In Die Nacht escrita por julythereza12


Capítulo 19
Capítulo 19: Wenn nichts mehr geht


Notas iniciais do capítulo

Oba, mais um capitulo!
Boa leitura!



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“Wenn nichts mehr geht
Werd ich ein Engel sein, für dich allein”

 

(Trechos da música Wenn nichts mehr geht)

 

Após ter ouvido aquela discussão, se eu posso chamar aquilo de discussão, eu voltei para o meu quarto. Sentei-me no braço do meu sofá e escorreguei para sentar-me certo nele. Comecei a refletir naquele silêncio do meu quarto. Bill insinuou que Tom está interessado em mim... Mas, o Bill também está. Essa era a explicação do porque o Tom querer se aproximar de mim? Estava tão na cara assim que eu estou interessada no Bill? O Tom ficara sabendo que o Bill me agarrou naquele lugar maravilhoso... Será que tínhamos aparecido nos jornais? Oh mein Gott!

Levantei rapidamente do meu sofá e fui para o dormitório, procurei o controle da TV e a liguei.

“Essa é uma foto de ontem à noite, eles fugiram da festa e foram para o Britz? Manuela Wildscream, neta de Paul Poürshe, o famoso presidente da sede da Universal Music, seria a mais nova namorada de Bill Kaulitz? Temos várias fotos da noite anterior em que, na maioria, eles aparecerem juntos. Teria o nosso famoso vocalista cantado para a nossa adorada garota? Finalmente após a seca de três anos sem beijar ele teria encontrado a sua princesa encantada? Vamos aos comentários de...”

Desliguei a TV, não precisava de mais informação nenhuma. A Alemanha inteira devia estar sabendo da nossa escapada. Foi muito irresponsável o que nós fizemos, se tivéssemos levado apenas um segurança... Ah, mas já era e eu não me arrependo.

Fui tirada dos meus pensamentos com uma batida na porta.

- Pode entrar. – falei elevando um pouco a voz.

A porta foi aberta e Buffy foi a primeira a aparecer, ela veio correndo animadamente e deu um baita pulo.

- Está virando uma perereca Buffy? – perguntei pegando-a e colocando-a em cima da cama.

Ela latiu na direção da porta e eu me virei para olhar. Bill estava parado lá, olhando para mim e para a Buffy que começou a rolar animadamente na minha cama.

- Bom dia. – desejei para ele.

- Boa tarde. – ele falou um tanto sério se aproximando e sentando-se ao meu lado na beirada da minha cama.

Eu fiquei em silêncio por um momento, olhando para a TV desligada e comecei:

- Liguei a TV agora a pouco. – comentei.

- Está acordada há quanto tempo? – Bill perguntou.

- Acho que mais ou menos meia hora. – respondi dando de ombros.

- Você saiu do seu quarto?

- Ahm, sai sim... Buffy me acordou latindo, querendo sair do quarto, e bom... Eu fui ver o que ela queria... – expliquei, mas ele me interrompeu.

- E ela te guiou até onde estávamos, certo?

- Foi.

- Então, você ouviu? – perguntou.

- Sim. – respondi sinceramente, de que adiantaria eu esconder?

- Eu... – Bill começou, querendo se explicar, mas eu não deixei.

- Você não tem que me explicar nada, okay? Eu só preciso saber o que a imprensa sabe tanto... – falei.

- As coisas não ficaram tão legais a partir de agora. – ele começou me explicando – Eles sabem onde estamos, tem vários carros parados lá na frente da mansão. O Senhor Poürshe falou que ia dar um jeito. Eles têm aquela foto do Britz, e mais algumas da festa, e também da entrada... Quando eu te abracei no tapete... Estão fazendo um monte de especulações, David vai tentar fazer algo para acalmar um pouco a situação... Mas ele não prometeu nada.

- Ah, isso é ótimo! Quer dizer que não poderemos sair de casa! – exclamei desanimada, ou tentando ficar um pouco desanimada.

- É aí que a senhorita se engana. – ele afirmou num tom mais descontraído.

- Me engano?

- Sim. Não precisamos esconder mais nada! – Bill exclamou indiferente – Podemos sair na rua sossegados como ami... Não, podemos sair na rua juntos, mas é claro, rodeados de seguranças, mas podemos sair!

- Bill... Você não precisa fazer isso tudo por mim. – afirmei encarando-o.

Ele estava de maquiagem, com o cabelo baixo. Vestia uma camiseta preta com detalhes em prata, calça jeans como sempre e tênis da addidas.

- Manu, estamos juntos nessa, e eu quero continuar. – ele afirmou decidido segurando a minha mão – Eu estou nem aí para o que a imprensa vai falar, ou seja lá o que for, mas eu quero continuar com você.

Eu fiquei sem palavras para tudo o que ele falou. Eu estava pouco ligando para a imprensa, mas eu não tinha duvidas quanto ao o que eu queria.

- Tudo bem, estamos juntos nessa. – concordei olhando para ele.

Bill sorriu, um sorriso que me fez ficar nas nuvens e depois me abraçou fortemente.

- Demorei tanto para te encontrar, não vou deixar ninguém toma-la de mim. – ele falou um tanto egoísta me abraçando e dando um beijo no topo da minha cabeça.

- Ahm, como os outros reagiram quanto a isso? – perguntei, estava um tanto curiosa.

- Seu avô falou que isso era obvio já, uma hora ou outra ia acontecer. Sua mãe está muito alegre. Georg e Gustav estão de boa... Só o Tom e o seu pai que não parecem ter gostado muito disso tudo. – ele falou me afastando delicadamente para olhar nos meus olhos.

- Meu pai? O que ele falou? – perguntei rapidamente.

- Só entendi que isso não era bom, depois ele começou a falar em outra língua, não era alemão nem inglês... Não entendi mais nada da conversa. – respondeu sem me olhar.

- Ah, lá vai meu pai causar confusão. – falei num tom meio desanimado.

- Ele falou que ia conversar comigo depois... Quando você saísse com a sua mãe para buscar a Babis...

- Não! Eu não vou deixar você passar por isso. Meu pai é meio doído, tem um lado protetor muito grande. Você vai comigo buscar a Babis.

- Manuela... Uma hora eu terei que conversar com o seu pai. Vamos atrasar ainda mais isso? Vai tentar manter ele afastado de mim até domingo? Eu acho melhor eu conversar com ele. – Bill falou num tom de confiança.

- Você é mais estranho do que eu pensava. Ao invés de estar fugindo do meu pai, quer conversar com ele! – afirmei olhando-o.

- Eu apenas não estou com medo de mais nada, okay? – ele falou – Agora é melhor você se trocar, seus pais querem almoçar com você.

- Aham, okay. – falei me levantando.

Mas antes que eu entrasse no meu closet, ele veio, me agarrou e me beijou rapidamente. Por um momento eu fiquei sem ação, achei que ele fosse sair do meu quarto e não me beijar. Depois, ele se afastou e piscou marotamente, pegando a Buffy no colo e saindo do meu quarto.

Eu dei risada sozinha e entrei no meu closet. Naquele dia vesti uma calça jeans cinza, quase que para o preto. Uma camiseta do Paramore que a Babis tinha me dado e all star vermelho, para combinar com a camiseta. Penteei meus cabelos e desci para a sala de jantar.

O clima na sala de jantar estava meio estranho, mas apenas para o lado do meu pai. Ele toda hora mandava indiretas para a minha mãe em português e ela sempre dava uma cotovelada nele para que ele parasse de falar.

“Devíamos contar para ela a verdade.” Foi a única coisa que eu entendi antes de minha mãe falar em alto e bom som para ele ficar quieto. Aquilo me intrigou um pouco, na verdade eu fiquei bastante curiosa. Meus pais estavam escondendo algo de mim, foi a certeza que eu tive.

Após o almoço fiquei conversando com o meu pai sobre a carreira de jornalista, ele me contou várias coisas, como as viagens, as entrevistas, as matérias e até mesmo as capas de revista ou jornal que ele já fez. E quando ele ia mudar o rumo da conversa, para algo que eu não descobri o que era... Minha mãe apareceu cortando a conversa, dizendo que estava na hora de pegar a Babis.

Minha mãe me levou para o aeroporto, mas é claro que um carro cheio de seguranças foi atrás da gente. Não tinha mais tumulto na frente da mansão, mas logo um carro começou a seguir a gente, e não era o ecosport preto com os seguranças.

No desembarque, eu estava muito ansiosa, veria a minha melhor amiga depois de duas semanas só falando por telefone. Eu estava segurando uma plaquinha preta e escrito em vermelho vivo “A espera de uma coisa vermelha”, igual ao que ela fez comigo quando eu voltei para o Brasil, só que a placa era branca e a escrita em preto.

Em meio a multidão eu vi uma cabeçinha vermelho vivo, só podia ser ela, quem mais pintaria o cabelo daquela cor? Dito e feito, era ela sim. Babis apareceu melhor, e eu pude ver os cabelos vermelhos um pouco mais compridos que os meus, os olhos verdes dela, a pele clarinha quase que pálida, ela era apenas um pouco mais alta que eu. Ela veio correndo na minha direção, e me abraçou deixando mala vermelha cair no chão.

- Mein Gott! É você, é você, é você! – ela gritou escandalosamente.

- Sim, sou eu, a pessoa que você está sufocando! – exclamei.

- Ahm, sorry. – ela pediu alegremente se afastando.

Pude ver melhor ela. Babis estava vestindo uma calça jeans azul clara, uma camiseta branca do Paramore, all star branco e maquiagem do estilo da Hayley. Aquela era uma viciada em Paramore.

- Mein Gott! O que você fez? Parece que cresceu mais... – ela falou medindo a minha altura com a dela.

- Boba, continuo a mesma. – falei rindo.

- Caraca, nem acredito que... – Babis começou, mas assim que viu a minha mãe foi correndo abraça-la – Tia Helena! Que saudades! – ela exclamou agarrada a minha mãe.

Babis adorava a minha mãe e vivia chamando-a de tia, e minha mãe adorava a Babis, então nunca se importou.

- Você também cresceu criaturunha, está mais bonita! – minha mãe exclamou animada quando a Babis se afastou dela.

- Que isso tia. A senhora continua deslumbrante como sempre! – ela falou animada batendo palminhas que nem uma criança – Nem acredito que estou na Alemanha!

- Bem vinda sua doida. – desejei à ela.

Os seguranças que estavam de olho na gente pegaram as malas dela, duas pretas de mão e quatro grandes vermelhas.

Quando estávamos saindo do aeroporto, apareceram os paparrazis, tivemos que correr para o carro. Babis ficou animada, falando que não sabia que eu era tão famosa aqui na Alemanha. Mais eu não precisei falar nada, porque, acho que uma fã de Tokio Hotel gritou escandalosamente ‘Olha a namorada do Bill’. E curiosa que só ela, não me deixou em paz até que eu contasse para ela sobre a noite anterior. Basicamente ela me obrigou.

Chegando a mansão Poürshe, minha melhor amiga ficou encantada com o que via.

- Acho é um tantinho maior que a minha... – ela mencionou enquanto entravamos nela.

Eu dei risada e falei que era apenas um pouco maior que a dela. Tinha uns quatro quartos a mais e outras coisas. A casa da Babis, ou melhor, a mansão dela era uma das mais belas e caras de São Paulo.

Babis ficou encantada com cada cômodo que passava, comentando sobre a decoração, a cor das paredes. Mas ela ficou mais encantada ainda quando viu a Buffy, que veio correndo na minha direção ao me ouvir chegar.

- Ah que graça! Venha com a Babis. – ela chamou alegremente a Buffy, e como aquele filhote adorava atenção, foi correndo de encontro com a Babis. Ela a pegou no colo sem se importar com os pelos da minha husky.

Buffy pareceu gostar bastante da Babis, porque enquanto a minha amiga à agradava, ela fechava os bonitinhos olhos azuis. As duas pareceram se dar muito bem.

- Manu, eu quero ser a madrinha dela, posso? – ela perguntou-me com os olhinhos brilhando.

- Claro que pode! Sua afilhada, Buffy! – exclamei rindo divertida.

- Ah, você é demais! – ela exclamou com a Buffy no colo.

- Boba, vamos, quero te apresentar para os garotos. – falei continuando a andar em direção ao Salão de Jogos, onde Sabine havia me avisado que eles estavam.

- Ótimo, alguém para treinar o meu alemão! – ela exclamou e me seguiu levando a folgada da Buffy.

 

“ Wir werden uns nie mehr verlier'n
Nie mehr verlier'n”


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Notas finais do capítulo

E finalmente a dona Babis aparece! =D E junto com ela virão muitas confusões... Ela é só o começo! *---*
Deixem reviews! ;** Beijux, e até o próximo capitulo!