Lua De Sangue escrita por JhesyAckles


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews, fiquei muito feliz com todos, e antes que vocês comessem a ler só um pequeno aviso, o próximo capitulo será postado conforme os reviews chegarem, vou postar quanto atingir um certo numero de comentários.
Boa leitura
A capa não está querendo aparecer desta vez, não sei por qual motivo, mas se alguém quiser ve-la está aqui http://luuadesangue.tumblr.com/post/11615224996



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A noite seguinte tinha sido uma noite extremamente longa e cansativa.

Marcus saiu com Lucas e outros vampiros para rastrear os lobisomens e talvez matar alguns... 

Quando a noite terminou todos tinham ido embora. Marcus fora para a casa de Lucas conversar com os outro, eu e minha mãe ficamos em casa, foi então que vi a oportunidade.

- Mãe, podemos conversar? 

- Sim, filha, claro... Sobre o que? 

- Porque Marcus está tão obcecado por esses lobisomens?

- Não sei se posso lhe contar... Isso é um assunto delicado, filha - ela suspirou. 

- Mãe, eu estou destinada a passar a eternidade convivendo com ele, acho que mereço algumas repostas, não? 

- Tudo bem... Vou te contar...

- Estou ouvindo. 

- Marcus tinha uma esposa e uma filha... Muitos anos antes de nos conhecermos... sua filha, na epoca, tinha a sua idade. - ela respirou fundo e suspirou. - Eles se mudaram para  uma floresta assim como esta, uma noite, uma noite de lua cheia as duas sairam para caçar, mas não sabiam que o território já estava ocupado por um bando de lobisomens. Bem, enquanto se alimentavam os lobisomens apareceram,  animais enormes, fortes, rápidos e irritados por elas estarem se alimentando em seu territorio... Manuela se assustou e tentou proteger Sophia, mas não conseguiu. As duas foram massacradas...   Marcus voltou para a casa, o dia amanheceu e nada das duas aparecerem, ele passou o dia inquieto, quando a noite caiu saiu para procura-las e encontrou os corpos queimados pelo sol e se desesperou, os corpos mais do que queimados estavam dilascerados, haviam pedaços por todas as partes, então Marcus sentiu um cheiro estranho, de uma animal estranho e seguiu o rastro, então conseguiu rastrea-los. Eles eram muitos, ele não teria chance. Ninguém o escutava, achavam perigoso ir vingar as duas. Ele esperou alguns anos, até chegar sua vez de tomar a liderança de seu pai, mas ai já era tarde... Nunca mais cruzou o caminho de lobisomens, até agora... 

Eu fiquei horrorizada.

- E agora ele quer vingança... - eu disse. 

- Exatamente. E não vai descançar enquanto não matar todos.

Agora tudo estava claro. Isso explicava aquele odio no olhar de Marcus. 

Eu estava preoucapada com Marcus, fosse do jeito que fosse ele sempre foi um pai pra mim.

Mas também estava preocupada com Daniel... Lucas não podia encontra-lo.

Eu não podia suportar que nada acontecesse a ele, não podia suportar que nada acontecesse a ele por minha culpa. Eu teria que terminar tudo o que era o certo a se fazer, não poderiamos mais nos ver... Ou transforma-lo, mas ele talvez não concordaria com isso... eu teria de estar preparada para o pior. 

Fui até o lago a passos arrastados. Eu queria chegar logo, queria ve-lo logo, queria toca-lo logo... Mas queria adiar ai máximo nossa despedida...

Por varias vezes eu quis desistir, quis apenas chegar lá e não dizer nada, mas eu não podia fazer isso, continuar com ele seria o mesmo que sentencia-lo a morte.

Eu tinha que por um fim nisso. 

Quando cheguei ao lago ele já estava a minha espera e me recebeu com um sorriso. Por impulso corri até ele e sem dizer nada dei-lhe um beijo, mas dessa vez, quanto mais meu coração acelerava mais ele se quebrava, porque eu sabia o que viria a seguir, eu sabia que teria de deixa-lo... Quando nos separamos eu lutei com todas as forças para não voltar aos seus braços, eu precisava resolver isso, não podia adiar mais, não podia sequer beija-lo de novo ou desistiria... 

Ao nos separarmos eu o olhei fixamente com dor nos olhos.

- Lana, o que houve? - ele me olhou preocupado. 

- Daniel, preciso te dizer uma coisa. É muito importante. - eu olhava em seus olhos.

- Então diga, meu amor. Pode me dizer qualquer coisa. - aquelas palavras vieram como facas em mim.

- Não podemos ficar juntos, não podemos mais nos ver. 

- Do que é que você está falando? - ele me olhou confuso e colocou a mão em meu rosto. 

- Daniel, eu nunca devia ter me envolvido com você, desde o inicio eu sabia que isso seria um erro, e agora isso se confirmou. 

- Se confirmou? Você pode ser mais clara?

- Você corre perigo estando ao meu lado.- essa frase soou extremamente clichê, mas era a verdade.

- Perigo? Perigo de que? 

Foi então que senti seu cheiro e com um sobressalto ouvi sua voz.

- Perigo de morte! - Lucas disse saindo de tras das arvores.

- Quem é você? - Daniel disse agora com a voz dura. Então me colocou atras dele e encarou Lucas. 

- Sua amada Lana não te disse nada sobre mim? - ele disse com diversão na voz. 

Eu olhava tudo por cima do ombro de Daniel. Mas mesmo com ele me segurando estava pronta para partir para cima de Lucas caso ele quisesse brigar com Daniel. 

- Deveria? - Daniel perguntou com autoridade. 

- Deveria. Mas, como Lana foi muito mau educada e não nos apresentou corretamente, - Lucas dizia com sarcasmo - eu me apresento. Meu nome é Lucas, fui namorado da Lana por muito, muito tempo, e sou a ultima pessoa que você verá na sua vida. E você, gosto de saber o nome das minhas vitimas antes de mata-las, como é o seu nome?

- Meu nome é Daniel, e não pretendo morrer hoje, muito obrigado, seus serviços estão dispensados. 

- Creio que você não tem escolha. - ele disse mostrando os dentes,

- Você foi namorado dela? Então não foi homem suficiente para mante-la ao seu lado, estou certo? - Daniel não devia estar provocando Lucas daquela maneira. 

- Não fale assim comigo. Lana me pertence, você é só um brinquedinho na mão dela, ela logo se cansará de você e virá correndo pra mim. Lana não se interessaria de verdade por um simples humano. 

- Lana não te pertence. E se você não foi homem suficiente pra ela, eu sou. Você quer brigar? Vamos brigar! Mas eu honestamente, tenho pena do que vai sobrar de você. 

- Daniel, pare. - eu implorei. 

- Fique fora disso Lana. Eu resolvo. Eu não vou te perder. - ele disse isso e me deu um rápido beijo e então virou para Lucas. 

Os olhos de Lucas brilhavam de puro odio. Daniel o havia provocado e isso não ficaria barato. Talvez eu conseguisse segurar Lucas tempo suficiente para que Daniel fugisse, ou talvez não... 

De repente Daniel saiu de perto de mim, Lucas investiu pra cima dele.

Os dois já estavam muito proximos, eu não poderia fazer muito, esperei o momento certo, mas o que se seguiu eu não pude entender naquele momento.

Lucas foi para cima de Daniel e então o vi voar e colidir com uma arvore que estava uns cinco metros de distancia, a colisão foi de tamanha violencia que mataria um ser humano, eu temi pela vida de Daniel, e foi ai que percebi algo que pra mim não fazia o menor sentido, o corpo atirado para a arvore não era o de Daniel, era o de Lucas.  Daniel continuava parado no mesmo lugar olhando para a arvore quebrada como um predador. 

Eu fiquei em um total estado de choque. Eu não conseguia me mover. 

Lucas se levantou e veio em direção a Daniel, mas não retomou a luta. Apenas esbravejou.

- Isso não vai ficar assim. - ele disse trincando os dentes. - Eu vou acabar com você, seja lá o que você for.  - dizendo isso sumiu entre as arvores.

Lucas podia ser o idiota que fosse mas não era burro, sabia que não poderia brigar com ele depois do que ele fez, e ainda que pudesse eu também estava lá, e sem duvidas ele sabia que eu entraria na luta, e com isso ele não teria chances de ganhar. Mas, como Daniel conseguira fazer aquilo?

Daniel se virou pra mim e veio em minha direção, mas eu não conseguia falar nem fazer nada.

Estava totalmente sem reação. 

- Você devia selecionar melhor seus namorados. - Ele disse e sorriu. 

- O que... O que foi aquilo? - eu finalmente encontrei minha voz. 

- O que foi o que? - ele me olho desconfiado. 

- Como você fez aquilo? O que você é?

- O que eu sou? Lana, do que você está falando? - ele me perguntou cauteloso. 

- Não se faça de desentendido, droga. Você o atirou 5 metros de distancia, nenhum ser humano normal conseguiria fazer isso com um... - eu me interrompi. 

- Com um o que? - ele me olhou. - escute, isso se chama descarga de adrenalina, já ouviu falar? Um homem consegue arremessar outro com uma força surreal quando tem isso, e foi isso o que eu tive. 

- Para de mentir! Não foi isso não. - eu o encarei. - Nenhum homem normal conseguiria mover Lucas sequer alguns centimetros de onde ele estivesse contra a vontade dele, quanto mais metros! 

- Como não? O que o torna melhor que os outros? Ele é um homem, apenas isso. 

- Ele não é só um homem - minha voz saiu mais alta do que eu pretendia. - ele é um vampiro!

Eu não devia ter dito isso, mas agora o estrago estava feito. 

- Um... um o que? - ele me olhava surpreso mas não assustado.

- Isso mesmo que você ouviu. Um vampiro. 

- Lana, você não pode estar falando sério. Se ele é um vampiro, isso quer dizer que você... 

- Sim, quer dizer que sou uma vampira. Agora você entende porque só posso te encontrar a noite? Entende agora porque meus pais não se importam que eu passe a noite fora? Entende agora o porque tenho que sair correndo cada vez que o sol está perto de nascer? Entende agora porque não podemos ficar juntos?

- Entendo, e entendo mais do que isso... 

- Agora que você já sabe, eu preciso saber, como você conseguiu fazer aquilo com o Lucas? Nenhum mortal conseguiria, - eu respirei fundo. - por favor, me diga o que você é. 

Quanto mais eu insistia na pergunta mais medo eu tinha da resposta. Eu perguntava, mas de alguma maneir já sabia o que ele responderia, e tinha medo de que isso se confirmasse, eu quase implorava para estar errada.

- Eu... - ele me olhava com cautela, tentando escolher as palavras. - Você não vai mais querer saber de mim se eu lhe disser... 

- Tente.

- Lana, eu sou um lobisomem. - ele me olhava. - eu sei que deveria ter te contado antes, mas... 

- Não precisa falar mais nada. - eu disse desviando o olhar. - Eu preciso ir embora... 

- Eu sabia... Vai me deixar, é isso?

- Daniel, você não entende? 

- Sim, entendo. E sabe o que eu entendo? 

- O que? 

- Entendo que agora nossas promessas são possiveis. Ou aquele \\\\\\\\\\\\\\\'eu te amo\\\\\\\\\\\\\\\' e aquele lance de eternidade eram tudo mentira? Se foi pra você, pra mim não era... 

- É claro que não era mentira. - ele conseguiu quebrar minhas pernas com essas palavras.  - eu te amo, isso não mudou. 

- Parece ter mudado. 

- Não é isso, droga... É complicado... 

- Lana, não há nada complicado. Nós nos amamos, e é isso o que importa. 

- Queria que fosse simples assim... - eu murmurei.

- E é, é tudo muito simples, as coisas sempre são simples, mas sempre temos que dificulta-las. - ele não deixava de me encarar nem sequer um segundo. - Lana, escute, acredite ou não, hoje eu vim aqui para te contar toda a verdade. Eu não ia poder continuar escondendo isso de você... 

- Daniel, você tem razão... Mas...

- Mas nada Lana. Não me importa, eu quero você, e pronto. 

- Eu também quero você Daniel. 

- Então não há mais o que se discutir, certo? 

- Acho que não... 

Eu não conseguia discutir com ele, mesmo sabendo que ele estava errado... Mas como eu poderia dizer a ele que meu pai queria mata-lo? Eu não podia fazer isso...

- Tenho uma proposta a te fazer... 

- Pode falar. - eu o olhei curiosa.

- Você fugiria comigo, pra longe de tudo isso, pra longe de todos eles?

Eu fiquei sem reação. 


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