor. – pedi suplicante.

Encarei-o, ele tinha o olhar triste, mas vez um gesto afirmativo com a cabeça. Passou à minha frente e saiu pela porta, eu o segui, precisava me certificar de que realmente ele iria para o quarto do irmão. Bill me deu um último olhar triste e se foi, eu me apressei em ir até o quarto do Georg. Bati duas vezes na porta e ele abriu-a com o cabelo meio frizado.

- Vá para o quarto do Tom assim que terminar de se arrumar, qualquer coisa de estranho nos chame, estaremos no quarto de Gustav. – falei antes que ele abrisse a boca para perguntar o que eu queria.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntou-me quando eu dei-lhe as costas.

- Aconteceu, fiquem juntos. – respondi e me adiantei até a porta do quarto que Gustav estava.

Assim que a porta se fechou, eu adentrei no quarto do outro. Gustav estava com uma expressão confusa, assustada. Imaginável. Ele me olhou atentamente, o encarei e fiz um gesto com a cabeça, minha expressão devia estar triste, eu estava me sentindo super triste.

- Mas não pode ser possível, eu vi você morrer! – ele exclamou vindo na minha direção.

- Para a CIA tudo é possível, Gustav Schäfer. – Mary falou, reparei que ela segurava a bacia fracamente.

- Mas... Mas... – ele começou, passando a mão pelo rosto.

- Relaxe, por favor. Temos um assunto sério a ser tratado aqui. – falei me sentando na cama dele – Mas antes de tudo, você não pode contar para os outros sobre mim, sobre nada que elas te contaram, ouviu bem?

- Mesmo que eu contasse, ninguém iria acreditar, eu ainda não acredito! – falou sentando ao meu lado.

- Ótimo. – mentira, não tinha nada de ótimo – Vanessa, ligue para a Fê e fale para Babis assumir o lugar de Mary. – pedi olhando-a.

- O que? Nem pensar, eu estou bem Manuela. – ela falou se exaltando, levantando-se.

- Não está não, sei que sangrou a noite inteira, encontrei sangue no lugar que você estava sentada. Ficará acompanhando essa missão com a Fernanda até se recuperar. Bárbara está melhor que você, acho que irá conseguir fazer algumas coisas leves. – revidei – Você é muito teimosa, irá voltar para o hospital. – suspirei cansada.

- Argh! – ela apenas resmungou, mas não teimou, sabia que eu tinha razão.

- Babis? – Gustav perguntou. Quase tinha me esquecido de que ele estava ali.

- Sim, a ruiva de cinco anos atrás. Ela entrou para a CIA comigo, mas ainda está em teste. – respondi rapidamente – Bem, agora você deve se juntar aos outros. Todos devem ficar juntos, é mais fácil para nós. Ainda temos essa entrevista e uma sessão de autógrafos, será que Babis consegue se aprontar para nos encontrar em um desses eventos? – perguntei para Vanessa, ela já estava ao telefone com Fernanda.

- Ela já começou a se arrumar, sabia que a chamaríamos. – me respondeu – Mary arrume as suas coisas, o furgão preto está te esperando na entrada do hotel. – falou para a de cabelos negros.

Mary se levantou, fez um gesto que eu nunca entendi para mim e se foi, Gustav a seguiu para ficar com os outros, lembrei-o para ser discreto. Ficamos eu e Vanessa ao telefone. Ela conversou algumas coisas há mais com a Fê, e assim que terminou, me encarou.

- Você está bem? – perguntou fechando o celular.

- Tenho que estar. – respondi suspirando cansada – Com a Babis aqui, acho que será mais fácil. – acrescentei refazendo o coque no meu cabelo.

- Hum, se você diz... Babis irá nos encontrar na sessão de autógrafos, damos conta da entrevista é num lugar fechado e temos os seguranças aqui. – falou por final, se levantando.

- Certo. Vá ver como os quatro estão, vou terminar de me ajeitar e acertar essa lente. – disse-lhe já com as lentes pretas na mão.

- Okay, mas não demore. – e saiu, me deixando sozinha no quarto.

Fui para o banheiro de lá mesmo e tirei o que precisaria para recolocar as lentes de um suporte na minha coxa, o outro tinha minha fiel arma. Assim que me acertei, refiz melhor o coque e sai do banheiro, do quarto, indo para o lugar que todos eles estavam reunidos.

Quando eu entrei sorrateiramente, Vanessa estava explicando a situação para ele, sobre Mary ter que ser substituída e quem iria entrar no lugar dela, Bárbara Vierkes. Surpreendi-me quando ela falou o verdadeiro nome de Babis e os garotos também pareceram se assustar, como se lembrassem da ruiva alocada de cinco anos atrás.

- Bárbara Vierkes? – Tom quem perguntou.

- Sim, por quê? – Vanessa respondeu e perguntou meio grosseiramente...

- Nós a conhecemos? – ele perguntou olhando para os outros.

Fiquei ao lado de Vanessa e encarei-o.

- Suponho que sim, ela está em teste, era brasileira e tinha ido à Alemanha há cinco anos atrás. – respondi, melhor falar tudo de uma vez, ué.

- Ela entrou para a CIA? – Georg que perguntou agora.

- Sim, faz quase cinco anos. – respondi – Ela entrou comigo. Fê acha apropriado que fique alguém de quem vocês tenham conhecimento, por isso ela foi escolhida para a missão. – falei o óbvio.

- Exatamente. – Nessah concordou comigo.

- Bem, isso é estranho. – Tom disse por final.

- Nem tudo é tão estranho. – deixei escapar – Acho melhor descemos para o café da manhã, depois iremos para a entrevista.

Todos desceram para tomar o café da manhã, foi rápido, estávamos atrasados por causa dessa confusão toda. Nessah e eu fomos na mesma van que os quatro, eles estavam quietos, pensando em tudo que aconteceu naquele início de manhã. Percebi uma movimentação estranha na rua, carros pretos demais para o meu gosto e alguns atiradores quando descemos para o prédio da entrevista. Informei imediatamente a Vanessa, ela mandou reforçar a segurança.

Por sorte ou azar, a entrevista foi boa. Eles fizeram poucas perguntas e mal nos notaram, duas seguranças naquele meio, isso eu achei bom. Quando Bill falou que precisava ir ao banheiro, eu fui obrigada a segui-lo.

Bill percebeu que eu o seguia, mas nem me deu muita bola, afinal precisávamos ser profissionais. Ele entrou no banheiro e eu fiquei na porta, encostada bem do lado da entrada. Pensei que não teria ninguém lá, mas me enganei quando comecei a ouvir vozes. Abri apenas um pouco a porta bem silenciosamente para ouvir a conversa...

- Sei que já faz tempo, mas é verdade que você namorou uma tal de Manuela Wilscream? – a voz desconhecida perguntou para o Bill.

O silêncio se fez presente naquele lugar, não tinha ideia de como ele estaria, mas quando estava quase abrindo completamente a porta do banheiro para chamá-lo de volta à entrevista, Bill começou a respondeu a pergunta do cara.

- Não, eu nunca namorei nenhuma Manuela. Era apenas uma amiga que já não está mais entre nós. – ele respondeu com a voz meio tremula.

- Oh, sinto muito, não queria lembra-lo de coisas tristes. – o cara falou numa falsa desculpa.

- Tudo bem, já passou, temos que seguir em frente. – Bill falou com a voz mais próxima da porta.

- Mas o que você faria se ela ainda estivesse viva? – droga, a conversa estava indo para um lado muito ruim...

Os passos do meu protegido cessaram, ele parou quase já na porta.

- Ahm, ela está morta, não faria nada. – ele respondeu e a mão dele girou a maçaneta sem necessidade.

Eu sai imediatamente do caminho, Bill me olhou tenso e mandei ele seguir o caminho dele com o olhar. Após ter feito o que pedi, me sentei num banco próximo ao banheiro feminino fingindo que mexia no meu celular. O homem saiu de lá arrastando um carrinho, era um funcionário da limpeza ou seria um funcionário da limpeza disfarçado? Aquele tipo de gente não usava um Rolex original. Entretanto, eu não pude seguir o cara, meu celular vibrou com Nessah me chamando, a entrevista já devia ter acabado. Voltei para a sala que eles estavam e voltamos para o hotel almoçar.

Conversei com Nessah e com Fê pelo celular, elas acharam suspeito também, mas não ficaram matutando que nem eu fiquei. Aquele cara me lembrava o mesmo que tinha me seguido no shopping há cinco anos atrás.

Os quatro pareciam estar mais calmos, a segurança tinha sido bastante reforçada após termos encontrado os atiradores e ficariam mais ainda quando Babis se juntasse conosco. Eu apenas tinha medo de que ela me chamasse de Manu ao invés de Anke, ela nunca foi muito boa em guardar nomes, tirando isso, estava tranquila. Tentei há todo custo não ficar sozinha com o Bill, mas nem deu muito para ele tentar ficar longe dos outros, logo tivemos que sair novamente para a sessão de autógrafos.

Fomos no furgão preto novamente, entretanto, não gostei nada da movimentação à nossa volta, achei ter visto muitos caros pretos suspeitos. Vanessa falou que era coisa da minha cabeça, mas eu tinha certeza absoluta que não era. O caminho até a praça foi um pouco longo, o trânsito já estava maçante, então eles foram conversando, gravando mais um episódio para o TH TV, mas eu percebia a quietude de Gustav, ele parecia tenso em se encontrar com a Babis, foi o que pensei.

Vanessa e eu nos misturamos em meio às garotas, tínhamos trocado de roupa e íamos ficar no meio das fãs loucas, era mais fácil de vigiá-los e perceber se tinha algo estranho. Babis estaria naquele meio também, devia estar naquele meio, mas com meus olhos foi fácil acha-la. Naquela suruba toda, nós entramos na fila e fomos pedir autógrafos na maior cara de pau. Fê disse que aquilo disfarçaria mais ainda, mas eu não tinha gostado muito da ideia.

Sentia que havia voltando uns cinco, seis anos atrás, quando era completamente fanática por Tokio Hotel. Mas aquilo foi no mínimo estranho, ir pedir autógrafos para os caras que você nem era mais tão fã assim por causa da falta de tempo. Minha cabeça estava doendo com aqueles berros e flashs todos, aquilo era demais para mim, eu estava a ponto de sair daquela fila quando vi algo reluzir às minhas costas. Parecia que era uma arma e eu me apavorei. Avisei as duas sobre o que tinha visto, mas logo o cara foi surpreendido por ninguém menos que Fernanda. Até eu fiquei surpresa com o silêncio e a capacidade de render o cara daquele jeito, ninguém percebeu e ele mal reagiu, ela devia ter o imobilizado.

Respirei mais tranquila e a fila andou mais um pouco, pude ver Gustav na beirada. Babis ofegou em silêncio, ela estava começando a ficar nervosa. Nessah pediu para que ela manter-se calma, mas nem adiantou muito. Andamos mais um pouco e eu fui a primeira a chegar em Gustav, ele assinou o meu CD dando uma breve olhada para mim enquanto eu seguia para o Georg, mas quando ele olhou para a próxima fã, seus olhos se arregalaram minimamente, ele já à tinha reconhecido.

Será que era quando o Bill me via? Perguntei-me olhando para o cara de moicano no final da mesa. Ele levantou o olhar para me encarar e sorriu discretamente, conclui que era.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, mais um capítulo postado. As coisas irão andar um pouco mais depressa a partir de agora e eu não irei demorar (muito) para postar o próximo, prometo.
Obrigada pela paciência! Reviews? *----*'
Até o próximo capítulo, kiss. ;*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "In Die Nacht" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.