The Forbidden Romance escrita por Laís di Angelo, Leticia Di Angelo


Capítulo 19
Salvo uma pessoa


Notas iniciais do capítulo

Oioi, aqui é a Letícia. Gente desculpem a demora, sério, é que eu estou com um monte de fic para escrever (se quiserem ler =D). Mas aqui esta o capitulo que é TOTALMENTE, INTEIRAMENTE E MARAVILHOSAMENTE dedicado a Caixetinhaa! Espero que gostem!



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POV Jake


  Estava indo em direção ao refeitório, mas logo parei ao perceber o tumulto que se encontrava ali. Contornei o refeitório, fugindo de toda a gritaria. Sinceramente, não estava com cabeça nenhuma para aquilo tudo. Era tanta coisa na minha cabeça, eu acabara de perceber, que queria a única pessoa que eu não podia ter. Argh! Não estava a fim de saber o porquê de tanta gritaria no refeitório, então segui em direção a floresta, me afastando sorrateiramente da baderna.

  Caminhei por um tempo. Quanto? Não conseguiria responder. Estava tão absorto em meus pensamentos que nem reparei no tempo e distância que já havia percorrido. Meus pensamentos? Todos voltados nela. Ela, ela, ela! Argh, se eu não parar de pensar nisso acho que vou enlouquecer. Acho que eu finalmente estava... É muito difícil dizer isso.

  Quando dei por mim, já estava no lugar da praia mais afastado do acampamento e o por do sol já tomava o céu com todas suas cores. Um lugar, que ninguém além de mim e Percy conheciam. O lugar onde havia a praia mais bonita do acampamento que ficava perto do meu esconderijo. Esse, eu tenho certeza que ninguém conhece, nem mesmo o Percy.

  Dirigi meu olhar para o mar. Tão lindo e convidativo, que não suportei a tentação de entrar, e, logo me vi sem camisa mergulhando na imensidão cristalina.  Quando a primeira onda me atingiu, senti um certo desconforto vindo do mar, mas tentei ignorá-lo. Queria apenas curtir o lugar que eu mais gostava de ficar. Mas quando mergulhei mais fundo, percebi uma certa inquietação vinda da parte do animais marinhos. Eles pareciam temerosos com algo, que certamente os incomodava profundamente.   Achando aquilo realmente estranho, nadei em direção ao lugar onde havia a maior inquietação. Ao chegar, senti meu mundo inteiro desabar, com a cena, extremamente agonizante, postada a minha frente.

  La estava ela, com sua cabeleira loira perdida no mar, acompanhada de seu corpo delicado e desacordado. Ela estava viva, sabia disso por causa do mar, mas também sabia que se não agisse logo não teria tanta sorte. Com um movimento desesperador a puxei para os meus braços e fiz uma bolha de ar a nossa volta. Eu estava seco e quente, por possuir os mesmos poderes em relação à água que Percy, mas ela não. Ela estava encharcada e gelada e sua boca roxa pela baixa temperatura. Ai bateu o grande desespero. O que eu faço agora? Essa pergunta rondava a minha cabeça, mas eu não tinha muito tempo para pensar. A olhei, sua blusa, parecia sufocá-la de tão apertada. Rasguei-a então e empurrei minhas mãos em direção ao seu pulmão e logo minha boca tocava a sua, fazendo respiração boca-a-boca.

  Eu soprava ar para dentro de seus pulmões, logo depois pressionava minhas mãos em seu peito.

  Vamos, vamos, funcione!!! Para minha alegria, logo ela se curvou e vomitou toda água que estava presa em seus pulmões. Ela ainda respirava com uma certa dificuldade. Depois de cuspir tudo, ainda sobre meu olhar, enfim percebeu minha presença e me olhou assustada, mas logo seu olhar foi para o mar, e em seus lindos olhos, pude ver pavor transparecendo.

  - M-me tire da-daqui – disse ela fraca, estendendo seus braços desajeitadamente e se agarrando em minha camisa fortemente, demonstrando o medo de que tinha ao estar ali.

  - Calma – sussurrei a trazendo para mais perto, envolvendo seu corpo com o meu. – já estamos voltando, relaxe, eu vou cuidar de você - Eu terminei de falar e ela se aninhou ainda mais em meus braços, fechando os olhos cansados. Vê-la naquela situação tinha me deixado mais que desesperado.

  Guiei a bolha para a superfície, e chegando perto da areia, ela se desfez, me obrigando a segura-la em meus braços, coisa que não foi esforço nenhum, já que ela era extremamente leve. Percebi então, que já era tarde da noite, e não daria para voltar para os chalés, pois as harpias nos pegariam. A única saída que me restava era minha caverna. Andei até onde tinha deixado minha blusa e me abaixei levemente para apanhá-la. Ao fazer isso, comecei a andar em direção ao mar, pois era o único jeito de chegar ao meu esconderijo.

Quando comecei a entrar no mar, ela percebeu e começou a ficar inquieta e apavorada.

  - Confie em mim. – disse despejando um beijo delicado em sua testa gélida.

  Quando a água batia outra vez em minha cintura, fiz outra bolha de ar para tranquilizá-la e logo estávamos chegando a minha caverna submersa que a única forma de chegar era pelo mar.

  Olha, vou tentar explicar como é la. Tem tipo um sofá-cama e uma mesinha com alguns salgadinhos e ambrosia, que eu sempre reponho. Tem até um frigobar, que, eu não sei como funciona ali, porque não sei se ali tem energia elétrica. Também nunca tive muita curiosidade em descobrir não, porque sempre achei que foi obra do meu pai, pois quando cheguei ali, já estava assim. Com o sofá, o frigobar e a mesinha. E também tinha uma televisão que eu assistia filmes de vez em quando (obra do meu pai também). Sou filho único, então, o que tem demais ele fazer essas coisas por mim, não é? Tinha umas roupas minhas, um cobertor em cima do sofá e as comidas.

  Andei até o sofá e coloquei Agatha, cuidadosamente, em cima dele. Ela ainda estava fraca e seu rostinho pálido. Continuava com os olhos fechados, apertando-os fortemente. Andei até a mesinha e peguei um pedaço de ambrosia. Voltei até o sofá e sentei ao seu lado, colocando seu corpo um pouco mais em pé, para ela comer o pedaço de ambrosia. A encostei na lateral do meu corpo e acariciei seu rosto.

  - Ei, Agatha – falei em seu ouvido, bem baixinho – Está tudo bem agora, pode relaxar. Ande coma isso, vai? Pra você melhorar.

  Ela então abriu os olhos, bem devagar e me encarou. Levei o pedaço de ambrosia até sua boca e ela abriu devagar, mordendo o cubinho de ambrosia, de um jeito inocentemente provocante, que teria me deixado doido em situações normais. Mas tenho certeza que ela não fazia isso de propósito. Parecia tão meiga e delicada como uma linda bonequinha de porcelana. Apertei ainda mais meus braços ao seu redor. Ela terminou de comer o pedaço de ambrosia e parecia aparentemente melhor.

  Seu olhar, então, caiu para seu colo, e percebi que ela corou fortemente. Acompanhei, seu olhar, e percebi que ela estava apenas de sutiã, tinha me esquecido totalmente que havia rasgado sua blusa e agora que havia me tocado disso. Corei também. Me levantei e caminhei até umas roupas minhas que tinha ali. Peguei um moletom e levei até ela.

  - Veste, suas roupas esta encharcadas, você vai ficar mais quente com isso – ela pegou e olhou em volta.

  - Mas onde eu vou me trocar? – ela perguntou inocentemente.

  - Pode ir ali no canto – falei apontando para o canto mais afastado de onde nós estávamos – não vou olhar, juro pelo Estige, vou arrumar a cama pra você enquanto isso.

  Parece que ela confiou. Pelo menos acho que foi por causa do juramento. De qualquer forma ela se virou e andou até lá. Eu por outro lado, me virei também e abri o sofá-cama fazendo as almofadas como travesseiros e estendendo o cobertor para que ela pudesse ficar quente. Tornei a me virar, quando senti suas mãozinhas em minhas costas. Ela estava com meu moletom, que ia até a metade de sua coxa. Olhei para suas pernas, confesso, taradamente.

  Jake se controla. Disse minha consciência, tratei de tirar os olhos dali e olhei para sua face levemente corada. Linda...

  - Melhor? – perguntei, já sabendo a resposta.

  - Muito – respondeu, movendo seu olhar para o chão, envergonhada – Obrigada, Jake.

  - Vem – falei e segurei sua mão, puxando levemente, para que se sentasse no sofá. – Dorme, você precisa descansar. Amanhã a gente volta para o Acampamento logo de manha.

  Vi que ela queria discutir, mas pareceu que seu cansaço falou mais alto, pois ela logo deitou e percebi que sua mente foi levada para o mundo de Morfeu

POV Agatha

  Acordei sentindo um frio descomunal, e minha boca estava mais seca que tudo. Me levantei meio cambaleante em busca de um copo de água e chutei por acidente, algo macio ao me levantar. Ainda desconcertada e distraída pelo sono e cansaço não identifiquei o objeto misterioso que havia acabado de chutar. Esse objeto misterioso foi crescendo e acabou ficando maior que eu. O que...? Meus pensamentos foram interrompidos por mãos forte, tocando delicadamente minhas bochechas.

  - Agatha – a voz de Jake cortou o ar. – Tudo bem?

  - Só... – falei tentando me lembrar onde estava. Aí a ficha caiu. Eu tinha me afogado e ele me salvou e isso atingiu minha cabeça me deixando com uma forte dor de cabeça e fazendo meu corpo pender para trás.

  As mãos fortes logo me seguraram e ele me pegou no colo. Seu toque quente, no meu, naturalmente gelado, me fez instintivamente aninhas em seus braços, pois estava realmente com frio. Encolhi-me mais.

  - O que foi? – perguntou. Pelo que pude perceber preocupado. Pela fraca luminosidade, que só era emitida pela televisão ligada em um volume quase inaudível, parecia que seu cenho estava franzido.

  - Frio... – falei baixo. – muito frio, Jake, e sede, muita sede.

  - Ok, espere um minutinho – ele falou me sentando na cama improvisada e me cobrindo com o cobertor.

  Ele  se afastou, mas logo voltou com um copo grande de água e me entregou. Eu bebi inteiro saciando minha vontade e logo depois Jake me entregou um pedaço de ambrosia. Não entendi porque e parece que ele percebeu.

- Você está com febre, Linda – Ai, meu santo Zeus, ele me chamou de Linda? Como assim? Acho que corei uns 50 graus porque vi seu rosto também ficar vermelho. – Come isso. Pra você melhorar.

  Não recusei! Poxa, ele estava sendo tão fofo e tão meigo. Comi o pedaço de ambrosia e meus olhos começaram a pesar. Ele cuidadosamente me deitou na cama e sentou ao meu lado no chão.

  Não. Nossa como eu era egoísta! Ele não podia ficar no chão, coitado. Me levantei, sob seu olhar interrogativo e segurei suas mãos puxando levemente para que ele entendesse e se levantasse. Ele não entendeu perfeitamente, pois ficou em pé ao meu lado com um olhar interrogativo.

  O empurrei de leve para que ele se deitasse no sofá, e eu me deitei encostada em seu corpo quente, em todos os sentidos se você quer saber... Mas eu estava tão cansada que nem percebi nada, adormeci totalmente confortável em seus braços, com ele fazendo cafuné em meu cabelo.



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Notas finais do capítulo

O que acharam? REVIEWS? RECOMENDAÇÕES? REVIEWS? RECOMENDAÇÕES? REVIEWS? RECOMENDAÇÕES? REVIEWS? RECOMENDAÇÕES?
REVIEWS? RECOMENDAÇÕES? REVIEWS? RECOMENDAÇÕES? REVIEWS? RECOMENDAÇÕES? Ok, chega, o próximo a Laís que posta, beijinhos!