Aco 1 Eu Já Tinha Me Acostumado Com Ódio escrita por Lady Dreaming


Capítulo 3
3. Maldita seja Minerva Mcgonagall


Notas iniciais do capítulo

Gente, aqui o terceiro capítulo, me contem o que acharam depois, ok? Boa leitura =)



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Sábado. Ótimo, eu precisava mesmo de um fim de semana depois dessa semana de estresse. Tudo o que eu preciso é acalmar, me isolar da sociedade, das pessoas e principalmente da pessoa mais idiota desse universo... Malfoy. Pensar que algum dia (ontem) eu tive a coragem de chamá-lo pelo primeiro nome. Mas enfim, eu preciso de um tempo sozinha, um tempo para mim... Então está decidido. Hoje eu não falo com ninguém, nem amanhã... “Nem comigo?”

 -Não, nem com você. – Murmurei para mim mesma.

 Então... Ah, é, não falarei com ninguém, porque é sempre assim... Meus problemas são as pessoas, e quanto mais eu tento me distanciar delas, parece que meu corpo cria um imã para elas, e elas vem chegando aos montes... Ah! Ótimo, hoje é dia de ir para Hogsmeade. É só eu fingir que vou um pouco mais tarde, se eu falar que não vou eles me perseguem, e eu acabo ficando aqui e invento uma desculpa idiota.

 -Acorda, Hermione! – Merlim, me responda uma coisa... Vocês aí em cima estão com algum concurso de quem acaba mais com a vida das pessoas? Por que eu posso dizer que eu acho que você está vencendo, não precisa continuar competindo não... Eu deixo, agora me deixa em paz, por favor.

 Gina puxou com tudo o cortinado da minha cama... Repito: MINHA cama! Como ela se atreve? Ainda está cedo, eu ainda tenho tempo de me arrepender de viver mais um dia e não vivê-lo e ficar apenas nos lugares mentindo, apenas existindo, falando que eu estou bem. Eu já estou craque nisso, aliás, é a mentira que eu mais uso na vida.

 -Hmm... – Eu acho que eu consigo fingir e talvez ela vá embora.

 -E pode parar de fingir porque eu não vou embora. – Tudo bem, uma mera coincidência.

 -Hmm... Mãe, não mãe, eu tenho medo de água, não me faça entrar aí... Mãe, eu... – Murmurei como se estivesse falando enquanto dormia, acho que desse jeito ela iria embora.

 -E eu não vou embora nem que você fique falando como se estivesse dormindo. – Ok, era óbvio que eu estava fingindo, mas tentar mais um pouco não faz mal nenhum, talvez ela se canse.

 -Hmmm... – Murmurei agora... Nossa, agora sim eu devia ganhar um Oscar por melhor atuação espontânea do mundo.

-Hermione, pare de gastar o seu tempo e o meu, você não vai ganhar nenhum dos prêmios que vocês ganham no mundo trouxa. – Tudo bem, essa menina lê mentes!

 -O que é que é, hein coisa? – Perguntei delicadamente para a minha querida amiga.

 -Já são 11 horas, e hoje é sábado... – Disse ela tirando o cobertor de cima de mim.

 -Exatamente, 11 horas de um sábado... Que diabos eu estou fazendo acordada? – Respondi puxando o cobertor para cima de mim de novo.

 -Para de ser teimosa e levanta logo. – Ela falou sem paciência.

 -Falou aí meu sobrenome, teimosia... Como você descobriu? – Perguntei sarcástica.

 -Olha, eu não estou com paciência hoje... Então só vou te dar o seu recado e ir embora... Eu não vou perder meu sábado tentando acordar a Senhorita Teimosia...

 -Que recado... ? – Perguntei curiosa.

 -O Harry está te esperando lá embaixo... Ele quer falar com você – Jura que ele quer falar comigo? – Ah, falando no Harry, Hermione, eu preciso falar uma coisa pra você... – Ela se sentou ao pé da minha cama.

 -O que foi, Gina? – Perguntei cansada... Eu já sabia o que vinha a seguir.

 -É o Harry... Ele ta tentando te convidar para ir ao baile com ele... – Ela parecia um pouco triste, e sem querer eu deixei escapar um “eu já percebi isso” – Como assim já percebeu isso? – Eu fiquei em silêncio, mas nem precisei tentar falar algo, pois ela nem me deu tempo – Ele ta, tipo, há séculos - Séculos? – Tentando ter a mísera iniciativa para te chamar para ir ao baile... Daí o menino toma coragem e quando ele vai pelo menos tentar te convidar você finge que não sabe de nada? – Merlim, eu retiro o que eu disse... Eu tenho certeza que você vai ganhar... Tudo bem, estragar meu dia é com você mesmo, na verdade, estragar com a minha vida é com você mesmo, parece até que você treinou para isso... Não deve ter ido com meu cabelo ou alguma coisa assim, porque parece que você me viu e pensou “é essa menina que vai ter a vida estragada por mim”.

 -Como você sabia disso? Ele te contou, né? Ele deve ter ido te contar minhas situações embaraçosas.

 -Não, Hermione... – Ihh, falo o nome de novo é porque eu to ferrada – Ele nem precisou porque ele foi contar tudo para o Rony... Aliás, são dois babacões, vão tentar contar segredos no Salão Comunal... Enfim, a questão não é essa, a questão é... Cadê você? Você ta sumida... Não ta mais do mesmo jeito.

 -Eu não to aqui? – Ou eu interpretei mal a frase dela ou eu to realmente invisível, e no mundo dos bruxos não é muito improvável.

 -Não é isso... Desde ontem você está estranha... – Todo esse escândalo por causa de um dia?!

 -Gina, você não pensou que ontem eu estava tendo um dia ruim?

 -Mas você ainda está assim hoje, e... Um dia foi o suficiente para eu sentir sua falta mais do que tudo... E na verdade você ta assim desde que você saiu da sala de poções, pelo o que o Harry me contou. Por favor, levanta, o dia tá tão lindo lá fora... Por favor? – Parecia que se Gina ficasse nessa por muito tempo ela iria chorar, então levantei lentamente e Gina deu pulinhos de alegria.

 Abri meu guarda-roupa e não encontrei nada. Pelo menos nada que servisse. Peguei uma calça jeans e uma camisa branca justa que dava uma leve acentuada na minha cintura.

 -A camisa fica porque é totalmente fresca e sexy... O jeans sai.

 -Como assim “sai”? Eu to ótima e confortável desse jeito... – Ok, ‘ótima’ foi exagero, mas eu não estava me vendo como uma pessoa horrível no momento.

 -Agora você está bem, mas está muito quente lá fora, você vai morrer de calor...

 -O que você espera que eu use? Eu só tenho isso... – Falei envergonhada. Eu não acredito que estava sendo controlada por um projeto de gente laranja.

 -Você vai usar algo meu, claro, e hoje eu vou comprar algumas coisas pra você e você não vai vim junto... Não quero você opinando nas roupas que você vai usar.

 -E se eu não usar?

 -Daí eu ficarei muito triste. – Nossa, e daí, mas tudo bem, ela é minha amiga e eu vou precisar contar meus problemas para alguém depois.

 -Tudo bem, Gina, eu uso. Mas como eu vou sair agora? De calcinha? – Gina riu igual uma descontrolada, eu não vi nada de tão engraçado naquilo... Na verdade, não tinha graça nenhuma, mas a Gina sempre foi meio louca mesmo... Só pra começar: ela me acordou bruscamente... Só pode ser louca pra fazer isso.

 -Não, sua boba. – Boba... Vamos analisar isso, ninguém com mais de seis anos, no máximo, fala a palavra boba/bobo – Eu já te falei que eu vou te emprestar algo... Particularmente eu acho que o Harry ficaria gamadão, mas eu acho que Snape tiraria uns mil pontos da Grifinória, e quando não tivesse mais pontos para tirar ele começaria a tirar pontos da própria casa... – Ela falou de um jeito misterioso, e, de algum jeito, isso me fez sorrir. Logo depois eu já estava rindo.

 -Sua boba... – Isso era contagioso, mas eu não ligava mais em ficar triste, eu não ia parar minha vida só porque Malfoy me beijou. O que ele representava na minha vida? Uma formiga... Talvez um ratinho de laboratório, mas mesmo assim, eu não podia ficar machucando os outros à minha volta só porque ele me machucou de um jeito pior dessa vez.

 Acabou que Gina me deu uma saia azul-marinho que era um pouco menor que o meio da coxa... Eu nem sabia que essas coisas eram aceitas aqui na escola. Apesar de Gina insistir, nós ficamos até o horário do almoço conversando sobre coisas fúteis, eu falando sobre escola e a Gina me contando sobre os meninos que ela já havia ficado. Não eram poucos não, eta menina safadinha... Ela já tinha ficado com mais meninos em uma semana do que eu já tinha ficado em minha vida inteira... Isso seria apenas 2, mas não vem ao caso.

 O almoço foi normal, eu comi com Gina em um canto qualquer da mesa, longe do Harry e do Rony, tentando evitar contato com qualquer um desses dois e Malfoy.

 Hogsmeade foi um tédio sem Rony e Harry perto, mas eu não podia ficar perto do moreno que ele já me vinha com um convite para o baile... Maldito baile. Gina comprou umas roupas para mim. Ela chama de roupas que valorizam meu ‘belo corpo’ (aah tá, belo corpo mesmo), eu chamo de roupas de descarada e se dependesse de mim eu não usaria nunca nenhuma delas... Talvez na festa a fantasia na Casa das Coelhinhas, mas Gina me fez prometer que usaria aquelas roupas.

 No resto de sábado nós ficamos batendo papo de meninas, coisa que eu achava que não tinham nada a ver comigo, mas até que eu me diverti. Eu não sabia que Gina podia ter um lado sentimental. Ela me disse que estava a fim de um menino, cujo nome eu não sei, ela só falou que gostava dele, não deu muitos detalhes. Isso, um menino só. Mesmo ela estando a fim desse, ela não perdeu tempo em Hogsmeade... Ficou com dois meninos. Mesmo assim foi um avanço sobre minha imagem sobre ela.

 No domingo eu pude descansar do mundo, inventei a desculpa de que eu precisava ler muitos livros que meus pais pediram... Pior mentira do mundo, mas parece que eles já tinham se cansado de me chamar para sair. E hoje eles ainda teriam jogo de quadribol: Grifinória contra Sonserina... Ha, esse eu não queria ver. Vai ser sangrento, ah se vai...

 Segunda-feira chegou lenta, o sol demorou a subir, a manhã demorou a ficar clara, parecia até os momentos tristes da vida... Lentos, demorados, sofridos...

 Estava quente, então eu usei o uniforme de um jeito mais curto. Eu estava mais atrevida que Gina, que estava usando roupas mais longas e folgadas. Ela estava abatida desde ontem a noite, quando voltou do jogo, mas eu nem me preocupei em perguntar, ela sempre ficava cansada depois dos jogos... Ela também não se preocupou em falar, então achei que não seria nada importante.

 O café da manhã foi silencioso também. Parecia que alguém tivesse morrido. Impossível descobrir quem havia ganhado, todo mundo estava quieto. E para o dia dar uma animadinha, minha primeira aula era de poções. Ê professorzinho chato, hein. Dumbledore podia ter escolhido alguém melhor... Ou eles tiveram um caso, ou Snape já tinha salvado a vida de Dumbledore, porque ele não foi escolhido por suas habilidades.

 E para as coisas melhorarem ainda mais, a nossa aula era com a Sonserina.

“Você não esqueceu ele”.

 Eu sei que não o esqueci, mas você esqueceria? Esqueceria de um momento marcante da sua vida, mesmo que miserável? Esqueceria de alguém que é tão importante na sua vida de um jeito tão ruim? Esqueceria do beijo do inimigo?

 Fui andando com esses pensamentos em minha cabeça. Cheguei às masmorras, abri a porta e lentamente fui para o meu lugar. Mas... Algo lá também estava errado. Sem caldeirões, janelas abertas, alunos quietos, janelas abertas, um gato na sala... JANELAS ABERTAS! Que milagre é esse de as masmorras estarem com as janelas abertas? De tanto que elas ficavam fechadas eu nem sabia que elas abriam... Deve ter sido o maior sacrifício e... Espera! Se as janelas estão abertas, não há caldeirões nas mesas e há um gato... Minerva só pode estar lá, paradinha em forma de gato. Será que ela vai mandar evacuar a escola por causa da guerra?!“Não, sua idiota, senão as janelas não estariam abertas”. Verdade... Mas o que a professora de transfiguração faz na aula de poções... O que uma gatinha faz perto de um morcego? Isso devia ser contra a lei.

 Dei uma olhada pela sala e localizei um ponto. Um pequeno ponto que me trouxe lembranças de sexta. Malfoy estava sentado perto desse ponto, e nossos olhares se encontraram. A fúria encontrou a... O que era aquilo nos olhos dele? O que significava? Safadeza? Provavelmente, mas o que ele faz olhando para mim com esse olhar? Nojenta Parkinson está do outro lado da sala e ela já conseguiu o que queria. Ele podia continuar me odiando, seria bem melhor. Bem melhor do que ele fez sexta feira na deten...

 Virei minha cabeça lentamente e Snape me encarava. Ele tinha algo nas mãos e balançava discretamente. Agora eu tinha certeza. A raiva e triunfo nos olhos dele encontraram com o “fude*” dos meus olhos. Por que, Merlim?!  Por que eu tive que sair daquela detenção? Por que eu não joguei um Avada no Malfoy e resolvi todos os problemas do mundo? Ah, é, lembrei. UM FILHO DA PUT* QUE SE CONSIDERA PROFESSOR TIROU MINHA VARINHA DE MIM... NÃO! AQUILO NA MÃO DELE É A MINHA VARINHA! Maldito seja você, Merlim!

 Quando eu pensei em levantar, Minerva se transformou em pessoa de novo. Pra ser sincera, eu a preferia como gata... Não dava para ver essa cara brava que ela está dirigindo para todos no momento.

 -Bom dia, alunos. – Ninguém respondeu – Eu disse: bom dia, alunos – Merlim, ela ta até parecendo com a vaca da Umbridge... Ta até vestida como a vaca da Umbridge – Eu sei que vocês estranharam em me ter na sala de vocês de poções quando eu leciono outra matéria... – Todos ficaram com uma cara de “nossa, sério, nem sabia” – Aconteceu um incidente ontem durante o jogo de quadribol... Uma briga que saiu do controle. Para quem não estava lá... – Ela olhou diretamente para mim. Claro que eu era a única daquela sala que não tinha ido ao jogo – os alunos Louis Sparks, da Sonserina – com esse nome tinha que ser da Sonserina, mesmo – e Julio Kon – ta, o nome dele também não era tão melhor assim – tiveram uma briga feia que acabou envolvendo os dois times inteiros e alguns torcedores mais envolvidos...

 Todos ficaram em silêncio. Parece que todos ali participaram da briga.

 -Por causa disso eu dei uma conversada com o professor Dumbledore. Ele e eu achamos que nossa escola não podia continuar assim. Então divididos as salas: Grifinória com Sonserina, Lufa-Lufa com Corvinal... Vamos formar duplas entre vocês da Sonserina e vocês da Grifinória. Cada dupla terá que ficar junta por um mês. – A sala começou num falatório sem fim. Até Neville protestava.

 -Calem a boca. – Falou Snape friamente. Eu pensei que Mcgonagall faria algo em relação a esse comportamento, mas parece que ela aprovava, pois não falou nada a respeito.

 -Será um menino da Sonserina com uma menina da Grifinória, uma menina Sonserina com um menino da Grifinória... Vamos tentar separar as duplas entre pessoas que brigam mais – Qual era o sentido disso? Acabar com os alunos da escola? Se for para matar nossa dupla eu aceito ser a dupla de Malfoy.

 -Ótimo, eu fico com o Draqui... Com o nojento do Malfoy.  – A nojenta falou melosa. Ela não tinha entendido o espírito da coisa – Nós brigamos demais.

 -Senhorita Parkinson, eu acho que você não entendeu, vamos misturar os alunos pelas casas e sexos.

 -Licença, professora... – Eu levantei a mão e comecei a argumentar – Eu preciso participar disso também? Eu digo – Comecei a rir nervosa – Eu nem estava lá, e eu não sou de brigar muito com as pessoas... Pelo menos não até chegar nesse ponto.

 -Todos, senhorita Granger, sem exceção.

 -Então vamos ter que juntar as casas? – Alguém perguntou desesperado.

 -É! Vamos ter que fazer tipo... Grifirína? – Perguntei.

 -Por que vocês têm que ter o nome de vocês em destaque? Vai ser Sonsenória! – Gritou Parkinson.

 -Calem a boca a parem com essa idiotisse, eu quero ouvir os pares! – Gritou Malfoy ansioso e estressado, se pronunciando pela primeira vez.

 -Ótimo, será Pansy Parkinson, da Sonserina, com Harry Potter. – Pude ouvir reclamação dos dois lados – Parem com isso... Gregório Goyle com Joanne Kill, Ronald Weasley com Lyla Moulin – Pude ouvir a menina reclamando, mas tenho quase certeza que ouvi um pequeno ‘viva’ do Rony... Ele achava essa menina ‘super gostosa’... Vai entender – Draco Malfoy com Hermione Granger...

 O mundo parou de girar completamente. Eu não ouvia mais exclamações, reclamações, nomes, nem nada. É como se meu coração tivesse simplesmente saído para dar um soco na cara de Merlim por esse maldito azar. Era... Era o fim do mundo. Um mês perto daquele ser miserável. Um mês passando o tempo na presença dele.

 -Licença, professora, mas eu acho que eu não brigo tanto assim com o Malfoy... Não precisa gastar seu tempo...

 -Ótimo! Então não será problema para você... E as últimas duplas são: Vicent Crabbe com Luna Gulop.

 -Defina ‘ficar junto por um mês’, sim? – Eu estava em desespero, eu acho que se não estivesse em lugar público eu podia pular da janela... Na verdade, eu acho que vou fazer isso mesmo daqui a pouco.

  -Ah, sim, as regras... A dupla deve ficar junta maior tempo. A sua dupla será sua dupla em todos os trabalhos de todas as matérias durante esse mês, andará com sua dupla em Hogsmeade, intervalo com sua dupla... Enfim, deverão passar o maior tempo junto com sua dupla, assim vocês se conhecem melhor e talvez parem um pouco de brigar...

 -Vamos supor que eu acidentalmente mate minha dupla... – Fiz uma hipótese... Hm, não é má idéia – O que acontece?

 -Se vocês não seguirem as regras, ficarem tempo demais longe de sua dupla, vocês perdem os pontos que ganhariam com esse trabalho... Aliás, ele vale 70% da nota.  – Fude* - Se você chegar a matar sua dupla você nem precisará mais da nota, já que será expulso da escola... E, por favor, senhorita Granger, pare de me interromper – Se eu não posso matar a minha dupla eu retiro o que disse sobre ficar com Malfoy.

 -E se nós só fingirmos? Eu digo... Minha dupla é o Potter, com certeza podemos fingir que estamos apenas andando junto. – Nojenta Parkinson falou isso com nojo. DO QUE É QUE ELA ESTÁ RECLAMANDO? ELA TA COM O HARRY! O HARRY! E EU QUE TO COM O MALFOY? COMO É QUE FAZ?

 -Creio que não seja possível... Nós estamos monitorando o que fazem. – Snape falou. Pra variar, falou friamente. Assim, só pra variar mesmo.

 Todos os alunos começaram a reclamar novamente. Minerva deu um basta em tudo e falou o que devia ser seu discurso final.

 -Entendam que estamos fazendo isso principalmente por causa da guerra. Sabemos que muitos de vocês estão envolvidos nela, muitos vão lutar... Se nós começarmos a brigar entre nós, vamos destruir a única coisa que vai nos sobrar, que é o lar. Não destruam o lar de vocês. Porque... Quando a guerra apertar e vocês quiserem voltar para a casa de vocês... Bem, não terá mais casinha para vocês se refugiarem, aqui será o único lugar. Mas aqui vai acabar se ficarem se destruindo entre si.

 Todos silenciaram. O que ela falava era verdade. Não podíamos destruir o único lugar que nos sobraria. E o lar não era feito pelo lugar e sim pelas pessoas. Se nós nos destruirmos não vamos ter mais nada para nos apoiar.

 -E como início de trabalho... Daremos a vocês o resto do dia de folga. Vocês terão que ficar apenas com sua dupla, pelo menos por hoje... Assim vocês se conhecem melhor. Vão!

 Todos os alunos saíram correndo. A sala ficou vazia, eu não tinha saído do meu lugar, muito menos Malfoy. Nossos olhares se encontraram de novo, mas desviei rapidamente. Snape foi até minha mesa e me deu uma bronca sobre como eu não era a rainha do mundo, e como eu não podia sai da detenção mais cedo. Me entregou minha varinha e saiu da sala com Mcgonagall atrás.

 -Eu mandei você não sair da sala ontem. – Ouvi uma voz rouca ao meu ouvido, bem atrás de mim.

 -É, e ontem eu provei que você não manda em mim. – Saí andando, mas ele veio atrás e me puxou pela mão – Da pra soltar ou eu vou ter que te azarar dessa vez? Olha que eu to com a minha varinha.

 -É pra gente se conhecer melhor.

 -Eu não preciso te conhecer melhor. O básico eu já sei. Você é um idiota, e provou isso sexta-feira... Eu não preciso saber mais do que isso sobre você para os meus planos contra você funcionarem.

 -E me conte seus planos. – Ele começou a se aproximar perigosamente.

 -Nós podemos ir à torre de Astronomia que eu te mostro – sorri sarcástica.

 -Verdade, lá é mais privado. – Se aproximando ainda mais... Eu devo ter amolecido por um segundo, mas depois voltei com minha postura.

 -Ô animal, aqui também é privado. Eu quis dizer que eu posso te mostrar o chão do jardim te jogando da torre de Astronomia, idiota! – E empurrei-o e continue indo para fora.

 -Hermione, eu...

 -Do que você me chamou? – Virei lentamente para aproveitar aqueles meus últimos terríveis segundos antes de Malfoy cair mortinho no chão por moi.

 Ele foi andando até minha direção, mas passou reto. O que ele planejava?

 -Hermione... Por quê? Você não gosta? – Ele sussurrou no meu ouvido com uma voz rouca que desmancharia qualquer uma... Pode ter acontecido de eu ter me desmanchado por uns dois segundos, mas apenas eu sei disso.

 -Não... Eu não gosto de você falando o meu nome. Você não entendeu, Malfoy? Você é o problema. Você. – Eu continuava de frente e ele continuava atrás de mim... Aquilo não ia acabar bem.

 -Hermione, para com isso... – Havia uma pontada de suplicada na voz dele... Eu tenho certeza que tinha.

 -Por que você ta fazendo isso, hein? Da pra gente só andar perto um do outro, sem falar nada? Por que você continua me perseguindo? Por que parou de me xingar, hein? Por que, Malfoy?– Eu senti uma mão me virando gentilmente e ficamos frente a frente, olho a olho... Aah, isso não ia acabar nada bem – Por quê? – Perguntei uma última vez com a voz rouca.

 -Porque eu me preocupo com você – Acho que aquilo foi a coisa mais sincera que eu já ouvi ele falar, mas não era verdade... Não podia ser... Era o Malfoy, não podia ser.

 -E-eu nem sabia que você conhecia essa palavra, Malfoy... Na verdade, eu nem sabia que u-um ser igual você era capaz de sentir isso. – Comecei a recuar tentando afetá-lo, mas parecia que ele tinha uma resposta pronta, sem gaguejos, sem dificuldades.

 -Viu como você precisa aprender muita coisa sobre mim? Vai, Granger, me da uma chance de provar pra você que eu não sou tudo o que você acha que eu sou – Ele foi se aproximando perigosamente de novo, com aquele sorriso de lado que só menino sabe dar mesmo. Era impressão minha ou ela não tirava os olhos da minha boca?

 -Por que você ta pedindo isso agora? Por que ta pedindo isso pra mim? Por que ta pedindo uma chance pra sangue-ruim? E por que bem agora? Só agora que você se preocupa? Você já conseguiu o que queria, agora mantenha distância de mim.

 -Se eu falasse que eu mudei você acreditaria? – Ele perguntou como se arriscasse uma última chance de respeitar meus padrões de distância.

 -Se do nada eu começasse a fingir que gosto de você... Você acreditaria? – Estávamos ofegantes. É um recorde. Ofegantes, mas sem brigar... Isso precisava acabar agora.

 -Hermione, eu não to fingindo, da pra parar com isso? – Ele decidiu olhar para meu olho pelo menos uma vez e nesse momento eu pedi para Merlim para que ele olhasse para qualquer lugar, menos para meu olho.  Até parece que Merlim me ouviu.

 -Malfoy, só temos que nos conhecer... Qualquer coisa fora disso está fora do trabalho... – Agora ele começou a se aproximar de verdade de mim... Nossas bocas quase roçavam... Hermione, reage! Reage, Hermione! RÁPIDO, REAGE MENINA! – O que você está fazendo? – perguntei com a voz totalmente rouca. ESSE É O MELHOR QUE VOCÊ PODE FAZER?!

 -Te conhecendo melhor... – Ele estava perto demais... Perto demais... PII PII PII, ALERTA VERMELHO, ABORTAR! ME LEVEM EMBORA DAQUI E DEIXEM MINHA CONSCIÊNCIA NO MEU LUGAR!!

 -Malfoy, por favor... – Cadê minha voz que quase não saí?

 -Nossa... – Ele falou com a boca quase colada na minha – Eu não sabia que você conhecia essa palavra... Nem sabia que uma menina orgulhosa como você podia ter coragem de pedir ‘por favor’ a alguém... – Ele continuava provocando e eu continuava cedendo.

 -Malfoy... – Foi a última coisa que eu consegui sussurrar antes de ele me beijar de novo. Foi um beijo terno e calmo pelo lado dele... Eu acho que nem estava beijando direito. De repente ele tornou a liberdade de dar uma mordidinha no meu lábio inferior. Eu podia ter ficado quieta e agüentado, mas eu não consegui segurar a exclamação que veio, e ele deve ter achado que isso era algum pedido do tipo “continua, eu adoro sofrer, sou sado-masoquista” e me deu mais umas cinco mordidinhas... A questão é que ele podia beijar igual a um cachorro, cheirar a estrume de hipogrifo, e ser um adolescente nojento e todo espinhento, com pus por todo o rosto, mas não. Merlim não gosta de facilitar as coisas pra mim. Ele acha divertido acabar comigo, ele acha que eu sou um bom brinquedinho. Merlim é um sádico, isso sim. E pra piorar, é o Malfoy. Podia ser qualquer idiota, mas não, é o Malfoy. Bem o idiota do Malfoy. Por que ele tinha que ser tão bom nisso?!

 Eu só lembrei que precisava respirar depois que o beijo acabou, com nós dois totalmente ofegantes. Era como se um tivesse que dar ar para o outro, como se fôssemos amigos se ajudando, como se fôssemos bons um para o outro.

 -Seu idiota, você fez isso de novo... – Murmurei depois que consegui ar.

 -Você ficou brava? – Não, eu adorei e gostaria de repetir a dose, babaca – Estranho... Eu adorei. – Ótimo, e eu com isso?

 -Adorou o que? Me provocar? Me provar? Beijar uma menina? A Nojenta Parkinson fácil não foi o suficiente?

 -Hermione... – Ele estava sério e se afastou um pouco para poder me encarar diretamente – Eu não adorei porque eu te provoquei, apesar de eu achar isso excitante – deixei escapar um “canalha”, mas ele nem ligou. Quero ver se ele acharia excitante se eu desse um chute para aquilo que eu acho que ele tem entre as pernas. – Nem adorei só porque eu ‘te provei’ – Ele revirou os olhos, provavelmente deve ter achado ridícula essa expressão – E a Pansy... Nem precisamos falar dela de novo né?

 -Não, eu realmente gostaria de ouvir o que você tem para falar sobre ela – Continuei me fingindo de interessada sobre qualquer coisa que diz a respeito da Nojenta Parkinson.

 -Hermione, você é impossível – Ele começou estressado, mas depois foi acalmando – A questão não é nenhuma dessas que você falou... Eu adorei pelo simples fato de ter sido você – Aquilo mexeu comigo, eu podia ter deixado todo meu orgulho de lado e usar minha contra vontade para falar “aii, Draco, agora eu acredito em você”, mas ser fria pareceu uma opção melhor.

 -Já acabou com o teatrinho? – Ele pareceu confuso – Eu não preciso dessas suas cantadas, eu já falei que não preciso de você sendo legal comigo, não quero você tentando ser meu amigo nem nada do tipo. Se eu tivesse uma varinha no momento eu poderia te atacar... Ah, e por acaso eu tenho.

 -Hermione, da pra você parar com isso? Qual é o seu problema?

 -Eu já te falei muitas vezes, mas eu não me preocupo em repetir, aliás, isso me faz sentir que me problema vai embora... Meu problema é você! Talvez você não saiba porque nunca aconteceu com você, mas como você se sentiria se alguém te tratasse mal por seis anos e de repente mudasse? Qual seria o motivo dessa pessoa ter mudado, você se pergunta, mas você nunca vai adivinhar, porque essa pessoa e você realmente não se entendem... E você não tem motivos... Eu já falei que nós somos extremistas, ou nos odiamos ou nos amamos. E só pra começar você não é capaz de amar. Você pode só me deixar em paz, por favor?

 -Como você é teimosa... Acho que você não entendeu que eu não vou te deixar em paz nunca até você me ouvir – Ele me beijou de novo, mas agora foi um beijo possessivo e sensual. Esse eu não consegui resistir. Ele começou a me conduzir até me prensar na parede. Eu senti sua mão na minha coxa. Reage, Hermione. JÁ MANDEI VOCÊ REAGIR!

 Por que o Malfoy ta me beijando? Por que eu to deixando? ... Por que EU estou beijando o Malfoy? Por que eu to deixando ele passar a mão na minha coxa? Mas que put*ria é essa?

 Put* que pariu, o menino era bom nisso. Parece que ele sabia exatamente onde tocar, como fazer. Ele deu outra mordida no meu lábio e dessa vez os arrepios correram pelo meu corpo. Outra mordida, outro arrepio. Eu não agüentei e tentei esquecer que era ele. Comecei a passar a mão pelo cabelo dele e passar a mão por debaixo da camisa de uniforme dele. Que lado atrevido era esse? Que lado era esse, hein mocinha? Eu tenho que parar de ir com a onda. Acabei dando uma mordidinha no lábio dele também. Por Merlim, esse mundo ta perdido.

 -Malfoy... – Murmurei enquanto o beijava.

 -Hum? – Ele simplesmente não prestava mais atenção em nada do que eu falava. Depois que eu mordi o lábio dele,  ele enlouqueceu. Ele perdeu o controle e não respondia mais pelos seus atos. E a culpa era minha... Maldita seja eu mesma.

 -Vamos... Hum,vamos parar com isso... – Tentei murmurar de novo, mas deve ter saído algo do tipo “nhumahsnuanhau”

 Comecei a me afastar. Dei uma olhada nele. Espero que ele não leia mente, pois estava totalmente sexy. A gravata estava afrouxada e os primeiros botões da camisa estavam soltos. O cabelo estava bagunçando. Ele me encarava com uma cara abobada que me dava muita vergonha. Dei uma olhada em mim mesma. Eu não estava nada melhor que ele. Minha saia estava um pouco mais pra cima, eu sentia os fios de cabelo bagunçados pelo meu rosto, os primeiros botões da minha camisa estavam quase abertos. Me arrumei rapidamente e sussurrei para Malfoy:

 -Se arrume, por favor. – E fui saindo devagar pela última vez.

 -O que aconteceu, Hermione?

 -Aconteceu que isso não está certo, Malfoy. Nós somos inimigos, nos odiamos.

 -Por que você é tão teimosa? – Ele ficou realmente estressado – Por que pra você é sempre no extremo? E o meio termo? Não existe?

 -Você é que me tratou mal por seis anos e de repente decide me tratar bem e acha que precisa me beijar. A questão é que você não pensa pra fazer as coisas... Pelo menos não pensa nos outros, só pensa em você! Você chega, me beija, não da satisfação e espera que eu aceite tudo isso como uma vadia! Você não fala o que quer! – Eu senti as lágrimas brotando.

 -Eu já falei que quero você! – Ele gritou, a voz totalmente rouca e decidida.

 -Por que eu? E por que eu acreditaria em você? – Senti as lágrimas caindo e vi Malfoy as acompanhando por um segundo, mas depois continuou com a discussão.

 -Eu não sei por que bem você. Se eu pudesse escolher, com certeza escolheria qualquer uma, qualquer uma menos você! Eu comecei a me perguntar isso também no começo desse ano. “Nossa, por que eu estou olhando para a sangue-ruim?” “A sangue-ruim está bonita hoje, mas por que diabos eu fui perceber isso?” E então eu comecei a me perguntar por que eu não tinha mais vontade de te tratar mal? Por que eu não queria mais ver você sofrer? Por que isso só me deixava pior? Por que não me fazia bem te chamar de sangue-ruim? Por que eu comecei a pensar em você como Hermione, e não mais como Granger e sangue-ruim, e o mais importante, por que eu pensava em você? Hermione, é maior que eu, e se eu pudesse fazer um pedido eu pediria para parar. Porque me tortura. Porque acaba com meu orgulho! Porque vai contra tudo o que eu acredito! Porque é tudo que não foi feito para ser. Mas o pior é quando eu comecei a pensar igual uma menininha apaixonada pensa... “Por que ela não olha pra mim?”, “ Por que ela anda e ri com o Potter e o Weasley e não comigo?” “Por que não sou eu que estou dando motivos para ela estar feliz, e sim eles?”. Você não acha que quando eu te beijei foi a mesma coisa que ir para o céu provando o inferno? Foi aliviante poder te ter finalmente, pelo menos por um segundo. Foi algo de alegria extrema. Mas então eu percebi, que naquele momento você era minha... Mas era  durante aquele momento. E às vezes eu penso se não teria ser melhor nunca ter provado.

 -Malfoy, eu... – As lágrimas caiam a cada palavra que ele falava. Era como se cada lágrima saindo fosse algo de mal que ele faz para mim indo embora. Mas elas iam voltar. Elas iam para dentro de mim de novo em algum momento, então tudo voltaria como era.

 -E eu não consigo fazer você acreditar em mim. Porque eu não mereço. Mas eu preciso que você acredite e eu não consigo fazer isso sem acabar te machucando – Ele falava no tom de súplica mais sincero do mundo. 

 -O problema é que você é tudo o que você não devia ser – Aquilo o machucou. Eu pude ver isso, pude perceber isso... Eu pude sentir, porque, de algum jeito, me machucou também. E de repente eu vi todo o flashback das nossas vidas. Eu não encontrei nenhum momento bom entre nós. Nada. E não é como se nós começássemos uma nova vida agora. Até porque, mesmo ele tendo mudado, pelo menos por mim, ele ainda era o Malfoy. Ainda era o idiota com o resto do mundo. O preconceituoso, infantil, e eu não podia me deixar levar por uma ação. E eu não conseguia acreditar. Não podia acreditar.

 -Hermione, eu... – ele se aproximou

 -Malfoy... – Continuar falando o sobrenome dele não doeu nada em mim, mas para ele deve ter doído como sete facadas no peito – Eu... Não posso. Meu orgulho é tudo o que eu tenho, e, ficar com você... Ficar perto de você acaba com ele. Vai matando meu orgulho aos poucos e acaba me matando também. E... Você não mudou. Você ainda é o idiota que me chamava de sangue-ruim, nojenta, Granger metida... E, daqui a pouco você vai perceber que tudo isso foi um momento da sua vida que... Que não valeu a pena. Daqui a pouco você vai ver que nada disso que você está falando vale a pena ser falado por você, muito menos ser ouvido por mim.

 -Talvez... Talvez esse dia chegue. Talvez você decida acreditar em mim só quando esse dia chegar. Talvez eu te odeie depois disso. Talvez tudo volte ao normal e tudo tenha sido tarde demais... – Ele limpou uma das minhas lágrimas – Mas, até lá... Isso vale a pena. Você vale a pena. Talvez ele chegue amanhã, talvez chegue daqui a um ano, talvez depois da guerra, ou talvez nunca chegue, mas... Por enquanto... Você vale a pena. – Ele se aproximou para me beijar de novo, mas eu virei meu rosto, comovida pela declaração, confusa, desnorteada.

 -Talvez esse dia chegue... Então eu estarei livre. Então não terei mais que preocupar com você, mas... Até lá eu tenho que me preocupar... Até lá eu terei que sofrer de um jeito pior do que mil crucios, até lá eu ainda estou indefesa, presa nos meus próprios sentimentos... Quando o dia chegar eu estarei livre, mas agora eu estou presa. Presa para sempre nos seus sentimentos.

 -Não se preocupe... Até esse dia você já vai ser minha... – Disse ele trazendo seu lado ‘eu sou o melhor de todos’ à tona. Eu me senti bem com isso. Porque eu estava conhecendo muitos lados dele que eu não conhecia, era bom voltar ao antigo de vez em quando – Até lá você já vai me querer. Já vai me desejar tanto quanto eu te desejo agora.

 -Lá... Só lá... Porque agora eu não desejo nada em relação a você. Até lá terá que se contentar com isso...

 E sai andando, deixando atrás de mim um Malfoy totalmente confuso, talvez raivoso. E ele deixou uma Hermione totalmente confusa sobre seus sentimentos ir embora.

 Só consegui pensar direito depois que cheguei aos jardins. Centenas de duplas andavam lá, algumas até que conversavam bem, outras andavam meio afastadas. Só eu estava sozinha. Talvez esse fosse o meu futuro. Talvez os anos vão passar e só quando eu chegar aos 62 anos eu vou perceber que eu estou sozinha, mas será tarde demais, porque eu já estaria com 200 quilos, comendo chocolate ‘Kidelícia’ assistindo filmes de mulheres que levaram um fora com os meus 37 gatos.

“Ufa, cheguei! Que bom que eu cheguei a tempo! Cadê ele? Temos que acabar com ele agora!”

‘Ufa, que bom que eu cheguei a tempo!’ pensei sozinha imitando minha consciência. Chegou a tempo de eu acabar com você. Por que você não veio antes?

“Porque eu não consegui. Seu coração não deixou. Eu não cheguei antes porque você precisava de um momento sem pensar direito, um momento sem eu falando”

Faça um favor e mande meu coração a merda, sim?

 Merlim, prepare seu melhor exército, porque eu vou acabar com você por ter acabado comigo. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Comentem, por favor, espero que tenham gostado =D



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