Aco 1 Eu Já Tinha Me Acostumado Com Ódio escrita por Lady Dreaming


Capítulo 1
1. Um dia nem tão perfeito assim


Notas iniciais do capítulo

Gente, é minha primeira fic aqui no Nyah!Fanfiction, espero que gostem =D Leiam, votem, comentem, mas tudo com respeito, ok?? Isso deixa a autora muito feliz =D



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Sabe aqueles dias em que você acorda e sente que o dia vai ser maravilhoso e que alguma surpresa vai mudar sua vida para sempre de um jeito ótimo? Eu tinha acordado assim hoje, crente que meu dia ia ser igual como eu estava pensando.

 Eu nunca estive tão errada assim na minha vida, e descobri isso na hora do almoço.

 Harry, Rony e eu estávamos indo sentar nos nossos típicos lugares, um lugar na mesa bem perto da porta e, felizmente, bem longe de onde Malfoy sentava com os trogloditas que ele tinha a coragem de chamar de amigos: Crabbe e Goyle.

 Quando eu vi que os nossos lugares estavam ocupados eu percebi que algo estava errado no meu dia, mas tentei não ligar. Eu estava tão feliz que eu acho que se a Lula Gigante saísse daquele lago e me seguisse até a hora de dormir, exalando aquele cheiro de peixe morto, eu ainda ficaria feliz. Sentamos em um lugar na outra ponta da mesa. Peguei um pouco de comida e comecei a comer animadamente.

 -Uou, menina. Calma... O que aconteceu com você para você estar tão feliz assim? – Perguntou Harry com um sorriso nos lábios.

 -Apenas acordei bem hoje... – Falei ainda com a boca cheia... Merlim! Eu era tão mal educada assim quando estava feliz?

 Claro que eles aproveitaram minha felicidade para pedirem anotações, tarefas e qualquer coisa que se pedissem para mim em um dia normal provavelmente resultaria em berros vindos de mim, com probabilidade de uma coxa de frango na cara em um dia de stress.

 Quando acabamos de comer, saímos e eu fui andando até a porta normalmente.

 -Hermione, é... Você sabe, eu tava pensando se... – Harry começou a falar e eu me virei para ouvi-lo melhor, me fazendo andar de costas.

 -Sim? – Perguntei docemente.

 Rony o olhava meio que segurando o riso, meio encabulado, mas nem se comparava ao Harry, que estava totalmente encabulado e foi quando eu percebi... Por Merlim, aquele menino era lindo! Ok, aquilo devia ser efeito de felicidade extrema.

 -Bem, é que... – Ele brincava com os nós dos dedos deles, mas ergueu a cabeça rapidamente e exclamou – Hermione, cuidado!

 Eu me virei a tudo o que eu consegui ver foi um monte de cabelos loiros e bagunçados vindo em minha direção. Depois disso eu estava no chão com Malfoy em cima de mim.

 -Malfoy... – Eu respirei fundo para não causar grande confusão, minha alegria amenizava um pouco o ódio naquele momento, mas não era suficientemente grande para agüentar 50 quilos de pura idiotice e canalhisse em cima de mim – Você poderia fazer o favor de tirar essa coisa nojenta de cima de mim?

 -Repita, Granger. Acho que não entendi direito. – Ele falou com os dentes cerrados.

  -Se você não entendeu direito, então vou repetir na sua língua bem devagar, assim talvez você entenda um pouco: saia.de.cima.de.mim. De preferência agora. – Joguei para o lado a cabeça para tirar o cabelo do rosto, e com isso meu cachecol saiu do lugar, deixando meu colo exposto e um pouco do meu decote.

 -Sabe, Sangue-Ruim? Eu não estou muito a fim, você é bem gordinha e aqui está confortável, mas, por outro lado... – Ele parou bruscamente.

 -GORDINHA?! – ele havia passado dos limites - POR OUTRO LADO O QUE, HEIN MALFOY? POR OUTRO LADO VOCÊ DEVIA CALAR ESSA SUA BOCA E COMEÇAR A FALAR COISAS COM SENTIDO, PRA VARIAR. POR OUTRO LADO, VOCÊ DEVIA SAIR DE CIMA DE MIM ANTES QUE EU PERCA O CONTROLE, PEGUE A MINHA VARINHA E FAÇA UMA COISA QUE PROVAVELMENTE ME LEVARÁ PARA AZKABAN E... – Ele não prestava atenção no que eu falava. Ele estava sorrindo safadamente, olhando descaradamente para o meu decote – PARA O QUE EXATAMENTE VOCÊ ESTÁ OLHANDO?

 Ele parecia não ter ouvido nada do que eu tinha falado. Depois de algo que me pareceu cinco segundos ele finalmente me encarou, se abaixou um pouco e sussurrou no meu ouvido:

 -Parece que não é só sua cabeça que é grande, hein Granger? – Eu não tinha espelho naquele momento, mas tenho certeza que eu fiquei da cor do cabelo de toda a geração Weasley, eu só não sabia se era de raiva ou de vergonha. Fiquei paralisada e boquiaberta com esse comentário safado. Ele voltou a sua posição inicial e falou com seu tom de voz elevado – Por outro lado o seu sangue é tão sujo que não vale o conforto.  – E com isso se levantou e saiu pela porta, fez um comentário com Crabbe e Goyle e ambos riram igual macacos durante sua época de acasalamento.

 Eu continuei no chão, apenas me perguntando o porquê de eu ter achado que meu dia seria bom, e por que aquele idiota tinha que ter esbarrado em mim.

 -Hermione, venha, eu te ajudo a levantar. – Eu nem tinha percebido que Harry estava na minha frente com a mão estendida, mas pelo seu olhar constrangido ele devia estar lá por um bom tempinho. Peguei sua mão grosseiramente e me levantei.

 -Aquele idiota me paga! Ele devia olhar por onde anda! – Eu bufei – Eu devia ter pego minha varinha e lançado um bom avada kedavra nele... Aaaah, isso sim seria uma boa coisa de se fazer. – Sorri com os olhos cheios de raiva e malícia.

 - Hermione, ele não vale a pena, você poderia ir para Azkaban. – Rony falou calmo para mim, mas seus olhos estavam cheios de raiva, dava para saber que ele só estava sendo calmo comigo para me convencer que o que ele falava era verdade.

 - Por que eu iria para Azkaban? Por fazer um favor á sociedade? Pensei que só ia para lá quem fizesse algo de ruim... Não vejo nada de mal em exterminar a geração Malfoy. – Os dois riram, mas Harry logo me cutucou apressado.

 -Vamos rápido, temos aula de poções agora...

 -Ah, era tudo que eu precisava. – Comentei sarcástica antes de ir para um inferninho. Aula de poções? Ótimo. Com o professor Snape? Ah, como meu dia é maravilhoso. A aula é com a Sonserina? Meu dia não podia melhorar.

 Entramos na sala e tudo corria... Vamos dizer bem. Meu humor havia voltado, eu estava fazendo tudo direitinho até o momento em que eu tive que pegar um pouco de urina de basilísco para continuar minha poção.

 Eu estava andando até a estante inocentemente e, quando passei por Malfoy, ele deu uma olhada de cima a baixo para mim e fez joinha com as duas mãos e fez um movimento com os lábios que queria dizer “belos peitos, Granger”. Bufei e continuei andando, pelo visto ninguém tinha percebido esse ocorrido, mas, quando eu estava voltando Malfoy ‘acidentalmente’ passou a mão pela minha coxa. Um frio correu por toda a minha espinha, mas ignorei isso e me virei para ele.

 - Malfoy, eu to cheia de você, da pra você parar?!

 -O que eu fiz, Sangue-Ruim? – Ele se levantara também e agora estava pertinho de mim – Incomodei esse ninho na sua cabeça que você prefere chamar de cabelo?

 Snape se levantou e andou até a nossa direção e parou do meu lado.

 - O que você está fazendo, senhorita Granger? Volte para o seu lugar antes que você leve uma detenção.

 -Mas... Mas... Detenção? Pelo O QUE exatamente? Por ir pegar o ingrediente que você esqueceu de me dar?

 -Não me provoque, senhorita.

 -Eu te provocan... – Eu já tinha um discurso pronto para falar, mas antes que eu pudesse acabar a minha frase, Malfoy pegou o frasco que estava na minha mão e num movimento rápido jogou o conteúdo em Snape.

 -Relaxe um pouco, Morcegão. – Eu não consegui me segurar. Os sentimentos bons foram maiores que os ruins, e minha raiva se transformou em um ataque histérico de risos, mas Malfoy jogou o resto das gotinhas que sobraram no frasco em mim. Xixi de basilísco ardia muito e fedia mais. O que eles comiam? Esgoto no café da manhã e material nuclear no jantar?

-Malfoy, pare com isso! Qual é o seu problema, hein? É cego? Perdeu a noção do perigo, é?

 -E que perigo você me oferece, Granger? – Ele perguntou debochado – Vai fazer o que? Enfiar esse emaranhado de cabelos na minha cara até eu morrer asfixiado?

 -PARE OS DOIS AGORA! – Snape estava mais bravo, os olhos faiscavam – Menos 50 pontos para a Sonserina e menos 100 para a Grifinória! E detenção pelo resto da semana para os dois! Agora calem a boca e saiam da minha sala!

 -Ele jogou xixi em você e perde só 50 pontos? – Perguntei incrédula.

 -Menos 110 pontos para a Grifinória, então. E vou tirar mais pontos se você se atrever a tentar me ensinar como ser professor de novo.

 Antes que eu pudesse responder alguma coisa Malfoy segurou minha mão e me puxou para fora da sala. Todos os olhares estavam em nós e eu podia sentir isso.

 Eu não entendia aonde nós estávamos indo. Ele não parava de correr e me puxar. Eu não conseguia falar nada nem reagir. Estava tão put* que alguém podia dar um tiro no Malfoy que eu continuaria na mesma... Ok, nem tanto. Eu ficaria feliz da vida se alguém fizesse o favor de tirar aquele ser da face da terra.

 Finalmente ele tinha parado de andar. Eu percebi que tínhamos entrado numa sala que eu não idéia de qual era, mas era espaçosa e escura.

 -E aí, Granger? – Ele respondeu me prensando na parede.

 -A culpa é SUA! – Eu gritei empurrando-o para longe – Eu estou de detenção, e meu nome estará sujo... para SEMPRE! E a culpa é SUA! E aliás, que porr* de lugar é esse?

 -Granger, Granger... – Ele me segurou e começou a me conduzir para algum lugar que eu não enxergava. Tentava reagir, mas ele era bem mais forte que eu – Pensei que fosse mais inteligente...

 Eu continuei o encarando sem saber se o matava agora ou com testemunhas para todos saberem quem tinha sido a heroína que havia matado Draco Malfoy.

 -Você sabe que eu já fiquei com muitas garotas, né? E fiz algumas coisas a mais, se é que me entende... – Ele falou em um tom sedutor e tudo o que eu consegui fazer foi arregalar os olhos – Mas eu nunca tinha percebido você, porque você sempre andou com aquelas roupinhas que cobriam essa belezinha que você esconde aí... Mas agora eu vi como você é gostosa, e podemos resolver o meu problema agora. – Ele me deitou e só agora eu tinha percebido que tinha uma cama lá, mas, espere um pouco! Nenhuma sala tinha cama, e a gente não poderia estar em nenhum dormitório.

 - A sala precisa. – Murmurei com raiva.

 -Sim, e você não vai sair daqui até eu acabar com os meus problemas. – Ele ficou por cima de mim e começou a descer, sua boca ficava mais perto da minha... Eu tentei reagir, mas aqueles olhos... Eu odiava Malfoy, mas eu tinha que admitir... Put* que pariu, aquele menino era bonito.

 -E por que eu iria querer acabar com os seus problemas quando você é o meu próprio problema? – Me virei rapidamente e acabei ficando de bruços.

 Sabe aquele momento em que você não pensa direito, e quando uma idéia aparece você pensa que ela vai acabar com seus problemas, daí você vê que só depois que você colocou ela em prática, ela era uma droga?

 -Você só torna as coisas mais fáceis... – Ele murmurou com a voz rouca e colocou um joelho de cada lado do meu corpo e começou a beijar meu pescoço sensualmente. Não consegui segurar uma exclamação... Droga! Ele tinha encontrado meu ponto fraco.

 -Ah... Você gosta disso, Granger? – Ele perguntou enquanto continuava beijando meu pescoço.

 Eu não conseguia me mover mais. E eu falo sério, não conseguia mesmo. Não era mais por causa do choque, eu não podia me mexer.

 -Me deixe sair daqui... – Consegui murmurar.

 -Estamos na Sala Precisa e eu desejei por isso. Essa cama é especial, o quarto é especial. Você só sai dele se eu desejar de verdade, e se eu desejar... Ele vai saber.

 -E você sabe o que eu desejo nesse momento? Sua boca longe do meu pescoço.

 -Não seja por isso.

Ele me virou e me beijou na boca pela primeira vez. Mas não foi um beijo, foi apenas um selinho rápido, mas mesmo assim eu senti... Eu não sei exatamente o que eu senti. Meu ventre começou a formigar e um choque correu por todo o meu corpo. Malfoy começou a tirar minha capa, e eu estava tão hipnotizada que não protestei. Merlim! Um selinho... UM! SELINHO! Só isso!

 -Isso Granger... Seja uma boa menina... – Naquele momento minha sanidade voltou e eu consegui me desvencilhar dele.

 -Malfoy é bom você me deixar sair ou...

 -Uou, Granger. Você parecia estar gostando... – Ele falou com a voz rouca.

 -Se você não me deixar sair eu vou ser obrigada a usar a maldição império contra você... – Falei ofegante, tentando parecer confiante, mas aquela voz rouca me deixava louca.

 -Granger, não conhecia esse seu lado... Pois bem, pode usar. – Ele disse abrindo os braços - Aliás... Eu sei o que você quer... - Ele foi se aproximando, mas eu o empurrei.

 -Você é insuportável! – Eu gritei com raiva e todo aquele sentimento bom se reverteu para algo negativo e soltei tudo num desabafo – Me fala: por que você sempre me infernizou? Fez da minha vida uma droga? Tentou acabar comigo, para, depois de seis anos, Malfoy. Seis anos pra você mudar de idéia. Seis anos pra você decidir que não precisa mais me tratar tão mal... Mas é só o que você pensa, porque você só me fere mais e mais assim... – Eu respirei por um segundo tentando me acalmar, mas quando ele veio em minha direção tentando me abraçar eu gritei de novo – E não tente ser meu amigo! Não tente nada comigo, entendeu?!Nada! Finja que não me conheça, ok?! Tente olhar para mim do mesmo jeito que você olha para uma flor: com desprezo. Mas só fique no olhar... Não tente me ferir com suas palavras grossas, ou pior, com suas palavras gentis! Não... Não tente nada... – Eu terminei num tom mais calmo.

 Eu vi o rosto de culpado dele. Eu me senti... Me senti igual a ele, e isso não era nada bom. Então era assim que ele se sentia quando me deixava sem resposta? Quando me humilhava? Será que ele se sentia tão mal quanto eu?

 -Pode ir, Granger. – Ele falou calmamente. Droga! Isso só me fazia sentir pior – Não se preocupe, pode virar as costas, eu não vou te amaldiçoar... Não agora. – Ele terminou maroto e eu tive certeza que ele só havia falado aquilo porque achava que assim o orgulho não seria feria totalmente.

 -Ta bom... Até a detenção... – Eu estava quase saindo, mas antes me virei e murmurei um pouco envergonhada – E não tente nada comigo... Porque eu não tenho nada para dar de volta.

 Eu percebi que ele ia responder algo... Imaginei algo do tipo “eu não quero e nem espero nada vindo de algo tão sujo igual você”, mas eu nem esperei a resposta.

 Saí correndo pelo corredor (N/A: irônico, não?), tentando ignorar aos comentários das pessoas sobre a aula. Eu não queria falar sobre aquilo, não queria lembrar sobre aquilo, mas... Por que estava me afetando tanto?

A Lula Gigante não conseguiria acabar com meu dia, mas Draco Malfoy conseguia.

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N/A: E então? O que acharam?? Por favor, comentem, votem e me contem como eu posso melhorar minha fic, mas lembrem-se do respeito, sim?? ;D


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam comentando a fic e votando, por favor, isso me deixa muito feliz e inspirada ;D



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