O salão onde se encontravam era enorme, com detalhes em ouro antigo, cheio de uma arquitetura medieval, onde inalavam nobresa, a mesa era de madeira antiga, bastante gasta, devo lhes informar, o que não passou desapercebido pelo olhar atento de Pavel que olhava tudo com grande admiração, imaginando que Jane iria amar o lugar, esse mesmo pensamento o fez rir, pois a Escocesa ia xingar todos os deuses quando visse o quanto estava abandonado esse lugar.
_ Vamos Ibrahim, como queres colocar uma mulher no poder? Como achas que o povo agiria - Pavel voltou-se para reunião, pois sabia que era sua deixa para falar e ajudar seu irmão que ja estava cansado de repetir a mesma coisas, pois ja haviam se passado duas semanas desde que chegaram e nada do rei ceder.
_ Perdoe-me vossa magestade, mas creio que Lady Janine Hathaway Masur não é nenhuma leiga na questão da politica dos nossos condados, tanto é que seus conselhos ajudaram muito nosso povo, tornando Langerford um lugar mais adequado para o povo, além do mais o povo a idolatra, tanto pela sua postura diante a todos como a forma que o seu bom coração consegue ir além da sua própria dor. - Nessa hora Ibrahim ficara tenso, pois tinha medo que seu irmão revelasse demais, e isso acabaria colocando ainda mais eles em risco, porém ele sabia que seu irmão sabia como desenvolver um dialogo e tentara o máximo prestar atenção, mas sua cabeça estava longe, ele não parava de pensar em suas belas damas que o aguardavam em casa.
Enquanto seu irmão conversava com o rei, ele se permitiu vagar, pois nunca pensou o quanto uma bela ruiva indomável, poderia mecher com eles, por um momento, um unico momento entenderá o por que seu pai amar tanto a mãe de Janine, mas mesmo assim não aceitava o fato do mesmo ter se tornado o crápula de coração de pedra que tanto fez sua mãe sofrer.
_ Você tem um ponto Duque Masur, mas ainda sim tenho um pouco de receio quanto a noticia, mas creio que ainda precise de vocês para convencer outros senhores e ainda por cima temos também essa guerra com o rei da Austria ele continua atacar nossas terras, o que me vem preocupando muito, pois muitas vidas estão sendo perdidas... - Nesse momento, o rei teve total atenção de todos os cavalheiros, pois significava que ele aceitaria Janine, porém os mesmos teriam que ficar e lutar para defender o rei e vencer a guerra o que significava que todos ali teriam que ficar ainda um bom tempo longe de suas casas e de suas familia...

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Enquanto isso no condado de Langeford, as coisas não estavam indo como todas gostariam, ja haviam se passado duas semanas sem que as mesmas tivessem uma noticias de seus senhores, o que estava deixando todas com o humor a flor da pele...
_ Ora mulher pare de andar por este salão, vai gastar a sola de seus sapatos... - Marie sempre será Marie, mesmo ela também estar aflita pois seu senhor não dava nenhuma noticia, ela se mantinham como sempre, irritando as damas do local.
_ Não me enchas Marie, vá procurar o que fazer, me deixe perdida em meus pensamentos.
_ Mãe, Mãe... - Isso teve total atenção de Alberta, pois desde que chegara ali, Dimitri nunca tinha a chamado assim, sempre era minha senhora pra lá, milady pra cá, ela estava triste, mas permitiu-se a ficar feliz pelo simples gesto,
_ Do que você me chamou meu anjo?
_ Oras de mãe, mas se achastes ruim posso lhe chamar de minha... - Nem terminou de falar, pois ja estava sendo esmagado por Alberta que não se continha de felicidade...
_ Por Alá Dimitri, nunca mais me chame de senhora, esperei tanto para que me chamaste de mãe, meu russo teimoso. - E com isso começaram a rir, logo esquecendo o motivo que o levara ali, mas do outro lado no jardim uma pequena não havia esquecido e marchava brava pelos jardins reconstruidos pela Lady Janine
_ Rose, espere. Volte aqui menina - Caroline ficara encarregada de ser a ama de Rose, mas a menina por mais que tivesse 3 anos era dona de uma energia que só podia vir de Lady Janine, a mesma segurava seu pequeno vestido e marchava para o jardim onde sabia que encontraria sua mãe.
Janine que estava concentrada, ensinando Julieta a cuidar de umas rosas, vira o pontinho castanho vindo la longe com Caroline em seu encalce e logo imaginou que teria problemas, pois a mesma vinha com uma cara de poucos amigos, por isso dispensou Julieta e fora encontrar com sua mini fera, tal pensamento a fez a rir, pois a mesma lembrava tanto o pai... Ah meu senhor, por onde andas, sinto-lhe tanta sua falta...
_ Na onde é a batalha minha filha? - Janine perguntara assim que alcançara, logo dispensando Caroline, que sentiu-se aliviada por ficar fora da mira de Rosemarie.
_ Mama, por que Beliv é chato? Por que ele num deixa eu fazer nada? - A mesma não se conteve e começou a rir, logo vendo a cara brava de sua filha, se conteve.
_ Oras minha filha, por que está brigando novamente com o pequeno Dimitri, ja cansou de brigar com Christian, agora quer procurar alguém mais velho para brigar?
_ Ai ele é chato, num deixa eu brigar com o Clistian, num deixa eu bater nele, e fica falando que um dama num pode sair batendo em todo mundo só por que esta irritada. - A pequena era tão nova, mas ja demonstrava o quão inteligente e astuta seria, e mesmo ainda falando errado algumas coisas demonstrava o quanto tinha do gênio terrivel de ambos os pais...
Janine levara a filha para um banco ali próximo onde tentou explicar para filha sem a contraria-la que Dimitri estava certo, mas logo o acontecido fora esquecido e a menina começava a perguntar do pai novamente e quando poderia ve-o, o que deixava Janine com o coração na mão, pois não sabia quando seu senhor voltaria, mas mesmo assim manteve-se forte pela filha, mas ja tinha um plano orquestrado em sua cabeça e logo mais colocaria ele em pratica.

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Dois dias após a conversa com a pequena Rosemarie, Janine pois a pensar em como faria para chegar até a Austria, sim ela iria até o continente "inimigo", pois naquela mesma tarde recebera um telegrama, no qual diziam que os reinos estavam em guerra, por conta disso os senhores iriam ficar para ajudar o rei a combater o rei da Austria, no que levara Janine que até então estava pensando em ir mesmo confrontar o rei para liberar logo seus senhores, resolvera mudar de tática, indo direto no rei da Austria e convence-lo de fazer um acordo de paz.
Como ela iria conseguir tal ato? Bom isso ainda ela não sabia, porém se a mesma conseguirá mudar o homem mais temido pelo condado, até mesmo pelo rei da Inglaterra, não conseguiria convencer um rei de que a guerra não levará ninguem a lugar algum...
_ Está doida mulher? Como acha que vai conseguir fazer isso? Nem pensar que vão deixar você sair... - Anna andava de um lado para outro, não acreditava em tamanho absurdo que sua confidente falava.
_ Acalme-se mulher, eu vou e estou só lhe informando, pois vou precisar que cuide de Rosemaire para mim, mas voltarei antes do que pensa e com nossos senhores ao meu encalço, disso eu te garanto.
_ Mas como conseguirá ir para lá?
_ Ja tenho tudo planejado, mas não posso te falar minha amiga, só quero que confie em mim, não se preocuoe levarei um escudeiro comigo, mas partirei no calar da noite para não dar nenhum alvoroço minha partida, não quero que meu senhor descubra antes da hora.
_ Não sei Jane, ainda acho muito perigoso - Com isso Janine riu, perigo era algo que ela ja conhecia muito bem, e nada mais temia, a não ser perder seu senhor para guerra, a decisão fora feita e ela não voltaria atraz.
_ Ora Anna, não sejas tolas, eu estarei segura, afinal eu domei o Senhor mais temido de todo condado, ou ja esqueces-tes - E com isso ambas riram, mas logo se abraçaram numa promessa muda de que tudo logo acabaria...
Janine pediu licença e fora encontrar com sua filha, pois queria se despedir de sua pequena, para que a mesma não entrasse em crise de choro e nem desse trabalho achando que sua mãe fugira, não demorou muito e a encontrou na biblioteca debruçada no chão rindo de algum desenho no livro.
_ Rose querida - a mesma largou o livro e correu para sua mãe que a pegou no caminho sentando logo em seguida em uma poltrona perto das vidraças que davam para o seu belo jardim...
_ Sim mama
_ Minha princesa, quero que escute bem o que irei te falar - A mesma ganhara toda atenção da filha, novamente se impressionando em o quão inteligente sua pequena era...
_ Mama, ira ficar uns dias fora, pois pretendo ir buscar seu baba - A menina quando ouvira a palavra pai, logo se alegrara toda perguntando se poderia ir junto e quando ela voltaria... _ Meu amor, irei demorar uns dias, pois seu baba está longe cuidando do nosso povo, mas prometo que voltarei o mais rapido possivel para você meu amor, mas quero que me prometa que se comportará feito uma dama e não deixara Marie com mais cabelos brancos que ela ja tem hein - A pequena riu, do que sua mãe lhe falara mas logo em seguida ficara séria
_ SIm Mama, eu prometo, mas vou morrer de saudades - Ah minha doce, você não imagina o quanto vou sentir falta de você para embalar meu sono a noite, de acordar com você dormindo tranquilamente em meus braços... Mas eu vou voltar meu bebê e vou trazer meu senhor junto...
_ Eu também minha princesa, eu também... - E com isso pediu que a mesma pegasse o livro que estava vendo e começou a contar a história que ironicamente era a Bela e a Fera, logo lembrando de o quanto ela imaginava Ibrahim como a fera no começo de sua estadia aqui no casarão...

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26 ANOS ATRÁS

_ Pare Lorde Dominic, ou juro que que te entregarei para os meus escudeiros - A mesma o ameaçava, enquanto tentava respirar das cocegas que o mesmo fazia na bela dama...
_ Ora Ora Lila, e eu lá temo seus escudeiros, por mim poderia vir um exército mas ainda sim estarei feliz pois sei que você me ama e não deixaria nenhum deles encostar um dedo se quer em seu Lorde.
_ Ora seu tolo, temo que essa seja a mais pura verdade, porém eu mesma irei me vingar, e com isso começou correr pela trilha logo subindo em uma árvore próxima esperando que seu lorde viesse procurá-la
_ Achas mesmo que pode se esconder minha bela? - A mesma rira, pois sabia que ele não fazia a minima noção de onde ela estarva, esperou até o momento certo e pulou em suas costas logo ambos rolaram pelo gramado, rindo como dois enamorados que eram...
_ Quase me mataras de sustos mulher...
_ Eu não sei de nada meu senhor - Mas antes que um dos dois pudessem falar, sua ama a encontrou logo rogando um monte de pragas para Lorde Masur que o fez sair rindo, mas antes fez uma reverência para sua amada e roubou-lhe um beijo na bochecha, fazendo com que a fúria de sua ama aumentasse ainda mais.
_ Menino insolente, como ousa beijar-lhe uma dama, sem o consentimento de seus pais, suma daqui Lorde Masur ou as consequências serão graves e você minha dama, como podes ficar em trilhas sozinha com um rapaz, mas sua mãe irá saber disso, e irá lhe da ruma boa lição... A ama falava sozinha, pois Lila estava num mundo só dela, onde só existiam ela e Dominic o verdadeiro amor de sua vida, pobresinha, mal sabia que a cada dia mais que ela se apaixonava pelo Duque, mas longe ela ficava de ser feliz ao seu lado...