Inocência Roubada escrita por Lêh Duarte, Annia_Novachek


Capítulo 26
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Oi ninas, bem, desculpe a demora em postar, eu tava tentando me desligar de um filme, mas, esqueçam.
Bem, hmm, a Lêh pediu pra eu postar, porque eu esqueci de enviar pra ela ontem, então, é... Bem, esperamos que gostem.
O cap. é todo da Lêh, a nina tava inspirada ;)
Aproveitem...



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Todos se assustaram quando Alberta saiu gritando, mas a tensão era tão evidente que se congelaram em seus lugares, mas o que era uma simples câmera para reuniões, se tornara em uma batalha onde muitos poderiam sair feridos e isso fez com que Janine levasse um banho de água fria.

_ Parem! – ela gritou enquanto Francesco, um guarda, ainda a segurava fortemente.

 Ela não queria uma nova guerra e sabia que dessa vez  quem iniciara fora ela mesma com a sua raiva que a cegara.

_ Francesco, me solte, por favor, não irei mais atacar seu senhor, mas me ajude. Não quero uma nova batalha! –  Janine pediu.

Ela percebeu que ninguém mais prestava atenção nela, por isso falou só para Francesco escutar e o mesmo obedeceu, prontamente, e em um simples e rápido movimento, ela se enfiara entre seu pai e Ibrahim.

_ Janine saia de minha frente! Irei matar esse miserável que desgraçou com a nossa família e com a sua vida! – Gordon falou alto, com os olhos ainda em Ibrahim e a adaga pronta para perfurar-lhe o coração.

Novamente Janine ficara furiosa, mas agora com seu pai que nunca se importara com ela agora querer concertar o passado.

_ Eu já disse, parem! Não haverá nenhuma outra guerra! Por mais que esteja com raiva de Ibrahim ele cumpriu suas promessas e ontem mesmo me prometera nunca mais fazer algo que fosse contra minha vontade. Nada que me faria entristecer...

A fúria ainda estava ali, mas Janine não queria resolver isso na frente de todos. Ibrahim pagaria, mas o que ela faria seria bem pior.

_ Ora pare de ser tola! – Gordon exclamou, olhando nervoso para a jovem a sua frente. _Ele matara minha mulher e destruiu nosso solar e ainda vens defendê-lo! Viraste a meretriz desse cretino?

No mesmo instante Gordon fora parar no chão, já que por conta da idade estava fraco e o tapa que recebeu de sua filha, o fez perder o pouco do equilíbrio que tinha e cair no chão, logo sendo ajudado a se levantar por um criado que estava por perto.

Janine arregalou os olhos ao perceber o que tinha feito. Agredir o próprio pai, segundo sua mãe e o que o padre dizia, era um dos mais horríveis pecados. O arrependimento a tomou, mas tratou de escondê-lo quando se lembrou do que seu pai havia feito. Ele não merecia seu arrependimento.

_ Nunca mais me ofenda Gordon, pois a partir do momento em que  me entregastes como moeda de troca, mesmo eu te amando, deixou de ser meu pai. E se minha mãe morrera a culpa será sempre tua, que vivia metido em divididas de jogos, com a qual fez com que uma guerra de poder iniciasse entre condados.

Todos olharam para Janine sem entender o que ela falava. Sim, Janine se lembrava, seu pai tinha dividas, mas quando era mais nova acabou escutando uma conversa entre sua mãe e seu pai. O que antes ela não entendera agora viera com força total a sua mente e todas as peças que faltava ela encaixava agora, pensando com mais calma...

Flashback on

   Como sempre Janine adorava brincar de se esconder de Miguel e novamente ela estava fugindo de seu melhor amigo. Desta vez, o local escolhido para se esconder foi no aposento de seus pais e entrar em um velho baú feito de madeira maciça. Deixou uma fresta por onde poderia ver se Miguel a encontrasse. Porém quando cansara de esperar ser  encontrada pelo amigo, resolveu sair, mas um barulho na porta a fez mudar de ideia e manteve-se calada com medo de que fosse descoberta....

_ Gordon não acredito que voltaste a jogar! Prometeu-me no dia do nascimento de Janine que nunca mais entraria em uma taberna para apostar. Não basta já termos de pedir ajuda aos meus pais?

Sabia que era sua mãe assim como sabia que ela estava brava, por isso, se possível, ficou ainda mais em silencio.

_ Eu sou homem! Não resisti quando Mazur me convidou! Desde quando devo satisfações a você? Quem manda em todo esse lugar sou eu, não se esqueças disso Lilla.

_ Oh! Então, meu senhor, já que és o homem, daqui por diante quero ver sobreviver sem o dinheiro que papai lhe dá todas as quinzenas.

Janine sabia que seus pais estavam brigando, mas não entendia o motivo. Ela ainda era muito nova, estava com seus sete anos e não queria que seus pais brigassem, mas preferiu se calar.

_ Então não me darás mais nada, é isso? Esta querendo me humilhar diante do nosso povo?

_ Não, meu querido, só quero que pare com esse vicio meu senhor. Sabe muito bem que Mazur adora jogos e se depender dele, pode conseguir tudo o que quer, é só um deslize seu e uma antiga guerra pode recomeçar... – eles começaram a se retirar, enquanto Lady Lilla ainda tentava convencer o marido das atrocidade que Mazur e seus filhos já cometeram.

Janine esperou até ter certeza que seus pais estivessem longe para poder sair de seu esconderijo, e assim que o havia feito, arrumou seu vestido e logo esbarrou em Miguel.

_ Achei você!

_ Não achou não, estou invisível...

_ Ah... Então está bem, mas se você vir minha amiga diga para ela que minha mãe mandou avisar que a sopa de carneiro esta pronta e que vou comer sozinho...

Miguel começou a sair e Janine correu, parando em sua frente.

_Não Miguel eu estou visível! Olhe! – E começou a rodar fazendo seu vestido rodar ao seu redor.

_ Então vamos! O último que chegar terá que ficar com apenas os ossos

Mas antes que ele terminasse Janine já corria a toda velocidade pelos corredores do castelo rindo da careta que Miguel fizera enquanto corria para alcançá-la.

Flashback Off

Agora ela entendera tudo, o que antes passara despercebido por ser muito nova, se encaixara agora... Toda a guerra... Tudo isso fora pelas dividas que seu pai acumulara nesses malditos jogos que ela tanto odiara quando pequena, mas isso não tira toda a culpa de Ibrahim por tentar esconder isso dela. Ele ainda havia ajudado a roubar tudo o que era seu naquela noite. E ela ainda o odiava.

_ Minha filha, escute...

_ Não quero ouvir! –falou fazendo um gesto de basta.

Então se virou para Miguel, que até então olhava enojado tanto Gordon quanto Ibrahim, mas pronto para a qualquer momento entrar em batalha.

_ Mande que seus homens retirem as tropas! Quero-os longe da região, chega de batalhas e não quero novos ataques!

_ Sim, eles irão e você virá conosco. – Miguel disse, a espada ainda na mão, mas olhando calmamente para Janine.

_ Não Miguel, eu não irei e não tente me obrigar, pois se tentar até meu apreço por ti irá acabar. – Falou olhando para o amigo, que estava confuso com aquela decisão.

Janine virou para Ibrahim, agora com dor em seu olhar, pois a mentira era algo que ela não admitia.

_ Mande seus homens também se afastarem! Se aquela promessa de ontem valeu alguma coisa faça isso.

Sem pensar duas vezes Ibrahim virou-se para seus homens.

_ Podem voltar a seus afazeres. Não ocorrerá nenhuma batalhe de nenhuma as partes e esse fato será esquecido! – o tom de comando presente na voz.

Como se todos tivessem saído de um transe, aos poucos cada um pegou seu rumo ainda com receio de deixar seu senhor com a guarda baixa. Os únicos que se mantiveram ali foram Francesco e Pavel, que agora estava com a cabeça baixa da vergonha que sentia por ter em seu sobrenome a razão de tanto sofrimento para sua pequena.

_ Jane... – Ele tentou começar, mas Janine o interrompeu.

_ Pavel, por favor, agora não! Ainda estou confusa e com raiva. A ferida ainda está muito recente e o que o tempo cicatrizou agora voltará a se abrir. Amanha conversaremos a sós... – dizendo isso virara para seu pai que continha a marca vermelha em seu rosto.

_ Não irei pedir perdão, pois mereceste o tapa e quero que mantenha-se distante de mim! – falou com desprezo, um sentimento que nunca pensou sentir pelo próprio pai.

E com isso saíra de lá, correndo com as lágrimas escorrendo por seu rosto, ao chegar ao bosque que tinha ao redor do castelo, deixou-se escorregar pela árvore mais próxima e chorou, revivendo toda a dor que sentira naquele dia...

Até que sentira a presença de uma pessoa, mas antes que mandasse quem quer que fosse, viu que era Julieta, a  menina chegou mais perto dela. O cabelo loiro escorria para fora da touca que usava. Desde que chegara, Janine havia gostado da menina, e ela não podia afastá-la nesse momento.

_ Jane, por que chora? – a menina disse. Deveria ter um pouco mais de dez anos, mas ainda era muito pequena.

Janine tentou sorrir, porém saiu mais como uma careta, mas deixou que a pequena a abraçasse.

_ Por que estou muito triste pequena. –ela disse afagando-lhe os cabelos. E então parou, pensando que a menina era muito pequena para Janine tentar ter uma conversa sobre sua vida com ela.

Antes que pudesse dizer para a pequena Julieta não se preocupar, que todos estavam em paz, o pai de Julieta se aproximou.

_ Oh perdoe-me milady! Julieta venha...

_ Não se preocupe Francesco, Julieta está tentando me fazer sentir melhor... – disse fazendo um gesto para que o guarda as deixasse em paz.

 E com isso, a pequena começou a falar de todas as sementes que plantou para ajudar no jardim enquanto Janine tentava se acalmar e pensar em Ibrahim e em todas as mentiras que ouvira até aquele momento.


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Notas finais do capítulo

E ai? O q acharam??
AHH viram a capa nova da fic?? O Johnny me seduziu kkk'
Bem, é só por hj, e lembrem-se de comentar ninas, sua opinião é muito importante para nós...



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