Primeiro problema em Forks

capítulo 10

Entre Tapas e Beijos

POV Rose

Meu pai bateu o martelo...

Ele estava parado no caminho do sofá para a escada.

Eu que não fui nem boba nem nada, evitei passar sozinha usando Edward como escudo.

Meu pai deu uma palmada nele pela rebeldia recente.

Ele pulou cobrindo o traseiro com as costas das mãos.

Sinceramente, estávamos indo para discutir com o cinto da disciplina, uma corrida que nem se quer aconteceu, só não era mais exagero do que bater no meu irmão na minha frente, eu preferiria passar uma semana inteira abraçada ao idiota mimado, do que assistir meu irmãozinho levar uma surra de cinto.

Qualquer um deles, mas Edward é especial pra mim, somente eu é que posso causar-lhe dor, ele é meu irmãozinho caçula e esse é o meu dever.

Edward já estava chorando em silêncio, era de cortar o coração ver suas lágrimas escorrendo pelas bochechas.

"Pare de chorar!"

Eu sussurrei baixinho.

"Papai, olha a Rose aqui, olha!"

"Rosalie..."

Meu pai falou com firmeza.

Eu odiava quando ele me chamava de Rosalie, normalmente eu sou, Princesinha, Princesa ou Rose, Rosalie é só quando ele está bravo comigo, e Rosalie Cullen significa que eu estou na merda.

"Dedo duro!"

Pensei pra ele, que me mostrou a língua, escondido do papai, lógico.

Passamos pela porta e eu vi a almofada do sofá rasgada... "Emmett". O cinto estava em cima da mesa e uma cadeira no meio do escritório... "Jasper".

Aquele lugar parecia tão sinistro em uma situação como aquela, mas naquele dia estava pior, os quadros ainda não tinham sido pendurados, os livros ainda estavam nas caixas, as perdes limpas e as estantes vazias faziam o lugar parecer a sala da tortura.

Eu me perguntava, com que urgência o cinto da disciplina tivera sido pendurado atrás da porta.

Alguns pequenos detalhes já tinham sido arrumados no dia anterior quando papai veio verificar a entrega dos carros e da mudança?

Eu pude notar alguns materiais de escritório mexidos e percebi que ele passara por aqui ontem, ou ele já estivera prevendo alguma coisa ou leva mesmo a nossa disciplina muito a sério.

Foi então que me lembrei, do que ele disse ontem depois de determinar que o Aston e o MW também viessem no caminhão cegonha junto com os outros.

Flash back

"Não, não e não!"

"Vocês não vão dirigindo pra Forks e ponto final!"

Meu pai disse encerrando o assunto.

assunto Edward. Os cinco no Jipe, eu já falei!"

Eu cruzei os braços em desgo "Mas por que o Emmett pode dirigir e nós não?"

Meu irmão insistiu.

"Porque o Jipe não está turbinado, e eu pensei já ter encerrado esse assunto franzindo as sobrancelhas, e Edward cruzou os dele batendo o pé com raiva.

Meu pai que já estava virando as costas voltou-se pra nós.

"Então é assim que vocês querem não é?"

Mantivemos a nossa postura, mas um traço de medo podia ser notado facilmente em ossos olhos.

O que ele quisera dizer com 'assim'?

Emmett, Jasper e Alice irão no Jipe e vocês dois virão no Mercedes comigo e sua mãe, e se eu tiver que desemburrar vocês por causa disso, será no escritório de Forks. Agora descruzem esses braços, melhorem suas caras e vão arrumar suas coisas, eu vou pra lá hoje recepcionar os carros e a mudança pra ver se chegará tudo bem, levar uns papéis ao hospital, e sua mãe vai ficar de olho em vocês dois, é melhor que amanhã quando eu voltar para buscá-los eu tenha boas notícias de vocês dois.

Saímos juntos da presença dele a ponto de rosnar, mas não éramos malucos, mas quanto a se trancar no quarto emburrados, sabíamos que mamãe não contaria.

Fim do flash back

Subiu um frio na minha espinha, quando me lembrei que Edward e eu estávamos empurrando sua paciência desde ontem, e que esse cinto já estivera aqui esperando por nossa provável rebeldia.

Ficamos parados no meio do escritório sem saber se sentávamos ou permanecíamos em pé, já tínhamos vacilado o suficiente pra um ano.

Ele mandou que sentássemos e pediu.

"Eu quero saber desde o início, essa história de corrida, quem foi que começou com isso? Você quer começar?"

Ele disse olhando pra mim e percebendo que eu não estava chorando como Edward.

"Claro que sim papai. O que acontece é que o Edward não consegue admitir que eu seja melhor em mecânica do que ele, e teve o desplante de me dizer, enquanto eu turbinava o meu carro, que o dele estava melhor, eu propus darmos partida nos motores para comparar os sons, e ele propôs uma corrida."

Apontei o dedo pra ele em acusação.

"Sua grande mentirosa! Eu só disse que nem em uma corrida você provaria isso."

Ele se defendeu.

"Então você admite ter sido o primeiro a falar em corrida."

"É, mas foi você quem disse - Então vamos ver."

Ele disse soluçando e com raiva ao mesmo tempo, não dava pra dizer se ele aparentava dez ou doze, mas nunca dezessete.

"Pois eu nego e é a minha palavra contra a sua."

Eu rebati com segurança.

"Já não me importa mais quem propôs, já que o outro aceitou prontamente, o que me importa é que todo o meu discurso sobre preservação humana foi totalmente ignorado."

Ele já estava perdendo a paciência novamente, mas Edward e eu discutirmos, já era uma coisa natural e inevitável, eu nem sei como é que conseguimos passar trinta anos sem sermos pegos aos palavrões, a surra de trinta anos atrás foi tão feia, que sempre que a coisa esquenta de verdade nós discutimos longe dos nossos pais, mas hoje eu acho que tocar em nossos carros nos deixou vulneráveis demais pra calcular direito.

O sermão do eu pai parecia ser eterno.

"...Nosso estilo de vida não é uma brincadeira, ou um jogo divertido, eu me pergunto no caso de um acidente envolvendo humanos, o que aconteceria... hum? Se o acidente não matasse o que a presença de sangue faria a vocês?"

Edward baixou a cabeça ao lembrar que pra ele era mais difícil do que pra mim, eu nunca provara o sangue humano como Edward, mas isso não quer dizer que ele não desperta o meu instinto, afinal o meu dom é impetuosidade e não compaixão igual o do meu pai.

"E se um outro humano morresse por causa de vocês? Não haveria surra que amenizasse a culpa, eu faço regras para o bem de vocês... e blá blá blá blá... ... ..."

Duas horas depois...

"Eu preciso repetir isso tudo?"

Ele perguntou pondo as mãos nos quadris.

"Não senhor!"

Respondemos em desespero.

"Booom... então vamos acabar com isso, levantem-se!"

Nós levantamos, mas não sabíamos o que fazer, nunca apanhávamos juntos, já ficamos de castigo abraçados juntos inúmeras vezes, já ficamos preso no mesmo quarto, já dividimos o mesmo animal, e todos os castigos que os pais aplicam em irmãos brigões, mas eu nunca fui obrigada assistir um irmão meu apanhando de verdade, talvez um puxão de orelhas, uma chinelada ou duas, uma varada como o Emmett hoje na estrada, ou uma palmada como Edward antes de subir, mas não uma surra real.

"Já que você mencionou primeiro a palavra proibida desde o último aviso, desaperte as calças Edward!"

Eu não podia acreditar no que eu ouvira, ele bateria na nossa bunda nua na frente um do outro?

Ele não mandou Edward tirar, mas somente desapertar as calças e deitar no seu colo.

Depois que Edward estava de bruços ele puxou seu jeans e boxes até os joelhos.

Se a expressão morrer de vergonha existisse meu irmãozinho estaria morto agora, mas como somente a expressão chorar de vergonha é que existe, foi o que ele fez, ao me ouvir pensar de onde é que mamãe tirou seu apelido, seu bumbunzinho era tão bonitinho como o bumbum de um bebê, ela provavelmente já tinha o visto nos seus anos de filho único, eu não pensei de propósito para constrangê-lo, mas tanta fofura era inevitável.

Meu pai cobrou suas confissões.

"Por que você está recebendo essa palmada, Edward?"

Ele respondeu chorando.

"Por apostar dinheiro com Emmett, esconder a verdade e brigar com minha irmã."

Quando pensei que o primeiro tapa viria, me pai surpreendeu com uma pergunta.

"E por que você está sendo obrigada a assistir ao seu irmão sendo punido?"

Meu pai nunca entrega uma punição sem ter absoluta certeza de que nos sabemos o motivo, eu sempre achei uma besteira, mas pela primeira vez a resposta não era óbvia, eu realmente não sabia, e queria saber, o porquê de uma punição tão cruel.

Então eu fiquei calada, como um olhar de confusão e medo no rosto, confusão por não saber a resposta e medo de ele achar que permanecer calada era um ato de rebeldia meu, por isso humildemente eu respondi.

"Eu não sei paizinho."

"Você não sabe? Então vou te responder."

"Isso é pra você ver - PAFT! *- o que acontece com o seu irmão - PAFT! *- quando você - PAFT! *- briga - PAFT! * - com ele."

Cada palmada trazia consigo um grito de Edward e uma pontada de culpa no meu peito.

Quando você - PAFT! * - aposta - PAFT! *- com ele - PAFT! * - quando você - PAFT! * - dedura ele - PAFT! * - vê Rosalie? - PAFT! * - o que acontece? - PAFT! *AAAAAAiiii - PAFT! *** AAAiiiaiaiai!*

Eu piscava apertando os olhos e encolhendo os ombros com as mãos no ouvidos inutilmente, enquanto meu pai batia no meu irmãozinho e fazia uma palestra pra mim.

Na vigésima palmada, a palestra mudou pra ele.

Nunca - PAFT! *AAARRarrai! - mais - PAFT! *aaaaauuuuuu - xingue - PAFT! * aaaaaiiiii - a sua - PAFT! *AAAAAaaaaaaaa - irmã - PAFT! * - ouviu? - PAFT! * Siiiiiimmm paizinho siiiimmm!

Quando eu perguntar alguma coisa você me responde - PAFT! * Taaaaaaaaa! booooooommmmmm

Quando eu disser não faça! eu quero disser não faça! - PAFT! *

Ta bom papaaai! PAFT! *eu vou ser booooomm! eu vou obeceeeer! - PAFT! * já cheeeega!

Ele esperneava no colo do meu pai.

Minhas lágrimas caiam em silencio em meio aos gritos dele, então eu usei toda minha impetuosidade e segurei a mão do meu pai.

"Chega papai! Por favor!"

Eu não disse com arrogância minha voz e postura era de quem estava implorando.

Funcionou...

Eu nem podia acreditar, foi a primeira vez que isso funcionou, ainda a pouco Emmett levara uma surra histórica por segurar o cinto, mas dessa vez ele olhou pra mim e puxou a cueca do Edward cobrindo seu bumbum castigado e o puxou pra cima pela camiseta.

Edward me deu um abraço, mas se isso era estranho, mas estranho ainda foi a atitude do meu pai, ele me arrancou dos braços do meu irmãozinho e me puxou sobre o seu colo, era a primeira vez que Edward e eu nos abraçávamos sem uma ordem e ele corta esse momento?

"Por que você vai ganhar essa palmada Rose?"

"Porque eu apostei com Emmett, escondi a verdade e briguei com meu irmão."

"E por que você vai assistir a isso Edward?"

Ele já sabia a resposta e respondeu entre soluços.

"P-Porqueee eu apo-postei c-com com ela, e brigueeeei c-com eeela."

Meu pai puxou minha bermuda e minha calcinha até a metade das coxas e começou a me bater em silencio, seu discurso já fora feito.

PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! *

Eu engolia o choro o máximo possível, mas saltava a cada tapa, a mão do meu pai doía como o inferno de quente.

PAFT! * Oo PAFT! * PAFT! * PAFT! * hum PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! *Auu PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! * PAFT! *AOo

Minha bunda já estava em chamas, mas ele estava em silencio os únicos sons que se ouviam eram os meus gemidos e os soluços de angustia do Edward repetindo.

"Para papai, para!"

Eu não ia aturar muito mais, minha boca já começaria a soltar algum som de choro, quando Edward tentou retribuir o favor.

Mas antes que ele tocasse no braço do meu pai ele ameaçou.

Se você me tocar ela vai apanhar ainda mais.

O que aconteceu a seguir foi o motivo de eu nomear o dia da mudança de (O dia internacional da bizarrice).

Edward se ajoelhou no chão e agarrou a perna do meu pai e disse

"Por favor, papai eu imploro, para pelo amor de Deus."

A mão dele parou instantaneamente, eu abri os olhos para olhar para o meu salvador e a primeira lágrima caiu dos meus olhos.

Eu pensara antes, que pedir pelo amor de Deus, era um segredo pra parar uma punição, hoje mesmo o Em parou a sua dessa forma, mas justamente por papai ser o único vampiro religioso do planeta, nenhum dos seus filhos jamais se atreveu a clamar o nome de Deus em vão pra manipular um castigo, quando Emmett fez isso hoje, ele sabia muito bem que o pobrezinho já tinha tido o suficiente.

Mas dessa vez acho que a atitude e a postura de Edward em relação a mim tenha sido o verdadeiro motivo.

Não tivemos tempo para abraços meu pai antes mesmo de puxar minhas roupas apontou pra frente com o queixo e ordenou ao meu irmão.

"Mesa Edward!"

Ele sabia que não haveria discussão e se dobrou sobre a mesa, quando puxou o Jeans pra baixo, suas pernas retas fez com que eles fossem parar nos tornozelos, ele cruzou os braços na mesa escondendo o rosto, e já não fazia nenhum som, ele estava se sentindo um protetor e parecia estar tentando manter-se forte.

Meu pai me tirou do seu colo e pegou o cinto da disciplina perguntando.

"Por que você vai receber essa surra Edward?"

"Por desobedecer a ordem primordial a respeito dos carros, e apostar uma corrida."

SHLAP!* ** AAAAAAAARRAAAAiiiii!

Eu não poderia permitir uma crueldade dessas, o menino acabara de levar uma palmada daquelas.

"Paaara papai, a culpa e toda minha!"

Eu gritei sem medir as conseqüências.

"Fui eu, sempre eu, ele não tem culpa de nada, eu o provoquei, ele só falou em resposta ao que eu pensei, ele nem queria a corrida, fui eu que insisti."

Meu pai olhou incrédulo.

"Você mentiu pra mim?"

"Sim papai, pode me dar a surra que você ia dar nele, fui eu quem criou essa corrida."

"Ok."

Ele pegou o meu braço e me virou na outra ponta da mesa.

Edward saiu da sua posição, e pelado mesmo, entrou entre meu pai e eu, seria mais rápido pra ele sair das calças do que vestir-las, e dado ao fato de que somos irmãos ele pareceu não se importar tanto e correu pra nós gritando.

"Nãaaaao!"

O idiotinha tinha que estragar tudo.

"Eu sou o culpado, ela estava trabalhando em paz no MW dela, e eu cheguei provocando e propondo uma corrida, ela não queria, quem insistiu fui eu, e ainda chamei Alice e Jasper pra entrar na aposta, não bate com o cinto nela não."

Meus ouvidos só podiam estar me enganando, eu acabara de ouvir Edward desembuchar toda a verdade, eu arregalei os olhos.

OH Yeh! Isso mesmo, o grande responsável por tudo isso, foi sim o Senhor Edward Antony Cullen, mas todos nós tínhamos nossa parcela de culpa, principalmente o Emmett que bolou a Big trapaça e já tinha aprontado um monte sozinho antes.

Jasper só apanhou com o cinto da disciplina por rosnar pro papai, e não por essa bagunça, Alice perto do que houve nessa casa hoje nem pode dizer que apanhou, e eu mereci, por aceitar e também pelas brigas na garagem, como diz o ditado que eu aprendi com o caseiro brasileiro na ilha da mamãe... como era mesmo?... Ah sim! Quando um não quer dois não brigam!

Meu pai balançou a cabeça e pegou o braço do meu irmão e levantou pro alto gritando com sarcasmo.

"TEMOS AQUI O NOSSO CAMPEÃO!"

Edward puxou a barra da camiseta pra baixo com a outra mão, pois ao ter seu braço erguido pelo meu pai, a sua camiseta subiu mostrando suas partes.

"Você!"

Ele olhou pra mim com raiva.

"Curve-se."

Ele pegou meu irmão pelo braço esquerdo com a mão esquerda e o guiou até o canto do escritório dando-lhe palmadas com a direita, ele pulava pra frente gritando e sapateando tentando cobrir a bunda com a outra mão até chegar ao canto.

Dessa vez ele não perguntou e sim informou.

"Você vai ganhar dez cintadas pra aprender a não mentir pra mim e por aceitar as provocações dele."

Porque quando eu disser - SHLAP!* pra você - SHLAP!* que eu não quero - SHLAP!* corrida - SHLAP!*  eu quero dizer - SHLAP!*  que - SHLAP!* eu - SHLAP!* não - SHLAP!* quero - SHLAP!* corrida - SHLAP!*

Eu chorei na oitava, meus nervos já estavam em frangalhos e minha bunda não agüentava mais nada.

"PRO QUARTO DO EDWARD AGORA!"

Não teve consolo nem nada. eu saí assustada e lamentei não poder levar o fedelho comigo, antes de sair eu ouvi meu pai gritar.

"EEESMEEE!"

Passei pela minha mãe no corredor

E a última coisa que eu ouvi foi...

"Esme, me ajude porque se não eu vou matar esse moleque."

"Calma, amor, calma, vamos sair daqui um pouco, vem comigo, vamos conversar."

Pra ele ter reconhecido que precisava da interferência dela pra proteger um dos seus filhos, o meu maninho estava mesmo ferrado.

Continua...